Flor De Cerejeira escrita por Blood Mary


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Para minha Bunny, minha irmãzinha e dupla dinâmica ♥



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A brisa leve de primavera soprou gentilmente os galhos das árvores cheias de flores, e algumas se soltaram, coalhando o ar de pétalas cor-de-rosa.

Uma delas voou mais baixo, e uma mão rápida a aparou antes que caísse no chão.

- Elas estão bonitas esse ano - Kotetsu sorriu, voltando a deitar-se na relva, observando a flor delicada e perfeita em suas mãos.

- Queria ter podido vê-las nos outros anos - disse Barnaby, deitado ao lado do moreno, enquanto ajeitava a franja bagunçada pela brisa.

- Você pode vir todos os anos, se quiser - o moreno virou a cabeça para ele.

- Se todos os anos tivermos uma folga dessas na primavera... aliás, obrigado por me convidar para vir na sua casa.

- Não tem de quê. Eu sinto que preciso arrastar você para fora da cidade, de vez em quando - Tiger sorriu.

O loiro não pôde evitar sorrir também.

- Não sabia que tinha um lugar desses aqui.

O Parque das Cerejeiras da Cidade Oriental ficava afastado do centro, num lugar amplo e calmo.

- Viu, por isso você precisava sair de lá. Às vezes eu venho aqui pra pensar.

- Nossa, não sabia que você parava pra pensar, oji-san.

- De vez em quan... ei!

Barnaby riu e Kotetsu se virou para ele, o cenho franzido, mas sorrindo de lado. Levou a flor que segurava até os cabelos do loiro.

- Oji-san, isso não vai ficar bem em mim - ele afastou a mão do moreno.

- Bom, eu acho que ficaria - Tiger desanuviou a expressão, e voltou a olhar para a pequena flor em suas mãos. - Bunny, você sabe o significado da flor de cerejeira?

- Bem, sei que é um símbolo da cultura oriental, mas... - o loiro não continuou a frase, não querendo admitir que não sabia nada além disso.

- Ela não murcha antes de morrer, ela simplesmente cai, no auge de sua perfeição - falou, enquanto acariciava as pétalas delicadas com os dedos. - Significa buscar sempre a perfeição, dar o melhor de si todos os dias como se fosse o último. Os samurais consideravam essa a flor perfeita, porque ela não definha, continua sempre no auge.

Seguiu-se um silêncio, enquanto mais uma brisa passava, levando mais flores de cerejeira com ela.

- Kotetsu?

- Hum?

O moreno se virou novamente. Barnaby segurou na mão dele e a trouxe até os lábios, beijando os dedos do mais velho por cima das pétalas frágeis. Kotetsu entreabriu os lábios, diante do gesto delicado e inesperado.

- Você é como essas flores, não é? - o loiro sorriu. - Não desiste nunca. Mas acho que eu também sou um pouco assim.

- É... - Kotetsu sorriu. - Acho que nós dois somos.

- E... tem mais uma coisa. - Barnaby virou o corpo de lado, apoiando-se no cotovelo, de modo a ficar mais próximo do outro.

- O quê, Bunny? - o moreno fez o mesmo gesto, os dois ficando próximos o suficiente para sentirem a respiração um do outro.

- Mesmo que nada seja eterno... podemos fazer ser perfeito - o loiro sussurrou.

- E eu acho que esse momento é perfeito - o moreno alargou o sorriso e aproximou os lábios mais meio centímetro, beijando-o.

Uma nova brisa passou. Uma flor se desprendeu dos galhos e caiu nos cabelos de Barnaby, mas ele não se importou.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, espero que tenham gostado! Não se esqueça de deixar um comentário, não custa nada e motiva o escritor a continuar escrevendo! Até a próxima!



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