Rachel ficou o dia inteiro contando os minutos, não podia esperar para sair daquele castelo de novo. Ou melhor dizendo, não podia esperar para encontrar Finn de novo.

Equanto isso, Finn passou o dia inteiro fora se divertindo, andando de cavalo, subindo em árvores. Ele viu que estava quase na hora e se apressou para chegar na cachoeira.

– Você veio... - Rachel disse andando até Finn.

– Claro.

– Desculpa pela minha irmã ontem.

– Tudo bem. As irmãs protegem.

– Você tem irmãs?

– Tenho uma. Acho que você conhece ela. Quinn...

– Quinn Evans?

– É...

– Ela nem parece com você.

– Ela puxou o papai. E eu a nossa mãe.

– E onde eles estão?

– Quem?

– Seus pais.

– Minha mãe morreu quando teve a Quinn, e meu pai sumiu quando eu fiz 18 anos.

– E quantos anis a Quinn tinha?

– 12.

– E quantos anos você tem agora?

– 26.

– Então nem faz tanto tempo assim.

– 8 anos... Eu e a Quinn nos viramos depois disso. Daí ela conheceu o Sam, e eu fiquei morando aqui.

– E por que você não vai morar com ela?

– Por dois motivos. Primeiro, eu vou morar num castelo quando eu conseguir minha princesa, não porque minha irmã tem dó de mim. E segundo, ela mora longe daqui. E depois de te conhecer, não sei se ia aguentar ficar longe de você.

– Já se apaixonou?

– Talvez.

– Esquece.

– Por que?

– Primeiro, eu ainda tenho 17 anos, então seria ilegal, segundo, as princesas já nascem prometidas a homens de outros reinos.

– E você, já conheceu o seu futuro "marido"?

– Brody Weston. Um vadío que pega todas. Eu to pensando em fugir.

– Bom, é como meu pai dizia. Você tem que aceitar seu destino.

– Mas vai que meu destino não é aqui? Meu destino pode ser me casar com um grandão que conheci a um dia.

– Já se apaixonou?

– Talvez.

– Então venha aqui. - Finn puxou Rachel, colando seus corpos e logo beijou ela até faltar ar.

– Wow...

– Tudo bem? - Finn perguntou sentando no chão e colocando Rachel em seu colo.

– Sim... Eu só queria não ter essa vida. Queria poder passar o dia fora daquele castelo. Mas não... Eu tenho que esperar meus pais e minha irmã dormirem para poder fugir.

– Então por que você não foge de vez? Comigo... Sei onde podemos ir.

– Eu preciso pensar.

– Você ainda não me contou como foi parar embaixo daquela árvore.

– Eu estava andando por aqui como sempre. Daí eu escutei passos, e fiquei com medo. Eu me abaixei e fiquei perto daquela árvore, só que eu acho que alguem tinha cortado ela, porque ela caiu em cima de mim, daí eu não aguentei e começei a gritar, e você me salvou.

– Eu fiquei muito assustado com seus gritos, e depois fiquei com medo de que fosse grave, com medo de que você pudesse morrer.

– Mas você nem me conhecia.

– Mas fala sério, ninguem quer ver uma garota linda com você morrer.

– Acha mesmo que eu sou bonita?

– Claro... Achei isso desde a primeira vez que eu te vi.

– Finn, eu não quero mesmo me casar com o Brody, eu topo.

– Fugir?

– É... O que de pior pode acontecer?

– E quando quer fugir?

– Eu vou na tua casa, amanhã depois da minha festa de noivado, que vou ser obrigada a ir. Esteja pronto as 23:00.

– Tudo bem.

– Obrigada por tudo, Finn. - Rachel deu um selinho demorado em Finn e se levantou. - Até amanhã.

– Até.