A Sociedade Da Investigação Dos Pinguins escrita por Ghefrentte


Capítulo 5
Capítulo 5 - O não tão admirável mundo velho


Notas iniciais do capítulo

No capítulo anterior, Ghe e Pinguito vão parar num mundo estranho. E agora? Como eles voltam pra casa? O que será que anda acontecendo lá?



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“Ai ai, como é bom ficar fora do CP por um tempo”, comentou Pinguito, enquanto nossa aparência ainda fazia as pessoas se assustarem, fugirem ou desmaiarem na rua. “Ficar longe de todo aquele capitalismo...”.

“Ainda vendem Coca Cola no mercado”, falei.

“Ah...”, lamentou ele.

Chegamos no ponto certo. Estávamos numa lanchonete, num beco meio estranho, mas eu sabia que ele apareceria. E eu estava certo.  Alguns segundos depois que chegamos, uma cabine azul se materializou ali no beco e fez o atendente da lanchonete gritar e fugir. (E eu já tinha achado estranho ele não ter fugido por nossa presença) De lá, saiu um pinguim, como nós, porém ele usava um gorro azul e sobretudo. Ele andou até a lanchonete e entrou.

“Ora, Ghe, quanto tempo!”, ele disse.

“Você está sumido, Doutor. Nunca sei onde te encontrar”, falei. “Por sorte consegui chegar aqui no horário certo. Ah, perdão. Pinguito, esse é o Doutor, também conhecido como Gioppo. Doutor, Pinguito.”.

Eles se cumprimentaram.

“Caramba, o atendimento é péssimo aqui”, comentou o Doutor, a respeito de não ter ninguém no balcão para nos atender. “Enfim, Ghe, o que traz você aqui a boa Londres?”.

“Meu amigo”, disse, sinalizando a Pinguito. “Ele foi sugado por um dos vórtices do Espaço-Tempo, e eu não podia deixa-lo se meter nessa roubada sozinho. Ele ia ficar preso aqui pra sempre.”.

Eu e o Doutor ríamos, enquanto Pinguito não sabia se se sentia ofendido, ou se entendia algo sobre nossa conversa.

“Tive sorte de chegar aqui justo hoje, e nesse horário.”, comentei. “Lembro de quando você me trouxe aqui, nesse mesmo dia, a um tempo atrás. Você, depois de me levar de volta pro CP, disse que ia passar aqui e sumiu de novo, pra variar. Nunca mais tinha te visto desde então. Dei muita sorte!”.

“De fato”, comentou o Doutor / Gioppo. “Mas e aí, querem uma carona?”

“Pode ser”, concordei.

“Esperem!”, disse Pinguito, que estava atrás do balcão da lanchonete fazendo um sanduíche.

Bom, quando Pinguito terminou seu lanche e fomos para a Tardis. Oh, sim, a Tardis. A nave do Doutor, a tal caixa azul de onde ele saiu. É difícil de explicar em termos simples, mas ela é bem maior por dentro do que por fora. Pinguito se assustou, claro.

O Doutor programava a Tardis, e nos perguntou pra onde íamos.

“Vamos voltar pro CP, claro”, respondi.

Depois da Tardis dar suas costumeiras sacudidas, ela parou.

“Chegamos!”, exclamou o Doutor.

Saímos. Estávamos do lado de dentro da Taverna.

“Muito obrigado, Doutor”, agradeci. “Olha, não gostaria de vir com a gente?”.

“Pode ser”, ele falou. “Vou deixar a Tardis descansar um pouquinho. Esse negócio de viajar entre os universos humanicos-pinguins força muito ela”.

Abrimos a porta da Taverna pra sair e vimos.

Lá estava a guerra acontecendo.

Todos os iglus em volta estavam com partes faltando e marcas de bala. Pinguins com armas se dividiam em equipes e matando-se uns aos outros com armas de fogo. Um grupo nos cercou, jogou no chão, e um deles perguntou:

“Berod Haplabeebz ou Herbert?”

“Pode ser nenhum?”, perguntei.

“Não”, respondeu ele apontando a arma para minha cabeça.”

“Berod Haplabeebz então, eu acho.”, respondi.

“Sábia escolha.”, disse ele, tirando a arma da minha cabeça. “Venham conosco, vocês vão ficar seguros. Então, levantamos e seguimos ele e o grupo.

“Quem é você?”, perguntou Pinguito.

“Me chamo Paulo”, ele respondeu. “Antigamente costumavam a me chamar de Pipoca. Mas acho que apelidos engraçados não são muito apropriados pra situação que estamos passando.”.

“Que situação?”, perguntei. “O que está havendo, afinal?”.

“Como assim?! Vocês passaram uma semana na Lua, por acaso?!”, perguntou Paulo.

“Quase.”, respondi.

“Herbert viu que ia perder as eleições, então deu um golpe de estado e se tornou o líder do CP.”, respondeu Paulo.

“De novo?!”, falamos eu, Pinguito e o Doutor, ao mesmo tempo.

“Pois é.”, respondeu Paulo. “Chegamos a base”, disse ele entrando num buraco camuflado no chão. O resto do grupo que estava com ele o seguiu, e, bom, nós fomos juntos.

O buraco dava pra um iglu subterrâneo, bem grande e espaçoso, e com algumas provisões engenhosamente colocadas.

Lá, estavam refugiados, surpreendentemente, Justin e Rodrigo, e mais um casal de pinguins desconhecidos.

“Aonde vocês foram?! Ficaram uma semana fora!!”, reclamou Rodrigo.

“Digamos que o tempo passa de forma diferente no vórtex do tempo.”, expliquei. “Só ficamos alguns minutos fora.”, expliquei.

“Bem, nesses ‘minutos’, o Herbert agora virou o ditador da Ilha.”, comentou Justin.

“Ah, esqueci de me apresentar. Sou o Doutor”, falou o mesmo.

“Somos Justin e Rodrigo”, completaram os mesmos.

“Lila e Aamelo”, apresentaram-se o casal desconhecido.

Então, mais um pinguim entrou na caverna. Ele parecia cansado e sujo, mas eu o reconhecia dos cartazes. Era o Candidato Berod Haplabeebz.

“Oi gente”, disse Berod. “Trouxe mais comida”, disse ele largando umas sacas de café numa mesa.

De repente, um míssil perfurou o teto e quebrou-o por metade.

“Droga, nos acharam!”, gritou Paulo.

“Maldição, eles estavam me seguindo!”, praguejou Berod.

Cada um foi pro seu lado e todos fugiram. Puxei Rodrigo pelo braço e o Doutor fez o mesmo com Justin, Pinguito nos seguindo. e assim fugimos em direção a Taverna.

Entramos todos na Tardis. Justin perguntou:

“Ei, pra onde vamos?”.

“Qualquer lugar menos aqui!”, respondeu o Doutor, dando um puxão numa alavanca no painel da Tardis. Ouvimos um barulho que parecia ter quebrado a porta da Taverna.

“Droga, nos seguiram!”, disse Rodrigo.

“Tenho que ser mais rápido, droga!”, reclamou o Doutor, ainda programando os painéis da Tardis.

Ouvimos umas batidas fortes na porta da Tardis.

“Droga! Quanto tempo será que eles levam pra quebrar a porta?”, perguntou Pinguito.

“Eles não vão quebrar”, respondeu o Doutor. “Nem o exército de Gengis Khan passaria por aquela porta, e olha que eles tentaram!”.

Finalmente o Doutor havia terminado de ajustar as coordenadas e nós começamos a viajar. A Tardis balançava muito, fazendo viajantes no tempo pouco experientes como Rodrigo, Justin e Pinguito irem escorregando de um lado pro outro, procurando algo em que se segurar.

Depois de muitas balançadas, a Tardis finalmente parou. O Doutor abriu devagar a porta e saiu, seguido por mim, Pinguito, Justin e Rodrigo, respectivamente. Estávamos numa sala toda branca e limpa. As únicas referências que tínhamos pra saber que tratava-se de uma sala era uma janela de vidro e algumas portas nas paredes. A janela de vidro. Ela era bem grande, então, fomos ver o que tinha do lado de fora.

Era o espaço. Sim. Estávamos no espaço! Aquilo era uma nave! Lá longe, víamos a nossa Terra Alternativa.

“Caramba, em que ano será que estamos?”, perguntou Justin.

“Bom, bem longe, se me lembro bem”, respondeu o Doutor.

Quando nos viramos, estávamos cercados por robôs, com seus braços / armas apontados pra nós.

“Ora ora ora, o que temos aqui?”, disse uma voz misteriosa, que nos surpreendeu quando vimos de onde ela estava vindo.


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Notas finais do capítulo

Referências usadas no texto:
O personagem do Doutor e a Tardis são referências claras a série de ficção científica Doctor Who, referentes ao personagem Doutor e sua nave.



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