Vidas Cruzadas escrita por GrazyMendes


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora pra postar, mas não foi culpa minha. Fiquei sem internet por dois dias. :/
Sem mais delongas, está aí mais um capítulo e dedico a Gisele Mendes, por ter me dado a terceira recomendação. :)
Boa leitura!



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Passei uma semana inteira sem visitar o Nathan e nem procurei notícias, talvez fosse melhor dar esse tempo a ele e a família e também pra mim, já que dediquei mais de um mês ao Nathan.

-Bom dia querida – cumprimentou a Val entrando no meu quarto

-Bom dia Val! Prepara um banho bem quente pra mim, por favor – pedi ainda com preguiça de levantar da cama

-Vai sair pra algum lugar hoje? – ela perguntou

-Vou sim Val... Vou ao hospital hoje – respondi

-Essa história está mal contada Sarah. – ela falou

-Como assim Val... Eu presto serviços sociais, lembra? – falei me levantando da cama

-Eu lembro que antes de você começar a prestar esses serviços, você saiu de casa muito agoniada, desesperada e preocupada com alguma coisa, que até hoje você não explicou o que aconteceu. E você mocinha, tem gastado muito dinheiro que eu sei, mais do que o necessário! – ela falou e eu ri

-Como você sabe que eu gastei muito dinheiro? – perguntei

-Seus pais andaram comentando sobre isso alguns dias, eles estão desconfiados do que você está fazendo Sarah e se eu fosse você tomaria mais cuidado com o que você está fazendo, você sabe mais do que ninguém o que eles são capazes de fazer. – ela falou

-Tomarei mais cuidado então – respondi

-Se eu pudesse eu iria embora com você daqui, te levava pra longe deles – ela falou

-Como assim Val? Que história é essa? – perguntei confusa

-Nada. Não é nada – ela respondeu

-Hm... – murmurei desconfiada do que ela escondia

-Agora diga o que você faz escondido de todo mundo – ela pediu

-É uma longa história Val – falei me sentando na cama

-Sou toda ouvidos – ela respondeu e sentou de frente pra mim na cama

Expliquei pra ela o que tinha acontecido com o Nathan, ela ficou horrorizada com o que aconteceu, ninguém poderia imaginar o que aconteceria com ele e daquela forma. Contei pra Valéria, porque eu podia confiar nela, eu sabia que ela não iria contar aos meus pais, até porque se eles ficassem sabendo, teriam um infarto. Eles nunca aceitariam qualquer tipo de relacionamento entre eu e o Nathan, nem uma simples amizade.

De banho tomado, desci e fui para a cozinha comer alguma coisa, encontrei a Valéria e o Dexter conversando, tão baixo que pareciam estar escondendo algo. Quando perceberam minha presença mudaram totalmente de assunto e começaram a falar alto normalmente.

-Desculpa atrapalhar vocês, eu volto daqui a pouco – falei constrangida em atrapalhar a conversa dos dois e dando passos pra trás.

-Não Sarah, pode ficar você não nos atrapalha. Precisa de alguma coisa? – perguntou Dexter prestativo

-Bom, eu quero que prepare o carro, você vai me levar naquele hospital de sempre. – falei e ele assentiu com um sorriso saindo da cozinha logo em seguida

-O que você quer comer Sarah? – perguntou Valéria sem olhar pra mim

-Uma fruta, talvez – falei e peguei uma fruta na mesa – Val, pode olhar pra mim, eu juro que não escutei o que você estava conversando com o Dexter – falei  e ela riu

-Ok Sarah – ela falou e piscou o olho pra mim

-Mas me diz uma coisa, você e o Dexter estão... – comecei e ela me interrompeu

-Nós nada Sarah, não temos idade pra essas coisas – ela falou

-E tem idade pra isso agora? – perguntei

-Eu e Dexter não temos nada. Tivemos uma vez, há muito tempo atrás – ela falou e fez uma careta em desaprovação. Como se tivesse falado alguma coisa que não devia

-Não acredito! – falei empolgada e o Dexter apareceu me avisando que o carro estava pronto. – Eu já vou Val, mas quando eu voltar, eu vou querer saber dessa história. Do início ao fim. – falei e ela negou com a cabeça.

Não demoramos muito pra chegar ao hospital e quando cheguei lá, encontrei o Nathan conversando com a Jess e eu realmente havia perdido muita coisa. O Nathan já estava se movimentando normalmente, só tinha um pouco de dificuldade pra falar, mas isso quase não era perceptível, era apenas uma sequela do tempo que ele passou em coma, mas logo passaria e ele viveria normalmente de novo.

-Bom dia – falei quando entrei no quarto

-Bom dia – respondeu Jess sorridente e o Nathan ficou apenas me olhando com um meio sorriso no canto dos lábios.

-Podem continuar conversando, eu não quero interromper vocês. Mais tarde eu volto – falei ainda parada na porta

-Não. Eu quero que fique, preciso dar uma passada em casa e... Acho que vocês precisam conversar – ela falou e piscou o olho pra mim, me deixando confusa

Assim que ela saiu, se fez longos cinco minutos de silêncio dentro do quarto, mas o Nathan logo resolve quebrá-lo.

-Sarah? – ele chamou

-Hum? – murmurei em resposta

- Vem aqui – ele pede sentando na cama

-Não levante Nathan. Vou chamar uma enfermeira pra te ajudar – falei me encaminhando a porta. – Você ainda está se recuperando, não pode se levantar assim.

-Não, não precisa. Só quero que você venha até mim. Eu não vou te morder... A não ser que você queira. – ele falou dando um sorriso malicioso e eu me aproximei envergonhada

-Se você está sentindo alguma coisa Nathan, eu acho melhor chamar os médicos, eu não posso resolver nada – falei e ele segurou uma de minhas mãos. Engulo em seco.

-É verdade tudo aquilo que você falou? – ele perguntou

-Aquilo o quê? – perguntei confusa

-Que você me ama – ele respondeu direto

-Ai meu Deus Nathan! Que vergonha. Eu pedi pra você me dar um sinal! – falei escondendo o meu rosto entre as mãos.

-Te dar um sinal e te impedir de falar aquelas coisas tão bonitas? – ele falou rindo tirando as minhas mãos do rosto.

-Mas Nathan eu... – comecei e ele me interrompeu colocando o dedo indicador nos meus lábios e se pondo de pé.

-Shhhh. Eu também te amo sua boba – ele sussurrou ao pé do meu ouvido, me deixando arrepiada. – Mas nós não podemos ficar juntos – ele finalizou

-O que? – perguntei decepcionada me afastando dele

-Nós não podemos ficar juntos. – ele respondeu e me deu as costas.

-Mas, mas, mas Nathan! Por quê? – perguntei com lágrimas nos olhos

-Eu não tenho nada pra te oferecer Sarah! – ele falou dando um murro na cama

-Mas Nathan, eu só quero que você me ame – falei o fazendo virar pra mim

-Os seus pais nunca iriam deixar Sarah – ele falou e acariciou o meu rosto enxugando as minhas lágrimas

-Eu não me importo com eles... Eu me importo com você, com nós dois. – falei e segurei a mão dele no meu rosto

-Mas eu me importo com isso Sarah... – ele falou e baixou os olhos, separando as nossas mãos.

-Ok, Nathan. Eu não vou ficar insistindo nisso. Acho melhor eu ir embora, depois eu volto aqui – falei suspirando derrotada – Mas nós podemos ser pelo menos amigos? – perguntei por fim

-Acho que sim – ele respondeu

-Acha – falei e ri fraco e ironicamente e me virei pra ir embora

-Sarah – ele chamou e eu o olhei por cima dos ombros

-Fica mais um pouco – ele pediu e me fez rir

-Só você mesmo Nathan – falei me virando pra ele

-Nós ainda precisamos colocar o papo em dia, ora – ele falou me empurrando para sentar na poltrona novamente

-E sobre o que, você quer falar? – perguntei enquanto ele sentava na maca

-Como você conseguiu dar uma voadora no Max? – ele perguntou e nós nos entreolhamos e rimos

-Eu não sei – respondi ainda rindo

Ficamos assim, o resto da manhã. Conversamos e rimos por muito tempo e nem parecia que havíamos discutido antes. Nós parecíamos amigos de longa data e de fato éramos, pois pertencíamos um ao outro, apesar do pouco tempo de convivência, nós conhecíamos um ao outro como ninguém. 


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Notas finais do capítulo

Deixem seus reviews, e talvez eu poste mais um capítulo durante a tarde... Mas é só talvez, hein?
Beijo e até a próxima! :*



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