A Linhagem Sagrada escrita por elleinthesky


Capítulo 7
Capítulo 5 - É Pra Chamar de Vovô?


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas é que eu tenho tido mais inspiração pras partes cruciais da história; daí o início fica meio "away".
Vejo vocês lá embaixo, boa leitura (:



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Um clarão tomou contado quarto e fez o cômodo cintilar ainda mais com o brilho do raio. A luz do raio foi ficando cada vez mais fraca e a silhueta de um homem ficava cada vez mais visível. Então a luminosidade voltou ao normal, apenas tochas iluminavam o ambiente, e Amy viu um homem alto, que aparentava ter cerca de trinta anos, usando um terno tão cinza quanto nuvens de tempestade. O homem fitava a garota com olhos azuis penetrantes e intensos e, de alguma forma, ela se sentiu intimidada por ele.

- Q-quem é você? – perguntou Amy, se encolhendo na cama até que ficasse sentada contra a parede abraçando as próprias pernas.

- Você entra em minha casa e sequer sabe quem sou eu? – disse o homem, enquanto ajeitava seu blazer.

- Você é Zeus? – perguntou Amy, atordoada com o que via. – M-mas não é possível. Você vive no Olimpo.

- Só porque sou o rei dos céus isso significa que não posso vir à terra? – disse Zeus, sentando-se na cama de Amy. – Mas não foi pra isso que saí da minha casa; eu precisava falar com você, minha pequena. – ela olhou confusa para o deus, mas como ela nada disse ele resolveu continuar. – Como você já deve ter conhecimento, sua mãe era uma semideusa. Honestamente, ela era uma das minhas crianças favoritas; além de Mary Ann, apenas Perseu e Heracles despertaram tamanha afeição da minha parte. Não que Hera goste muito disso, mas ela é minha esposa e deveria entender que preciso dos meus filhos. – essa última parte parecia mais um devaneio do que uma constatação de fatos em si. – Agora, sem rodeios: nós dois sabemos quão especial você. Eu não entendo bem que criatura híbrida nasceu de minha filha, mas eu sei que tem sangue divino nas suas veias e a verdade é que isso me interessa.

“Fui eu que te coloquei no radar do Acampamento, eu apenas sentia que eles deviam encontrá-la. – ele sinalizou para que ela chegasse mais perto – Seria mais seguro assim. Também pedi a Dionísio que te colocasse aqui, onde ficaria isolada e poderia pensar com mais clareza sobre qualquer coisa. – depois que Amy se sentou ao lado de Zeus, ele pegou levemente em sua mão. – Veja bem, eu não sei que tipo de criatura é o seu pai; o que sei é que ele pode ser qualquer coisa, menos mortal. Talvez tenha algo divino sobre ele que eu sequer compreendo, mas ainda não preciso que me conte nada. Eu prefiro não saber por enquanto. Provavelmente você deve estar pensando o que raios estou fazendo aqui – ele disse “raios” em tom de brincadeira, como uma piada interna – e, com uma probabilidade maior ainda, você deve ter achado a minha piada péssima. – ela assentiu, abafando um risinho. – Enfim, eu precisava vê-la para te dar um conselho muito importante: aprenda tudo o que tiver oportunidade de aprender neste Acampamento, você vai precisar. – tendo dito isso, o deus soltou a mão da garota e se levantou. – Nunca, em hipótese alguma, confie cegamente em ninguém aqui com exceção de Chiron. As pessoas sabem ser trapaceiras quando querem. Por fim, não comente com ninguém que eu estive aqui.

Zeus olhou em direção ao céu como se pudesse penetrá-lo com os olhos, e Amy achou que certamente ele poderia. Novamente o raio e o clarão estavam ali, cegando-a. No segundo seguinte, o avô da garota tinha desaparecido.

- Só pode ser brincadeira, né? – disse ela, deixando seu tronco cair na cama.

Amy colocou as duas mãos embaixo da cabeça como que para dar apoio e suspirou pesadamente. “Meu Deus, é muita coisa pra processar de uma vez só. Pera, vamos por partes. Minha mãe é uma semideusa. De alguma forma isso afetou em quem eu realmente sou. Meu novo professor é um centauro. Eu estou em um acampamento transportado sabe-Deus-como da Grécia pra Long Island, acampamento este que não pode ser encontrado por mundanos. Mundanos estes que eles chamam de mortais por aqui, o pior é que eles dizem isso como se nunca fossem morrer um dia!” – ela bufa com o pensamento. – “Enfim, continuando. Ao invés de aprender a fazer coisinhas com gravetos e brincar com balões d’água, aqui eu vou aprender a ‘não morrer’ como disse Dionísio... quer dizer, Sr. D! E ainda tem o meu avô, que eu descobri ser Zeus. Nunca pensei que meu avô fosse tão, tão... gato.” – ela abriu um largo sorriso ao lembrar do rosto perfeito e daqueles lindos olhos azuis, tão azuis quanto os de sua mãe. - “Amelie Katherine Graycastle, FOCO! E além do mais, ele é meu avô. Meu AVÔ. Mas ninguém mandou ele ser tão bonito e jovem em sua forma humana. Mais ainda assim, é avô. E ainda tem o Scott... não, espera. Por que eu pensei no Scott? Ele nem é tão bonito assim, eu hein. Garoto metido e esnobe. Ah, quem eu to querendo enganar? Ele é bonito, sim. Não, chega. Chega de Scott!”

A garota levantou ainda um pouco atordoada com a pequena confusão que acabara de ocorrer em sua mente e foi até o banheiro passar uma água no rosto como se o líquido fosse levar seus pensamentos amalgamados para o ralo junto consigo.

- Amelie, isso não é hora de pirar. Se concentra, seja forte. – e suspirou olhando para a pia enquanto a água jorrava. Ela finalmente fechou a torneira e tornou a olhar para o espelho fixado acima da grande pia de vidro. – É, eu to muito ferrada.

O sinal para o banquete do jantar soou tirando Amy de seus devaneios e desaparecendo com qualquer pensamento que começasse a se moldar em sua mente.

- É disso que preciso: comida. – disse ela para si mesma enquanto recolocava os seus tênis All Star que tinha tirado quando deitou na cama, pouco antes de Zeus fazer sua “visitinha de cortesia”.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é curtinho, mas o próximo vai compensar. Prometo!
É sério, o cap 6 será imenso rs
Críticas, opiniões, sugestões... Digam o que acharam (:



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