Give Me Love escrita por Raven


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, ontem eu não tinha nada para fazer, então vi o clipe da música 'Give Me Love' do Ed Sheeran e resolvi escrever isso.
Os que me conhecem sabe que a história é Brittana porque não sei escrever a Britt com alguém que não seja a Santana; mas também tem umas pequenas participações de Faberry, Samcedes, Tike, Sugartie (apesar de eu não ser muito fã), Klaine e Karley.
Espero que gostem, porque essa porcaria me ocupou até 4 e pouca da manhã. Mas se acharem que está uma bosta podem jogar na minha cara, gosto de sinceridade.
Enfim, boa leitura, lá embaixo eu vou botar o link do clipe, para quem quiser dar uma olhada.



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A latina estacionou sua viatura na frente de uma pequena casa perto da zona menos povoada da cidade. Bufando de estresse, tirou a chave da ignição e saltou para fora do carro. Toda essa vida de policial era um saco, a própria morena ainda não entendia o porquê de ter escolhido aquela profissão para seguir.

Quando chegou na porta da casa, estava destrancada. O lado de fora estava cercado de outras viaturas e médicos. Entrou relutantemente. "Para que eles precisam de policiais se não houve crime algum?" Perguntou para si mesma, enquanto fazia seu caminho pela residência desconhecida. Santana passou os olhos pelo local.

Havia uma clínica geral agachada no meio da sala, fuçando em sua maleta. Um detetive particular estava parado na frente de um colchão, onde deitava o corpo de uma jovem loira. A latina continuou andando em direção ao corpo aparentemente sem vida da moça.



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A loira observava um casal encostado na parede, de um beco escuro e deserto, os dois pareciam apaixonados. A mulher, que usava um chapéu e aparentava ser alguém de classe alta, prensava o homem contra o concreto, delicadamente. O coração de Brittany doía. Saber que ela nunca seria capaz de amar e ser amada é uma das coisas que ela daria tudo para mudar.

A jovem estava sentada em seu colchão, lembrando do amor entre as duas pessoas. Era tão deprimente ver todos apaixonados e amando, enquanto ela continuava sozinha, como sempre foi. E provavelmente como sempre seria. Brittany mexia em seu cordão, seus olhos rodando pela casa, pelas fotos de casais em sua parede. Mas por que diabos ela tinha aquilo? "Ah, para sempre lembrar do que nunca poderei ter." Pensou a loira, respondendo sua própria pergunta.

Sua luminária continuava acesa; sua chaleira no fogão; seu ventilador vagabundo tentando tirar o mormaço da casa. Pequenos detalhes, mas de grande importância. Pelo menos para ela costumavam ser. Mas agora não importava. Nada importava. Brittany encarava o chão, perdida em pensamentos.

A jovem estava sentada no banco de uma cafeteria qualquer. Sozinha. Não havia pedido nada, só estava lá para tentar distrair sua cabeça. Ela nunca entenderia o porquê de tudo que se passava em sua solitária vida. Nunca.

Brittany calmamente virou sua cabeça para a mesa onde descansavam vários instrumentos para escultura. Esse era seu hobby, vivendo a maior parte do tempo sozinha, ela teria que se distrair com alguma coisa. Mas agora não era a hora. Ainda não. Algo ainda estava errado. A loira voltou seu olhar para suas mãos, para em seguida enxergar os dois bonecos de madeira em sua cabeceira. Até eles tinham amor, tinham um ao outro. Por que ela não?

A jovem começou a remexer-se desconfortavelmente, suas mãos tentando alcançar algo em suas costas. Aquilo tinha que passar. Aquele desconforto, aquele peso, tinha que sair de algum jeito. Ela tentava, de todos os modos, pegar algo que estava escondido por baixo de sua pele. Depois de algum tempo tomado, Brittany finalmente conseguiu. Uma pena branca, que estava suja com seu próprio sangue. Retirada de suas costas. A loira ficou confusa no início, sem saber o que aquilo significava.

Descartando pena ensanguentada, Brittany continuou a tentar livrar-se daquele desconforto. Rasgando a parte de trás de sua blusa branca, ela sentiu aquele peso ficar mais leve. Talvez ela tenha descoberto algo em que seria útil na vida. A jovem ficou de pé, abrindo os braços aliviada.

A loira estava parada naquele mesmo beco de alguns dias antes, dessa vez com suas asas expostas em suas costas. Sua mente voltou para a cafeteria que ela sempre frequentava, sozinha. Mas dessa vez ela não sentia-se tão sozinha. Sua nova descoberta a deixava um pouco mais aliviada, mas ainda assim, sentia que algo estava faltando. Algo sempre faltava.

Brittany sentou em uma cadeira, de frente para a mesa onde esculpia suas coisas quando estava entediada. O que era sempre. Dessa vez, a mulher limitava-se a fazer um arco e uma flecha. Ao terminar seu trabalho, a loira sentou-se ao lado da porta, que dava para o beco deserto onde sempre ficava a observar como o amor não era feito para ela. Seus dois bonecos de madeira lhe deram uma ideia. Voltando novamente para a porta entreaberta, Brittany alcançou com os olhos uma loira e uma morena.

As duas mulheres caminhavam calmamente pela rua, sorridentes. A morena era mais baixa, com um nariz avantajado. A loira parecia tão feliz que poderia explodir a qualquer momento. As duas caminhavam de braço dado, como se nada pudesse afetá-las.

Brittany escondia-se num túnel, onde quase ninguém costumava passar, com seu arco e flecha prontos para apontar para quem quer que aparecesse. Seu olhar encontrou um loiro, alto, que andava sem rumo pelo lugar.

A jovem adulta mirou na loira e atirou a flecha em suas costas. As duas pareceram parar no meio do caminho. A morena observou a outra, como se algo tivesse mudado a segundos atrás.

Brittany, sem hesitar, atirou uma flecha no rapaz que ainda caminhava pelo túnel. Uma mulher negra vinha do outro lado, cruzando o olhar com o do homem, que parou de andar e começou a puxar assunto com a mulher, que sorria.

A morena foi prensada contra uma pilastra pela loira recém atingida pela flecha de Brittany. Sem desviar o olhar uma da outra, a mais alta inclinou-se lentamente na direção da garota encostada. A 'garota cupido' continuava a observar as duas pela porta entreaberta de sua casa. Ela criou amor. Ou despertou os sentimentos profundos das duas jovens. Para ela não importava.

Brittany andava sem rumo pela cidade. Parou no ponto de metrô mas não entrou quando deveria ter entrado. Ficou simplesmente parada ali. Ainda sem entender o sentido de sua vida. Ela podia criar amor, mas nada a afetava, e a loira não podia deixar de se sentir vazia. Um táxi parou em sua frente. A jovem entrou, abrindo a janela para observar o mundo ao seu redor com seu arco e sua flecha. Brittany atirou no casal de asiáticos que conversavam na beira da rua. A garota puxou o rapaz para um beijo. Seu trabalho ali já estava feito.

Todos pareciam estar se juntando. A loira e a morena de sua rua deserta, a essa hora estavam beijando-se apaixonadamente. O loiro e a negra do túnel não eram diferentes. A jovem estava parada em cima de seu telhado, indiferente. Não havia lugar para ela, não havia uma alma gêmea.

Ainda no táxi, Brittany atirou sua flecha numa garota qualquer parada no ponto de ônibus. Na mesma hora, a jovem lançou-se sobre o rapaz de cadeira de rodas que estava próximo. Mais para frente, a loira viu dois homens e uma mulher. Atirou em um dos homens, que imediatamente beijou a mulher. Provavelmente, o casal do ponto de ônibus também já estaria entre amassos.

Brittany observava seu boneco de madeira, ainda sem saber o que fazer. E então uma ideia clicou em sua cabeça.

A jovem atirou no outro homem, que empurrou o outro para longe da mulher e puxou-a para um beijo.



A loira caminhava lentamente pelos túneis desertos, tentando achar seu destino. O vazio ainda não havia a abandonado. Uma festa rolava nos arredores. Segurando sua flecha, Brittany observou cada feição tentando achar o que procurava.

Enfiou a afiada flecha no ombro de um rapaz que usava uma gravata borboleta, seu olhar encontrou-se com o de outro rapaz, que usava um topete. Depois disso os dois rapazes já se apertavam contra a parede, entre beijos de tirar o fôlego.

Brittany dançava tranquilamente pela festa, ainda insatisfeita. Sua mente estava em conflito. A escuridão ameaçava entrar em seu corpo, mas ela não poderia deixar. Despertando-se de seus pensamentos sombrios, penetrou sua flecha nas costas de uma jovem qualquer, que se jogou para cima de um rapaz. Mas a loira ainda sentia-se como se estivesse a ponto de cair de um precipício. Sem pensar, enfiou a flecha em uma jovem loira e baixa, que depois de segundos já estava se atracando com uma morena de olhos azuis, que usava um chapéu.

A sensação ruim, porém, não parecia deixar o seu corpo. Brittany corria desesperada pelas ruas, sem saber mais o que fazer, isso tudo estava deixando-a louca. Todos haviam achado alguém. Todos. Os dois rapazes, a loira e a morena, vários casais juntos, apaixonados. E ela ali, sozinha. Como sempre foi.


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As imagens da festa ainda passavam pela cabeça de Brittany, dançando em seu cérebro, que agora parecia estar desligado. A loira encontrava-se inconsciente no colchão de sua casa, com uma flecha encravada em seu próprio peito. Ela não fazia noção do que estava acontecendo em sua volta.

Santana ainda caminhava em direção ao corpo da jovem supostamente morta. O detetive que estava em sua frente afastou-se, possibilitando-a de ver a pobre garota. Algo clicou em sua cabeça. Algo clicou em seu coração. Algo clicou dentro de si. A flecha que estava no peito da loira desapareceu. Assim como seu sangue.

A jovem abriu os olhos, encontrando a policial em sua frente. Seus olhares se cruzaram. O amor deixou de ser impossível para Brittany. A loira e a latina acabavam de encontrar suas almas gêmeas. E a loira sentiu a escuridão lentamente abandonar seu corpo. Ela estava finalmente completa.





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Notas finais do capítulo

Desculpem se ficou confuso demais, mas tentei o meu melhor :)
Para quem quiser ver o clipe para entender melhor ou para simplesmente ver, esse é o link: http://www.youtube.com/watch?v=FOjdXSrtUxA
Enfim, se gostou comente, se não gostou também comente, deixe-me saber o que achou ;)
Obrigada por ler e blábláblá, quem quiser dar uma olhada na minha outra fic, A Filosofia da Vingança ou em qualquer uma das minhas outras fics é só ver lá no meu perfil.
Fui



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