Fugitivos escrita por Little Queen


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Meu nindos! Como estão?
Gosh, que saudade imensa disso daqui.
Enfim, a ideia dessa one estava martelando há séculos na minha cabeça, então eu escrevi ela correndo pra me livrar logo dessa sensação horrível que é ter algo inacabado O////
Por isso, não esperem muita coisa. Ou sei lá, esperem. A vida é de vocês -qqq
Enjoy e nos vemos lá embaixo.



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FUGITIVOS

CAPÍTULO ÚNICO

by Little Queen

A tão esperada festa de Natal do professor Slughorn corria a pleno e veloz vapor. Conversas animadas e risos estridentes se faziam ouvir por todo o salão. Casais de estudantes dançavam tranquilamente na pista, que agora praticamente pulsava ao som de uma música calma, mas contagiante. Alguns outros jovens simplesmente se sentavam às mesas, brincando entre si enquanto devoravam tudo o que era comestível ao seu redor. Professores conversavam em voz baixa, mas intensa, e lançavam olhares ora divertidos, ora severos, por todo o abrangente salão. Slughorn andava de um lado para o outro, a sua cara de morsa iluminada por uma animação tão expressiva que chegava a assustar. Ele ria o mais alto possível e sua voz ressoava por sua sala, deixando bem claro que todos que ali estavam deveriam festejar - e muito - até pararem na ala hospitalar na manhã seguinte.

Mas nem todos aproveitavam a festa como Slughorn queria. Hermione Granger, a sextanista sabe-tudo, se encontrava encostada à pilastra mais distante do salão, encarando os casais que dançavam com uma expressão entediada. Ela estava ligeiramente ofegante; desde que a festa começara, Hermione vinha fugindo a todo o custo do grande e incômodo Córmaco McLaggen, que insistia em não largar de seu pé. A garota se esgueirava por dentre os convidados com uma agilidade digna de Bichento, mas que no entanto resultava apenas em infrutíferos minutos de sossego antes que McLaggen, que apesar de tudo tinha olhos de águia, se voltasse para a direção da garota e começasse a persegui-la novamente. Ela queria algum divertimento, sem, no entanto, ter algum sucesso, uma vez que ninguém a não ser Córmaco parecia se dignar a dar sua atenção à garota. A única pessoa com quem tivera uma conversa por mais de alguns minutos foi Harry, que agora sumira misteriosamente depois de alegar que precisava ir ao banheiro.

Pegando o seu quinto copo de hidromel de um garçom que passava ali por perto, Hermione se pôs novamente a observar os dançarinos, que, com certeza, como constatara Hermione, nem se dignavam a receber tanta atenção assim. As estudantes, que algumas vezes estavam bastante coradas, nada faziam além de dar risadinhas bobas e constrangidas, enquanto se deixavam guiar pela pista de dança. Os meninos eram mais difíceis de entender: alguns corriam os olhos pelo salão, nervosos; outros comandavam a dança tranquilamente, enquanto seguiam o ritmo da música. Eram casais estúpidos, mas causavam uma ardente e intensa inveja a Hermione, que preferiria morrer a admitir isso. No fundo, a garota estava um pouco triste em ver as estudantes que bailavam elegantemente pelo salão: ela, Mione, poderia ser uma delas, rindo e aproveitando a festa, enquanto olhava abobada para o rosto de seu parceiro. Poderia, se não fosse por Lilá Brown...

Mas ela teve que interromper os seus devaneios, pois Córmaco a havia avistado e agora seguia em sua direção com passos firmes. Hermione se voltou para o outro lado, buscando algum tipo de refúgio. Tendo, no entanto, não achado nenhum, a garota decidiu sair de fininho da festa que tanto odiara. Ela se esgueirou, espremida entre os casais que dançavam, e quando chegou ao outro lado da pista de dança, estava arfando pesadamente e tinha o rosto ligeiramente corado. Hermione, então se precipitou em direção à porta de saída, ganhando a sua tão esperada liberdade.

Uma vez dentro dos corredores frios e escuros, Mione se pôs a andar. Com passos lentos e hesitantes, ela foi caminhando lentamente, olhando e escutando tudo ao seu redor com dobrada atenção. Mesmo sabendo que era ridículo, Hermione se sentia nervosa. Muito nervosa. É claro que se um professor a apanhasse, ela não estaria encrencada, uma vez que tinha uma justificativa plenamente aceitável por estar andando sozinha por aí a uma hora daquelas.

Hermione continuou a andar, sem ligar para as zombarias vindas dos quadros. Estava atenta, então logo de cara percebeu que não era a única ali. De princípio, a garota achou que havia alguém a espionando por trás de uma tapeçaria, mas foi aí que a sextanista ouviu passos ecoarem no corredor mais próximos. Pior de tudo: eles vinham em sua direção. Hermione, então, contrariando todo bom senso, fez a primeira coisa que lhe passou pela cabeça: Se escondeu na primeira sala de aula visível, que a uma hora dessas deveria estar vazia, e fechou a porta quase por completo, deixando uma minúscula brecha por onde a garota poderia espiar o corredor à vontade e sem ser vista. O vulto foi se aproximando, e Mione viu que fez bem em se esconder: a pessoa de quem fugira não era nada mais nada menos do que Severus Snape, que andava com uma carranca tão pesada que Hermione teria certeza que ele teria lhe dado uma detenção antes mesmo de que a garota pudesse se explicar. O professor agia de uma maneira estranha, como se procurasse alguém, e a garota torceu para que essa pessoa fosse boa em se esconder.

Assim que os passos de Snape morreram, o corredor ficou em total silêncio, novamente. Hermione aguardou por mais alguns minutos, para ter certeza de que não iria se encrencar. Finalmente, respirando fundo, a grifana saiu da sala de aula. Mas ela não foi a única. Do outro lado do corredor, um pálido (e arrogante) Draco Malfoy saía detrás de uma tapeçaria, as vestes levemente amassadas, o olhar superior pousado sobre Mione.

– O que faz aqui? – A garota perguntou, desconfortável. Não gostava da presença de Malfoy; ele a deixava irritada, e quando ele estava por perto geralmente representava um sinal de perigo – Achei que você não tinha permissão para perambular sozinho pelos corredores a uma hora dessas.

– E isso lá é da sua conta? – Malfoy respondeu, mostrando o mesmo desconforto que Hermione, mas sem nunca abandonar o ar de egocentrismo. Hermione revirou os olhos; não tinha tempo para esse joguinho de gato e rato. Estava bastante esgotada e Draco Malfoy não estava contribuindo para a melhora de seu humor – Pelo o que eu sei, posso fazer a mesma pergunta à você.

– Acho que você sabe a resposta. Eu estava na festa de Slughorn, a mesma que por uma infeliz coincidência você acabou de entrar de penetra, mas que não parece se recordar – Draco revirou os olhos, e Mione percebeu que ele tentava conter o riso. Ah, então agora ele não a levava a sério? – Respondi a sua pergunta, Malfoy, agora é a sua vez. O que diabos você fazia aqui? E não me venha com essa história de festa de Natal, porque não me convenceu. Agora vamos, seja sincero pelo menos uma vez na vida.

– E o que lhe faz pensar que eu seria sincero justamente com você? – Malfoy parecia ter começado a se cansar daquilo; seus olhos percorriam o salão, ansiosos e temerosos, como se suspeitassem que algo de ruim pudesse estourar bem debaixo de seu nariz naquele exato momento – Sabe, estou começando realmente a lamentar que Snape não tenha me encontrado.

– Ah, então era você que ele procurava! – Hermione exclamou, triunfante, e Malfoy a olhou como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Sinceramente, srta Sabe-tudo, para alguém que já decorou todos os livros de cor, você é realmente muito lerda em raciocínios práticos – Foi a vez de Mione revirar os olhos, exasperada.

– E quem é você para me falar de raciocínios lógicos? – A garota retrucou, com um quê de desafio na voz. Draco se preparava para responder, implicante, quando uma sombra passou pelo seu rosto. Ele pareceu se lembrar de algo, e consultando o seu relógio de pulso, deu meia-volta e saiu andando corredor à fora.

– Ei, volte aqui! Você ainda não respondeu a porcaria da minha pergunta! – Hermione gritou. Mal se dando conta do que fazia, saiu correndo na direção que Draco seguiu. Estava tentada pela curiosidade de saber o que Malfoy aprontava, e, pela primeira vez na vida, a garota não achou a teoria de Harry tão absurda assim. Assim que esse pensamento lhe ocorreu, uma luz se fez dentro de Mione. Era isso, não era? Harry tinha razão o tempo todo, só que ela fora teimosa o suficiente para não dar-lhe ouvidos. Draco Malfoy era um...

– Comensal da Morte! –A garota berrou, e Malfoy congelou no lugar que estava. Se virou lentamente para encarar os olhos de Hermione, e assim o fez, absorvendo qualquer informação que ela ousasse deixar escapar. Castanho no azul, azul no castanho. Simples assim.

– Harry tinha razão o tempo todo – A voz de Hermione tremia de raiva, e ela fazia força para que as pernas não começassem a bambear – Você trabalha para Voldemort. É isso que fica fazendo todas as noites, desde o início do ano, na Sala Precisa. Trabalhando para o pior mestre das trevas de todos os tempos. Eu tenho nojo de você. Nojo.

Então, Hermione deu meia volta e saiu correndo, agora na direção contrária. Poderia ter ficado e duelado, mas a garota não queria se demorar mais tempo na mesma sala que Draco. Sabia que tinha que ser rápida. Malfoy não ia deixar barato, não podia colocar tudo a perder ao permitir que uma grifana metida a sabichona saísse por aí espalhando os seus planos. Dito e feito; mal dera alguns passos e a garota já ouvia a aproximação de Draco. Hermione não era nem de longe mais rápida do que ele, mas tinha que tentar. No entanto, não houve resultado nenhum. Malfoy conseguiu apanhá-la por trás no meio do corredor, segurando os braços de Mione com uma força de ferro. Ele girou a garota, fazendo os dois ficarem frente a frente, enquanto torcia os pulsos de Hermione, que estava decidida a não soltar um gemido de dor sequer. Ele começou a empurrá-la, mantendo uma distância mínima entre os seus corpos, até que finalmente encostou a grifana na parede, prendendo as pernas dela com as suas, sem nunca soltar os seus pulsos. Vendo Hermione tão vulnerável, encostada na parede enquanto ficava submissa à sua vontade, Draco não pode deixar de soltar um risinho abafado de escárnio.

– Ora, ora, Granger, você não me parece tão dona de si agora, não é mesmo? Achou mesmo que bastava sair correndo para que eu te deixasse escapar?

– Então, Malfoy, me surpreenda – Hermione falou, também soltando uma risada baixa... de desafio – Vai jogar a maldição Cruciatus em cima de mim agora? Irá você torturar-me até eu ficar senil? Ou simplesmente recorrerá ao Avada Kedavra? Você é quem decide, afinal, eu estou submissa, não estou? Simples, não é? – Enquanto falava, Hermione olhava ao seu redor, pensando furiosamente. Se Malfoy fosse pegar a varinha, ele teria que usar uma de suas mãos, que agora prendiam os pulsos de Hermione acima de sua cabeça. Então ele usaria somente a força de um de seus braços para subjugar Mione, que poderia facilmente escapar a partir dali, antes mesmo que a mão de Draco chegasse ao seu bolso. Hermione então pegaria a própria varinha e o estuporaria, aproveitando a confusão momentânea. O que faria depois, só Deus sabia.

– Então, Malfoy, qual vai ser? Estou mofando aqui.

Draco parecia lidar com um conflito interno. Ele parecia saber o que Hermione planejava, e não estava disposto a arriscar. Ele poderia deixar a garota inconsciente da forma trouxa, com agressão física. Seria melhor do que nada. No entanto, Draco não queria isso. Não queria ser a droga de um Comensal. Nunca quis. A ideia de agredir uma bruxa indefesa, mesmo que essa bruxa fosse Hermione Granger, a garota mais irritante que ele já conhecera, não lhe agradava. Então os dois ficaram ali, à mercê do destino num corredor escuro, enquanto os dois se encaravam, perdidos nos olhos um do outro. Castanho no azul, azul no castanho.

– Caramba, você não parece capaz de se decidir sozinho, não é mesmo? –Hermione disse, com um toque de desdenho na voz. Sabia que provocar Draco era mexer com fogo, mas ela nem se importou. Estava cansada, e tudo o que ela queria era acabar logo com aquilo, do jeito que for – Muito bem, e se eu te der uma ajudinha? Se você não me soltar nos próximos segundos, eu vou gritar. E logo alguém vai aparecer por aqui.

Como Draco não pareceu ter dado nenhum sinal de que estava prestando atenção, Hermione cumpriu a sua palavra. Começou a berrar a plenos pulmões, ao mesmo tempo em que se debatia nos braços de Malfoy. Ele não afrouxou o seu aperto nem um pouco, e ela não diminuiu seu tom de voz. Gritava o mais alto que podia. Torcia os pulsos, que aquela hora já deveriam estar vermelhos, e tentava soltar as suas pernas das de Malfoy. Draco começou a ficar aflito. Tinha que calar a boca daquela garota, e rápido, antes que alguém os ouvisse. Ao mesmo tempo, não poderia soltá-la sem que corresse o risco de ser vencido. Então, mergulhado no seu próprio dilema interno, Malfoy fez a única coisa que lhe veio à cabeça pra calar a boca de Hermione: cobriu os lábios dela com os seus.

Hermione, no mesmo instante, congelou. Malfoy estava a beijando? Ficou tão chocada que de início não reagiu. Logo depois, caindo em si novamente, a garota voltou a tentar se soltar, novamente se debatendo. Draco escorregou as mãos dos pulsos de Hermione, que estavam à cima de sua cabeça, em direção ao seu pescoço, as mantendo ali. Interrompeu o beijo durante um momento, apenas para se dirigir a Hermione, quase sussurrando.

–Pare de fugir de mim – Sua boca roçou na dela enquanto murmurava, e retomou o beijo. Malfoy não sabia o que estava fazendo, não muito mais que Hermione. Ele só queria esquecer o que estava acontecendo nos últimos meses. Queria esquecer que tinha uma guerra prestes a eclodir a qualquer momento. Queria esquecer que Lord Voldemort estava ameaçando à sua família, e queria esquecer que ele teria que matar Dumbledore, talvez o único bruxo que admirara até hoje, apesar de preferir morrer a admitir isso. Queria apenas deixar todas as preocupações para trás, jogá-las para o alto, enquanto procurava uma forma de escapar dessa bola de neve que só ia crescendo cada vez mais. E que se foda a linhagem bruxa, pensou.

Hermione, nesse meio-tempo, poderia ter empurrado Malfoy para trás e o enfeitiçado, mas não o fez. Ela apenas continuou parada, confusa demais para reagir. A garota então ergueu as mãos, mas não foi para afastar Draco, e sim para trazê-lo para perto de si, correspondendo o beijo com voracidade. Seus lábios se movimentavam de uma forma totalmente diferente, numa sincronia estranha, mas que para Hermione era perfeita. Pelo menos uma vez na vida, ela queria não ter que pensar. Não queria ter que analisar o que iria fazer e as consequências disso. Não queria ser a sabichona que todos alegavam que ela era. Ela só queria se entregar ao calor do momento. E que se foda a porcaria da lógica, pensou.

Malfoy, ainda mantendo uma de suas mãos na nuca de Hermione, conduziu a outra pelo seu cabelo, descendo pelo seu ombro até finalmente chegar à sua cintura, aonde ficou, fazendo leves carícias sobre o tecido leve do vestido. Hermione bagunçou o cabelo de Draco de uma forma carinhosa, e enquanto ele se aproximava, colando seus corpos mais ainda, ela foi escorregando devagarzinho pela parede, até que finalmente os dois pararam sentados no chão, sem nunca interromper o beijo. Draco descolou os seus lábios dos dela, e direcionou os beijos em direção ao pescoço da garota, passando uma mão pelo seu ombro, mordiscando devagar a sua orelha. E eles ficaram assim por um tempo, se beijando e tentando deixar tudo pra trás, apenas para aproveitar o que à vida tinha a oferecer, nem que fosse apenas por uma noite.

Com os hormônios mais calmos, os dois resolveram relaxar um pouco. Malfoy se sentou ao lado de Hermione, também se encostando à parede. Mione, novamente contrariando o bom senso, encostou a cabeça no ombro de Draco, e ali ela ficou.

–É um pouco estranho isso que está acontecendo, não é? – Hermione perguntou, claramente querendo quebrar o gelo. Draco deu de ombros.

–Você está se referindo a isso que acabou de acontecer ou aos fatos gerais?

Hermione deu um sorrisinho mínimo, uma mistura de cansaço, esgotamento e um pouco de excitação. Só um pouco.

–Acho que aos dois – Ela respondeu. Malfoy apenas suspirou, mas Hermione entendeu.

–Somos dois fugitivos, não é? – Foi a vez de Draco perguntar, e Hermione concordou levemente com a cabeça – Não queremos o que está acontecendo, mas não temos escolha. Então procuramos algum refúgio em algum lugar... ou em alguém – Malfoy fez um gesto com o dedo, abrangendo os dois.

–É isso que está acontecendo com você? Quer dizer, você nunca quis ser um Comensal?

–Nunca. Mas eu não tenho outra opção. Ele ameaçou minha mãe. Irá matá-la se eu não cumprir o que manda. Ou talvez nem se irá se apiedar tanto. Talvez fará coisa pior – Draco sentiu as lágrimas arderem em seus olhos, e se sentiu o cara mais idiota do mundo por isso. Mas Mione não concordava. Naquele corredor mal iluminado, com poucas tochas e uma luz bruxuleante, Hermione passou a enxergar Draco de uma outra maneira. Sempre olhara para ele como um cara irritante e potencialmente perigoso, mas agora ela só conseguia enxergar um garoto que na verdade nunca teve escolha. E passou a respeitá-lo um pouco mais a partir daí.

– Estamos em lados opostos nessa guerra, Malfoy. Você, mesmo que não queira, está trabalhando para o lado das trevas, e eu estou o combatendo com todas as minhas forças – Hermione entrelaçou os seus dedos com os de Draco, enquanto falava – Somos muito diferentes. Em tudo. E eu creio, e me corrija se eu estiver errada, que nada mudou entre nós – Malfoy concordou com a cabeça.

– É fato que até dez minutos eu preferia morrer a admitir isso, mas devido às circunstâncias eu acho que posso desabafar um pouco – Draco deu um sorriso quase imperceptível, que logo foi apagado de seu rosto – O fato é que eu gosto de você, Granger. E não pense que isso te dá algum poder sobre mim, porque eu sou perfeito demais pra ser só de uma – Malfoy suspirou – Mas o fato é que, se formos nos confrontar, eu não hesitarei. Entre você e a minha família, eu já tenho a minha escolha tomada, e, bom... você não é a prioridade. Não perto de minha mãe.

– Eu entendo, sério – A garota o interrompeu, pensativa – Bem, eu acho que entendo. Afinal de contas, eu também não vou pensar duas vezes, não no meio de uma guerra. Até porque a gente acabou de discutir isso, lados diferentes e tudo o mais...

Nenhum dos dois falou mais. Não queriam estragar o único momento de paz mútua que tiveram até então. E, num acordo silencioso, os dois combinaram entre si de não comentar nada do que acontecera ali para ninguém. Afinal, fugitivos não saem espalhando por aí sobre suas escapadas.

Não houve mais encontros entre os dois. No fundo, eles sentiam saudades dessa noite. Mas, depois da guerra, as coisas mudaram. Eles amadureceram, e o orgulho não permitiu uma segunda aproximação. Cada um seguiu a sua vida, o que não era lá um pensamento muito animador, mas Hermione encontrou a felicidade nos braços de Rony e Draco conseguiu montar a sua própria família. Aqueles momentos de confusão e desespero não voltaram mais. Tudo estava em seu lugar, tão certo que ninguém ousou interferir. Eles estavam felizes. E, no final, era isso que importava.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Hein? Hein? Heeeeeeeeeeeeeein?
É, eu sou sempre assim. Chata é o meu nome do meio -qqq Depois de Granger Weasley Black Valdez Malfoy Jackson, é claro. Aí vem o Chata. E depois vem o Potter.
Vai ver que é por isso que ninguém me suporta.
Enfim, eu realmente quero saber a opinião de vocês. Deixem o review, isso alegra o meu pobre coraçãozinho.
My, gosh, chega desse falatório.
Beijos :*