Vidas Cruzadas escrita por GrazyMendes


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/309371/chapter/20

-Você não vai falar nada Valéria – falou a minha mãe autoritária aparecendo na porta

-O que vocês estão escondendo? – perguntei irritada

-Sarah... – começou Valéria

-Cala a boca – ordenou a minha mãe

-Deixa ela falar, eu quero ouvir o que ela tem pra dizer – falei irritada

-Vamos conversar a sós Valéria – falou a minha mãe me ignorando

-Primeiro eu vou falar com ela – falou a Valéria elevando a voz. Estranho

-Agora – ordenou mais uma vez minha mãe e deu as costas começando a caminha pelo corredor. Valéria suspirou derrotada e a seguiu, me irritei com tal situação e bati a porta sem me importar com o barulho que iria fazer

Fui para a varanda do meu quart e vi que o Dexter estava chegando trazendo o meu pai de uma das empresas que pertencia a família. Dexter sabia o que Valéria tanto escondia, há muito tempo eles andavam de segredinhos pelos cantos da casa e ele iria me contar, por bem ou por mal. Não pensei duas vezes e desci até a garagem atrás do Dexter, passei pelo meu pai que me cumprimentou com um ‘Boa Noite’ que eu ignorei e encontrei o Dexter:

-Dexter, quero falar com você – fui direta

-Boa noite pra você também Sarah – falou meu pai e eu revirei os olhos suspirando entediada

-Pode falar senhorita – respondeu Dexter atencioso

-Pai, você pode dar licença, por favor – pedi ao meu pai

-Não posso ficar mais aqui? A casa pelo que eu lembro ainda é minha – ele falou

-Pai, por favor. É o assunto particular e se o senhor não sair, eu saio de casa e só volto amanhã

-Ok, ok, eu saio – ele falou dado por vencido e saiu lançando um olhar desconfiado à Dexter.

-Pode falar senhorita – falou Dexter voltando a atenção pra mim

-Dexter eu vou ser bem direta e quero que você seja bem sincero com o que eu vou te perguntar – falei e ele assentiu – O que a Valéria tanto esconde? – O que você e ela tem haver? O que vocês tem haver com os meus pais? Qual a ligação de vocês que envolve? – perguntei por fim

-Desculpa Sarah, mas isso eu não posso te responder – ele falou e desviou o olhar para o carro

-Dexter você não sabe o quanto eu quero uma resposta pra isso, isso vai me incomodar bastante. Por favor, me responde – supliquei.

-Não Sarah, é melhor você conversar com os seus pais – ela falou me olhando nos olhos e saiu da garagem me deixando lá sozinha

Fiquei alguns minutos na garagem, pensando e lembrei que eu tinha o Nathan. Fui para o meu quarto e liguei pra ele, contei tudo, menos a parte que a minha mãe falou dele, ele achou estranho o comportamento dos meus pais com a Valéria e o Dexter, mas ele me pediu pra ficar calma e não fazer nada sem pensar, talvez fosse melhor esperar que eles mesmos me contassem, porque o tempo me daria uma resposta e eu entenderia tudo o que estava acontecendo. Me confortei com as palavras do Nathan, que pra mim servem como um calmante. Desliguei a ligação e procurei dormir.

...

-Bom dia – cumprimentei secamente, os meus pais na mesa do café

-Bom dia! Dormiu bem querida? – perguntou minha mãe

-Porque esse interesse repentino? – perguntei com um sorriso irônico

-Filha, seja mais agradável com sua mãe – pediu o meu pai

-Já deu pra mim essa palhaçada – falei e levantei da mesa, saindo da sala de jantar. Minha mãe me acompanhou

-Aonde você vai? – ela perguntou no meu encalço

-Não interessa – respondi

-Você vai encontrar esse tal Nathan? Me responda! – gritou ela

-Mas quem é Nathan? – perguntou o meu pai, agora nos acompanhando

-Dexter, por favor – chamei quando cheguei no jardim

-Dexter não vai – gritou a minha mãe

-Alguém me explica o que está acontecendo e quem é o Nathan? – gritou o meu pai e pela primeira vez vi ele com raiva e querendo ficar a par de uma situação da casa

-Sua filha está de namorico com um feirante Alfred! Esse Nathan é um feirante! – gritou a minha mãe nervosa

-É verdade isso Sarah? – meu pai perguntou sério. Permaneci em silêncio –Sarah, me responda, você está namorando um feirante? Eu não mereço passar por essa humilhação!

-Quem não merece passar por isso sou eu – falei balançando a cabeça em negação – Vamos Dexter

-Não, o Dexter não vai – falou meu pai – Você vai encontrar com esse tal sujeito e isso eu não admito – ele finalizou elevando a voz

Olhei para Dexter que me lançou um olhar de desculpas, baixei a cabeça, funguei e enxuguei as lágrimas que caíram sem que eu percebesse.

-Vocês ainda vão pagar muito caro por tudo isso – falei e olhei em volta.

Minha mãe estava atrás do meu pai em frente a porta de casa, Valéria, Dexter e demais empregados estavam num canto mais afastado do jardim, apenas observando aquela cena. Saí sem dar nenhuma satisfação e chorei praticamente o caminho todo até onde o Nathan trabalhava. Quando cheguei lá, o encontrei com um caixote em mãos, e quando ele me viu, largou aquele caixote e correu até mim, me tomando em seus braços.

-Eu estou aqui com você minha pequena, calma – ele falou me abraçando enquanto minhas lágrimas escorriam pelo meu rosto e molhavam o ombro de sua camisa

-Eu te amo – sussurrei e apertei mais ainda o meu abraço nele.

-Eu também te amo minha pequena, agora me diz o que aconteceu – ele falou me soltando e segurando o meu rosto entre as mãos.

-Os meus pais – falei

-O que tem eles?  - ele perguntou

-Não nos quer juntos – falei e cai aos prantos e ele me tomou novamente nos braços

-Sarah, eu já esperava por isso – ele respondeu acariciando minha cabeça

-Mas eu não quero te perder de novo – falei e o soltei do abraço

-E quem disse que você vai me perder? Eu te amo, sua boba e eu estou aqui pra você. Eu não vou deixar ninguém nos separar – ele falou e enxugou as minhas lágrimas

-Promete? – perguntei

-Prometo meu anjo – ele respondeu e me beijou – Agora vamos sair daqui que todo mundo está olhando pra nós – ele falou e eu ri fraco

Nathan me levou até a casa dele, naquele horário não havia ninguém, Jess estava no colégio e os pais dele permaneceram na feira, então eu e o Nathan estávamos sozinhos.

-Você aceita um chá? – ele perguntou enquanto entrávamos na cozinha

-Eu ainda não cmi nada, então vou aceitar o seu chá – respondi enquanto sentava

-Ah, então você vai comer alguma coisa também – ele falou

-Aceito uma fruta e mais tarde o chá  - falei e ele riu

-Sinta-se à vontade, a casa é sua. Tem frutas ali na fruteira e na geladeira se você preferir elas geladas – ele falou indicando os lugares e eu assenti e peguei uma.

A casa era simples, mas bem aconchegante bem diferente da minha que era grande, mas era um inferno. Eu tinha certeza que ali era bem melhor de viver que a minha casa, fiquei observando a casa e o Nathan me acompanhava aonde eu ia:

-Essa é minha casa, é modesta – ele falou encostando no batente da porta da sala

-Eu adorei. Já tinha vindo aqui antes, quando você sofreu o acidente, mas não prestei muita atenção. – falei sendo sincera

-Quer comer mais alguma coisa? – ele perguntou quando percebeu que eu já tinha terminado de comer minha fruta

-Não, obrigada – respondi com um sorriso e voltei a conhecer a casa dele. Parei em frente a umas portas, julguei que fossem os quartos:

-Aqui são os quarto? – perguntei e ele assentiu – Qual é o seu quarto? – perguntei e ele apontou para a última a direita

Fui até o quarto dele e abri lentamente, com medo do que poderia encontrar lá, já que é um quarto masculino e quarto masculino não é dos mais organizados. Acabei me surpreendendo, porque o quarto era bem organizado e minha cara de surpresa foi muito visível, pois o Nathan começou a rir:

-Pensou que iria encontrar o quê? Preservativos jogados da cama ao chão? – ele perguntou rindo entrando no quarto

-Eu não disse nada – respondi

-Mas pensou – ele desafiou e eu revirei os olhos e entrei no quarto para conhecê-lo também. Era um quarto azul, com as roupas de cama do Stevie Griffin, tinha uma mesinha de computador e algumas caricaturas do Sid da Era do Gelo. Tinha uma janela enorme, que era do chão ao teto, parecia com uma janela do meu quarto também. Parei em frente ao espelho e logo o Nathan me abraçou por trás, ficamos um momento nos observando através do nossos reflexo no espelho.

-Eu tenho tanto medo – falei quebrando o silêncio e o Nathan me soltou me fazendo virar pra ele.

-Não tenha neném, nós estamos juntos nessa – ele falou

Eu não quero te perder de novo – falei

-Você não vai, e prometi que ninguém iria nos separar lembra? E eu gosto de cumprir as minhas promessas – ele falou acariciando o meu rosto

-Eu te amo – sussurrei

-Eu também te amo – ele sussurrou  me beijou

O beijo começou calmo, mas depois ele foi ficando mais quente e eu e o Nathan ficamos mais ofegantese sedentos por mais e mais beijos. Quando percebemos já estávamos tirando a roupa um do outro e rapidamente aquele quarto foi tomado por gemidos e risadas.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem seus reviews! u.u
Nathan e Sarah safadinhos hihi'
Beijo e até a próxima :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Vidas Cruzadas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.