A primeira coisa em qual pensei quando o gongo soou foi correr até a cornucópia para pegar o belo tridente prateado que estava na boa do grande chifre dourado. Entrei um pouco mais e consegui uma mochila. Vi pelo canto do olho uma figura atrás de mim. Seria meu fim. O garoto do Distrito 1, John Portilla, estava avançando para cima de mim com uma espada. Estava encurralada contra uma pilha de lanças e algumas mochilas, mas nada que evitaria minha morte. O tridente não seria eficiente. Fechei meus olhos, esperando o ataque da lâmina.

Mas nada aconteceu.

Ouvi apenas o gemido de dor de John. Abri meus olhos e armei meu tridente. Zoey, do 3, estava bem na minha frente, retirando a faca da costela dele. Ele estava agonizando na grama. Aponto a arma para ela, mas a garota olhou pra mim com cumplicidade e me estendeu a mão. Ela pegou a espada do menino do 1. Saindo da cornucópia, atirei em mais uma garota que ameaçava nossa pequena aliança, Thalitta Grizzy. Saímos correndo em uma direção que deduzi ser o norte.

Passamos a noite na relva, a primeira a montar guarda, apesar de muita relutância de Zoey, fui eu. Fiquei atenta a todo e qualquer barulho, ninguém, porém, foi atrapalhar nossa noite. Até aproximadamente quatro da manhã, fiquei acordada, vigiando. Então chamei Zoey, que acordou com o mais leve sacudir. Mesmo cansada, demorei para pegar no sono.

Na manhã seguinte, abrimos minha mochila e achamos bolhachas e um cantil vazio. Começamos nossa busca por água potável, e não demorou muito para achar.

–Essa água está muito fácil de ser achada. Isso não parece bom. –Disse Zoey.

–Concordo. Quem sabe o que esses idealizadores podem fazer conosco? –Respondo, com um riso fraco e sem humor.

Enchemos o cantil, bebemos a água diretamente do riacho e continuamos a caminhar.