O Sorriso Duradouro escrita por Takeru Takaishi


Capítulo 7
Capítulo 7 - Apenas uma briga boba.


Notas iniciais do capítulo

Amizade é algo que guardamos a sete chaves e não podemos deixar ninguém acabar com ela... Temos que preservá-la a cada dia mais... Amizade é o dom mais lindo que temos em nossas mãos.



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Depois de algum tempo discutindo com André ele me olha e me dá um soco no ombro. Eu fico meio sem reação a atitude dele, como assim ele me deu um soco no ombro? Ele nunca tinha feito isso antes comigo, ele nunca ousou tocar em mim de maneira bruta a não ser que fosse alguma brincadeira. Esse André mudou mesmo depois que me viu com a Victoria.

O sinal para o fim da aula bate, André mais que depressa pega sua mochila e sai da sala correndo.

“- O que deu nele?” Perguntou Victória me olhando meio assustada.

“- Acho que ele e eu brigamos.” Eu a olhei e fiz uma careta. “- Não sei ao certo.” As atitudes de André são bem controversas.

“- Mas brigaram por qual motivo?” Ela me abraçou de lado e me puxou para caminhar até a saída da escola.

“- Bem, como eu disse, não sei ao certo.” As minhas brigas com André sempre são as mais engraçadas, mas dessa vez parecia algo mais sério. Esse André só me mata de preocupação.

Victória e eu caminhamos até a saída da escola, ficamos ali namorando por alguns longos minutos esperando nossas conduções. O melhor de tudo é que antes eu esperava só, sozinho, agora tenho alguém pra fica comigo um bom tempo, pelo menos isso. Essa foi a melhor parte do meu dia depois do meu beijo inesperado em Victoria.
Espera, espera, espera e nada do ônibus passar. Pelo menos uma vez na vida esperar foi bom. Quando de repente o ônibus de Victória surge virando a bendita esquina.

“- Droga, vou ter que me despedir de você.” Eu disse segurando-a pela cintura. ( Esperando um beijo, claro. )

“- Mas isso só até amanhã bobinho.” Ela me beijou. ( Ela me beijou ) Ela me beijou. E eu um menino de dezessete anos nas costas agindo como uma criança do pré primário. Não acredito nisso.

“- Amor... Er... Vic..” Eu disse gaguejando. Juro que não queria chamá-la de amor, não naquele momento, pareceu que eu estava me jogando pra cima dela.

“- Oi amor...” Ela correspondeu e seus olhos brilhavam, nunca vi algo parecido com isso em minha vida.

“- Nada, só vou sentir saudades.” ( Ufa, consegui me safar dessa. ) Mentira, juro que amei ela dizendo “Oi amor.” Para mim.

“- Eu também sentirei muita saudade.” Ela sorriu e me beijou, se despediu com o beijo mais doce e sereno que já recebi em minha vida. Seus lábios me encantavam por todo o sempre.

Não esperei muito tempo depois que Victoria subiu em seu ônibus, depois de uns cinco minutos meu ônibus resolveu chegar, apontou na esquina em uma disparada só, acho que ele se atrasou um pouco. Acho que eu nem percebi isso, mas os outros alunos que estavam ali notaram seu atraso. Não paravam de reclamar disso por nenhum segundo.

Passaram-se longos trinta e cinco minutos dentro daquele ônibus e ele me deixou no ponto próximo a minha casa. Eu desci do ônibus bem depressa e corri pra casa, corri bem depressa. Queria chegar logo em casa, a fome me consumia por dentro. ( Aliens habitavam dentro do meu estomago, precisava escutar os barulhos sinistros que eles faziam, eu sabia que poderia acabar com eles de alguma maneira. E qual maneira seria melhor que matar os aliens e a minha fome ao mesmo tempo? )

“- Mãe cheguei!” Gritei na porta de casa, girando a chave na fechadura e entrando para casa.

“- Oi filho.” Dona Lurdes sorri contente ao ver o filhão. “- Como foi a aula hoje?”

“- Como qualquer outro dia mãe, só que mais feliz.” Ela me olha com uma cara de quem esquecia algo e balbuciou.

“- Ah, o André te ligou e pediu pra você ligar de volta.” Ela sorri e vai para sala de estar.

“- Obrigado mãe.” Eu grito correndo em direção ao telefone. ( Maldito André, fazendo com que eu me esqueça da fome. Só ele mesmo )

“- Tu... tu... tu...” Acho que foi a primeira onomatopéia que escrevo completa. ( Eu estou rindo escrevendo isso, sim sou bastante idiota por que?) A cada chamada do telefone meu coração batia mais rápido e eu não conseguia parar de pensar na briga com o André.

“- Alou!” A voz do outro lado não era do André.

“- Oi tia, aqui é o John, o André está?” Eu disse, não esqueceria aquela voz nunca, era a voz da mãe do André. ( Vulgo tia não é mesmo amigo? )

“- Está sim John, espere um minutinho que irei chamá-lo pra você.” Ela bate o telefone em algum lugar duro, posso escutar isso claramente.

Depois de uns trinta segundos esperando por algum sinal de vida do outro lado da linha escuto uma voz.

“- Alou.” Uma voz de choro, uma voz mansa, diferente da ultima vez que tinha visto André.

“- Oi cara, está tudo bem?” Perguntei preocupado com meu amigo.

“- Está sim cara...” Ele disse soluçando. “- Desculpas...” Disse com uma voz meio triste.

“- Quem é seu melhor amigo?” Disse com um tom alegre no telefone...

“- Depois de hoje não saberia se continuava. Eu fui um idiota, eu fui um burro, me desculpa.” Ele se lamentava do outro lado da linha.

“- Para de drama cara, amanhã vai ganhar vários abraços.” Eu disse animando-o

“- Obrigado cara, amanhã te vejo então.” Ele desligou o telefone com um ar mais feliz.

Juro que as vezes não entendia André, mas é meu melhor amigo, não precisa ser entendido as vezes, só precisa de alguém que cuide dele. ( No caso eu. )



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Notas finais do capítulo

André, meu amigo, obrigado por me ligar e voltar ser o André que eu conheci...



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