O dia 30 de março tinha finalmente chegado e Sirius estava com sua mãe na frente da lareira de casa. Qualquer pessoa que visse o menino entrando na chaminé pegando fogo chamaria a mãe de Sirius de, no mínimo, irresponsável, mas aquele era um jeito comum de viajar no mundo bruxo: o pó de flu. (Mas a mãe dele realmente era irresponsável hehehe).

– Não quero saber de nenhuma gracinha, moleque! Vamos comprar seus materiais e nada mais. – E virou para Régulos – Você pode ir também, filho. Vamos comprar os doces que você quiser para compensar a explosão que Sirius fez no seu quarto. – Ela sorria para o segundo filho.

E todos os três foram pela chaminé para o Beco Diagonal, o melhor lugar para comprar os matérias escolares de Hogwarts. Primeiro foram comprar as vestes novas de Sirius.

– Não gosto da regra das vestes tradicionais – os alunos do primeiro ano não podiam usar vestes com símbolos de nenhuma das casas -, ainda mais para um Black que vai para a Sonserina... De qualquer maneira, são as regras, devemos aceita-las. Madame Malkin, quero as vestes da melhor qualidade para Sirius, pode caprichar. – E olhou severa para o menino – Apesar de você não merecer vestes boas, não é menino? Mas não permitirei que entre no salão comunal da Sonserina com farrapos.

Enquanto Madame Malkin preparava as vestes de Sirius um outro garoto entrou na loja de roupas com sua mãe:

– Mas não podíamos olhar ir na loja das coisas de quadribol ou na sorveteria... Mãe, você resolve que quer comprar as roupas de Hogwarts primeiro? É o mais chato! Pior que os livros...

– Vamos lá num instante querido, seja paciente. – Disse a mãe do garoto. Ela parecia ser sempre gentil com seu filho, diferente de Walburga. Sirius sentiu uma pontinha de inveja.

Então o menino reparou que haviam outras pessoas na loja, inclusive um garoto que parecia calouro, como ele.

– Oi! É o seu primeiro ano em Hogwarts também? – Sirius perguntou animado, louco para conversar com alguém alem de sua mãe, que sempre era grossa.

– É sim! Ah que ótimo conhecer alguém antes de chegar no Expresso de Hogwarts. Sou James. James Potter. – Disse entusiasmado.

– Eu sou Sirius. Sirius Blac...

– Menino estúpido! Além de tentar destruir nossa casa todo santo dia conversa com qualquer um! Você tem sangue puro, sangue Black, e deve se misturar somente com seus iguais. E os Potter, apesar de puros, não dão valor à isso, portanto pare de conversar com esse traidor de sangue AGORA. – Disse Walburga num tom amável que conquistou todas as pessoas do recinto.

– OLHA COMO FALA DO MEU FILHO! – Disse a Sra. Potter.

Enquanto os mães criavam um barraco digno de platéia Sirius foi falar com James.

– Desculpa pela Sra. Puro Sangue, eu não sou igual a ela... – Disse com uma cara triste.

– Ah, relaxa! – Deu um tapinha nas costas de Sirius. E começou a dizer num tom furtivo – Então, eu ouvi que você tentou destruir sua casa? Foi com mágica?

– Ah, foi sim... Ontem eu explodi o quarto do meu irmão. Foi impagável! – Disse com um sorriso culpado. Não sabia se James o acharia idiota ou genial por suas marotagens.

– Ótimo, você consegue controlar um pouco de magia então? – James olhou com o olhar de quem planeja alguma coisa.

– Consigo...

– Então esse é o plano...

E começaram a planejar uma fuga da loja digna de explosões enquanto as duas mães ainda gritavam. Entao aconteceu: James e Sirius explodiram um sofá peludo e a loja toda ficou com muita fumaça, dando tempo para eles fugirem pela porta da frente.

– Meu Deus! Ótimo plano, a minha mãe vai surtar! Genial! – Sirius disse e não conseguia parar de sorrir.

– Obrigado, muito obrigado – Disse James que parecia gostar dos elogios a seus planos.

Eles entraram na loja de doces perto do Empório das Corujas e os olhos de James e Sirius brilharam para cada um dos doces. James percebeu que Sirius não tinha dinheiro e ficou feliz de comprar uma barra de chocolate pra o novo amigo.

– Aonde vamos agora? – Perguntou Sirius, feliz com sua barra de chocolate.

– Artigos de Qualidade para Quadribol, com certeza! Você gosta de quadribol, né?

– Gosto, mas não subo numa vassoura desde que derrubei a parede da cozinha de casa. – Deu um sorriso divertido.

– O QUE? – James parecia achar isso um crime. Sirius riu da cara dele.

– Normal, para minha mãe. Vamos na loja de quadribol então. – E eles começaram a andar.

– Você quer ir para qual casa?

– Ah... – Sirius esperava poder evitar essa conversa. – Minha família toda foi para a sonserina...

– Sério? Pensei que você fosse legal. – James riu. Ele estava brincando, mas Sirius estava muito sério.

– Eu quero ir para qualquer casa, menos a Sonserina! Até Lufa-Lufa serve!

James parou de andar e olhou assustado para Sirius.

– Para você querer ir para Lufa-Lufa o negocio deve estar sério, né? Eu nem sei o que os lufanos fazem! Se você quiser ir para outra casa, tente a Grifinória! – Estufou o peito – A melhor casa, dos valentes, destemidos, corajosos e... enfim, é a melhor casa!

Voltaram a andar e Sirius já não estava mais triste:

– Se eu for para Grifinória minha família me deserda de vez! - Sirius imaginou e ficou animado - TOMARA QUE EU VA PARA LÁ!

– Vou guardar um lugar para você do meu lado na mesa da Grifinória então!

Os dois já tinham criado piadas internas quando chegaram na loja de quadribol e já estavam babando na nova Nimbus 1000 quando as mães os alcançaram.

– JAMES THIAGO POTTER! COMO OUSA EXPLODIR A LOJA DA MADAME MALKIN? ESTOU ABSOLUTAMENTE DESGOSTOSA! TIVE QUE PAGAR POR TODOS OS DANOS E A CULPA É TODA SUA!

James sorriu para Sirius marotamente.

– Relaxa mãe, eu vou la depois e peço desculpas. AGORA OLHA ESSA VASSOURA!

– James, seu pilantra. Igualzinho o seu pai. – A Sra. Potter já estava rindo com seu filho, já o tinha perdoado. Já a mãe de Sirius resolveu comprar uma vassoura pra Régulos só pra fazer ciúmes no outro filho.

– Pode escolher a que quiser, Reg! E você, moleque, não quero ouvir nenhuma palavra até chegarmos em casa.

Enquanto a Sra. Black olhava as vassouras com Régulus, James virou para Sirius e disse:

– Lamento que não vai ganhar uma vassoura, cara. Mas nem podemos levar elas pra Hogwarts no primeiro ano... – Falou com cara de quem não concordava com essa regra. – Talvez poderemos mudar algumas regras durante o ano. – Ele disse para se mesmo, planejando algo.

– Minha mãe não compraria uma vassoura pra mim nem se eu fosse o capitão do time da Inglaterra, James. Nem uma Cleansweep menos 40. – Disse Sirius, rindo. – Te vejo no Expresso de Hogwarts, cara?

– Com certeza! – Disse James enquanto saia da loja.

Walburga tinha voltado com Régulus que trazia uma Nimbus 1000 nos braços e nem olhou para a cara de Sirius quando disse:

– Vamos comprar o resto das suas coisas, imprestável.