Candy Candy escrita por kattsalazar


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, perdoem-me pelos prováveis erros de português, não tenho beta. Dei uma revisada, mas infelizmente não sou perfeita, se perceberem algum erro me avisem, por favor.
Críticas construtivas são sempre bem-vindas!



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Quando colocou os pés dentro do colégio, Aomine deparou-se com uma vasta decoração em vermelho e rosa, com diversos corações e flores de papel, fitas de cetim entre outras coisas, lembrando-o que era dia dos namorados. Revirou os olhos e ajeitou a mochila nas costas. Odiava esses tipos de datas, achava-as fúteis e comerciais. Continuou seu caminho até a sala de aula, e ao chegar sentou-se em seu lugar. Quando foi guardar suas coisas na parte de baixo de sua mesa surpreendeu-se ao encontrar uma pequena caixa ali, pegou-a com ambas as mãos e observou-a com atenção, achando-a de extremo mau gosto. A caixa estava cuidadosamente embalada em um pacote cor de rosa estampado com diversos corações vermelhos e um grande laço de fita lilás dava um toque a mais àquela embalagem que Aomine julgava ridícula. O moreno ficou curioso sobre o conteúdo e abriu a embalagem apressado, desfazendo o laço de fita e retirando a caixa de dentro da embalagem, para em seguida fazer uma careta de desgosto ao ver que o pacote escondia chocolates brancos em formato de corações. O moreno sempre teve aversão a chocolate branco, achava-o extremamente doce e enjoativo demais ao seu paladar.

Ouviu o toque anunciando o início das aulas e observou os seus colegas de classe entrarem na sala de aula em meio a conversas animadas e direcionarem-se até seus lugares. Revirou os olhos ao ver Momoi, sua colega de classe e amiga de infância, acenando e sorrindo alegremente.

A bela garota de longos e lisos cabelos róseos dirigiu-se até o lugar que ocupava, onde depositou seu material necessário para a aula, e rumou até o lado de seu melhor amigo, Aomine.

–Olá!–Ela o cumprimentou, animada como sempre.

–Oi. –O moreno retribuiu o cumprimento–O que você quer?

–Ora, quero conversar com você! Não é isso que bons amigos fazem?–Ela perguntou e cruzou os braços.

–E quem disse que somos bons amigos?–Ele retrucou secamente.

–Aomine! Isso foi cruel! –A garota torceu os pequenos lábios em um biquinho e olhou-o com falsa irritação, já estava acostumada com o jeito rude do amigo, e sabia que aquilo não passava de implicância. Foi quando seus olhos rosados viram a caixa que ele segurava.–Ei! Isso é chocolate? –Ela perguntou.

Ele apenas assentiu com um leve movimento de cabeça.

–Eu quero ver! –Momoi descruzou os braços e arrancou a caixa das mãos do amigo para observá-la com exagerada curiosidade. –Mas é chocolate branco! Você odeia esse tipo de chocolate. O que você pretende fazer com eles?

–Jogar fora.–respondeu.

–Não faça isso! É desperdício! Você devia dá-los a alguém! –Sugeriu e sorriu travessa.

O Moreno estranhou o sorriso e franziu as sobrancelhas.

–Fique com eles então. –Ofereceu na tentativa de livrar-se daquele incomodo rapidamente.

–Meninos são tão insensíveis... Você não pode dar chocolates de dia dos namorados para a sua melhor amiga!–Ela recebeu um olhar atravessado pelo que disse. –Você devia dá-los para uma namorada ou algo do tipo. –Explicou-lhe.

–Não tenho namorada e você sabe disso.

–Então dê para alguém especial!

–Especial como? –Ele perguntou.

–Alguém que passe a maior parte do tempo com você, que ouve suas reclamações com paciência... Alguém que você goste muito. Da mesma forma que eu gosto do Tetsu! –Ela explicou e sorriu apaixonadamente.

–Certo, verei o que faço. Agora saia daqui, o professor já deve estar chegando. –O moreno abaixou o olhar, sentindo-se ligeiramente nervoso. A descrição adequara-se perfeitamente a uma pessoa e isso o incomodou.

Momoi sorriu enormemente e voltou ao seu lugar, o dia dos namorados desse ano seria realmente especial. Mais tarde entregaria os seus chocolates a Kuroko e tinha certeza de quem ganharia os de Aomine.

X

Naquele mesmo dia, após as aulas, Aomine e Kise voltavam para a casa juntos. Ambos conversavam animadamente sobre basquete e outras coisas. Ultimamente os dois passavam muito tempo juntos, seja na escola, nos treinos e jogos ou quando voltavam para casa juntos. Apesar de geralmente ser um tanto rude, Aomine tratava Kise com certo carinho, gostava do garoto e apreciava sua companhia. Kise não podia estar mais feliz, gostava de passar o tempo com o amigo, começara a jogar basquete por causa de Aomine, e desde a primeira vez que o vira jogar sentira uma grande admiração por ele, e a cada dia isso crescia cada vez mais, o garoto tinha certa noção do que estava acontecendo, mas tentava reprimir como podia.

–Como foi o seu dia dos namorados? –O loiro perguntou de repente.

–Hum, foi normal. –respondeu sem interesse. – E o seu?

–Como todos os outros, não precisarei comprar chocolate até o próximo dia dos namorados. –Brincou.

Aomine ficou irritado com aquela revelação, mas não soube exatamente o por quê. Será que estava sentindo inveja do amigo? Não, não podia ser... Nunca deu importância para essas comemorações idiotas. Então o que estava sentindo?

–Aominecchi? Você está bem? –Kise perguntou preocupado, o moreno parecia furioso.

O maior foi tirado de seus pensamentos pelo amigo e respondeu que estava tudo bem. Aquela conversa o fez lembrar-se dos chocolates que ganhara mais cedo, ainda não sabia o que fazer com eles. As palavras de Momoi voltaram à sua mente, fazendo-o franzir a testa ao lembrar-se que a descrição de uma pessoa especial encaixava-se perfeitamente ao loirinho ao seu lado. ‘’Alguém que você goste muito’’ Não, não era como se gostasse dele, não dessa forma pelo menos. Afinal, eles eram apenas bons amigos, colegas de time, e ambos eram homens, não podia gostar dele! Não, definitivamente não gostava dele. Mas lembrou-se de uma frase que Momoi dissera certa vez ‘’Não podemos escolher quem amamos, simplesmente acontece. ’’

Caminharam mais um tempo em silêncio, Aomine estava pensativo e sustentava uma feição confusa, pensativa. Kise ficou preocupado, mas preferiu não se meter, conhecia o temperamento do amigo e não queria aborrecê-lo Chegaram à casa do menor em poucos minutos.

–Acho melhor eu entrar. –Kise disse, quebrando o silêncio.

–Espera. Eu quero... Te falar dar uma coisa. –O moreno disse com hesitação.

Kise estranhou aquele comportamento, desde quando Aomine hesitava para dizer algo?

–Falar-me o quê?

Aomine não respondeu. Tirou a mochila de suas costas e abriu o zíper. Enfiou a mão dentro dela e retirou a pequena caixa cor de rosa, ignorou o leve constrangimento que sentiu e estendeu-a para o menor.

–Pegue. –Disse sem jeito.

Kise fitava o amigo com espanto. Só podia estar enlouquecendo. Desde que se conheceram, Kise não se lembrara de já ter visto seu amigo envergonhado ou sem jeito, aquilo não fazia o menor sentido. Obedeceu ao que o outro dissera e pegou a caixa, observando-a com interesse, aquela embalagem lhe parecia familiar. Cuidadosamente a abriu, surpreendendo-se ao ver que eram chocolates brancos, os seus favoritos!

–Obrigado. –Agradeceu e sorriu.

Aomine sentiu o seu coração acelerar-se ao ver aquele sorriso estampado na face do amigo e desviou o olhar, sentindo-se ridículo por isso. Ora, aquilo era apenas um sorriso, não fazia o menor sentido sentir-se dessa forma por um motivo tão tolo... Já o vira sorrir diversas vezes pelos motivos mais bobos, como quando o elogiava por uma boa jogada, quando bagunçava suas madeixas loiras em uma espécie de carinho ou como na primeira vez que o chamou para irem embora juntos. As palavras de Momoi faziam ainda mais sentido agora, então ele finalmente admitiu: Kise realmente era uma pessoa especial, alguém de quem ele gostava muito. Não adiantaria de nada tentar se enganar, finalmente percebeu que estava apaixonado.

–Kise... Eu quero te dizer algo. –Iniciou com cautela. –Eu acabei de perceber uma coisa.

–O quê? –O loiro perguntou curioso.

–Eu acho... Não, eu tenho certeza. – Aomine levantou o olhar e cravou seus olhos azuis nos olhos do loiro. -Kise, eu amo você.

Não era bom com palavras e odiava firulas e subterfúgios então preferiu admitir de uma vez, mas arrependeu-se do que disse ao perceber a reação do loiro.

Kise arregalou os olhos cor de mel e sentiu que eles lacrimejavam. Não conseguia acreditar no que o outro dissera. Aquilo só podia ser um sonho.

–E-eu... Aominecchi, você está falando sério? –Conseguiu perguntar, enquanto as lágrimas escorriam por sua bela face. –Você realmente me ama?

–Se você não acredita eu posso te mostrar. –Respondeu com convicção.

Aomine aproximou-se do menor e rodeou sua cintura com um dos braços, puxando-o e trazendo-o para mais perto; levou sua mão livre até o rosto alvo, secando as lágrimas que ainda caiam e acariciando a pele macia. Aproximou o seu rosto lentamente, para em seguida juntar as suas bocas, apenas provando os lábios do outro. Kise estremeceu levemente, cerrou as pálpebras e sem ao menos perceber soltou a caixa, derrubando-a no chão, enlaçou os seus braços em torno do pescoço alheio. O moreno sorriu malicioso entre o beijo ao ser correspondido e forçou sua língua entre os lábios do garoto, clamando por mais contanto. Kise prontamente cedeu passagem. Um misto de excitação e ansiedade os envolveu conforme entrelaçavam suas línguas avidamente, dando inicio a um beijo voraz, mas ainda assim, repleto de afeto. Aomine levou a mão que estava no rosto de Kise até sua nuca, segurando com firmeza os fios dourados ali presentes, sua língua movia-se rapidamente na boca alheia, e o menor tentava acompanhar seus movimentos. Separaram-se apenas quando a necessidade por ar tornou-se absurdamente insuportável. Kise escondeu seu rosto na curva do pescoço do maior e sentiu seu cabelo ser ternamente afagado. Permaneceram daquela forma por um tempo em um silêncio agradável, quebrado apenas pelo leve som de suas respirações ainda descontroladas.

–Kise. –Aomine chamou-o depois de um tempo. –Olhe para mim. –Pediu.

O loiro desencostou-se do garoto à sua frente e obedeceu ao pedido, levantando o olhar e fitando os belos olhos azuis.

–Agora você acredita em mim? –O moreno perguntou.

–Eu acredito. –Respondeu e sorriu docemente. –Eu estou tão feliz... –Declarou, e foi quando deu falta dos chocolates e olhou para o chão, procurando a caixa. Ao encontrá-la, desvencilhou-se do braço do moreno, abaixou-se e pegou-a, abraçando-a protetoramente em seus braços. –Eu me lembrei! –Exclamou de repente, seus olhos fitavam o presente.

–O que foi? Lembrou o quê?–O moreno perguntou.

–Eu estava com a impressão de já ter visto essa embalagem antes, agora eu me lembro. Hoje, quando eu estava te esperando vi Momocchi entregando uma caixa coberta por uma embalagem igual a esta ao Kurokocchi. Você deveria ter visto, ela ficou toda vermelhinha enquanto estendia a caixa...

Kise tagarelava sem parar, animado como sempre, mas Aomine não escutava uma palavra do que o garoto dizia. Satsuki era realmente muito atrevida. Agora os sorrisos travessos da garota faziam todo o sentido.

–Kise. –Disse, interrompendo-o no meio de uma frase. –Lembre-me de xingar a Satsuki quando eu a ver, para depois eu abraçá-la bem forte.

Kise fez uma careta ao ouvir a última parte.

–Por que abraçá-la? –perguntou enciumado, gostava da garota de seios fartos e bonitas madeixas cor de rosa, mas sentia-se inseguro quando Aomine estava perto dela. Afinal, ela era extremamente bonita, e eles eram amigos de longa data.

–Oe, deixe de ser idiota. –Ralhou, mas gostara do ciúme do loiro.–Agora acho melhor você entrar, está tarde.

O loiro torceu os lábios em um pequeno bico.

–Poxa, eu queria ficar um pouco mais com você. –Reclamou.

Aomine sorriu de canto e envolveu a cintura do loiro com ambos os braços, puxando-o para perto.

–Só um pouco então, seu idiota mimado. –Disse antes de colar seus lábios nos do menor.

Ambos sorriam entre o beijo, aquele definitivamente era o melhor dia dos namorados de suas vidas.


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Notas finais do capítulo

Perdoem-me pelo Aomine, achei que ele ficou um tanto ooc, porém, se levarmos em conta que na época da geração dos milagres ele não era exatamente do jeito que é atualmente... Enfim, a ideia dessa fanfic surgiu-me enquanto ouvia Candy Candy da Kyary Pamyu Pamyu, é uma música bem bobinha, entretanto eu pretendia escrever uma KagaKuro, não sei a razão de ter transformado-se em AoKi. É o poder desse lindo casal ♥ auhsuash Espero que tenham gostado.