Querido Paciente escrita por Dul Mikaelson Morgan
Notas iniciais do capítulo
Mais um capitulo ai e feliz pelo meu 1 comentario *--------* espero que gostem do capitulo =] Boa leitura
Achou o cômodo bem diferente. A cozinha de seis anos atrás era um monumento de antiguidade. A nova seguia a tradição, com as vigas de carvalho no forro e panelas de cobre nas paredes. Porém, os aparelhos e utensílios eram modernos, como Isobel fez questão de mostrar com orgulho.
— Tive de convencer Klaus a equipar a minha cozinha com aparelhos modernos. Ele gosta das coisas à antiga, mas eu disse com firmeza: "Esta cozinha pode ter sido boa para preparar o jantar da rainha Vitória, mas não serve para mim".
— A rainha Vitória visitou esta mansão? — Caroline perguntou.
— É o que dizem. Eu não me surpreenderia se fosse verdade. Bem, suportei a velha cozinha enquanto pude, mas depois, fui taxativa: "Ou a velha cozinha vai embora ou vou eu". Klaus respondeu: "Isobel, a Mansão Mikaelson acabaria sem você". No dia seguinte havia um homem tirando as medidas.
Caroline ficou surpresa. Mesmo descontando os detalhes mais coloridos da história, havia o fato de Klaus Mikelson ter ouvido uma empregada. Bem, quem sabe ele teria pensado que alguma benfeitoria na mansão iria aumentar o valor do imóvel.
A porta dos fundos estava entreaberta e um cão entrou na cozinha.
— Bob, seu malandro, onde esteve escondido? — Isobel ofereceu um petisco para o animal, que o abocanhou. — Bob pertence a Klaus. Agora ninguém tem muito tempo para cuidar dele e o pobrezinho passa o tempo vagando pela propriedade.
— O cão pertence ao sr. Mikaelson? Ele não... — Caroline ia dizer que Klaus não tinha cão nenhum seis anos atrás, mas substituiu a frase. — Ele não parece ser um tipo de homem que goste de um animal de estimação.
— Bob é mais do que um animal de estimação. Pode não parecer porque agora está sujo de barro, mas ganhou prêmios em exposições. E tem um pedigree tão longo quanto o meu braço. Na verdade este cão é lorde Robertson Winstanley Mooreswell de Hatley Place, Oitavo — Isobel mencionou com triunfo.
Era incrível, Caroline pensou. Até o cãozinho do homem era importante.
Bob aproximou-se de Caroline e ela sorriu para ele.
— Não posso abraçar você agora, menino, senão como vai ficar a minha roupa branca? — ela brincou. Em seguida, com expressão contemplativa, olhou ao redor.
— É uma casa muito grande para você administrar sozinha.
— Tenho ajudantes. Duas mulheres da vila cuidam da limpeza. Eu cozinho e limpo o quarto de Klaus porque ele não gosta de estranhos mexendo no que lhe pertence. Meu Jonh faz pequenos serviços, cuida da horta e do jardim.
Isobel concentrou-se no jantar que estava preparando.
— Em uma hora servirei o jantar. Teremos carne, com acompanhamento de dois vegetais e bastante molho. E um bom pudim de sobremesa — ela anunciou com orgulho. — Pode acreditar que deixarei Klaus bem de saúde novamente.
Elas ouviram o som do motor de um carro e Isobel explicou:
— É o gerente da fábrica indo embora depois de receber as ordens do patrão.
— Você quer dizer que esse homem esteve lá em cima com o sr. Mikaelson? — Caroline perguntou, surpresa.
— Isso mesmo. Ele vem duas vezes por semana. Dá notícias da fábrica e recebe instruções do patrão. O médico, dr. Salvatori, tentou impedir o homem de aparecer aqui, mas Klaus ficou furioso e o médico voltou atrás.
— É melhor eu ir ver meu paciente.
Caroline encontrou Klaus deitado e imóvel. Era difícil saber se estava acordado ou não.
— Por que está me olhando desse jeito? — ele indagou, irritado. — Não entende que é uma das piores coisas encarar uma pessoa, achando que ela não está percebendo nada? As pessoas pensam que ser cego é o mesmo que ser idiota.
— Sr. Mikaelson, não quero que se considere um cego...
— Não? Ótimo! Não sou cego, só que não posso ver coisa nenhuma.
— Não pode ver, por enquanto. Seu mal é apenas temporário. Ele resmungou.
— Seria bom se vocês, enfermeiras, tratassem de agir de comum acordo. A última que esteve aqui me disse exatamente o contrário. Repetiu o tempo todo que eu devia encarar a realidade.
— Deve encarar a realidade só quando tiver certeza do que é essa realidade. Antes disso, é desistir de lutar e de alimentar esperanças — Caroline falou calmamente.
Houve um instante de silêncio.
— É, você sabe falar sensatamente sobre alguma coisa — Klaus admitiu, apesar da irritação.
— O senhor ficará admirado se puder me ouvir discorrendo com bom senso sobre muitas coisas — ela falou de modo incisivo.
— Ótimo. Pode ficar aqui por um momento. Mas há uma condição.
— Qual é?
Sem avisar, ele ergueu as mãos e segurou os braços dela.
— Sr. Mikaelson...
— Fique quieta — ele ordenou.
Em silêncio ele passou a mão pela manga do uniforme, e foi subindo até chegar ao pescoço. Depois soltou-a.
— Tire essa droga de uniforme e use alguma coisa mais civilizada — ordenou. — Você me deixa doente só de ficar aí, de pé, vestida desse jeito.
— Está bem, sir.
— Está bem, sir — ele repetiu, imitando-a. — Que voz calma, fria, controlada. Que voz neutra. Deus, como eu gostaria de ver seu rosto neste exato momento.
— É um rosto neutro também. Pode tratar-me como uma peça de alguma máquina.
— Há máquinas na minha fábrica, mas elas cheiram a graxa, óleo, não a flores silvestres como você.
Caroline ficou perplexa. Não estava usando perfume nenhum. Que cheiro aquele homem poderia estar sentindo?
— Vim até aqui para dizer-lhe que não acho certo o senhor ser perturbado por tanta gente. Soube que recebeu seu gerente e costuma receber outras pessoas. Lembre-se de que o repouso é essencial...
— Olhe aqui, quero deixar algumas coisas bem claras — ele interrompeu-a. — Já estou cansado de ficar na cama. Tenho meus negócios e preciso falar com meu gerente, meu administrador ou outra pessoa. Entenda isso.
— Perfeitamente. Se o senhor acha que não pode deixar seus negócios e cuidar bem da saúde, nada tenho a dizer.
— Não me venha com conselhos. Você é minha enfermeira, não é dona de mim. E não quero ser mimado. Não sou um moleirão, muito menos um marica.
— Alegra-me ouvir isso.
— E por que Isobel me disse que você se mudou para o cômodo do outro lado do corredor?
— O senhor pode precisar de mim durante a noite. É melhor eu ficar mais perto deste quarto.
— Isso não é mimar? Trate de voltar para o outro quarto. Ouviu bem?
— Ouvi, mas não vou me mudar.
— Então vou dizer a Isobel para tirar suas coisas dali.
— Nada disso. Isobel tem mais o que fazer do que ficar no meio de nossas divergências. O senhor quer lutar? Ótimo. Mas deixe Isobel fora disto.
Klaus rangeu os dentes.
— Acho que a sorte está contra mim! Como se não bastasse estar preso a esta cama, sou obrigado a suportar uma harpia que apareceu para me dar ordens como um comandante. Ainda sou o dono desta casa, se é que não percebeu isso.
— Se continuar gritando desse jeito, o mundo inteiro vai perceber que o senhor é o dono desta casa — Caroline observou suavemente.
— Grito para que me ouçam! E você, trate de fazer o que eu disser, quando eu disser, e ponto final. Agora, desapareça antes que eu fique zangado!
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bom como ja sabem de noite tem o ultimo de hoje beijos