A Filha de Apolo escrita por Little ginger, Ayhenyc


Capítulo 18
Capítulo 18/ Por quê?


Notas iniciais do capítulo

Olá, povão!? E aí como estão?

Curiosos para ler mais um capítulo desta fanfic? Espero que sim!
Boa leitura! *--*
PS: Não esqueçam de ler as notas finais!



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P.O.V- Nico

A pouco tempo estávamos com Apolo no Mc lanche feliz e agora estamos... Quando abro minha boca para perguntar, Rubi se antecipa:

_Onde estamos?

_ Não faço a menor ideia! – Digo.

_ Pela vegetação heterogênea e perene, estamos na região norte da América do Sul, mais especificamente na famosa Floresta Amazônica.

_ Hum... Resmunga Rubi.

_O que é uma vegetação heterogênea e perene? – Pergunto.

_ Perene é aquela vegetação que permanece verde durante todo o ano, não perdendo as suas folhas no outono. E heterogênea é aquela em que a união de dois elementos resulta em uma mistura em que podemos reconhecer visualmente as duas substâncias. – responde calmamente Chris. Lembrando-me de Annabeth e de nossas missões, juntamente com o lerdo do Percy, o mala do Grover e a louca da Thalia.

Depois dessa explicação toda percebo que a Emma não pronunciou nenhuma palavra, então decido perguntar o que ouve:

_ Emma, está tudo bem?- pergunto baixinho enquanto me aproximo.

_ Sim! Estou ótima. - Responde.

_Não mente para mim! _ pronuncio preocupado.

_É que eu estou cansada de tudo isso! Não vejo a hora acabar!- desabafa deixando os ombros cair.

Não falo nada e abraço-a fortemente e deposito um beijo termo em seus cabelos.

_ Ei, pessoal vejam só o que achei! _ Grita Chris de algum lugar em meio à vegetação rala, devido ao desmatamento.

Rapidamente fomos em direção ao som da voz de Chris, ao chegarmos encontramos ambos na beira do rio observando uma flor , eu acho.

_ O que é isso? - perguntou Emma.

_ Ora bolas! È uma Vitória-régia. _ Responde Chris indignado pela pergunta.

_ Hum... E o que isso tem haver com a missão? _ Emma pronuncia entediada.

_ Nada! É que eu sempre quis ver uma vitória-régia pessoalmente, Emma essa flor é um dos símbolos da Floresta Amazônica! Isso é demais. _ Diz Chris empolgado.

Emma ia mencionar algo, mas parou bruscamente enquanto um som melódico e suave ecoa pela floresta  e acaricia nossos ouvidos. Chris parecia hipnotizado pela melodia que vibra por entre as árvores, fazendo seus galhos dançarem lentamente com a brisa do vento. Chris corre rapidamente em meio a vegetação verdejante, seguido por Rubi e obviamente por mim e Emma. Quanto mais corríamos, mais alto a melodia soava.

. . .

Só paramos para recuperar o folego quando chegamos à entrada de uma gruta escura de onde vinha à melodia. Entramos receosa a procura de Chris que havia sumido na escuridão silenciosa, pois o som da melodia harmoniosa não existia mais. Conforme iriamos adentrando a gruta escutávamos algo gotejando e o barulho de água era evidente. De repente surge uma luz ofuscante nos cegando por alguns segundos.

P.O.V –Rubi

Chris saiu correndo feito um louco na direção desta melodia, que agora sei quem é o autor. Um velho com orelhas, chifres e pernas de bode, mas o tronco nu ,que estava à mostra, é como o de um ser humano. Eu nunca havia visto nada igual pessoalmente, estou... Estou abismada. Chris estava curvado diante a este... Ser onde o mesmo esticava -lhe um objeto, parecia ser uma espécie de flauta feita de bambu. E quando Chris tomou este objeto em suas mãos o velho disse:

_ Isso meu filho! Tome a minha flauta, agora ela é sua! Eu quero me desculpar por não ter aparecido antes e te reconhecido como meu filho, pois tive medo que algo pudesse acontecer a você!

_ Pai... _ sussurra Chris deixando a frase morrer no ar.

_ Você é tão poderoso, me orgulho de você e agradeço aos deuses por estar vivo e principalmente a Hermes que... _ ele é impedido de completar a frase por uma tosse estrondosa, mas logo continua:

_ Ele é seu avô! _ Minha boca fica em um perfeito “O”.

_ Co...Como? _ Gagueja Chris.

_ É uma longa história filho, não contarei a você, pois temo não conseguir concluí-la, estou morrendo. Dois anos atrás um jovem sátiro corajoso e esperanço, chamado Grover esteve aqui juntamente com alguns semideuses. Ele... _ Sua respiração fica acelerada e o desespero de Chris é evidente.

_ Não pai, não ... -Pronuncia com uma voz chorosa.

_ Acalme-se meu filho, acalme-se... _ Sua voz sai rouca e abafada, quase inaudível .

_ Pai você não pode me deixar, logo agora, não pai, volta , pai...._ Chris tenta agarrar o corpo de seu pai que aos poucos ia se desfragmentando, em frações de segundos restou apenas um pó dourado, no chão enlameado da gruta.

_ Meu amor! _ Digo indo em sua direção e o abraçando fortemente, em meio ao abraço sussurro ao pé de seu ouvido palavras de consolo. Chris chorava como um bebê e suas lágrimas escorriam como uma vertente, ensopando minha blusa.

. . .

P.O.V Emma

A cena foi dolorosa e me abalou profundamente. Quando fiz menção em ir até Chris e Rubi sinto a gruta estremecer e pedras caírem sobre nós, rapidamente escuto Nico gritar:

_ Vamos sair! Isso vai desabar.

Corri o mais rápido possível de mãos dadas com Nico, mas em meio ao caos nos separamos bruscamente. Poeira e mais poeira era o que eu conseguia enxergar.

P.O.V- Nico

Senti um aperto no coração quando não senti mais a mão da Emma sobre a minha, o desespero tomou conta de mim.

Passaram-se alguns segundos turbulentos e empoeirados. Ao abrir meus olhos vejo apenas mato, a gruta havia sumido, assim como os seus destroços. Vasculhei o local e avistei o Chris meio tonto tentando se levantar. Fui até ele com muita dificuldade devido ao machucado do meu pé esquerdo.

_ Você está bem cara?_ pergunto.

_ Sim, tirando alguns arranhões. _ Chris brinca com a situação.

_ Cadê as meninas? _ digo olhando para todos os lados.

_ Não sei temos que procura-las.

Saímos à procura das meninas, no caminho comemos um pouco de ambrosia e logo já sentia as minhas forças sendo renovadas. Depois de caminharmos por alguns minutos encontramos Rubi vagando apoiada nas árvores, Chris corre ao seu encontro e a cobre de beijos. Não pude deixar de esboçar um meio sorriso com a cena e ao desviar o meu olhar dos pombinhos, vejo uma Ninfa me chamar com um aceno. Rapidamente vou ao seu encontro com a dúvida pairando em minha mente, antes de perguntar o que seria me deparo com a Emma desmaiada às margens do rio toda ensanguentada. Ajoelho-me e me curvo a puxando para o meu colo passo minha mão sobre sua face delicada e agora já morna, retirando seus cabelos.

_ Emma fala comigo. Emma? _ falo baixinho.

Retirou um pouco de ambrosia e dou á ela, faço o seu maxilar mexer, para fazê-la mastigar, depois faço uma concha com a minha mão e encho-a de água dando para Emma.

_ Oh! Meus deuses!_ escuto a vozinha de Rubi soar atrás de mim.

Passaram-se minutos que mais pareceram horas e nada dela acordar, então pedi para que Chris tocasse sua flauta. À medida que ele ia tocando Emma ia mexendo as pálpebras lentamente, até abri-las totalmente e me dizer:

_ Nico.

_ Estou aqui, meu amor, estou aqui! _ pronuncio com a voz rouca devido ao choro.

_ Eu quero que saiba de uma coisa, que jamais esqueça... _ Fala baixinho.

_ Não, Emma, Não fale nada, você precisa descansar, não... _ ela me interrompe ao colocar seus dedos nos meus lábios com muita dificuldade. Com este simples e delicado toque fecho os meus olhos e pego sua mão e deposito um beijo molhado de lágrimas que banham o meu rosto.

_ Eu te amo! _ Ao ouvir estas três palavras abro meus olhos e a fito.

_ Eu também, te amo, Emma! _ Digo me aproximando de seus lábios e beijando-os delicadamente.

Eu não conseguia acreditar que isso aconteceu, não pode ser verdade eu estou tendo um pesadelo só pode! Quando abro os meus olhos vejo que em sua face uma lágrima solitária escorria lentamente por sua bochecha e sumia. Assim como ela se foi...

_ NÃO..._ grito em plenos pulmões enquanto pendo a cabeça para trás e sinto pingos de chuva cair sobre mim.

_ POR QUÊ? POR QUÊ? _ Grito desesperado.

Me curvo abraçando o corpo da Emma que jazia em meus braços sem vida, fico desse modo chorando como um bebê sobre o corpo gélido e imóvel de minha amada. Até que sinto uma mão tocar em ombro. Dirijo meu olhar para trás, mas não consigo sustenta-lo por muito tempo.

_ Psiu! _ sussurra com o dedo indicador enquanto se ajoelha ao chão enlameado e me abraça carinhosamente.

Um abraço caloroso, carregado de pena.

Um ombro amigo para chorar e um silencio confortável.

Um afago nas costas.

_ De...Novo não! Eu perdi pela... Segunda vez... A pessoa ... Que eu mais ... Amava...- digo entre soluços.

_ Psiu! Vai ficar tudo bem, calma, calma, eu sei que de nada vai adiantar estas minhas palavras, mas eu não vou te abandonar, estarei sempre aqui. Vai passar... _ Thalia me conforta carinhosamente.

. . .

A sala de tronos estava lotada e todos os deuses olhavam fixamente para mim, meu pai abaixou a cabeça.

_ Não podemos mudar o destino meu rapaz. _ Zeus repete pela quinta vez.

_ Eu sinto muito! _ Fala meu pai.

_ Eu sou voto vencido, sou minoria infelizmente! _ Diz Apolo com tristeza na voz.

_ Faço minhas as palavras de Apolo! _ Pronuncia Hermes.

Saio porta fora com lágrimas em meus olhos, deuses idiotas, insensíveis... Desfiro socos em uma lixeira qualquer de Nova York.

P.O.V – Thalia

Confesso que fiquei enciumada em relação aquela tal de Emma, que isso Thalia você ficou apenas comovida com a situação e não enciumada.

Resolvi caminhar um pouco pela cidade enquanto Ártemis está em uma reunião na sala dos tronos, por qual motivo mesmo? Oh! Sim a Emma, o Nico que porque que ressuscitá-la. Só espero que de tudo certo, me corta o coração ver o meu amigo sofrer dessa maneira, Nico nunca foi de namorar muitas garotas- não que eu soubesse- mas agora acontece isso.

Faz cinco anos que ele perdeu a irmã e agora perdeu o seu primeiro amor!? Afrodite gosta de machucar os outros; também “ Pimenta nos olhos dos outros não arde” . Pobre Nico! Isso é...

É desumano!


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Notas finais do capítulo

Oie... E aí estou super curiosa para saber a opinião de vocês, não me culpem pelo que aconteceu, pois eu e a Belle decidimos .
Beijos... Rachel*-*