Instinto escrita por BiaWonderwall


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Sendo sincera, eu não gostei muito de Kuroshitsuji II, então nada disso vai conter spoilers sobre o fim do anime ou sequer menciona muito do primeiro.
Não sou uma grande fã de Yaoi, por isso prefiro deixar tudo no Shounen-ai :3
É um casal clássico... Eu não explorei muito a situação em si, mas uma certa epifania do Ciel sobre controlar ou não seus instintos.
Enfim, boa leitura!



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Ele cantava de uma forma hipnótica.

“Rou to ichi de tsukure, tsukure, tsukure”

Faça como o mestre deseja. Ciel o desejava ali, naquele exato momento. Que importância tinha se estavam vendo? Em público chega a ser melhor.

–Pare com isso, Sebastian –o jovem mestre murmurou para si mesmo, tentando controlar seus instintos.

Por que?

Por que os humanos têm essa mania de tentar parecer civilizados? Infestam o mundo com prédios e construções gigantescas, demonstrando seu poder inquestionável. Mas, ao mesmo tempo, são apenas selvagens: estupradores, ladrões, mercenários, assassinos, pederastas.

O mundo que constroem só serve para acobertar-lhes a verdade cruel; Não são nada além de animais.

“Tetsu to hagane ja magaru, magaru, magaru”

Faça-a se transformar. Ora, Ciel já havia se transformado. Seus sentimentos pelo fiel mordomo eram nada, mas desprezo, no início. Agora... Desejo, paixão.

Não era preciso muito, o menino não implorava pelo que queria; Ele ordenava. Queria um beijo, um toque.

Os olhos eram postos nele. Estava completando seus esperados dezesseis anos, agora era um homem. Um homem respeitado, e se assim não fosse, era temido, ao menos.

Sebastian cantava para ele, a platéia envolvida na doçura de sua voz.

“My fair lady”

Uma dama... Ele não era uma dama. O mestre era selvagem, Sebastian sabia disso. Sabia melhor que ninguém.

–Chega –Ciel anunciou, quando a música chegou ao fim. –Obrigado por virem comemorar meu aniversário, mas temo dizer que agora estarei ocupado. Faço questão de que provem um pedaço do bolo e esperem por Finnian, que os guiará até a porta.

Sebastian acompanhou o jovem mestre até seu quarto.

–Estou cansado –ele disse. –Me troque. Vou me deitar.

–O jovem mestre já tem dezesseis agora. Ainda precisa que eu o troque?

–Não importa quantos anos eu tenha. Foi uma ordem: me troque.

–Yes, my lord –Sebastian respondeu, com um sorriso malicioso.

Ciel o observava enquanto seus dedos habilidosos desabotoavam a camisa. Estremeceu levemente quando o mordomo passou a tirar-lhe a calça.

–Deseja fazer essa parte sozinho, jovem mestre?

–Não. Pare de conversar e faça logo.

–O que se faz com pressa não tem graça, jovem mestre –ele respondeu, sem olha-lo.

Em cerca de instantes, Ciel já estava trocado. Durou pouco.

–Devo voltar às minhas tarefas, mestre.

–Deve. Mas tenho uma outra tarefa para você.

–Como posso lhe servir, jovem mestre?

–Me beije.

–Perdão? –Sebastian sorria.

–Me beije. Foi uma ordem.

–Farei como o mestre deseja. Com licença.

Sebastian se pôs por cima de Ciel, deixando-o sem ar. Este estava sério, encarando-o profundamente, enquanto o outro tinha feições animadas.

O mordomo se aproximou lentamente, e encostou seus lábios nos do jovem. Ambos ficaram parados, por algum tempo.

–Era isso o que desejava? –Sebastian perguntou, se levantando.

–Não. Saia daqui –o menino respondeu, a voz embargada.

–Perdão. Da próxima vez, será como desejar –ele disse, se retirando do quarto.

O garoto decidiu não mais controlar o que queria. Ele teria aquele homem, não importavam as consequências.

Desde que ninguém soubesse, qual seria o problema, afinal?



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Notas finais do capítulo

É, foi isso. Curtinho, prefiro assim.
Reviews serão bem vindos, e qualquer outro tipo de comentário também.
Obrigada por ler.