O Sorriso Duradouro escrita por Takeru Takaishi


Capítulo 8
Capítulo 8 - Um velho amigo.


Notas iniciais do capítulo

As vezes precisamos encontrar velhas amizades para que nossa vida possa sorrir pra nós mesmos.



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Essa minha casa não me conta nada de bom. Nunca gostei de ficar preso, que passarinho gosta de gaiola mesmo? Monotonia me assusta, coisas paradas de mais sempre me deixa pensativo, fico pensando nas coisas que poderia estar fazendo lá fora, na imensidão do mundo. Que aliás não é nada pequeno.

                “- Mãe, irei dar umas voltas por aí.” Gritei do meu quarto para não precisar ir até a sala.

                “- Aonde você vai?” Gritou de volta.

                “- Eu ainda não sei, vou dar umas voltas. Eu não quero é ficar preso dentro de casa.” Eu disse tentando me libertar dessa prisão que muitos chamam de casa.

                “- Não demore filho, não é bom ficar andando por aí no sol.” Ela disse preocupada.

                “- Tudo bem mãe, eu não irei demorar. Só quero respirar um ar puro, um bom ar puro.” Sorri. Isso a deixei menos preocupada.

Andar, andar e andar. Não tem nada melhor na vida que andar, sentir seus pés no chão e sentir o chão nos seus pés. Algo tão incrível assim não pode ser esquecido pelo tempo. O tempo não pode apagar as coisas belas do mundo por que essas coisas belas que nos fazem feliz, que nos deixam melhor, que nos fazem sorrir. Um sorriso sincero e melhor que qualquer outra coisa no mundo. E isso eu posso garantir.

Passos a cegas, que poderiam me levar a lugar nenhum. Mas poderiam me levar a lugares que ninguém nunca foi. Espero chegar em algum lugar, espero continuar andando e descobrir algo novo, nesse meu estado novo.

                “- Hei John!” De quem era mesmo essa voz? Me viro para descobrir de quem era a voz.

                “- Quanto tempo Tcharles.” Era Tcharles, um de meus melhores amigos de infância. Acho que o destino de nós dois foi totalmente diferente. Mas os caminhos se cruzaram novamente.

                “- Bastante tempo John.” Sorri para ele.

                “- E como vai cara?” Ele perguntou como quem não quisesse realmente saber.             

                “- Estou ótimo, fora o câncer.” Sorri e cocei a cabeça. “- E você?” Disse feliz.

                “- Como assim fora o Câncer?” Ele fez uma cara confusa, difícil de explicar.

                “- Simplesmente câncer.” Acho que o assustei com a revelação repentina. Não deveria ter feito isso, depois de tanto tempo sem nos ver.

                “- Mas como me dá uma notícia dessas assim?” Eu disse que eu fui muito precipitado. Mas assim mesmo, há tempo que não nos víamos e eu tinha que dizer. Não é mesmo?

                “- Cara eu não disse que vou morrer, só disse que tenho câncer.” Sorri e concluí. “- É diferente sabia?” Dei uma risada e o olhei.

                “- Mas cara, não pode ser...” Ele me olhou nos olhos e disse “- Você é tão jovem e tinha muito pela frente.” Ele tinha uma feição triste.

                “- Eu tenho muito pela frente. Não tinha, tenho.” Sorri pra ele e disse. “- Minha vida não vai acabar tão rapidamente assim.” Eu afirmei e sorri.

                “- Bem cara, aproveite bem a sua vida e pode contar comigo pro que der e vier.” Tcharles me disse e apertou a minha mão.

                “- Obrigado cara, se eu precisar conto sim com você.” Sorri e retribuí o aperto de mão.

Ele se despediu e atravessou a rua. Acho que esses encontros repentinos nos ajudam muito. Nos faz perceber que temos que lutar a cada dia mais para ser feliz. E que não podemos desistir de nossos sonhos, mesmo que os sonhos pareçam altos. Não tenham medo de cair, por que quem não arrisca não petisca. Disse o ditado popular.


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Notas finais do capítulo

Esse Tcharles, mesmo longe por um bom tempo ainda quer ajudar... Não acreditei quando o vi.



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