O Sorriso Duradouro escrita por Takeru Takaishi


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Um mês sem escrever, a coordenação motora de minha mão não está lá grandes coisas... Eu sei que isso vai me atrapalhar um pouco, mas vamos aliviar a tensão... I Wanna say a Pika (8)



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Eu não estava conseguindo escrever, minhas mãos não respondiam aos mandamentos do meu corpo, já não conseguia acreditar mais que voltaria a relatar um dia as minhas aventuras que já estão um tanto quanto chatas. Maldito câncer que não me deixa fazer nada direito. Isso já está me fazendo ficar chateado, não aguento mais ficar preso dentro de casa, não aguento mais ficar deitado nessa cama. ( Apesar que agora eu já posso levantar um pouco. ) Vocês não devem estar entendendo nada não é mesmo? Bem, eu explico.
Depois daquele dia que passei no hospital por causa do desmaio, eu recebi alta, mas não adiantou muito. Assim que eu cheguei à minha casa eu tive outro desmaio, só que dessa vez mais forte, mais intenso. Eu senti meu coração disparando e parando rapidamente, foi uma sensação horrível. Depois que caí no chão eu não conseguia lembrar de mais nada.
Mais que depressa me colocaram dentro do carro e correram comigo para o hospital. ( Bem, foi isso o que me contaram quando eu acordei. Segundo o médico, minha mãe não poderia me relatar isso, pois eu estava em uma situação muito delicada, só que minha insistência foi tanta que ela acabou me contando tudo o que havia ocorrido depois do meu desmaio misterioso. ) 
    “- Nossa! Isso tudo mãe?” Perguntei interessado na história do meu desmaio.
    “- Isso tudo senhor John.” Ela me olhou com uma cara fechada. A cara que ela sempre fazia.
    “- Nem adianta me olhar com essa carinha de quem chupou limão e não gostou! Eu não poderia ter evitado o desmaio não é mesmo mãe? Eu tinha acabado de sair do hospital, quem iria imaginar que eu poderia desmaiar?” Eu olhei pra ela com uma carinha de cachorro sem dono e ela concordou comigo balançando a cabeça.
    “- E a Vic mãe?” Eu perguntei preocupado, afinal de contas a namorada era minha a responsabilidade de vê-la bem também era minha.
    “- Ela queria passar a noite aqui com você, mas não deixamos. Ela é muito nova e é melhor para ela ficar em casa.” Ela me olhou e tentou me passar algum tipo de segurança.
    “- Também acho melhor a Vic ficar em casa. O hospital não é um lugar muito bom... Principalmente para uma menininha frágil como Vic.” Essa Victoria, só me deixando mais preocupado ainda... Que coisa não?
    “- Acho melhor você descansar um pouquinho filho.”  Essa dona Alzira, sempre querendo cuidar de mim. Sempre querendo me fazer bem... Afinal de contas. Que mãe não quer ver um filho bem? Que mãe não quer fazer um filho se sentir bem? Pode até existir, mas eu não chamaria esse tipo de pessoa de mãe, mas sim de monstro. ( E nem os monstros mereciam ter uma pessoa assim comparada a eles. ) 
    “- Tudo bem dona Alzira, eu irei dormir sim.” Que coisa, eu vou ter que descansar mesmo... Que raiva.
    “- Aqui não tem nenhuma dona Alzira, eu já disse muito bem... Aqui tem mãe e eu gosto do meu título de mãe e você sabe disso. Não é mesmo garoto?” Ela sempre fica meio bravinha quando a chamo de dona Alzira fora de hora. Mamãe e suas zuretices.
    “- Okay mãe! Eu irei te chamar de mãe a partir de agora, tudo bem?” Eu sorri a ela e ela revidou o sorriso.
    “- Está bem.” Ela me abraçou e saiu da sala.
Agora fica eu aqui, sozinho, sem ninguém pra conversar, olhando pro teto e esperando que algo de legal me aconteça. Esperando que algo de legal me aconteça? Espera. Dentro de um hospital algo de legal me acontecer... Parece meio que impossível.
Com isso, passei longos trinta dias deitado naquela cama até receber alta. ( Juro para você, se eu ficasse mais uma semana deitado naquela cama de hospital eu pirava, eu enlouquecia de vez. No meu caso, ficaria mais louco do que eu já era... Isso parecia impossível para mim, mas eu conseguiria ficar mais louco do que já era. ) 
E hoje eu estou aqui em casa, depois de receber alta a primeira coisa que eu queria fazer era deitar na minha cama... Minha cama! Você só dará valor a uma coisa quando fica muito tempo sem ela. Isso é uma garantia que eu posso te dar... Quando ficamos longe de casa por muito tempo, ainda mais em um lugar que não te passa muita confiança as primeiras coisas que sentimos falta, são as coisas mais comuns que temos. Tipo minha cama... Ah que saudade da minha cama. ( Caminha lindo do John, que saudades de você. Agora eu serei totalmente seu e você será totalmente minha. Nada irá nos separar sua linda. ) É a melhor cama do mundo, mas a minha maior felicidade não foi essa. Eu fiquei ainda mais feliz quando descobri que poderia voltar a escrever, minhas mãos estavam com uma coordenação boa novamente. ( Amém. ) Estava louco de vontade de escrever, meus pulsos até pulsavam mais forte quando perceberam que eu tinha pegado a caneta para poder escrever naquele caderninho. Agora posso relatar a você o que está me ocorrendo novamente e isso é uma maravilha para mim, sinto como se essas minhas escritas fossem como meu diário de bordo. Imagina um diário de bordo. ( Estou me sentindo como um verdadeiro pirata! “- Vamos em busca do One Piece.” Meus pensamentos estão a mil e eu estou me divertindo muito com isso, muito mesmo! )
Ainda mostrarei a todos os meus amigos essas minhas anotações que eu faço, eu sei que eles ficarão muito felizes ao ler, eu sei o gosto de cada um e sei que até os que não gostam de ler muito vão animar ao ler o comecinho do meu diário de bordo. ( Olha o pirata aí de novo minha gente. “- Gomu, Gomu No Leitura.” Eu disse que meus pensamentos estavam a mil. ) Bem, acho melhor eu me despedir desse diário de bordo por enquanto, antes que a dona Alzira... Bem, minha mãe entre no quarto e me veja fazendo esforço. ( Apesar que eu não ache que isso seja um esforço, para mim isso é a melhor diversão do mundo, mas fazer o que não é mesmo? Mãe é mãe. ) 


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Notas finais do capítulo

Agradeço pela ração, aqui tudo está sempre a mão...



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