Nosso primeiro natal como pretores, Reyna inventou que nós tínhamos que preparar a ceia para todo o acampamento, obvio que a ideia daquela doida iria dar confusão...

~Flashback on~

Eu estava dormindo, em um sonho maravilhoso que envolvia uma certa garota filha de Belona, quando sou acordado pela mesma, ela estava em cima de mim me sacudindo:

-Jason... Jason, acorda, ACORDA JASOOOOOOOON.

-Deu acordei, o que você quer?

-Ui, grosso. – Falou Reyna fazendo bico, o que não combinava com seu jeito de durona.

-Desculpa, bom dia Rainha, seus olhos estão mais lindos esta manhã. Ficou melhor assim?

-Sim. – E deu um riso, que me fez sorrir.

-E o que devo a honra de a Senhorita vir me acordar?

-Pior que agora me esqueci faísca.

-Não acredito Reyna, vou te matar, você me acordou cedo pra se esquecer?

-Tava brincando faísca, você deveria ter visto a sua cara. – E ela riu mais ainda. –Vou te matar Reyna. – Falou a garota me imitando.

-Eu não falo assim. – Disse na defensiva.

-Claro que não faísca. Enfim eu vim aqui para falarmos do natal, hoje a noite vai ter a tradicional ceia, só que eu pensei que essa ceia poderia ser preparada pelos pretores, assim vai dar uma boa imagem para o acampamento, eles vão confiar mais na gente.

-Fala sério Reyna, vai dar muito trabalho.

-Vai valer a pena. Você não confia em mim? – E ela fez uma cara de cachorro que caiu da mudança que me convenceu.

-Ok, ok, o que eu não faço pela minha Rainha.

-Obrigada Jase. – E ela me deu um abraço e um beijo na bochecha em agradecimento.

-De nada Rey.

-Se arruma e depois vai pra cozinha que temos muito o que fazer, eu já comprei tudo, e já falei para ninguém se preocupar com a ceia.

-Então você já tinha preparado tudo? E se eu não concordasse?

-Eu sabia que de um jeito ou de outro eu iria te convencer.

Com isso ela me deixou sozinho pensando, obviamente ela iria me convencer, depois fui para a cozinha que estava cheia de ingredientes, tanto doce quanto salgado.

-Deuses, pra que tanta comida?

-Jason, querido, vamos preparar uma ceia para o acampamento inteiro, você tem noção do que é isso? Mais de 200 pessoas.

-É, tem razão.

-Você é muito lerdo cabeça de vento.

-Cabeça de vento, faísca, mais algum apelido dona engraçadinha?

-Agora me lembrei de um anime, sabe aquele do Pikachu?

-La vem... Lembro.

-Então, você também tem poder sobre raios, é loiro, vou te chamar de Pikachu agora.

-Ah que ótimo. – Respondi com ironia.

-Pikachu vem cá, me ajuda a prender esse avental?

-Claro. – Nossos corpos estavam próximos enquanto eu amarrava seu avental. – Agora você amarra o meu

Pude sentir sua respiração em minha nuca, e aquilo me deixou arrepiado. Depois fomos decidir o que fazer.

-Acho que para a janta podíamos fazer vários Chesters, lasanhas, alguma ideia a mais?

-Hmm, risoto.

-Pode ser. Então nós fazemos uns 5 chesters, 5 lasanhas e 5 porções de risoto grandes.

-É impossível faltar comida.

-Concordo. Ai fazemos pratos de salada, arroz e macarrão, e para a sobremesa podemos fazer biscoitos natalinos, tortas e cupcakes.

-Vai dar trabalho, provavelmente a noite toda.

-Sim, vamos começar já e pelo jantar. Você vai fazer arroz e macarrão, que é o mais simples Pikachu. Me diz que você sabe fazer.

-Sei, eu me viro.

-Enquanto isso eu faço as lasanhas e coloco os chesters pra assar.

-Certo.

Eu não era um mestre na cozinha, mas eu sabia me virar, peguei os pacotes de macarrão e de arroz, e fui para um dos fogões, peguei duas panelas grandes, coloquei arroz em uma e macarrão na outra obviamente, ao em vez de usar óleo no macarrão fiz na manteiga, eu não tinha muito o que fazer então fui ajudar Reyna, mas eu estava ao mesmo tempo ligado no fogão.

-Jason, presta atenção, primeiro vamos por farinha na massa.

Com isso pegamos as massas e ficamos passando a farinha, e Reyna “sem querer” derrubou um pouco de farinha em mim.

-Reyna!

-Ai Jay, desculpa, foi sem querer. – Mas se segurando para não rir. Ai ela deu uma gargalhada.

-Aham, sei, olha como é engraçado. – Peguei um pouco de farinha e joguei nela, a cozinha tinha farinha em tudo que é lado. Ri alto, mas parei quando vi o olhar assassino que Reyna me lançava.

-Ta rindo é Grace? Eu vou rir é quando eu tirar as tuas tripas pela tua boca e fazer um colar com elas.

-Deuses, você me assusta.

-HAHAHAHHAH, eu te assusto Grace? – Ela me perguntou com um olhar de maníaca. –Eu não pedi para você jogar farinha em mim, vem aqui vem! – Ela pegou uma faca, a essa hora eu estava quase mijando nas calças. Eu corri pela casa e ouvi ela berrar meu nome, olhei para trás e vi a faca indo em minha direção, desviei, mas por pouco não pega em minha cabeça, eu estava deitado no chão.

Quando vi ela estava vindo em minha direção rindo, gargalhando para ser mais exato. E eu fiquei quieto na minha, porque não estava afim de morrer.

-Jay, sério mesmo que acreditou nessa minha crise? – Perguntou ela rindo. Dei um sorriso amarelo, eu estava sem graça, pois eu realmente tinha acreditado.

-Era mentira? Você não queria me matar?

-Obvio que não Pikachu, como você é ingênuo.

-Você deveria ser atriz, Rainha do drama, me deu um baita susto agora.

-Foi realmente divertido, sua cara de medo. – Ela estendeu a mão para me levantar e eu aceitei, mas puxei Reyna para o chão.

-Divertido? Uma maluca com uma faca querendo te matar é divertido? – Perguntei enquanto fazia cócegas nela e ela se debatia e ria.

-Pede desculpa. – Exigi.

-Nunca. – E nisso cometi o erro de olhar em seus olhos, e me perdi, ela conseguiu inverter as posições, pegou a faca.

-Vamos, temos muito que fazer.

A casa estava cheia de farinha, nem tínhamos percebido, mas havíamos deixado uma trilha de farinha.

-Depois a gente arruma Rey.

-Certo, você monta as lasanhas, é simples, já ta tudo pronto, só colocar massa, depois recheio, depois massa, depois queijo e presunto, e faz a mesma coisa sempre.

Ela disse enquanto ia montando uma lasanha.

-Ta.

Repeti o que ela havia feito, acho que ela estava fazendo o risoto, arroz, macarrão estavam prontos, os chesters no forno, risoto sendo feito e lasanha também, faltava a salada que ia ser rápido, e as sobremesas.

-Pikachu, já volto, fica de olho em tudo enquanto eu vou rapidinho na Nova Roma pegar uma coisa e já volto, não deixa ninguém entrar, não quero ninguém aqui pra atrapalhar ou ver, eu disse NINGUÉM.

-Ta bom mãe.

Com isso ela riu e foi, fico me perguntando o que ela foi fazer.