Eu me lembro que sua pele era clara como a lua. Seus olhos também me lembravam este astro, assim como a situação em que nos encontramos. Ou melhor, em que eu me encontro. E você continua inalcançável, apesar de tudo. Quando você chegou aqui, com aquele ar de inocência que nunca lhe abandona, meu coração disparou, da mesma forma que fazia quando lhe encontrava na época em que ainda era feliz contigo.

Mas então você nos deu aquela noticia, com aquele sorriso estampado sobre a face. “Eu e Takumi nos casamos!”, como se aquela fosse a coisa mais normal do mundo. Eu agradeci em silêncio pelos óculos escuros que não deixavam meus sentimentos à mostra. Amaldiçoei aquele estúpido amor platônico que eu ainda nutria por ti, e que mesmo agora não passa, e parece crescer cada vez mais, somente com o fato de olhar para a lua cheia. Pesso perdão por ser tão egoísta ao ponto de sofrer com a sua felicidade e desejar que ela não exista. Todavia eu continuo não suportando esse falso reinhado que ele construiu em volta de ti, e que por algum motivo você ainda não ter notado que seu conto de fadas se tornou uma prisão.

Porém eu continuarei a lhe esperar, e não importa se vai demorar toda a eternidade... Irei continuar contentando-me somente da lembraça do seu calor, e sentindo as lágrimas transbordarem ao ver a lua cheia. Aquela mesma lua que um dia fez com que nós ficássemos ligados para o resto de nossas vidas.