O Sorriso Duradouro escrita por Takeru Takaishi


Capítulo 1
Capítulo 1 - Meu Início


Notas iniciais do capítulo

O pior de tudo é saber que o meu câncer afeta todos ao meu redor, menos a mim mesmo.



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Tudo um dia nasce, cresce e morre... Mentira, não começaria minha história de vida desse jeito. Aliás, nem eu mesmo continuaria lendo algo que começasse dessa maneira. É entediante.

Eu sou diferente de muitos, gosto de dias nublados, prefiro noite que dia, prefiro ser ferido que ferir, prefiro a senhora chuva que o robusto sol, prefiro tudo que não preferem. Minhas amizades? Afinal de contas, gostar de coisas diferentes me faz bem, me deixa feliz, me leva as alturas. E não tem nada melhor nesse mundo do que voar em seus próprios pensamentos, em suas próprias vontades. Quem nunca fez isso? Ah, só aqueles que se prendem dentro da gaiola que muitos chamam de padronização. Canso-me muito rápido das coisas padrões.

Minhas amizades?  Bem, eu não sei ao certo o que você entende por amizade, mas para mim, meus amigos são meu porto seguro, aqueles que são bem mais que irmãos, os irmãos que nós mesmos escolhemos e nada nem ninguém pode nos separar. Criamos laços tão fortes que mesmo a lâmina com o melhor corte do mundo não tem habilidade para cortá-los.

Você deve estar se perguntando como eu consigo contar esse monte de coisa tão rápido assim. Acho que é uma coisa peculiar minha. Sou agitado, hiperativo, realmente a doença não foi feita para uma pessoa como eu, na verdade ela nunca conseguirá me vencer, não mesmo.

Juro a você que ainda estou intrigado com o começo do capitulo, ninguém faz algo parecido? Ou faz? Bem, não tem problema algum, como eu já disse, odeio as coisas padronizadas, iguais de mais. Qual é mesmo a graça em ser igual a todo mundo? Acho que nenhuma. Aliás, tenho certeza que ser igual a todo mundo me daria ânsia de vômito.

Como podem perceber, às vezes fujo um pouco do assunto, ( Um pouco, ou totalmente ? ) ou das conclusões que deveria seguir, meu lapso de memória é bem idiota. ( Juro que tentei achar uma palavra melhor para se encaixar no lugar do idiota, só que idiota era a palavra mais propícia para o momento! ).

Bem, vamos por partes. Já sebe que meu nome é John, e também sabem que eu tenho câncer. ( OOOOOH! ) Sabe que eu odeio coisas padrões e agora ficam sabendo que eu odeio fazer o que me obrigam a fazer. Ah, e antes que eu me esqueça disso... Eu simplesmente odeio falsidade, me da mais nojo do que as coisas padrões dessa vida. Sem contar que a falsidade se tornou uma coisa tão comum entre todos nós que já podemos dizer que ela é uma das coisas padrões que a sociedade construiu.

Eu descobri que tinha câncer por que passei mal na escola. Meus amigos entraram em desespero quando desmaiei. ( Isso foi o que me contaram. ) Juro que daria qualquer coisa para ver a cara de cada um deles, iria me acabar nas gargalhadas. Não agüento ver meus amigos com expressões de pânico, sempre solto risos que não deveriam estar ali naquele momento. Por conta desse desmaio besta fui parar no hospital ( Sendo sincero, só parei lá por que não poderia morrer na escola, iria ficar muito ruim pra diretora.) Odeio hospitais...

                “- Abre a boca! Fecha a boca! Sente dor aqui?” O doutor aperta minhas costelas.
                “- É claro que eu sinto.” Disse gritando. Odeio médicos, odeio hospitais.

                “- Bem, terei que pedir exames mais complexos para saber o motivo do desmaio!” Se me lembro bem o nome dele, era Dr:. Wagner.
Nomes esquisitos, pessoas iguais, paredes tão brancas, não suporto hospitais.

Nem esperam eu me recompor do desmaio e já me colocaram para fazer uns trinta exames. ( Sim sou exagerado. ) Me colocavam dentro de máquinas, me tiravam de lá, colheram meu xixi ( Qual o objetivo mesmo de falar urina ? ) Mas a  pior parte não foi essa. E se vocês pensam que foi quando eu vi o resultado, estão redondamente enganados. A pior parte foi o exame de sangue. Eu morro de medo de agulhas. Morro de medo? Não, quero dizer... Tenho pavor de agulhas. Nem me faça pensar em agulhas, me da o mesmo nervoso quando alguém arranha o quadro negro... Para que mesmo fazer isso?

Juro que não estava preocupado com o resultado do exame ( de novo pensando em agulhas. ) e também juro que as três semanas esperando os resultados também não foram nada. Eu simplesmente fui o mesmo John de sempre. Mas confesso a você que quando vi o resultado, meu mundo todo caiu de uma só vez. Eu acabei gritando.

                “- Como assim câncer?” Minha mãe tentava me acalmar com sua mão em meu ombro.

                “- Calma filho, não se desespere.” Ela disse segurando minha mão direita.

                “- Mas eu tenho apenas dezessete anos, dezessete anos mãe.” Eu gritava nervoso.

                “- Acalme-se.” Me disse ela novamente, transparecendo segurança.

Olhei para ela e comecei a sorrir e disse:

                “- Como isso pode me abater mesmo? Eu sou forte, consigo superar tranquilamente isso. Sempre fui uma pessoa forte, não será o câncer que vai me parar.” Olhei diretamente para os olhos dela e abri mais o sorriso.


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Notas finais do capítulo

Esperem por mim no próximo capitulo, eu irei para escola contar a notícia aos meus amigos... Quero ver a reação deles, juro que sou uma pessoa bondosa...



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