Line In Time escrita por Neko D Lully


Capítulo 2
Que confusão!


Notas iniciais do capítulo

Opa, eu aqui de novo, não se preocupem, logo Herdeiros do Caos tem mais um cap atualizado... Bem aqui temos mais um cap de Linha do Tempo e espero que tenha ficado legal. Estou esperando os Reviews ainda, em qualquer momento estou feliz em recebê-los.
Aproveitem a fic ^^



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Linha do Tempo

O que via a sua frente era algo que muitos ali não conseguiam compreender, o garoto que Sonic tinha acabado de salvar tinha os cabelos azuis arrepiados, iguais ao dele, só que com uma mecha rosa passando em um de seus olhos, sua pele era meio rosada, seus olhos de um verde esmeralda meio escurecido, devia ser um pouco mais baixo do que Sonic era agora e usava uma blusa branca, com uma jaqueta sem mangas azul por cima e uma calça jeans tapando um pedaço da bota branca e azul que usava. Ele se levantou do chão e alongou um pouco o corpo, parecendo estar completamente quebrado.

 - Racer! – gritou varias vozes que se aproximavam e quando todos olharam o susto não foi menor, com a exceção do garoto que fora chamado. Ao chão chegaram um garoto de cabelos brancos arrepiados, o corpo bem esculpido, forte e atlético, com a pele morena, os olhos de um azul escuro profundo e penetrante e alto, mais alta que o garoto de mecha rosa, mas não chegava a ser do tamanho de Sonic. Ele usava uma estranha mochila de metal nas costas que era onde saía estranhas asas transparentes azuladas que pareciam as de um morcego, usava também uma blusa negra sem mangas um pouco justa em seu corpo, calça jeans azul clara e tênis vermelhos com detalhes parecendo ser feitos de metal. Uma das garotas que ele tinha carregado era uma garota de estranhos cabelos prateados, longos e presos em um rabo de cavalo alto, os olhos âmbares, belos e penetrantes, a pele pálida reluzente e o corpo bem formado, sendo um pouco menor que todos ali. Ela usava uma saia jeans, uma blusa branca com detalhes verdes que tinha suas mangas folgas, uma pegando no ombro e a outra um pouco abaixo do mesmo, deixando mostrar a alça de um tope que usava. A ultima era a menor de todas, com os cabelos curtos verdes, quase não chegando ao ombro, os olhos azuis bem clarinhos atrás de um óculos redondo e grande, a pele pálida e o corpinho de uma garota que estava começando a entrar na adolescência. Usava um vestido verde, luvas enormes de couro um pouco desgastadas e delicadas sapatilhas verdes. – Esta bem?

 - Para quem acabou de cair de uma altura de quase dois mil pés, acho que estou ótimo! – respondeu ele divertido, erguendo a cabeça com a mão em forma de concha um pouco acima dos olhos olhando para o céu. Parecia analisar a distancia e um enorme sorriso apareceu em seu rosto ao terminar. – Quando poderemos fazer isso de novo?

 - Idiota! – exclamou a garota de cabelos prateados dando um forte tapa no de cabelos azuis que cambaleou para frente e logo em seguida colocou as duas mãos no local, massageando um pouco a área atingida. Em seu rosto ainda se encontrava um pouco do sorriso divertido, mas então todos perceberam uma coisa. – Onde foi parar a Yin?

 Um alto assobio chamou a atenção de todos fazendo com que olhassem para o topo de um dos prédios que tinha ali perto. Sentada na beira do telhado estava uma pequena garota, devia ser da mesma idade que os três primeiros apresentados, mas era bem menor que eles. Seus cabelos negros com mechas loiras chagavam até o inicio de seu quadril, esvoaçando um pouco pelo vento, a pele era um tanto morena, os olhos de uma peculiar mistura entre azul e vermelho e o corpo com curvas discretas, mas belas. Ela usava um short jeans negro curto, uma blusa azul escura com uma jaqueta negra por cima que parecia ser maior que ela, botas com detalhes azuis e negros e luvas que chegavam até seu cotovelo, mas que eram tampadas pela jaqueta. Um pequeno sorriso apareceu no rosto da garota e ela logo apontou para o céu, fazendo todos os outros quatro que tinha vindo com ela mirarem o mesmo. As nuvens haviam desaparecido e agora o sol reluzia como nunca! O garoto de mecha rosa deu um alto grito.

 - Eu falei que um dia iríamos vê-lo! – gritou enquanto ria alto. Ninguém compreendia o que estava acontecendo, ninguém entendia como aqueles garotos se pareciam tanto com eles. Shadow mirou a garota que tinha perto dele no telhado, por alguma razão ela lhe fazia lembrar uma coisa que talvez deveria ter esquecido com os anos. – Yin! – gritou o garoto de mecha rosa novamente fazer a garota olhara para baixo. – Eu te falei que o veríamos! Te falei que era quente!

 - Seu nome é Yin? – perguntou para a garota que logo pareceu ficar tensa no lugar. Ela se virou para trás, o mirando diretamente nos olhos. Pode ver que ela continha alguma coisa enquanto assentia com a cabeça, como se recuasse em dizer algo que queria muito. Ela então mordeu o lábio inferior e se virou para voltar a ver o sol, que fora destampado pelas nuvens e agora brilhava de uma maneira impressionante. – O que são vocês?

 A garota voltou a olhá-lo, sem compreender exatamente a pergunta, mas então ela hesitou. Abriu e fechou a boca algumas vezes, desviou o olhar e voltou a mirá-lo e Shadow não mais compreendia o que ela tinha, o que poderia estar passando pela cabeça dela. Ela então mirou o enorme robô de Eggman junto com o mesmo e um estranho brilho apareceu em seus olhos. Como se estivesse... Feliz? Feliz em ver Eggman? O que aquelas crianças eram?!

 - Yin! Vem cá! – gritou o garoto de cabelos azuis ficando bem perto da ponta do prédio. Quase com alivio a garota se levantou e correu na direção da porta do terraço, talvez na mesma velocidade que ele e Sonic possuíam. Sem mais palavras o, agora, garoto moreno desceu do prédio vendo como não era apenas ele o confuso. Voltou seus olhos vermelhos então na direção dos garotos vendo como o de mecha rosa analisava a morena com muita atenção dando voltas e mais voltas ao redor dela, com uma mão no queixo parecendo pensar. – To vendo que não tem de errado com você, acho que tudo atravessou o portal como deveria. Pelo menos isso acho.

  Sem nenhum aviso a garota acertou o garoto que a analisava com um soco bem no meio do estomago enquanto um sorriso contido e irritado aparecia em seu rosto. Os outros que apenas olhavam negaram com a cabeça e suspiraram voltando a discutir alguma coisa logo em seguida. Foi então que a garota ergueu uma mão na frente do de cabelos azuis parecendo pedir alguma coisa. Ele a encarou confuso ainda tendo o corpo encurvado por causa da dor. Ele então se ergueu e sorriu tirando do bolso uma barra de chocolate e a entregou.

   - Admito minha derrota, você ganhou a aposta. – para aqueles que observavam não tinha cena mais estranha. Não compreendiam o que acontecia, quem eram aquelas crianças, como eles chegaram e o que queriam. Eram estranhos e ao mesmo tempo muito familiares. As roupas que usavam eram igualmente estranhas a suas atitudes, os equipamentos então nem poderia se falar. O olhar do garoto então voltou-se para onde se encontrava Eggman, quase no mesmo instante que um raio amarelado saia da arma do robô que ele tinha ao lado indo na direção que antes estava apontada, que no momento era onde se encontrava o garoto de mecha rosa e a morena.

  Em uma velocidade assustadora o garoto desviou, desaparecendo do lugar onde se encontrava antes enquanto a garota havia saltado e agora caia encima da cadeira flutuante onde se encontrava Eggman, bastante surpreendido. Ao lado deles riscos de luz indicando cortes nos fios elétricos no robô mostravam que era destruído em uma velocidade assustadora. Pedaços começaram a cair e uma forte luz indicou a explosão que se seguiu. A fumaça e as cinzas sujaram os dois que estavam do lado enquanto a garota mexia em alguns equipamentos no painel de controle. Em mais um salto ela pulou novamente no chão e a pequena nave de Eggman saíra voando descontrolada e desengonçada de volta para a base do doutor. O garoto então apareceu com um enorme sorriso no rosto e as mãos na cintura ao lado da morena.

 - Já pararam de brincar? – questionou a pequena garota de cabelos verdes ajeitando os enormes óculos em seu rosto com apenas dois dedos, os empurrando para cima. A garota os encarava com seriedade e um certo olhar maligno que adquira a parte da genética que tinha recebido. – Temos coisas a resolver e não temos tempo para brincar. Se meus cálculos estiverem certos estamos exatamente no ano em que ele irá se libertar. Temos muito o que procurar.

 O garoto de mecha rosa deu de ombros ainda tendo um sorriso zombeteiro no rosto, enquanto a garota a seu lado permanecia calada, séria e atenta a qualquer coisa a seu redor. Opostos, foi o que passou na cabeça de todos que observavam aquela cena. Com calma os cinco começaram a caminhar calmamente para dentro da cidade deixando todos ali que observavam estáticos em seus lugares sem compreender o que estava acontecendo exatamente. Para eles aqueles garotos eram um mistério e mal sabiam o que lhes esperavam com a chegada deles naquele tempo. Os antigos animais se entreolharam questionando um para o outro apenas com o olhar o que estava acontecendo...

~~~~~~~~~~~~~~ ~~~~~~~~~~~~

- Vão dizer agora onde eles estão! – exclamou uma voz masculina potente e grossa. A pesada mão se chocou com potencia na mesa que tinha entre ele e os dois adolescentes bastante parecidos. Ambos estremeceram, os dois gêmeos, como qualquer outra criança que tinha naquele lugar, temia o homem que tinha a frente, mas, naquele instante, os dois tinham em mente a lealdade de seus amigos. Juraram que não contariam nada por terem decidido ficar e cobrir a retaguarda. As mãos estavam unidas, um apoiando o outro em seu silencio, dando forças para superar o temor que sentiam e continuarem calados. – Mas que droga!!

 - Calma Shadow, vamos achá-los. – uma bela mulher, de cabelos brancos curtos, mal chegando ao ombro, a pele ligeiramente morena, os olhos de um verde água bem claro e o corpo bem emoldurado apesar de já possuir seus quarenta e poucos anos. Ela colocara suavemente a mão no ombro do homem que tinha a frente, de costas para ela. O mesmo fez um brusco movimento com o corpo, retirando a mão dela de onde estava e se afastando do local, bufando de raiva. A mulher suspirou e o seguiu, dando pelo menos uma trégua aos garotos que se encontravam paralisados no lugar, calados e trêmulos. Agora, sozinhos no corredor do lado de fora o homem tentava manter a calma. – Shadow sei que está preocupado, mas pense que não foi apenas sua filha que sumiu, mas também nós.

 -... – o homem nada disse. Seus cabelos negros tampavam-lhe o rosto moreno e belo, já começando a ser castigado pela idade. Tinha o corpo forte e alto, com ombros largos, braços e pernas potentes e o tronco bem moldado. Seus olhos, apesar de não poderem ser vistos eram de um vermelho sangue peculiar, capaz de despir uma pessoa com apenas uma encarada, deixando-a desamparada e amedrontada. Novamente a bela mulher colocou uma mão em seu ombro.

 - Sei que Yin é importante para você, sinto a mesma coisa por Ramon, ao igual que você ele é o único que me faz lembrar do que perdi e o único que me faz me sentir realmente feliz e completa mesmo nesses tempos, mas por mais que nos preocupemos devemos nos lembrar que eles não são mais crianças. – sabia que ele a escutava, sabia que ouvia cada uma de suas palavras, e o silencio que ainda se mantinha presente por parte dele era apenas algo costumeiro, típico de sua personalidade. – São quase adultos agora e devemos acreditar que pelo menos podem se cuidar sem nós. Vamos achá-los, mas temos que confiar neles também.

 Sem dizer nem uma palavra o homem começou a andar, desaparecendo corredor a dentro e deixando a companheira para trás, com seus próprios pensamentos. Enquanto caminhava ouvindo seus passos ecoando pelo lugar de metal pensava no que ela tinha dito. Logicamente confiava em Yin, sabia que ela poderia se cuidar sozinha, sabia muito bem a força que ela possuía, mas mesmo tendo todas aquelas expectativas ainda assim... Por mais que não quisesse admitir em voz alta, sentia medo. Medo de perder a ultima pessoa que lhe fazia se sentir diferente, tinha medo de perdê-la como perdeu a mãe da garota. Suspirou, se lembrando do primeiro treino da garota... Foi a primeira vez que se sentiu preocupado com a vida de alguém além da de sua melhor amiga...

 “- É só ficar calma Yin, tudo vai dar certo. – havia dito Rouge a garota, ajeitando a roupa especial que a garota usava. A pequena estava nervosa, conseguia perceber isso, mas não duvidava que Maria a tivesse ensinado algumas coisas para que pudesse se defender, agora era hora de treinar essas habilidades que tinha. A velocidade nem sempre a iria ajudar. Mas mesmo assim estava incomodo com a situação, Yin ainda era muito nova, insegura e explosiva. Os resultados desse treino eram imprevisíveis. – Vamos colocar primeiro no fácil, para você se acostumar, depois, com o tempo, vamos aumentando a intensidade dos treinos.

  A pequena assentiu, ainda insegura e então, adentrou na pequena área onde eram feitos os treinos holográficos. Fora construído por Tails para ajudá-los a se preparar para os riscos que tinham do lado de fora, principalmente para as crianças que um dia lutariam com eles nessa guerra que parecia nunca ter fim. Viu como a pequena se colocava no centro do lugar e esperava o sinal que indicaria o inicio do treino. Em sua mãozinha podia se ver uma pequena faca, fora o único que a garota pedira para poder fazer o treino, nenhuma arma mais.

 - Pronta? – perguntou Tails pelo microfone que ecoava dentro da sala onde Yin se encontrava e a garota assentiu de leve, ainda um pouco tremula. Os hologramas então foram acionados e robôs apareceram ao redor da garota. Eram poucos e dos simples, não tinham mais de cinco e tinham seus corpos finos e quebradiços, os típicos robôs de busca. Não conseguiu evitar se aproximar do painel de controle que logo a frente tinha o vidro que deixava visível a sala de hologramas. Colocou a mão no painel e olho atentamente para dentro esperando o que Yin iria fazer.

 Um dos robôs atacou e com dificuldade a garota conseguiu se esquivar. Ela ainda era desajeitada nos movimentos e custou a se recompor para defender de outro ataque. Utilizou a faca que carregava para se defender das laminas que um dos robôs possuía em seus braços, usou então sua mão livre para segurar o braço dele e impulsionar a parte de baixo de seu corpo para cima, entrelaçando suas pernas no braço do robô. Quando se viu segura da lamina no braço jogou a faca que trazia bem no centro do peito do robô, em um pequeno vidro que tinha exatamente naquele lugar. A garota caiu no chão junto com o robô e com dificuldade pegou sua faca novamente, agora suja de óleo. A pobre garota teve que agir rápido, pegando um dos pedaços de metal que tinham no chão para se defender de outro dos robôs, esse com uma arma no braço. O lazer que fora lançado batel na carcaça de metal, sendo desviado para outro lado.

  Inconscientemente apertou as mãos com força sobre o painel, sentindo o peito se reprimir. Yin tinha habilidade, mas não tinha técnica e isso lhe causava dificuldades. Viu como Yin se ajeitava atrás do robô que tinha destruído, ajeitando-o para que o robô com a arma ficasse de frente para ele. Só foi compreender o que ela fazia quando o robô atirou e o lazer bateu novamente na carcaça de metal, ricocheteando para outro lado e atingindo outro dos robôs que tentava se aproximar. Novamente o lazer fora lançado e Yin ajeitara o “boneco” de metal que tinha em mãos, fazendo o raio ser novamente desviado e atingir outro robô. Mais uma vez, e dessa vez o raio fora lançado de voltar para o dono destruindo o ultimo dos robôs.

  Viu a pequena jogar a carcaça de metal para um lado, respirando de maneira agitada e com o corpo ligeiramente tremulo. Os robôs desapareceram e teve a leve sensação de alivio. Mas o alivio durou pouco, um raio mais forte que o do robô anterior e que viera de surpresa pegara a garota por trás, a lançando em um das paredes, a separando de sua pequena faca que caiu em um outro canto do lugar. O pequeno corpo da garota atingiu a parede com brutalidade e então caiu ao chão, como se fosse uma boneca de pano. Os olhos tão peculiares da garota se ergueram, encarando os novos robôs que chegavam. Esses eram robôs de caça, programados para atacar, maiores, mais fortes e mais bem equipados, apesar de não serem os mais fortes de todo o arsenal do ditador.

  Eles se aproximavam com lentidão, com as armas erguidas e preparadas, apontadas na direção da pequena que não conseguia se levantar. O lazer passou a ser carregado e viu como a garota fechava os olhos com força esperando ser atingida. Fez um pequeno movimento com a mão indicando a Tails que parasse o treino. Já era suficiente, seu coração estava mais apertado do que um dia já sentira, nunca pensara voltar a ver essa sensação. Com calma caminhou para dentro da sala, que já tinha desaparecido todo seu antigo cenário. Se ajoelhou na frente da pequena que n]ao o encarava, permanecia de olhos baixos e entristecidos.

  - Não consegui... Sinto muito... – murmurou, dando para perceber perfeitamente que se sentia destroçada. Um pequeno sorriso apareceu em seu rosto e levou uma mão até a cabeça da garota, acariciando com cuidado. Ela ergueu o olhar um pouco surpresa e o encarou sem compreender aquilo.

   - Isso pode mudar. Foi só seu primeiro treino, tem muito pela frente. – primeiro a pequena pareceu não compreender e então sorriu extensamente, com os olhos reluzindo de uma maneira extremamente alegre e isso o fez lembrar de tempos passados, tempos que passava com Maria. Yin era sua nova preocupação e diferente do que um dia poderia imaginar estava feliz com isso.”

   Já tinha chegado em sua sala, onde um enorme computador se encontrava, colocado o numero para ligar e agora esperava que a chamada fosse atendida. Desde aquele dia passou a treinar sua pequena filha, depois daquele dia ambos passaram mais tempo juntos e, desde seus momentos com Maria nunca se sentiu mais vivo. Não era mais o desejo de competição, de ser o melhor, de correr e ser mais forte que o movia, mas sim o desejo de proteger aquele pequeno ser que ele mesmo tinha dado a vida, o único que lhe sobrava de seus sentimentos.

  - Algum problema Shadow? – questionou a imagem do homem gordo praticamente robotizado a sua frente, formada por um conjunto de luzes que reproduzia perfeitamente a pessoa que se encontrava do outro lado da chamada. O homem de quarenta e poucos anos, moreno que um dia fora um ouriço encarou a imagem holográfica com seriedade, cruzando os braços na frente do peito e já sentindo seu cenho se franzir.

  - Você confirmou a Yin aquele boato não foi? Você disse a ela onde poderia encontrá-lo. – acusou sem rodeios. Eggman suspirou e balançou a cabeça de um lado para o outro.

  - Eu disse a Yin que isso ia dar problema... – murmurou mais para si mesmo do que para o homem moreno. Um pequeno sorriso então surgiu em seu rosto ao recordar a garota, divagando em tempos atrás quando ela ainda era apenas uma criança. – Mesmo tendo crescido continua a mesma teimosa de sempre, ainda me lembro de quando ela estava na custodia da mãe... Parecia muito com você Shadow.

   - Não quero recordar o passado Eggman, quero que Yin volte e para isso tem que me informar se a capturaram ou se ela conseguiu o que queria. – a simples menção... Eggman nem tinha falado o nome e já sentia uma fincada no peito... E agora, sem Yin ali as coisas ficavam mais duras e aturar.

   - Não houve nenhum relato de que ela ou alguém dos rebeldes fora capturado e pelo tempo que já se passou quer dizer que eles conseguiram. – por um lado ficara aliviado com isso, mas por outro...

   - Mas que droga! Porque aquele maldito garoto fora dar essa ideia?! Depois que Yin cisma com alguma coisa é difícil fazê-la esquecer... – passou a mão pelos cabelos, andou de um lado para o outro e socou algumas das paredes. – Yin sabe muito bem que o futuro é instável, qualquer coisa que ela fizer, qualquer mínima coisa que ela fizer vai nos afetar! Pode destruir tudo!

   - Ou concertar. Sabe o que ela quer fazer Shadow e sabe que ela é esperta para conseguir fazer direito. – não teve como retrucar aquilo. Sabia o quão Yin podia ser esperta e astuta, sabia das capacidades dela, mas ainda sim se preocupava. Um deslize dela poderia resultar na mudança completa do futuro e assim ela poderia deixar de existir junto com os outros. – Tudo o que nos resta é esperar...

    Por mais que não gostasse sabia que aquilo era verdade. Teria que confiar em sua filha.

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  - Faremos o seguinte, nos dividiremos e procuraremos a maquina, esperaremos Eggman utilizá-la e acabaremos com a criatura que supostamente vai sair de lá. – disse a pequena garota ajeitando mais uma vez os óculos em seu rosto. Eles se encontravam em um parque perto do centro daquela enorme cidade, Station Scare que em seu tempo era chamada de Metal City estava bastante diferente do que eles conseguiam lembrar e agora tinha que se virar para resolver os problemas que tinham.

   - Só tem um problema em seu plano, Estela. – interrompeu o garoto de cabelos azulados tendo a seu lado a pequena morena que tinha na boca um pequeno pedaço de chocolate, o qual comia devagar, procurando saborear pouco a pouco aquele delicioso doce, apenas para torturar o garoto a seu lado da pior maneira. – A maquina se encontra na ARK, bem no espaço perto da atmosfera terrestre, não tem como chegarmos lá e é muito provável que Eggman já tenha ido para lá em um de seus surtos desesperados de tentar derrotar seus inimigos.

  - Então o que sugere Racer? – questionou o mais alto de todos e também o mais velho. Os olhos do garoto albino reluziam enquanto colocava a mão no quadril de maneira sensual, chamando a atenção de algumas garotas que por ali passavam.

  - Sugiro que fiquemos por aqui, alertas a qualquer sinal de que aquele monstro tenha voltado, e quando esses sinais aparecerem vamos atrás dele. – falou o garoto animado, com os olhos brilhando de emoção e uma pose relaxada, enquanto a garota a seu lado levava mais um pedaço de chocolate a boca, deixando-o pendurado nos lábios por alguns instantes e então o puxando para dentro da boca. – Ele não vai conseguir se recuperar poucos dias depois de ter se libertado e nós cinco trabalhando juntos conseguimos tudo!... Yin para de fazer isso! É tortura!!

   - E o que faremos enquanto esperamos? Não temos lugar para ficar. – comentou a garota de cabelos prateados cruzando os braços na frente do peito enquanto observava os outros dois voltarem a suas brincadeiras infantis, como dois irmãos pequenos aproveitando a infância. Talvez um mero acaso, ou talvez brincadeira do destino que um carro parou bem perto de onde estavam. Dentro dele era possível ver o reflexo de uma garota, de longos cabelos castanhos avermelhados e olhos reluzentes de um azul profundo. Seu sorriso era enorme e ela se debruçou na janela agora aberta encarando os cinco garotos com atenção.

    - Nisso eu posso ajudar. Meu nome é Christiana Tundayck, e meus amigos e eu estamos curiosos com relação a vocês. Minha casa é grande então acho que podemos fazer uma troca. – a garota falava bem, parecia uma senhora executiva falando, moldando as coisas para que se encaixassem de acordo com o que queria. Os garotos se entreolharam um pouco duvidosos e então a menina continuou. – Vocês nos respondem algumas perguntas enquanto nós lhes damos um lugar para ficar, que tal?

   Os cinco garotos se entreolharam confusos, perguntando de maneira silenciosa um ao outro o que deveriam fazer. O primeiro que realmente tomou uma atitude foi o de cabelos azuis, que calmamente deu de ombros e caminhou na direção do carro, adentrando no mesmo com um pequeno sorriso no rosto. Logo em seguida foi a pequena morena que sempre seguia o garoto para todos os lugares, em seguida fora a garota de cabelos prateados, o rapaz albino e então a pequena garota de cabelos verdes. Cada um ficou espremido em um canto do carro, sendo que a pequena de cabelos verdes acabara se sentando no colo do albino e a morena no de cabelos azuis.

  O carro foi então ligado e começara a andar. Não deveriam ter andando um quilometro quando a garota que se apresentara virara para trás com um enorme sorriso no rosto, encarando cada garoto com atenção, destacando as assustadoras semelhanças que eles tinham com seus amigos. Os cinco estavam um pouco constrangidos, ficando calados e tensos em seus bancos encarando todo o local que conseguiam, tentando não demonstrar o nervosismo que sentiam.

   - E então? – começou a garota se remexendo um pouco em seu banco, tentando descontrair o clima pesado que tinha ficado no lugar. – De onde vocês são?

   - Bom... – começou o garoto de cabelos azuis dando uma encarada em seus amigos antes de realmente falar. – Do futuro.  


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Notas finais do capítulo

Olha, não acho que ficou muito legal, mas no proximo melhora, juro. Apesar que ainda não tenho muito bem definido como vai ser o caminhar dessa historia.
Até o proximo cap ^^



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