O Sorriso Duradouro escrita por Takeru Takaishi


Capítulo 3
Capítulo 3 - Do desespero ao estase.


Notas iniciais do capítulo

Aquela sensação de estar perdendo seu mundo por um instante passou por mim! Mas não deixaria isso acontecer, fui atrás do que é meu, fui atrás do meu sonho, atrás do que realmente vale a pena ir! O amor é como uma semente de uma flor, se não cuidarmos logo, logo morre.



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“- Me larga André! Depois eu esclareço tudo.” Saí correndo atrás da Victoria.

Por que ela saiu correndo daquela maneira? Mulheres e suas manias estranhas. Minhas mãos suavam mais a cada passo meu, meus pés também. E isso me incomodava um bocado. É sempre assim.

“- Vic! Vic! Espere, não corra dessa maneira.” Estava desesperado correndo atrás de Victoria.

“- Me diz que não é verdade John. Fala que é brincadeira, aí eu te dou uns tapas, a gente sorri juntos e volta pra sala de aula pra contar pra todo mundo!” Ela me disse deixando cair lágrimas em seu rosto.

“- Não fala desse jeito, é apenas uma doença. Pensa que eu não vou deixar nada me abater.” Eu disse passando um pouco de confiança pra ela. Apertei sua mão direita fortemente. ( Olha eu querendo passar confiança pra Victoria, sem ter confiança alguma depois que a vi chorar. )

“- Mas John e se...” Eu a interrompi tocando meus lábios nos lábios dela. Acho que nunca tive essa coragem antes. Acho não, tenho certeza absoluta.
“- Não pense em coisas ruins.” Ela me devolveu o beijo.

Os olhares ficaram se entrelaçando por longos minutos e nada precisava ser dito. A sincronia de nossos corpos era incrível. Por um milésimo de segundo senti que poderia voar, voar alto. Nos beijamos novamente e senti que ela e eu éramos apenas um. Nada poderia nos atrapalhar aquele momento. Menos a general da diretora que chegou atrapalhando tudo, gritando conosco, como se fossemos nada.

“- Podem ir parando com namorinho no corredor da escola, aqui não é lugar para isso.” General no comando.

“- Okay, desculpas senhora Marlene.” Victoria educada como sempre, pediu desculpas por nossos atos ‘escandalosos’.

Voltamos para sala de aula de mãos dadas, todos ficaram olhando. Estava claro que eu gostava dela. Mas será que era recíproca essa paixão? ( é nesse momento que vem as piadinhas na mente com a palavra recíproca. ) Sentamos em nossas cadeiras e o sinal bateu. Aula de matemática com a professora Joana. As aulas mais irritantes que já tive de matemática foram com ela. Aulas extensas e cansativas. Nada conseguiria me manter acordado nas aulas dela, a não ser Victoria. Ela sentava ao meu lado e chama toda a minha atenção, mesmo sem dizer nenhuma palavra. Não parava de pensar em nossos beijos.

“- John! John!” Sussurros baixos que quase não escutava. “- John!” Fui acertado com uma bolinha de papel. Era o André tentando chamar minha atenção.

“- Oi André?” Eu disse como se tivesse saído de um transe.

“- Chega mais perto!” Disse André puxando minha carteira.

“- Tudo bem!” Encostei minha carteira na dele.

“- Era brincadeira né cara? Tudo que você disse foi só para assustar né?” Disse André com lágrimas nos olhos. Ele sempre foi meu melhor amigo, então sempre sentia algo a mais, o que ninguém conseguia sentir por mim.

“- Cara, não era brincadeira, não brincaria com algo assim.” Deu um sorriso para quebrar o gelo da conversa.

“- Mas como me diz isso sorrindo?” André franziu a testa e me olhou nos olhos.

“- Cara, se eu ficar triste e melancólico, garanto que minha vida se esgotaria mais rápido.” Sorri novamente, ele entendeu meu recado e me abraçou.

“- Tá certo cara!” Me abraçou novamente e disse. “- Eu te amo.” Ele me disse esperando um olhar de reprovação, mas pelo contrário.

“- Também te amo André.” Sorri. “- E pode ficar tranquilo, o câncer não me leva.” Sorri novamente e dei um tapinha em sua testa.

“- Para com isso.” André resmungou.

“- Não.” Dei outro tapinha em sua testa.

“- Que chato isso John.” André me segurou. Claramente ele é mais forte do que eu. Ele me olhou nos olhos e sorriu.

“- Vou te chatear até meu ultimo dia nessa terra.” Eu disse zombando de André.

“- Eu deixo.” André sorriu e me soltou.

Nesse momento resolvi abrir meu caderno para copiar a matéria do quadro, copiar essa coisa de permutação. Ah, ninguém merece essa coisa chata, ninguém mesmo. Eu odeio matemática. ( Mentira. Eu só não gosto do jeito que a professora Joana explica.)



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Notas finais do capítulo

Vic, por que tão bela? André, como consegue me fazer tão bem? Professora Joana, por que não morre logo?



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