– JAMES! JAMES! NÃO VAI PRA LUZ! – Berrou Sirius.

– PEGA UM HIPOGRIFO E VOLTA PRO EXPRESSO, CARA! – Gritou Remo.

Nesse momento Pedro se levantou e se aproximou de James.

– Acho que ele precisa de respiração boca a boca... Eu vi num programa de trouxas que quem não consegue respirar tem que ter isso... – e foi se aproximando de James que simplesmente se levantou gritando:

– NENHUM MENINO VAI FAZER RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA EM JAMES POTTER!

Lily se levantou querendo matar James:

– E O QUE ACONTECEU COM SUA ALERGIA, POTTER?

– Na verdade o feijaozinho era de tinta – E disparou a rir da cara da ruiva, até Sirius e Remo começaram a gargalhar também – Relaxa, foi só uma brincadeira, ruiva! E teria dado perfeitamente certo se um certo Pedro não tentasse colocar sua boca na minha.

– Isso não foi nem um pouco engraçado, Potter. E me chame de Evans.

– Ok, Evans, sua vez de provar os deliciosos feijoezinhos assassinos.

– QUE? Depois de tudo isso você ainda quer que eu coma um?

– Claro. Esse foi o acordo, Evans.

– Tá, mas antes você tem que comer outro e espero que esse seja de camarão.

James olhou feio pra Lily e pegou um feijaozinho sem nem olhar a cor e comeu:

– Blerg, madeira. Eu to falando, nunca peguei um sabor bom. – E estendeu a caixa para Lily – Sua vez.

Lily pegou um feijaozinho rosa e colocou na boca e arregalou os olhos:

– Camarão! – Deu uma risada acompanhada por todos no compartimento.

– Aliás, Lily, porque você está carregando essa coruja no colo? – Perguntou Remo.

– Ah, ela é meio filhote ainda... Minha irmã mandou uma carta pra Dumbledore por ela e ela voltou exausta. Mas acho que já está bem, eu que gosto de ficar carregando ela.

– Uma carta pra Dumbledore de uma trouxa? – Perguntou Remo.

– É! Ela pegou escondido... E eu que levei sermão por deixar minha coruja filhote voar tão longe. O ano nem começou e já levei ferro.

A boca de James caiu.

– Mas era pro primeiro sermão do ano seu meu!

– É James, acho que temos uma concorrente ruiva. – Brincou Sirius.

– Você é muito estranho, Potter.

Nesse momento uma coruja branca adulta pousou na janela do vagão.

– Sam! Está cansada? – A coruja abriu as asas mostrando que estava pronta pra outra viajem longa e James deu um sorriso e se dirigiu a Lílian – Muito bem, Sam! Viu? Minha coruja é mais forte que a sua.

– A minha é um filhote ainda, Potter. Quando ficar grande vai ganhar da sua em qualquer coisa.

– Quer apostar? – James olhou pra Lily louco pra provar que sua coruja era melhor.

– Assim que ela ficar adulta, quero.

Uma terceira coruja apareceu na janela e depois pulou até o colo de Remo.

– Essa é a sua coruja, Remo? – Perguntou Pettigrew.

– Ah, não. Acho que é um bilhete pra mim. – Remo leu o bilhete, arregalou seus olhos e saiu correndo do vagão sem nem dizer tchau.

– Que estranho. Vou no banheiro... To apertado. – Disse Pedro que saiu correndo do vagão.

– Depois o Remo que é estranho. – Disse Sirius. – Desistiu de fazer um plano, James? Do jeito que você estava quieto antes do carrinho chegar só podia estar fazendo isso.

James se lembrou da possibilidade de ir para a Sonserina, voltou ao seus planos no canto do vagão e pela milésima vez a porta do vagão se abriu. Um menino que já estava com as vestes de Hogwarts entrou sem mais nem menos e sentou do lado oposto de Lílian que olhou para a janela ainda com os olhos inchados.

– Não quero falar com você, Severo. – Disse Lílian.

– Mas por que não?

– A minha irmã me odeia, porque nós vimos a carta do diretor. E foi você que foi entrando no quarto dela atrás da carta.

– E qual é o problema nisso? Pensei que ela já te odiasse... – Lily olhou para Severo angustiada.

– Severo, ela é minha irmã! E ela me deserdou...

– Lily, ela é só uma – Lily esfregou os olhos e Severo parou sua frase no meio – Ah, mas nós estamos indo para Hogwarts! – Lily deu um sorriso. - É melhor que você acabe na Sonserina...

– Sonserina? – James olhou para Lily e se esqueceu do seu plano – Meu Merlin, quem quer cair na Sonserina? Se eu fosse pra lá acho que largava a escola... Você não, Sirius? – James piscou pra Sirius.

– Você sabe que toda minha família foi da Sonserina.

– Oh, e eu crente que você era um cara legal! – Sirius deu uma risada.

– Espero que eu rompa essa maldita tradição... – Deu um sorriso maroto pra James – E você, ó corajoso Potter, pra onde vai se puder escolher? – E murmurou deixando só Lily ouvir – Como se ninguém pudesse adivinhar... – Então James levantou uma espada imaginaria e disse num tom formal:

– Grifinória, meu caro Sirius, onde ficam os de bravo coração! Que nem o meu pai. – Severo fez um barulho de discordância. – E você, Ranhoso, tem algum problema com isso?

– Não se você prefere ser musculoso do que ser esperto...

– Então pra onde você quer ir já que não é nenhum dos dois? – Disse Sirius se intrometendo e James deu uma longa gargalhada. Já Lily levantou e disse olhando para Severo:

– Vamos, Sev. Vamos achar outra cabine.

– Ooooo... – James imitou a voz de Lily e Sirius não conseguia parar de rir enquanto James tentava fazer Snape tropeçar. Quando Severo e Lílian já tinha saído do vagão James gritou – Vemos você por aí, Ranhoso!

Quando entraram na outra cabine Severo olhou pra Lily e disse:

– Mas, sério, você TEM que entrar na Sonserina!