Querido Paciente escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bom eu ainda não tive os tão esperado comentarios mais fiquei feliz que alguem favoritou isso demostra que gostou kkk eu acho , enfim eu resolvi continuar postando a história porque alem de posta ela aqui eu estou lendo de novo e pra vocês verem como eu gosto dela então e isso espero que gostem =]
ps: esse ainda faz parte do 2 Capitulo por isso e comprido



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Para alívio de Carol, Kol entrou na biblioteca. Klaus não disse mais nada e deixou que o irmão levasse a noiva para passear no jardim.

— Ele sabe quem eu sou — Carol murmurou, aborrecida. — Seu irmão me reconheceu desde que me viu.

Kol começou a rir.

— Não acho nada engraçado — ela reclamou.

— Desculpe, querida — ele conteve o riso. — O que Klaus lhe disse?

— Ele fez-me algumas perguntas, depois declarou: "Você é, realmente, filha de Elizabeth Forbes". Oh, Kol, você não percebe o que isso significa? Ele sabia de tudo durante o jantar e deixou para falar comigo a sós...

— Klaus lhe disse o que o fez descobrir quem você era, realmente? — kol perguntou, curioso.

— Não. Mas que importância tem isso? Na verdade, seu irmão estava rindo de mim o tempo todo.

— Ele é assim mesmo. Klaus gosta de estar acima das pes­soas — Carol concordou. — O que mais ele disse?

— E precisava dizer mais? Você não acha que foi o bastante? Seu irmão me despreza porque não pertenço a uma família importante.

Kol riu novamente.

— Minha pequena Carol, quem se importa com sobrenome importante? Eu quero dar-lhe os mais lindos presentes. Vou cobri-la de diamantes — disse ele quando ambos passeavam no jardim.

— Não quero diamantes. Para mim basta o seu amor.

— Você pode ter o meu amor bem como uma porção de jóias e tudo mais o que desejar.

Perdida de amor e encantamento, Carol não tinha notado que eles já estavam de volta à casa e atravessavam o hall. Só então viu Klaus de pé na escada, perto o bastante para ouvir as promessas extravagantes de Kol. Mas, com certeza, não ouvira o protesto dela, pois sua voz soara muito baixa.

Carol viu, apenas de relance, o rosto de Klaus escurecido pela raiva, antes de ele virar-se e começar a subir os degraus.

Klaus nunca mencionou o que ouvira, porém, em inúmeras ocasiões, não perdeu a chance de deixar bem claro que o irmão dependia do dinheiro dele. Kol confirmou isso.

— Meu pai me deixou em testamento uma grande fortuna, mas é Klaus quem controla tudo até que eu tenha vinte e cinco anos — ele explicou. — E daí? Klaus não pode me impedir de usar meus cartões de crédito. Depois do dinheiro gasto, o que ele tem a fazer é apenas pagar as contas. Afinal, o dinheiro é meu. Não se preocupe com essas tolices.

Era essa a filosofia de vida de Kol : nunca se preocupar com nada. E, de certa forma, as coisas corriam à maneira dele. O oposto de Klaus, que se preocupava em demasia, conforme Carol o ouviu, sem querer, dizendo ao irmão, pela manhã:

— Seu tolo, garoto sem juízo. Não permitirei que você se apro­xime do quarto dela. Se for preciso, colocarei grades no caminho. A última coisa que eu quero é que essa moça fique grávida...

Carol afastou-se depressa com medo de que a vissem. Seu primeiro impulso foi fugir da mansão, mas havia dentro dela, sob aquela aparência frágil e suave, uma força, uma determinação, que a fez permanecer ali e lutar por seu amor. Sim, lutaria com Klaus, mesmo sabendo que ele era um inimigo terrível.

— Por que você não solta Kol no mar novamente? — Klaus lhe perguntou naquela mesma tarde. — Você encontrará outro peixe muito melhor do que ele e, certamente, mais de acordo com você.

— Amo Kol. Nunca amarei outro homem — Carol res­pondeu com veemência.

— Então você é mesmo uma tola.

— E Kol? Também é um tolo? — ela perguntou demons­trando uma coragem que não sentia.

— Sim, porque, da mesma forma que você, ele acredita nesse tipo de amor romântico. Já vi meu irmão apaixonado antes. Kol tende para o romantismo; coloca a garota num pedestal e compra-lhe presentes, sem pedir nada em troca.

Sentindo-se ofendida, Carol retrucou:

— Não posso imaginar o grande Klaus Mikaelson dando alguma coisa sem pedir nada em troca.

— Vejo que você sabe julgar o caráter das pessoas — tornou Klaus com um sorriso. — O romantismo é muito bonito, mas, no caso de meu irmão, sou eu quem tem de juntar os pedaços, quem tenta colar o coração partido. Esse tipo de coisa tão entediante.

— Como você está enganado! — ela exclamou, apaixonada­mente. — Compreendo que esteja preocupado com seu irmão, sendo ele mais jovem, mas não vou partir-lhe o coração...

— Só vai quebrar sua conta bancária?

— O que está dizendo é uma perversidade. Eu...

— Olhe aqui, já vi alguns dos presentes que ele lhe deu. Tudo foi comprado com dinheiro que ele não tem.

— Nunca lhe pedi nada...

— É claro que não. Nem é preciso. Kol adora esbanjar. Bem, eu também posso ser generoso, desde que haja uma razão para isso. Klaus mencionou uma vultosa quantia.

— Está querendo me comprar? — ela indagou, ultrajada.

— Entenda como quiser. — Ele deu de ombros. — É uma troca excelente.

— E o meu amor próprio? Ele vale muito.

— Bem lembrado. Nesse caso, subo a oferta. Mas não demais.

— Mesmo que você dobre essa quantia, não me interessa.

— Não se supervalorize. Não vou dobrar a oferta. Furiosa, Carol afastou-se, mas no último instante olhou para trás e viu Klaus acompanhando-a com o olhar, tendo nos lábios um sorriso cético.

Ela costumava levantar-se cedo e, naqueles dias na mansão, tinha grande prazer em ficar à janela do seu quarto apreciando o nascer do sol iluminando toda a propriedade. Nesses mo­mentos, diante de tanta beleza, conseguia esquecer toda a ten­são que a agitava.

Mas certa manhã, a beleza do lugar ficou comprometida ao ver Klaus galopando pela avenida de carvalhos, montado em Damon, seu garanhão negro. Kol referia-se ao animal como um "bruto feroz que tenta matar todos os que chegam perto dele". Mas Klaus o montava como se fosse um ponei.

Naquele momento ele não usava paletó e, sob o tecido fino da camisa, Carol podia ver os músculos do tórax e dos braços retesados no exercício de controlar o enorme animal.

Passou pela mente de Carol que aquele homem podia con­trolar tudo; suas propriedades, o irmão, o mundo todo. Mas ela não o deixaria controlá-la.

Minutos depois Klaus estava debaixo da janela.

— Você sabe montar? — perguntou.

— Sei — Carol respondeu, surpresa.

— Ótimo. Vou arranjar-lhe um cavalo.

Tarde demais ela reconheceu seu erro. Era verdade que já havia montado quando criança. A mãe trabalhava numa casa cujo dono tinha um ponei velho e gordo e deixava a filha da empregada montar o animal. Ela aprendera até a pôr a sela nele e saía a passear devagar pelos arredores. Para ela isso era cavalgar.

Bem, não havia como voltar atrás, e Carol vestiu um traje de montaria que pertencera à irmã recém-casada de Klaus e Kol. Era um conjunto lindo e assentou-lhe como uma luva, mas ao sair para o pátio estava com os nervos à flor da pele.

A égua que lhe deram era mansa, mas precisava ser conduzida com perícia. O que se seguiu deixou-a coberta de vergonha.

A égua simplesmente ignorou-a e seguiu seu caminho bem contente, para grande humilhação de Carol. No seu esforço para controlar a montaria, acabou fazendo com que o animal saísse a galope, parando de repente ao chegar a um riacho, derrubando-a da sela.

Kluas tirou-a da água.

— Por que você fingiu que sabia montar? — ele indagou, exasperado.

— Eu já montei, mas nunca em um animal como este — ela insistiu, tirando o casaquinho encharcado.

Sob ele estava a blusa de tecido fino, também molhada.

— O que você quer dizer com "um animal como este"? — ele gritou. — Este é um animal como outro qualquer, com quatro patas, focinho, duas orelhas. É uma montaria para criança, desde que seja uma criança que saiba o que está fa­zendo. Onde aprendeu a montar? Num cavalo de balanço?

— Pare de me ofender! — Carol também gritou.

— E você quem deve parar de fingir ser o que não é! Estou tentando impedi-la de cometer o maior erro de sua vida, garota idiota. — Klaus perdeu a calma e apertou os ombros dela. — Saia daqui enquanto é tempo. Kol não é o homem certo para você.

— Sou eu quem deve dizer se ele é ou não o homem certo para mim. Kol me ama e eu o amo.

Kluas sacudiu-a.

— Amor! O que você sabe sobre o amor?

— Ei! — Kol gritou, aproximando-se a cavalo.

Klaus murmurou uma praga e soltou os ombros de Carol. Kol desmontou e colocou seu paletó ao redor dos ombros da noiva. Klaus montou o garanhão e partiu sem olhar para trás.

Nessa tarde Kol gravou com um canivete as iniciais "K" e "C" no tronco de um dos carvalhos. Beijou Carol e disse:

— Tive vontade de esmurrar Klaus por tê-la agarrado da­quele jeito esta manhã. Você sabia que aquelas roupas molha­das estavam tão transparentes que a deixavam quase nua?

Ela enrubesceu e riu.

— Não precisa ter ciúme de seu irmão. Ele é o último homem para quem eu olharia. Acho impossível imaginar que alguma mulher goste dele.

— Klaus sabe ser muito agradável quando isso lhe convém. Por outro lado, quando ele quer ser desagradável, cuidado!

— Pois ele quer ser desagradável comigo. Mas para nós isso não faz diferença, não é mesmo?

— Não faz diferença nenhuma — ele assegurou.

E ela confiara cegamente que Kol saberia lidar com todos os problemas. Que ingenuidade! Klaus conseguira separá-los. Ele tinha jurado fazer isso, e sua vontade era inflexível.

Olhando ao redor do luxuoso quarto, Caroline reconheceu que era uma loucura voltar àquela casa, onde lembranças amargas zombavam dela em cada canto.

A princípio recusara o emprego, mas a enfermeira que o aceitara tivera de afastar-se por problemas de família. Vendo-se obrigada a preencher a vaga, Caroline convencera-se de que já era tempo de enfrentar os fantasmas do passado.

O primeiro rosto que vira na Mansão Mikaelson, porém, não fantasma. A sra. Flemming trabalhava para os Mikaelson desde muito jovem, mas quando Caroline se hospedara na casa, a governanta estava fora.

A decisão de não revelar a Klaus quem ela era realmente fora tomada num impulso. Forbes era um sobrenome comum, e não seria por meio dele que o paciente a reconheceria. Nem mesmo Caroline significaria alguma coisa para ele, pois a conhe­cia como Carol.

No fundo, ela pensara no bem-estar do paciente. Seria hu­milhante para Klaus saber que estava aos cuidados justamente de quem ele havia humilhado e destruído a felicidade.

Seis anos atrás ela havia jurado a si mesma voltar um dia à mansão só para ter o prazer de desafiar a ordem que o poderoso Klaus Mikaelson lhe dera para ficar longe de sua família. Mas essa jura, feita num momento de raiva e mágoa, com o tempo, perdera o sentido.

Logo depois do rompimento do noivado, Caroline decidira fazer alguma coisa por si mesma. Trabalhando dia e noite, tornara-se uma enfermeira habilitada.

Nos anos de estudo não tivera vida social, tampouco namo­rados. Enquanto as outras garotas saíam com rapazes, ela estudava e estava sempre entre as primeiras da classe.

Depois de formada, Caroline tornara-se uma mulher séria, reservada, elegante e profissional competente. Não havia nada que a pudesse ligar à garota ingênua e desajeitada que um dia havia estado naquela casa como noiva de um Mikaelson.

Pelo menos era o que ela pensava até defrontar-se com seu inimigo novamente.

Por um instante viu-se de volta ao passado, quando entrara naquela casa, segurando na mão de Kol para ganhar cora­gem. Imediatamente afastou a lembrança. Era agora a enfer­meira Forbes, altamente qualificada. E Klaus Mikaelson era um homem cego e debilitado que precisava da sua ajuda.

Essa constatação não lhe causou nenhuma alegria, mas, sim a inquietante convicção de que havia assumido um com­promisso pesado demais.

Ela reagiu. Aprendera a ser forte para vencer as próprias dificuldades. Agora seria forte para transmitir essa força a seu paciente.

Klaus Mikaelson era apenas isso. Um paciente.


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Notas finais do capítulo

eu resolvi posta ela toda e mais tarde eu posto o outro capitulo porque a historia e um pouco grande ai eu acabo de posta logo =]