Acordei com meu celular tocando, tateei até achar meu celular, o atendi:
- Alô?
- Lena - uma voz conhecida, mas não reconhecida.
- Quem é?
- Matt Lena, poxa já esqueceu de mim?
- Ah, Matt, claro que não - me sentei na cama esfregando os olhos.
- Sei - ele riu - Ta afim de almoçar comigo? te levo a onde você quiser.
- Matt - respirei fundo - eu to namorando.
- Você. Ta. Namorando? - sua voz mudou.
- Sim Matt, desculpa.
- Tudo bem Elena, desculpa.
- Não se desculpe Lena, felicidades - e desligou.
 Fiquei olhando para o telefone, ele desligou na minha cara? que falta de educação Matt, me levantei e fui até o banheiro, tomei banho, voltei para o quarto, Caroline ainda estava dormindo, entrei no meu closet e fiquei olhando as roupas, escolhi uma saia beje clara, uma regata bege pouco mais escura, e uma rasteirinha verde agua, vesti minha roupa, penteei meus cabelos e os prendi num rabo de cavalo. Caroline acordou e eu deixei ela se arrumando.
- Bom dia Eliz - dei um beijo no rosto dela - Faz um almoço bem caprichado tá? e para mais uma pessoa.
- Pode deixar, Lena.
- Obrigada - sai da cozinha e vi meu irmão jogado no sofá. - Bom dia.
- Bom dia Lena - me sentei em cima dele, e ele riu fingindo faltar ar.
- O Damon vem almoçar com a gente, cadê a mãe?
- Ela foi acertar umas coisas.
- Que coisas Jer?
- Umas coisas com o pai.
- Com o pai? - gritei.
- Sim, porque?
- Nada - me levantei e procurei meu celular no sofá, liguei pra minha mãe e ela não atendeu.
 Assim que Caroline desceu ela se sentou com Jeremy no sofá e eu me sentei na cadeira giratória, fiquei os observando, até ouvir a campainha, me levantei e fui abrir.
- Damon - sorri e o abracei, passando os braços por seu pescoço, e ele passou os braços por minha cintura.
- Oi baby - ele sorriu e me puxou para mais perto dele, e me deu um beijo apaixonado me tirando o folego.
- Entra - ele entrou sorrindo, pedindo licença, fomos até o sofá e ele se sentou no sofá, me sentei ao seu lado e Caroline ficou nos olhando com cara '' eu vi o que vocês quase fizeram ontem ''.
- Lena, como foi ontem? - ela sorriu com um olhar malicioso.
- Foi bom Car, foi ótimo, até algumas pessoas atrapalharem.
- Quem? - Jeremy perguntou.
- O pai, e depois uma cachorra, vira-lata, de rua.
- O pai? uma cachorra?
- Sim, o pai apareceu na galeria, com uma mulher ontem.
- O que?
- Não fala pra mãe, por favor.
- Não falo mais nada - ele se levantou e saiu andando.
- Caroline, idiota, fica quieta.
- Elena, isso é pra vocês dois aprenderem, que não pode fazer isso em qualquer lugar.
- Não estavamos fazendo nada demais.
- Eu vi Lena - ela riu e Damon riu também.
 Ficamos conversando só nós três, depois de dez minutos minha mãe chegou, nós almoçamos e Damon aproveitou para se apresentar formalmente oficialmente como meu namorado. Ficamos conversando por um bom tempo, até Caroline aparecer com dois envelopes azuis na mão.
- Chegou? - gritei assim que ela apareceu, me levantei da cadeira e corri até ela, peguei o envelope com meu nome.
- Vamos abrir - nós abrimos o envelope juntas, li com atenção tudo e não acreditei, fiquei boquiaberta. - Passou?
- Passei - começamos a gritar no meio da sala, abraçadas pulando igual doidas. Assim que paramos pude ver minha mãe, Eliz, Jer e Damon nos observando.
- Nós passamos na Vancouver College.
- Sério? - Jeremy se levantou e veio até mim, me abraçou tirando meus pés do chão - Parabéns maninha, agora vamos poder ficar juntos.
- Jer, eu vou morar com a Caroline, e com a Bekah e o Klaus, se eles passarem claro.
- Mas não custa fazer comida pra mim né? - ele riu e me abraçou mais uma vez antes de me colocar no chão.
- Parabéns querida - minha mãe me abraçou forte, depois abraçou a Car.
- Obrigada mãe.
 Fiquei olhando pra eles abrassarem a Car, e me lembrei do Damon, ele estava parado atrás de mim quando me dei conta, ele sorria, me abraçou forte.
- Parabéns Elena, tenho certeza que será uma ótima pediatra - ele riu e me segurou por alguns minutos, meu rosto em seu peito, seu perfume me deixa bebada, fiquei o abraçando até depois de ele me soltar, assim que percebi o soltei.
- Obrigada - dei um selinho demorado em seus labios.
- Vamos - Caroline me puxou pela mão.
- Vamos aonde  criatura?
- Na casa da Bekah, e depois comemorar Lena.
- Caroline, hoje é domingo, eu quero acabar meu livro e ficar em casa, a gente comemora na sexta-feira.
- Você parece velha Lena, bom eu vou comemorar, to indo  na casa da Bekah, depois te ligo pra falar se eles passaram, beijos - ela deu um beijo no meu rosto e saiu voando de casa, essa é minha melhor amiga doida.
- Lena, empresta seu carro?
- Pra que Jer?
- Pra mim levar a Caroline.
- Jeremy. - o repreendi.
- Vai Lena, por favor. - ele fez carinha de cachorro.
- A chave ta na mesa - apontei com o queixo.
- Obrigada maninha - ele me deu um beijo no rosto e saiu atrás da Caroline.
 Eu não tenho duvidas que os dois vão ficar juntos, ainda mais agora que vamos nos mudar para Vancouver, neve, eu nem acredito. Damon me puxou para o sofá, nos sentamos.
- Filha - minha mãe me tirou de meus desvaneiros.
- Fala mãe.
- Eu vou a uma reunião com fornecedores de tecidos, volto mais tarde.
- Reunião? - olhei pra ela ficando de joelhos no sofá - Mãe, seja honesta com sua filha, com quem você vai sair? no domingo?
- Elena - ela falou tentando esconder um sorriso e lançou o olhar para Damon, que ria - São apenas alguns amigos da época do colégio, a Liz também vai.
- Sei - revirei os olhos e me sentei no sofá, ela riu e saiu.
- Para de pegar no pé da sua mãe.
- Não to pegando no pé dela, só não quero que ela minta, eu não minto pra ela.
- É - ele sorriu.
- Quer ver um filme?
- Claro - ele sorriu e eu peguei as caixinhas de DVDs dentro no hack.
 Ficamos vendo e escolhemos  assistir A Proposta, coloquei o dvd e me sentei ao lado dele.
- Quer pipoca?
- Não - ele sorriu.
 O filme começou, me arrumei no sofá, Damon ficou me olhando por um tempo, sorriu, me deitei com a cabeça em seu colo, nossas mãos entrelaçadas. Na metade do filme, o desejo escondido decidiu dar as caras, fiquei olhando pro Damon que olhava pra tv segurando o riso, me sentei e ele virou pra me olhar, meu cinco minutos, fui pra cima dele e me sentei em seu colo, minha mão foi direto para sua nuca, puxando com um pouco de força seu cabelo, ele sorriu e levou a mão em minha cintura, pressionando mais meu corpo contra o dele, ele subiu a mão até a barra da minha blusa e a tirou, jogando pra fora do sofá, eu desabotooei os botões da camisa dele, rapido, e ele deixou escorregar por seus ombros fortes, me afastei um pouco para observar, o peitoral forte, ombros largos e braços musculosos, ele é um deus em corpo humano, só pode. Damon me virou e eu fiquei deitada no sofá e ele por cima de mim, meus dedos passando delicadamente por suas costas, respirei fundo, será que eu estou pronta pra isso? o que tiver que ser será, Damon abriu o ziper da minha saia, e quando eu ia desce-la ouço um barulho de chaves, só pode ser brincadeira.
- Elena Gilbert - não, não ele não.
- Pai - ele estava horrorizado, Damon saiu de cima de mim e eu coloquei minha blusa rapidamente, ele fez o mesmo, meu pai permaneceu em pé parado como uma estatua a nossa frente.
- O que vocês pensam que estão fazendo?
- E você? o que está fazendo aqui? - tentei desviar o assunto.
- Aqui é a minha casa ainda Elena.
- Não, não é, essa casa é da minha mãe.
- Não tenta mudar de assunto Elena - ele pausou, respirou fundo - Esse cara tem idade pra ser seu pai.
- Na verdade não Sr. eu só tenho vinte e sete.
- Ainda assim, é muito velho pra você Elena, você só tem dezoito anos.
- Pai, você perdeu o direito de dizer com quem eu posso ou não namorar, a mamãe já aceitou, e pronto, pra mim isso basta, se vai ficar contra, vai em frente, faça você perder ainda mais o meu respeito.
 Jeremy entrou pela porta com a Caroline, e ficaram parados olhando pra nós.
- O que está acontecendo aqui? - ele perguntou por fim.
- Está acontecendo, que eu cheguei aqui e sua irmã estava se atracando com esse cara no sofá.
- Elena - Jeremy gritou comigo.
- Ah qual é? vai todo mundo cuidar da minha vida agora? eu já sou maior de idade, o que eu quiser fazer eu vou fazer, e ninguém vai me impedir, eu to de saco cheio de vocês me tratarem como criança, mas aqui vai uma novidade pra vocês, eu não sou mais criança, posso tomar minhas próprias decisões.
- Ai é que você se engana Elena, você é uma criança, mimada ainda por cima.
- Sou mimada? tenho que dizer que é sua culpa.
- Sei disso, é minha culpa também minha filha estar virando uma vadia? - nem reparei que estavamos a poucos centimetros de distancia, meus olhos encheram de lagrimas, um sorriso ironico saiu do meu rosto, peguei a chave do meu carro da mão do Jeremy e fui em direção a porta.
- Deixa a chave do carro - meu pai alertou, joguei a chave no chão e sai, batendo a porta.
 Agora as lagrimas brotavam de meus olhos, me sentei no degrau e ouvi a porta bater de novo, Caroline e Damon se sentaram ao meu lado, um de cada lado, Caroline me puxou para um abraço e eu fui, Damon me abraçou por cima dos braços delicados dela.
- Ele não pensa isso de você, só falou pelo nervosismo - Damon tentou me acalmar.
- Eu sei que ele pensa isso.
- Elena, quer sair?
- Não Car, vai você, divirta-se e comemore, eu vou sei lá, vou...
- Pra minha casa - Damon me olhou, eu assenti com a cabeça.
- Então tá, qualquer coisa você me liga tá? - Car se levantou - Cuida da minha amiga Damon.
- Pode deixar.
 Damon se levantou e me puxou para levantar também, fomos até o carro dele, ele abriu pra mim e eu entrei coloquei o cinto, encostei a cabeça na janela, ele entrou no banco do motorista e dirigiu em silencio até um prédio. Ele entrou na garagem, estacionou e veio abrir minha porta, desci e ele me conduziu até o elevador, segurando minha mão, ele digitou um código e nós subimos até o ultimo andar, ao todo eram dezesete andares, o elevador se abriu e nós saimos, estava tudo em silencio, olhei ao redor, uau, é realmente bem grande, será que ele trabalha de médico a quanto tempo?
- A quantos anos você é médico? - perguntei.
- Apenas três, Elena, eu não sou só médico, tenho mais algumas empresas, mas são minha e dos meus irmão também, medicina é como um hobbie.
- Ah - me sentei no sofá de couro gelado - Seu apartamento é lindo.
- Obrigada - ele se sentou do meu lado - ei, não fica mal pelo que aconteceu. Desculpa.
- Porque está pedindo desculpa?
- Porque foi minha culpa seu pai brigar com você.
- Não Damon, não foi sua culpa, ele é louco.
- Mas se não estivessemos daquele jeito, ele não iria brigar com você.
- Ele só ia arranjar outro motivo - desviei o olhar.
- Vamos mudar de assunto. Ta com fome?
- Não - fiz bico.
- O que você quer fazer?
- Não sei Damon.
- Ei - ele me puxou para mais perto dele - Não fica assim, por favor.
- Desculpa, você não tem culpa de nada.
- Vem, vamos pedir uma pizza, depois eu te levo pra sua casa.
- Damon - fiquei olhando pra ele por um tempo - Eu não quero ir pra minha casa, não quero ter que encarar o Jeremy.
- Tudo bem, você pode dormir aqui.
- Obrigada.
  Ele pediu uma pizza, nós comemos juntos, e por incrivel que pareça, consegui esquecer de todo o meu dia. Resolvi ligar pra minha mãe, contar que não ia voltar pra casa hoje.
- Alô, Elena, filha cadê você?
- Mãe, calma, eu to aqui no apartamento do Damon.
- Elena, volta pra casa por favor filha.
- Mãe, eu vou dormir aqui hoje, amanhã eu volto.
- Filha o que aconteceu?
- Pergunta pro Jeremy, ele vai te explicar. Mãe só liguei pra avisar que vou passar a noite aqui, amanhã eu volto.
- Tudo bem filha, juizo por favor, se cuida. Beijos.
- Beijos mãe, até amanhã. - desliguei.
 Nós ficamos assistindo a televisão até dar dez horas, eu estava cansada.
- Damon, eu preciso dormir, tenho aula amanhã.
- Claro - ele se levantou e me puxou - Você quer dormir em outro quarto, ou prefere dormir comigo?
- Se importa se eu dormir com você? só dormir.
- Claro que não, e claro, só dormir, prometo.
- Ok, posso tomar um banho?
- Claro, vou pegar uma camisa pra você dormir.
- Ok, obrigada.
 Damon me levou até o quarto, me entregou uma camisa branca com listras azuis quase invisiveis, tomei um banho demorado, coloquei a camisa que deixava minhas pernas bem a mostra, voltei para o quarto e ele estava deitado na cama, assim que me viu sorriu.
- Vira pra lá - fiz bico e me joguei na cama.
- Você fica linda com a minha camisa.
- Obrigada - ri envergonhada.
 Me deitei e ele apagou a luz, ficou tudo escuro, senti ele me puxar para mais perto, sorri e meu sangue ferveu, ele passou o braço por minha barriga, e cochichou no meu ouvido:
- Boa noite.
- Boa noite - respondi.
 Damon me abraçou por trás e eu segurei sua mão, não demorou muito para eu pegar no sono.