Querido Paciente escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo ai e feliz pelo meu 1 comentario *--------* espero que gostem do capitulo =] Boa leitura



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Achou o cômodo bem diferente. A cozinha de seis anos atrás era um monumento de antiguidade. A nova seguia a tradição, com as vigas de carvalho no forro e panelas de cobre nas pa­redes. Porém, os aparelhos e utensílios eram modernos, como Isobel fez questão de mostrar com orgulho.

— Tive de convencer Klaus a equipar a minha cozinha com aparelhos modernos. Ele gosta das coisas à antiga, mas eu disse com firmeza: "Esta cozinha pode ter sido boa para pre­parar o jantar da rainha Vitória, mas não serve para mim".

— A rainha Vitória visitou esta mansão? — Caroline perguntou.

— É o que dizem. Eu não me surpreenderia se fosse verdade. Bem, suportei a velha cozinha enquanto pude, mas depois, fui taxativa: "Ou a velha cozinha vai embora ou vou eu". Klaus respondeu: "Isobel, a Mansão Mikaelson acabaria sem você". No dia seguinte havia um homem tirando as medidas.

Caroline ficou surpresa. Mesmo descontando os detalhes mais coloridos da história, havia o fato de Klaus Mikelson ter ouvido uma empregada. Bem, quem sabe ele teria pensado que alguma benfeitoria na mansão iria aumentar o valor do imóvel.

A porta dos fundos estava entreaberta e um cão entrou na cozinha.

— Bob, seu malandro, onde esteve escondido? — Isobel ofe­receu um petisco para o animal, que o abocanhou. — Bob per­tence a Klaus. Agora ninguém tem muito tempo para cuidar dele e o pobrezinho passa o tempo vagando pela propriedade.

— O cão pertence ao sr. Mikaelson? Ele não... — Caroline ia dizer que Klaus não tinha cão nenhum seis anos atrás, mas subs­tituiu a frase. — Ele não parece ser um tipo de homem que goste de um animal de estimação.

— Bob é mais do que um animal de estimação. Pode não parecer porque agora está sujo de barro, mas ganhou prêmios em exposições. E tem um pedigree tão longo quanto o meu braço. Na verdade este cão é lorde Robertson Winstanley Mooreswell de Hatley Place, Oitavo — Isobel mencionou com triunfo.

Era incrível, Caroline pensou. Até o cãozinho do homem era importante.

Bob aproximou-se de Caroline e ela sorriu para ele.

— Não posso abraçar você agora, menino, senão como vai ficar a minha roupa branca? — ela brincou. Em seguida, com expressão contemplativa, olhou ao redor.

— É uma casa muito grande para você administrar sozinha.

— Tenho ajudantes. Duas mulheres da vila cuidam da lim­peza. Eu cozinho e limpo o quarto de Klaus porque ele não gosta de estranhos mexendo no que lhe pertence. Meu Jonh faz pequenos serviços, cuida da horta e do jardim.

Isobel concentrou-se no jantar que estava preparando.

— Em uma hora servirei o jantar. Teremos carne, com acom­panhamento de dois vegetais e bastante molho. E um bom pudim de sobremesa — ela anunciou com orgulho. — Pode acreditar que deixarei Klaus bem de saúde novamente.

Elas ouviram o som do motor de um carro e Isobel explicou:

— É o gerente da fábrica indo embora depois de receber as ordens do patrão.

— Você quer dizer que esse homem esteve lá em cima com o sr. Mikaelson? — Caroline perguntou, surpresa.

— Isso mesmo. Ele vem duas vezes por semana. Dá notícias da fábrica e recebe instruções do patrão. O médico, dr. Salvatori, tentou impedir o homem de aparecer aqui, mas Klaus ficou furioso e o médico voltou atrás.

— É melhor eu ir ver meu paciente.

Caroline encontrou Klaus deitado e imóvel. Era difícil saber se estava acordado ou não.

— Por que está me olhando desse jeito? — ele indagou, irritado. — Não entende que é uma das piores coisas encarar uma pessoa, achando que ela não está percebendo nada? As pessoas pensam que ser cego é o mesmo que ser idiota.

— Sr. Mikaelson, não quero que se considere um cego...

— Não? Ótimo! Não sou cego, só que não posso ver coisa nenhuma.

— Não pode ver, por enquanto. Seu mal é apenas temporário. Ele resmungou.

— Seria bom se vocês, enfermeiras, tratassem de agir de comum acordo. A última que esteve aqui me disse exatamente o contrário. Repetiu o tempo todo que eu devia encarar a realidade.

— Deve encarar a realidade só quando tiver certeza do que é essa realidade. Antes disso, é desistir de lutar e de alimentar esperanças — Caroline falou calmamente.

Houve um instante de silêncio.

— É, você sabe falar sensatamente sobre alguma coisa — Klaus admitiu, apesar da irritação.

— O senhor ficará admirado se puder me ouvir discorrendo com bom senso sobre muitas coisas — ela falou de modo incisivo.

— Ótimo. Pode ficar aqui por um momento. Mas há uma condição.

— Qual é?

Sem avisar, ele ergueu as mãos e segurou os braços dela.

— Sr. Mikaelson...

— Fique quieta — ele ordenou.

Em silêncio ele passou a mão pela manga do uniforme, e foi subindo até chegar ao pescoço. Depois soltou-a.

— Tire essa droga de uniforme e use alguma coisa mais civilizada — ordenou. — Você me deixa doente só de ficar aí, de pé, vestida desse jeito.

— Está bem, sir.

— Está bem, sir — ele repetiu, imitando-a. — Que voz calma, fria, controlada. Que voz neutra. Deus, como eu gostaria de ver seu rosto neste exato momento.

— É um rosto neutro também. Pode tratar-me como uma peça de alguma máquina.

— Há máquinas na minha fábrica, mas elas cheiram a graxa, óleo, não a flores silvestres como você.

Caroline ficou perplexa. Não estava usando perfume nenhum. Que cheiro aquele homem poderia estar sentindo?

— Vim até aqui para dizer-lhe que não acho certo o senhor ser perturbado por tanta gente. Soube que recebeu seu gerente e costuma receber outras pessoas. Lembre-se de que o repouso é essencial...

— Olhe aqui, quero deixar algumas coisas bem claras — ele interrompeu-a. — Já estou cansado de ficar na cama. Tenho meus negócios e preciso falar com meu gerente, meu adminis­trador ou outra pessoa. Entenda isso.

— Perfeitamente. Se o senhor acha que não pode deixar seus negócios e cuidar bem da saúde, nada tenho a dizer.

— Não me venha com conselhos. Você é minha enfermeira, não é dona de mim. E não quero ser mimado. Não sou um moleirão, muito menos um marica.

— Alegra-me ouvir isso.

— E por que Isobel me disse que você se mudou para o cômodo do outro lado do corredor?

— O senhor pode precisar de mim durante a noite. É melhor eu ficar mais perto deste quarto.

— Isso não é mimar? Trate de voltar para o outro quarto. Ouviu bem?

— Ouvi, mas não vou me mudar.

— Então vou dizer a Isobel para tirar suas coisas dali.

— Nada disso. Isobel tem mais o que fazer do que ficar no meio de nossas divergências. O senhor quer lutar? Ótimo. Mas deixe Isobel fora disto.

Klaus rangeu os dentes.

— Acho que a sorte está contra mim! Como se não bastasse estar preso a esta cama, sou obrigado a suportar uma harpia que apareceu para me dar ordens como um comandante. Ainda sou o dono desta casa, se é que não percebeu isso.

— Se continuar gritando desse jeito, o mundo inteiro vai perceber que o senhor é o dono desta casa — Caroline observou suavemente.

— Grito para que me ouçam! E você, trate de fazer o que eu disser, quando eu disser, e ponto final. Agora, desapareça antes que eu fique zangado!


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Notas finais do capítulo

bom como ja sabem de noite tem o ultimo de hoje beijos