Capítulo Um

New in Town

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Max tinha acabado de descer do avião, onde estava calmo e silencioso direto para o grande e lotado saguão do aeroporto.

Usava uma camiseta branca, calça jeans e um tênis preto. Carregava nas costas uma mochila surrada onde guardava suas coisas mais pessoas. Coisas que não deixaria sob os cuidados dos mexicanos que jogavam as bagagens dentro do avião. Não que tivesse algum tipo de preconceito, mas, não deixaria na mão de qualquer um coisas como seu celular, notebook, óculos escuros favoritos e roupas íntimas.

Depois de olhar muito ao redor, quase ser derrubado por um mal-educado e não encontrar seu irmão que prometeu ir lhe buscar (“Ai dele se não vier.”-pensou, enquanto olhava as horas no relógio de pulso), Max foi até a esteira onde poderia pegar suas malas.

Depois de 15 minutos, ter pegado suas malas, quase ter estrangulado um homem que disse que aquela era a mala dele e saído do aeroporto para esperar Nickolas, Max decidiu ligar para seu irmão antes que tivesse um colapso nervoso e volta-se para o Texas.

- Nick, é o Max. Eu já cheguei aqui faz um tempão, onde você esta?

Depois de alguns segundos, Nick respondeu, e pela sua voz, Max percebeu que seu irmão tinha acabado de acordar.

- Nossa, eu esqueci que tinha que te buscar. Desculpa, vou ir agora.

-Não, deixa pra lá, eu pego um táxi.

-Tudo bem então, e deixa que eu pago.

- É claro que é você quem vai pagar, depois dessa desfeita. – Max já tinha acenado para um táxi que passava e se dirigia até ele quando o mesmo parou. – Agora eu vou desligar, quando tiver quase chegando eu te ligo.

Max desligou o celular e tirou um pedaço de papel do bolso, que entregou para o motorista, que leu o endereço e deu partida com o carro.

Max pegou novamente seu celular e discou o numero de sua irmã, Megan.

-Hey, Meg! Acabei de chegar aqui. Tá tudo bem ai?

- Oi, mano! Aqui ta tudo bem sim. O pessoal todo tá aqui comigo. Mande um beijo pra eles, ou eles vão ficar malucos.

Megan tinha colocado o celular em viva-voz pra que todos pudessem ouvir Max.

-Beijo para vocês, amores da minha vida. Venham logo me visitar. – Max pôde ouvir a voz de 3 ou 4 pessoas, todas vozes conhecidas.

- Max, avisa pro Nick que daqui umas duas semanas eu estou indo morar ai também.

- Claro! Aviso sim. Já estou com muita saudade de você e de todo mundo. –Max dizia aquilo com certo aperto no coração, não queria ter que sair do Texas e nem de perto dos seus amigos, mas, por motivo de força maior, teve que se mudar para a Califórnia e morar com seu irmão. – Agora eu vou desligar, já estou quase chegando à casa do Nick, te ligo mais tarde. Beijos.

Max desligou o celular poucos segundo antes do táxi entrar numa rua sem saída, com casas enormes e luxuosas. Na frente de uma delas, um homem, alto e muito bonito, vestindo roupas simples, esperava na frente da porta, olhando na direção do táxi.

Assim que Max viu-o, o reconheceu como sendo seu irmão, Nickolas.

Seu irmão era um homem alto, forte e muito bonito, um pouco branco demais, considerando o lugar onde vivia. Seus olhos azuis e dentes brancos reluziam contra a luz do Sol, que estava posto bem alto no céu.

O carro parou bem em frente da casa. Max saiu do carro, levantou-se, olhou primeiro para seu irmão, que agora começava a andar em sua direção, depois deu uma olhada na casa, que era extremamente linda, aos olhos do garoto, depois olhou em volta, agora que percebia, a casa de Nick era uma das maiores da rua.

Nickolas agora estava frente-a-frente com Max, que o abraçou:

- Que saudade, mano! –um enorme sorriso apareceu à face de ambos. Max deu um beijo na bochecha de Nickolas, que retribuiu e depois se dirigiu ate o motorista do táxi, que nesse meio tempo, já tinha tirado as malas do carro e esperava ao lado delas o dinheiro pela viagem.

Nick mandou Max entrar enquanto acertava o pagamento com o homem. O garoto então pegou suas duas malas, agradeceu ao motorista, e andou vagarosamente até a porta da casa, enquanto olhava novamente para os lados.

Percebeu que na lateral da casa, tinha um quintal, talvez um jardim, com uma cerca branca muito [s]clichê[/s] bonitinha. Nesse mesmo quintal, se encontrava um garoto, que aparentava ter a mesma idade que Max. Estava um pouco longe, mas pelo o que Max pode perceber, era um garoto muito bonito, que ao olhar para seu “observador”, andou rápido e sumiu, saindo do campo de vista de Max.

Quando entrou na casa, o garoto colocou as malas do chão, ao lado de uma mesinha com flores e olhou o ambiente. A casa era linda. De frente para a porta, existia uma escada bifurcada, que levava para dois longos corredores. No andar de baixo, á direita, ficava uma sala de estar, com uma TV enorme e dois sofás de couro branco. Á esquerda tinha uma sala de jantar, e pelo o que Max pode ver, tinha outra porta que levava para a cozinha.

Nickolas tinha finalmente entrado, e depois de mostrar a andar térreo da casa para Max, levou-lhe pra o andar de cima onde ficavam os quartos.

- Aquele quarto é o meu, - disse Nickolas, apontando para uma porta no fim do corredor. - não entre lá. Esse daqui é o seu, decore como quiser, não suje as paredes e seja feliz aqui.

- Só isso?

- Só. Agora eu tenho que ir trabalhar, desculpe não ficar e te ajudar na arrumação de tudo aqui, mas eu tenho uma reunião importante daqui duas horas e sei que você pode arrumar tudo aqui em dois segundos. – Nick deu um abraço em Max e saiu do quarto.

Max olhou para tudo no quarto. Tinha uma casa de casal enorme, um banheiro, um closet, uma cômoda onde estava posta uma televisão, no outro lado do quarto, ao lado da janela, tinha um computador.

Max andou até a janela e conseguiu ver toda a rua e alguns meninos e meninas que saiam de suas casas, todos carregando mochilas e cadernos, provavelmente indo para a escola. No meio de um pequeno grupo de garotos, que saiam da casa de frente com a de Nick, Max pode ver aquele garoto que tinha visto antes no quintal de casa. Eles todos riam, e andavam em direção da esquina. Max não tirou o olhar do garoto até ele sumir novamente quando virou a esquina.

Depois de alguns segundos, Max olhou novamente o quarto, as malas, e depois se virou, fechando as cortinas. Usou sua velocidade, e três segundos depois, as malas estavam guardadas debaixo da cama, e todas as suas roupas dentro do closet. Mais dois segundos, e suas roupas usadas e suadas, estavam jogadas no chão e já usava limpas.

Pegou seu celular e saiu do quarto, e depois desceu as escadas. Quando estava no último degrau, a porta se abre e uma figura entrou correndo, dizendo que tinha esquecido algo.

Era o garoto que Max tinha visto, e ele agora estava parado, assim como o próprio Max, sem fala.

Depois de longos 3 segundos, uma palavra conseguiu escapar por entre os dentes de ambos ao mesmo tempo:

- Oi!