O Sorriso Duradouro escrita por Takeru Takaishi


Capítulo 13
Capítulo 13 - Dia Dos Mortos


Notas iniciais do capítulo

Dia dos mortos e eu aqui, livre, leve e solto. Vivo e feliz, enquanto alguns se lamentavam por que parentes morreram, derramavam lágrimas por terem perdido entes queridos eu só queria sair e andar um pouco.



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Feriado de dois de novembro. Era mais um dia daquela semana. Fim de ano repleto de alegrias para mim e tristeza para muitos. A vontade de escrever só retornou hoje, não sei ao certo o motivo. Só sei que aquela professora me dava ânsia de vômito só de olhar para cara dela. ( Feriado lindo... O dia dos mortos, me dá até vontade de gritar e fazer festa. Eu gostaria mesmo de fazer isso, só que sempre escutei todos falando que era antiético, que eu não poderia fazer isso que todos iriam olhar e falar aos quatro ventos pra caramba e eu não gostaria de escutar e blá, blá, blá. Só acho que eles deveriam deixar eu fazer minhas vontades. ) Aquela professora só me deixava com mais vontade de levantar e sair daquela sala.

Hoje eu acordei lindamente. Só tinha conseguido dormir às quatro e quinze da manhã. ( Estava pensando nas várias coisas da vida, conversado com o Flávio um pouquinho, mesmo já tendo passado o dia do aniversário dele por algumas horas eu ainda podia enchê-lo um pouquinho. Ou não? Ah, não sei. Só sei que depois que deitei em minha cama, fiquei rolando por longas 2 horas sem conseguir dormir, pensando na Victoria, no André, no Carlos e em todas as pessoas que estavam em meu redor. ) Eu rolava de um lado para o outro sem conseguir dormir, me espreguiçava e buscava o sono em cada fechada de olho. Por um momento achei mesmo que não conseguiria mais dormir naquele dia. Depois de bastante tempo rolando na cama, me parecia que alguém tinha colocado dois sacos de areia em cima dos meus olhos que pesaram do nada e me fizeram adormecer. Como eu acordei? Bem, eu acordei com o lindo do meu celular tocando com um número desconhecido. Simplesmente foi a melhor sensação da minha vida. ( Se não fosse às dez horas da manhã. ) O sono me consumia e o pior é que depois disso eu não consegui dormir mais e toda a brecha que eu tive era para escrever lembretes do que tinha me ocorrido de interessante no dia.

Depois que acordei eu não tive aquela sensação gostosa de todos os dias. ( Levantar, tomar banho, trocar de roupa, tomar meu café da manhã, escovar meus dentes, pegar minha mochila e correr para o ponto de ônibus.) Eu não fiz isso no meio da semana e pra mim foi uma coisa muito engraçada, pois eu me perdi completamente. Em que lugar do tempo e do espaço que eu estava? Eles vieram para me buscar... Brincadeira. Só sei que quando deixamos de fazer o que estamos acostumados, perdemos um pouco da direção das coisas. Cadê a escola? ( Não acredito que eu disse isso... Não acredito mesmo. )

Fui tomar meu café da manhã para recompor minhas energias dessa noite mal dormida.

                “- Vai comer alguma coisa filho?” Ela pergunta a me ver abrindo à geladeira a procura de comida.

                “- Claro que não Dona Alzira, abri a geladeira com essa cara de fome apenas por hobbie.” Eu cai na gargalhada quando ela me fez aquele olhar mortal, não aguentei vê-la com aquela cara de brava.

                “- Vou te mostrar o hobbie garoto, deixa só eu buscar meu chinelo.” Ela riu também e me ajudou a preparar meu café da manhã quase tarde.

Toda aquela monotonia de mais uma manhã de feriado. Eu odeio manhãs monótonas, tudo passa tão lentamente, tão diferente de mim que sou agitado e gosto que tudo me acompanhe no mesmo ritmo que eu vivo. Não gosto que o dia fique paradão ali encostado no Senhor Sol, tomando o tempo da Senhorita Lua nos contemplar com seus belos raios.

Depois de me alimentar bem eu resolvi sair um pouco. Não queria ficar preso ali dentro de casa. Mais que depressa corri para meu quarto para buscar minha toalha e fui em direção ao banheiro.  A água quente escorria pelo meu corpo que latejava de emoção ao saber que era incerto o que me esperava na rua ( Amo caminhadas sem rumo. ) . Meu coração não parava de palpitar e minha face esbanjava alegria. Eu esperava muito que ocorressem coisas inesperadas naquele dia, não só naquele dia, mas também em quaisquer outros que viriam por aí. Várias coisas se passavam por minha cabeça durante o banho que me faziam desviar da atividade, esquecendo-me que estava debaixo de um chuveiro. Ansioso por que coisas poderia encontrar, ou que pessoas eu poderia ver. Quando dei por mim já estava um bom tempo debaixo do chuveiro, minha pele até enrugava, abri um sorriso de leve em meu rosto e sai do banheiro, esquecendo-me da toalha, de nada adiantara a toalha senão para se secar, afinal minha mãe havia saído de casa assim que acabara de me servir o café da manhã, nada nem ninguém podia me incomodar naquele momento.  Corri em direção ao meu quarto, isso por volta dás onze e quarenta e cinco da manhã, deitei em minha cama, nu como estava e comecei a ler um livro. Mas logo desisti e lembrei-me que deveria sair um pouco. Eu realmente estava disposto de explorar mais e mais as ruas de meu bairro.

Feriado do dia dos mortos e eu aqui, vivo e feliz.


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Notas finais do capítulo

E olha que eu ainda não sai e já estou empolgado, imagine quando eu resolver sair.



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