Demigoddess escrita por Pacheca


Capítulo 32
Guarding Thalia's Tree


Notas iniciais do capítulo

Momento gay e momento tenso pra vocês, huehue Demorei tanto que to até cansada --' Boa leitura :3



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Estávamos divididos em 3 grupos de 6. Claro que eu tinha ficado no grupo de Dante, mas para minha sorte, Solace também estava lá, como nosso líder.

– Ok, é o seguinte. Quero Claire e John cercando o pinheiro. Eu e Nathaly vamos ficar mais pra frente. Elgin, você fica com Dante no início da estrada. Qualquer coisa, dê um sinal.

– Tudo bem, qualquer monstro que aparecer, damos um sinal e o atrasamos. – Era estranho usar uma armadura fora dos jogos do Acampamento.

– Ótimo. Vamos logo. – As outras duplas se dividiram e nos deixaram. Pouco antes de Dante e eu assumirmos nosso posto, Solace me chamou. – Ei, El. Me faz um favor de me prometer que vocês dois vão ficar vivos. Não quero ter um irmão ou uma cunhada morta.

– Pode...deixar. – Não sabia se ele realmente dissera aquilo por preocupação ou só para tentar aliviar o clima. Ri um pouco, com o cenho franzido, caminhando para nossa posição.

Três horas se passaram sem nada acontecer. A medida que a madrugada ia passando, o tempo ia ficando mais frio. Dante encarava o céu, pensativo.

– El. – Tirei os olhos da estrada e passei a encará-lo. – Eu estava pensando agora, Thalia era a Tri deles.

– O que? – O frio pareceu maior quando ele citou Trianna. – O que você falou?

– Ela foi a mais corajosa deles. Ela não fugiu. – Ele suspirou, tirando os olhos do buraco na copa das árvores e me olhando. – Mesmo sabendo que não nos ajudaria muito sem a mão, ela ainda assim nos acompanhou.

Me mexi, inconfortável. Por que ele estava falando dela? Pra quê? Senti um arrepio e fiquei com os olhos embaçados.

– Pode não parecer, mas eu gostava dela. Me senti mal cavando aquela cova com você, quis chorar quando a enterramos, nunca mais consegui olhar no rosto do Sr. Branch sem sentir um peso nos braços, como quando a carreguei.

– Acha que eu não sei? Acha que eu não sei como foi? – Falei num tom de raiva, mas mal conseguia segurar minhas lágrimas. – Mas do que interessa agora? Ela se foi, e nunca vai voltar mesmo.

– Acha que eu estou falando disso pra te fazer sofrer? – Ele respondeu no mesmo tom, com raiva. – Mas às vezes eu penso que foi minha culpa.

– Como seria? Dante, ela morreu por causa daquele espinho maldito! O que você teria feito? Nada.

– Não sei, Elgin! Tem razão, mas ainda assim, acha que gostei de carregá-la enquanto ela morria, berrando mentalmente que ela ficaria bem?

– Eu a senti morrer. Ela era minha melhor amiga. Dante, para com isso.

– Olha pro céu e me diz se você consegue parar de pensar nela. – O encarei por um segundo, até perceber que ele queria que eu o fizesse. Olhei pro alto, encontrando uma lua minguante brilhante.

– A lua minguante. A favorita dela.

– Pois é. – A voz dele tremia. Dante estava chorando? – Posso pedir um favor?

– O quê? – Eu me sentia morta, como quando eu estava cavando a cova de Tri. Como se nada mais importasse.

– Posso pedir um abraço? – O observei por um instante, desconcertada. – Me arrependi de pensar nela e agora eu estou chorando. – Ele riu por um instante. – Patético.

Olhei a estrada mais uma vez e me aproximei dele, sentindo as folhas secas se quebrando sob meus pés. Passei meus braços por cima dos ombros dele e senti os dele envolverem minhas costas.

– Não é patético. – Sussurrei no ouvido dele, sentindo o risco das minhas próprias lágrimas nas minhas bochechas. – Talvez seja isso que te falte, Dante. Aliviar um pouco suas emoções.

Ele riu, me apertando um pouco antes de me soltar. Ele passou o dedo nas minhas bochechas, sorrindo.

– Me desculpe. Não queria te fazer passar por isso. – Dei de ombros. – Será, Elgin? Que meus problemas são realmente sentimentos reprimidos? – Ele falava num tom brincalhão.

– Pode ser. – Olhei a estrada de novo. Tinha alguma coisa nela. Eu não sabia o que, mas o anel que Hades me deu começou a arder em meu dedo. – Dante, o que infernos é aquilo?

Ele forçou a vista por um instante, sério. Depois de alguns segundos ele sacudiu a cabeça, franzindo o cenho.

– Dê o sinal para Solace. Não tenho certeza, mas acho que nossa hora da vingança chegou. – Ele deu um sorriso torto. Vingança? – Acho que é o Minotauro.

Meu coração parou por um instante, mas logo me recuperei e assoviei, como Solace tinha me dito para fazer. Voltei a observar a estrada. Dante tinha razão: era tão grande e tinha uma forma muito parecida com a do Minotauro.

Pensei nas duas espadas. Dante olhou de soslaio para mim, mas não comentou nada. Ninguém além de mim se acostumara com o anel que virava qualquer coisa.

– Muito bem, vamos lá. – Dante desembainhou o punhal que conseguira mais cedo, mas eu o segurei. Ele me encarou.

– Espera, temos que ver se Solace ouviu a mensagem. – Ficamos os dois olhando para o chão, esperando alguma resposta. Em alguns segundos ouvimos a resposta de Solace.

O minotauro já tinha nos percebido ali. Apertei um pouco mais o punho das espadas. E então começou.

Ele correu para cima de nós, se inclinando para nos chifrar. Eu e Dante pulamos cada um para um lado, saindo do caminho dos chifres. Depois de um momento que me pareceu de indecisão, o minotauro decidiu seguir Dante.

– Eu vou te matar, seu desgraçado. Vem cá, vaquinha. – O minotauro avançou sobre Dante, se esquecendo de mim. Dante me lançou um olhar rápido.

Corri, pulando nas costas do minotauro. Eu só precisava enterrar a espada nele agora. E então tudo deu errado. Errado rápido demais. Senti uma fisgada no estômago, me sentindo tonta.

O minotauro atacou Dante, comigo ainda agarrada em suas costas. Dante conseguiu fugir, mas eu caí. Minha cabeça girava, e minha visão começava a escurecer. Que maldita sensação era aquela?

Eu era o alvo agora. Eu tinha que sair dali, mas doía muito. Consegui ficar de joelhos, mas ele se aproximava. Fechei os olhos. Eu não conseguiria fugir e Dante não me salvaria.

Ouvi galhos se partindo. Consegui bloquear aquela dor, mas tenho certeza de que um dos chifres se enterrou em minha barriga. Me senti sendo arremessada e atingindo o chão.

Mais passos. Abri os olhos agora, finalmente bloqueando toda a dor, o sofrimento. Vi vários pés ao meu redor, ouvindo vários gritos de ajuda e perguntas. Reespirei fundo e deixei a escuridão tomar conta.


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Notas finais do capítulo

E entonces? O que acharam? Acho que meu lado Rick Riordan está muito zoeiro, cara! Reviews, por favor ^^ Bjs



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