21 Guns escrita por cacast99


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Ooi! Me pediram tanto (cof cof lovelikepercy pediu) e aqui está outra one shot (talveeez tenha um segundo capítulo). Era para ser postada no Natal mas eu só terminei dez minutos atrás. Essa é Thaluke e é triste, mas eu gostei. Não revisei, então se tiver algum erro avisem por favor.



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Música da fic: 21 guns - Green Day

-Mamãe, mamãe! O papai Noel! Acorda, mãe!

-Hm? Helena, a mamãe quer dormir. Fala com o papai.

-O papai mandou de acordar. Vem, mãe, eu quero abrir o meu presente.

Me rendi e acompanhei a minha pequena até a sala onde encontrei Percy e Thalia sentados em volta da árvore de Natal.

-Bom dia, meus amores. – falei sentando com eles.

-Bom dia, Sabidinha.

-Bom dia, mamãe. – disse Thalia feliz. E sim, o nome da minha filha mais velha é em homenagem á Thalia Grace. – Feliz Natal!

-Para vocês também1 Agora vamos abrir logo esses presentes.

Elas começaram a abrir os presentes, e, preciso dizer, ficaram muito felizes com eles. Eu e Percy deixamos elas (N/A: não lembro a palavra certa, sorry)  na sala brincando e fomos para a cozinha onde comecei a fazer panquecas azuis e ele, chocolate quente, em silêncio.

-Você está triste, Annie?

-Ela era minha melhor amiga, Percy.

-Já faz tanto tempo...

-Oito anos.

-Você precisa superar. Manhã de Natal é dia para ficar feliz!

-Eu sinto tanta falta dela. Ainda sonho com ela. Foi culpa minha, Percy. Ela e Luke salvaram a minha vida, eu poderia ter feito tantas coisas para salvar a dela e não fiz! Eu lembro de tudo como se tivesse sido ontem. É terrível.

Você provavelmente não está entendendo nada, não é? Minha melhor amiga de todo o mundo, Thalia Grace, filha de Zeus, morreu oito anos atrás. No Natal. Poucos dias depois, minha filha nasceu e chamei-a de Thalia como uma homenagem. Eu ainda lembro de tudo...

Oito anos atrás... (Ponto de Vista em 3ª pessoa)

-Ártemis! Precisamos conversar. – Thalia correu até a deusa.

-Diga, Thalia.

-Eu preciso sair da Caçada.

Era estranho para Thalia voltar ao Acampamento Meio-Sangue. Percy e Annabeth tinham ido morar juntos e ela estava grávida de uma garotinha, até chamara Thalia para ser madrinha da criança, Nico e todos os outros provavelmente já teriam ido embora á tempos. Cresceram, tiveram filhos, criaram casa, família e futuro. E ela continuava a levar a mesma vida de sempre. Não havia um único dia se quer em que não pensasse nele. O dono de seu coração. Luke Castellan, filho de Hermes. Morto alguns anos atrás. Quando entrara na Caçada, acreditava que esqueceria ele, como algum tipo de magia ou coisa assim. Mas ainda se lembrava dele a cada passo que dava. Ela se lembrava de como haviam se conhecido, conhecido de salvado Annabeth, de como ela dera a vida para salvar os amigos. Ela sentia falta deles. Muita falta. Passou pelo pinheiro que costumava se seu e encontrou Quíron perto da Casa Grande. Ele a recebeu bem, disse que podia ficar no chalé de Ártemis, mas quando ela disse que tinha abandonado a Caçada, ele deu um sorriso triste, disse que ela podia ficar em seu antigo chalé e brincou mandando-a treinar. Ela agradeceu e foi para o chalé e descobriu que tinha dois irmãos ou irmãs, mas que não estavam ali. Ela tomou banho, vestiu a camiseta laranja do Acampamento, pegou sua faca/espada, seu escudo Aegis e foi treinar. Era estranho andar ali de novo, sem conhecer ninguém, sem ninguém para conversar. Foi direto para a arena e treinou a tarde inteira, não parou nem para almoçar. O Acampamento estava quase vazio, dia 24 de dezembro, a maior parte dos campistas estava “comemorando” o Natal com suas famílias mortais. Quando se têm vários deuses não se comemora o nascimento de Jesus, mas muitos campistas passam essa data com sua família mortal, talvez por pura diversão.

Thalia passou a tarde inteira treinando para não ter tempo de pensar nele. Ela sabia que se parasse e se desse tempo para descansar, pensaria nele. E ela não aguentava mais não tê-lo por perto. “Dói demais” pensava. Quando já não aguentava mais treinar, guardou a faca/espada e o escudo e foi jogar vôlei na quadra, mas não tinha ninguém lá, então foi para a floresta. Caminhou até o Punho de Zeus e aproveitou para pegar uns morangos no caminho. Sentou no Punho de Zeus e encarou a floresta á sua frente, se deixando pensar pela primeira vez no dia. Ela não aguentava mais. Ele estava em todo lugar. Gritando por ela na colina Meio-Sangue, liderando a Caça a Bandeira, ensinando Annabeth a usar a adaga na arena, pegando armas no arsenal, oferecendo sua comida para Hermes no refeitório... Era tudo imaginação dela, claro. Ele estava morto e ela sentia sua falta. Ela não aguentava mais. Quando se deu conta, já estava com a faca na mão, encarando-a fixamente e pensando em algo que nunca tinha pensado antes. Balançou a cabeça, espantando aqueles pensamentos terríveis. O que seu pai pensaria, afinal? E provavelmente não encontraria Luke nos Campos Elíseos, iria para os Campos da Punição. E não era nem um pouco animador pensar em passar a eternidade lá. De qualquer jeito ele tinha dito que tentaria ir para a Ilha dos Abençoados. Duvido que dos Campos da Punição dê para ao menos vê-lo ou conversar com ele. Gritando, talvez. A propósito, mortos falam?

Assustada consigo mesma e seus pensamentos, Thalia voltou ao seu chalé, encontrando as camas de seus irmãos bagunçadas mas nenhum sinal deles ali. Deviam estar jantando. Ela não senti fome. Só sentia a falta dele.  Era torturante. Tudo que ela pode fazer foi deitar e dormir tentando espantar ele de seus pensamentos.

Em seus sonho, estavam em uma praia. Estava quente e eles faziam guerrinha de água no mar. Se deitaram na areia e observaram o céu.

-É lindo, não?

-Muito. Não quero ir embora. – ela disse.

-Mas temos que ir, amor. – ele disse e a beijou. Ela retribuiu, claro. Era tão real que ela quase conseguia sentir o gosto dos lábios dele, seu perfume...

Thalia acordou sobressaltada, suando frio. Já estava claro lá fora, mas vazio, e a garota e o garoto de seu chalé estavam dormindo. Ela tomou um banho rápido e vestiu sua camiseta favorita do Green Day com jeans. Pegou sua mochila com Aegis e sua faca. Foi andando até a floresta e passou pelos chalés. Inclusive o de Hermes. Ainda era doloroso passar ali. Foi direto para a floresta, e não pergunte como, no caminho mandou uma mensagem de Irís para Annabeth.

-Annie? – ela chamou vendo a amiga com uma barriga enorme cozinhando alguma coisa.

-Thalia? Thalia, quanto tempo!

-É mesmo. Feliz Natal! Tudo bem?

-Tudo sim e você? Feliz Natal também!

-É...

-Onde está?

-Acampamento Meio Sangue. Saí da Caçada.

-Saiu? Por que?

-Luke...

-Você o amava, não é?

-Ainda o amo.

-Me...Me desculpe.

-Por...?

-Você sabe. Ele...eu... Nossa, você deve ter ficado com muita raiva.

-Triste, mas não com raiva. É meio impossível ficar com raiva de uma loira de farmácia como você. – disse rindo.

-Meu pai não concorda...

-Brigaram de novo?

-Talvez.

-Como o Percy está? E essa garotinha?

-Estão bem. Acho que ela vem em alguns dias.

-É mesmo? E já sabe qual vai ser o nome?

-Helena. Como Helena de Tróia.

-Lindo nome. Gostaria de poder conhece-la.

-Claro que vai conhece-la, Thalia. Vai ser madrinha dela. Já conversamos sobre isso.

-Eu acho que não, Annie...

-Thalia? – perguntou o Percy aparecendo na imagem, abraçando Annabeth por trás e beijando-a.

-Oi priminho.

-Como está?

-Bem e você?

-Bem.

-Você vem pra cá quando nossa bebê nascer, não é?  E ajudar, e tal.

-Eu acho que... não.

-Por que não?

-Percy, você é um cara legal. Eu sei disso. Mas nunca, me ouviu, nunca, ouse magoar a minha Annie. – disse Thalia com lágrimas nos olhos.

-Do que você está falando, Thalia? Está acontecendo alguma coisa? – Annabeth perguntou confusa.

-Annie você foi a melhor amiga que eu poderia querer. Obrigada por tudo.

-O que está acontecendo, Thalia? O que você vai fazer?

-Eu vou vê-lo. Vê-lo novamente. – a morena disse sorrindo.

-Ele quem?

-Luke.

Percy e Annabeth a olharam surpresos e preocupados. A imagem tremeluziu e sumiu antes que pudessem dizer alguma coisa. Thalia sentiu lágrimas escorrendo pela sua bochecha e antes que percebesse, estava chorando. Ignorou as lágrimas e continuou a andar pela floresta. Andou por mais ou menos uma hora, o Sol já estava mais brilhante e ela tinha que ser rápida, logo notariam sua falta. Ou não. Achou um penhasco, ainda no território do Acampamento Meio Sangue, e sentou na borda encarando lá embaixo. Não era tão alto, entre cinco e dez metros, mais ou menos. Não muito alto, mas fatal com certeza.  Pegou sua faca e encarou-a também. Qual seria melhor? Menos dor? Não sabia. Ambos pareciam terríveis. Começou a pensar. Valia mesmo a pena? Abandonar tudo, todo mundo por ele? Dar Adeus e provavelmente ir para os Campos da Punição? Seria lá menos dor do que ali? Sim. Valia a pena. Ficou em pé na beirada da pedra, metade do pé para fora.

-Me perdoe, papai. Adeus. – murmurou baixinho, e com lágrimas escorrendo pelas bochechas e batendo na pedra fria, apunhalou-se no coração com a faca. E com as últimas forças que lhe restaram, caiu da pedra.  Finalmente poderia vê-lo novamente.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Está triste, eu sei, mas eu gostei. Sei lá adoro coisas tristes u-u Deixem reviews por favor!



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