A Sociedade Da Investigação Dos Pinguins escrita por Ghefrentte


Capítulo 14
Capítulo 14 - A Corte dos Morcegos


Notas iniciais do capítulo

Após passarem por tremendas confusões por causa dos Daleks, Ghe e Rodrigo encontram um novo caso, dessa vez, numa festa a fantasia.



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Havíamos chegado na tal festa a fantasia que o Ghe havia dito. Ficamos lá por um tempo até encontrarmos a pessoa que supostamente havia falado no telefone com a Sra. Hudson e contatado Ghe por e-mail. Era uma pinguim branca, fantasiada de Darth Vader. (Vimos que era branca após ela tirar o capacete) Ela nos chamou para um canto mais quieto da festa e explicou o que queria:

“Então, eu tenho essa carta que meu pai escreveu pra mim... mas ele parou no meio de uma palavra, e tem uma gota de sangue no papel! Você pode examina-la?”, perguntou para Ghe.

Ghe pegou a carta e aproximou-se para vê-la melhor. De repente, num movimento de reflexo, ele tirou Moe debaixo do chapéu e colocou na frente da pinguim, que deu uma dentada em Moe.

“Olhem só o que voltou dos mortos...”, sussurrou Ghe.

Moe, no momento, criou asas, orelhas e uma cauda de morcego.

“AFASTEM-SE!”, gritou Ghe, para todos do local ouvirem. “É UMA VAMPIRA!”.

Um pinguim com uma estaca de madeira pulou em cima da vampira e cravou uma estaca de madeira em seu coração. Ela estava morta.

O pinguim tirou sua máscara de Homem-Aranha e disse:

“Ainda bem que sempre venho prevenido.”.

“E ainda bem que eu sempre trago o Moe comigo.”, disse Ghe.

“Ah, claro, do seu ponto de vista tudo é uma maravilha, né?”, disse o Moe-Morcego, dando pequenos voos em volta da cabeça de Ghe.

“Meu nome é Kombi Helsing”, disse o pinguim. “Sou caçador de vampiros e gourmet nas horas vagas.”.

“Eu sou Ghe, e esse é meu Robin, o Rodrigo.”, disse Ghe.

“Robin?”, perguntei.

“Caramba, você esqueceu tudo mesmo... olha, é o ajudante do Batman. Explico depois.”, falou Ghe.

“Prazer, Ghe e Rodrigo, o Robin.”, falou Kombi Helsing.

“Kombi, de onde veio essa vampira?”, perguntei.

“Rumores vem circulando a um tempo, sobre uma corte de vampiros que age secretamente no Club Penguin. Chama-se... A Corte dos Morcegos.”, explicou Kombi.

“E porque resolveram me atacar?”, perguntou Ghe.

“Parece que, por algum motivo, a Corte sentenciou sua morte. É assim. Quando eles sentenciam sua morte, não tem outro jeito. Eles te acham, e te matam.”.

“Parece que não funcionou comigo, dessa vez.”, disse Ghe.

“É, vai falando assim mesmo. Metido.”, disse Moe, ainda voando em círculos sobre a cabeça de Ghe.

“Para sua segurança, acho melhor eu ficar perto de você por um tempo, Ghe.”, falou Kombi.

“Ah, tudo bem. Estava mesmo procurando novos membros para a minha Sociedade, mesmo...”, disse Ghe.

Voltamos para nosso apartamento 221B na Rua Baker. Entramos e Ghe falou:

“Sra. Hudson, temos um convidado, vamos subir o colchão d’agua lá pra cima.”.

“Ele vai ajudar a pagar o aluguel?”, perguntou a Sra. Hudson.

“Não, Sra. Hudson. Ele não é um prisioneiro aqui. Ele é um hóspede.”, respondeu Ghe.

“Hnf...”, disse a Sra. Hudson, empurrando o colchão d’agua escadas acima.

Chegamos lá em cima. A Sra. Hudson tirou a mesinha que ficava no corredor entre o meu quarto e o de Ghe e colocou o colchão d’agua lá. Ghe entrou no quarto, e depois de um tempo, quando a Sra. Hudson já estava descendo, Ghe gritou:

“SRA HUDSON!”.

“O que foi?”, perguntou ela.

“Devolva a minha caveira.”, respondeu Ghe.

A Sra. Hudson pegou a caveira e devolveu-a a Ghe.

“O que você tem contra a minha caveira, Sra. Hudson?”, perguntou Ghe.

“Deixa o ambiente horrível!”, murmurou a Sra. Hudson, descendo as escadas.

Fomos dormir. Depois de um tempo, acordei e levantei pra ir na cozinha beber um pouco d’agua. Me movimentei sorrateiramente e devagar, para não acordar ninguém. Foi quando eu ouvi a voz vindo do quarto de Ghe.

“Ghe Laddo...”

Me aproximei da porta para ouvir melhor.

“A Corte dos Morcegos...”

Entrei devagar sem ser percebido.

“Sentenciou...”

Fiquei entre ele e a janela.

“Sua...”

Nadadeiras a postos.

“Morte!”

Puxei o vampiro pelas costas e o joguei da janela.

Ele caiu no chão, lá em baixo. Deu pra ouvir o som do pescoço se quebrando.

“O que houve?!”, perguntou Ghe, acordando repentinamente.

“Mais um daqueles vampiros veio tentar te matar.”, expliquei.

Kombi Helsing entrou na sala repentinamente, seguido pelo Moe-Morcego, voando.

“Cheguei tarde?!”, perguntou Kombi.

“Um pouco. Mas consegui dar um jeito no vampiro.”, expliquei.

“Esses caras querem mesmo te matar, Ghe.”, falou Kombi. “Isso é perigoso. Muito perigoso.”.

“Jura? Nem havia reparado...”, disse Ghe, ironicamente.

Ghe levantou-se.

“Kombi, você sabe aonde é a base dessa tal Corte?”, perguntou Ghe.

“Tenho minhas suspeitas, alguns dizem que fica abaixo da Loja de Presentes.”, respondeu Kombi.

“Eu tinha um amigo que morava debaixo da Loja de Presentes...”, sussurrou Ghe. “E com um monte de morcegos...”.

Ghe pegou o celular.

“Espere, esse é o meu celular!”, falei.

“Sim, é. Meio perigoso eu usar o meu agora, não acha? A tal Corte pode me rastrear.”, disse Ghe.

Ghe ligou para um número.

“Alô?”, disse Ghe.

“Alô.”, respondeu a outra voz.

“Ah, Justin. É bom saber que você está vivo.”, disse Ghe.

“Fugi com o Doutor na guerra.”, explicou o tal Justin. “Estamos na Nova Nova York agora, fazendo nada. Quer que demos uma passada ai?”.

“Seria bom.”, disse Ghe. “Estou na rua Baker, 221B.”.

Assim, desligou e me devolveu o celular. Desceu até a porta e ficou esperando.

Uma cabine azul se materializou na nossa frente.

“Essa é a TARDIS, a máquina do tempo do Doutor”, explicou Ghe. “Ela é maior por dentro.”.

Da cabine azul, saíram dois pinguins.

“Doutor, Justin.”, cumprimentou Ghe.

Eles o cumprimentaram, e a mim também.

“Ele não lembra muito bem de vocês, pessoal. Ficou com amnésia após a guerra.”, explicou Ghe.

“Hm... mas, então, Ghe, porque nos chamou aqui?”, perguntou o Doutor.

“Justin... por acaso você conhece a Corte dos Morcegos?”, perguntou Ghe.

Justin parecia nervoso.

“N-nunca ouvi falar...”, respondeu Justin.

“Ora, vamos, Justin. Você morava debaixo da Loja de Presentes. Eles moram lá.”, disse Kombi Helsing.

“C-coincidência...”, disse Justin.

“Oh, é mesmo? Você morava com MORCEGOS lá embaixo.”, disse Ghe.

“A PRESSÃO! NÃO AGUENTO MAIS! Tá, eu confesso. Eu sou membro da Corte dos Morcegos. Digo, era. Sumi por um tempo. Somos assassinos treinados, matamos quem nosso mestre manda.”, respondeu o Justin.

“E quem seria esse mestre?”, perguntou Kombi.

“Nunca o vimos. Só recebíamos seus comandos pelos seus assistentes pessoais.”, respondeu Justin.

“Tudo bem... e porque eles querem ME matar?!”, perguntou Ghe.

“Vish... isso eu não sei. Mas posso arranjar um meio de leva-los até lá.”, respondeu Justin.

Justin nos levou para o seu esconderijo abaixo da Loja de Presentes. Ele tinha alguns uniformes de membros da Corte sobrando, então todos pudemos nos vestir e ficar disfarçados. Moe, que já estava se acostumando a ser um puffle-morcego, nos acompanhou – ele só ajudava mais ainda a deixar nosso disfarce mais realista, já que, de acordo com o Justin, quase todos os membros da Corte tinham um puffle-morcego.

Descemos um longo vão de escadas dentro da caverna. Chegamos numa porta de ferro, trancada, com um painel para digitar uma senha. Justin digitou-a e a porta abriu. Entramos. Era um elevador. Descemos, e parecia demorar uma eternidade.

Chegamos. A porta se abriu. Parecíamos estar dentro de uma grande sala de tribunal. Sentamos no topo das “arquibancadas”. Todos usavam a mesma roupa que nós, e, de fato, alguns tinham puffles-morcegos.

“Boa tarde, senhores.”, disse o pinguim-vampiro que estava no centro. “Estamos aqui hoje reunidos para discutir mais tentativas de matar o detetive consultor Ghe Laddo e todos os seus aliados, por atrapalharem os planos de nossos aliados... os Daleks.”.


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Notas finais do capítulo

Referências usadas no texto:
A Corte dos Morcegos é baseada na Corte das Corujas, uma sociedade secreta de assassinos que habita Gotham no recente arco "The Court of the Owls", da revista do Batman.
Kombi Helsing foi uma referência clara à Van Helsing, personagem do livro Drácula, de Bram Stoker.



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