A nova Volturi escrita por Catherine


Capítulo 5
Capítulo 5 - A primeira missão




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A saída dos fundos dava direto para uma floresta. Estava ficando frio, começamos a andar e acelerar aos poucos, enquanto Demetri rastreava as direções.

–Precisamos seguir reto.

–Quanto tempo? - perguntou Alec. Foram as primeiras palavras que eu ouvi dele, sua voz era meio grave, de adolescente. Ele deve ter sido transformado um pouco mais novo do que eu, mas aparentava ter uns 16.

–Correndo, um ou dois dias... Katherine, consegue nos acompanhar?

–Sim. - falei, mesmo com características humanas, eu conseguia correr bem rápido e até treinava isso em florestas, com a minha mãe.

Começamos a correr. Desviávamos rapidamente das árvores, estava começando a ficar empolgada com a missão. Seria apenas trocar algumas palavras, mas eu estava correndo com vampiros. Isso era muito legal, lembrei que na escola eu precisava correr cuidadosamente devagar e acabava meio desajeitada. Nunca vou esquecer do meu colega, Bruno, dizendo:

–Você não sabe nem correr direito! Não vai a lugar nenhum.

Eu fiquei muito braba e acabei empurrando ele no chão. Com apenas um braço, ele caiu e quebrou a clavícula, acabei levando uma advertência por isso. Nunca mais meus colegas me criticaram.

–Parem. - ordenou Jane, após umas 18 horas correndo, seguidas, já que vampiros não cansam. - Estou com sede.

–Sinto cheiro de adolescentes. - disse Felix, já se preparando para uma refeição. Minha garganta estava um pouco seca, eu não comia nem bebia nada há um dia.

Andamos mais uns 5 minutos e encontramos uns 13 adolescentes acampando. Sem precisa falar nada, cada um foi por uma direção diferente e foram agarrando as pessoas e mordendo braços e pescoços. Eu não gostava muito da ideia de me alimentar com humanos, eu era meio uma, isso era canibalismo. Pulei em um arbusto e mordi um cervo escondido. Foi nojento, eu estava acostumada a comer comida normal e raramente caçava. Fiquei esperando os outros encostada em uma árvore.

–Já está satisfeita? - perguntou Alec, que parou e se apoiou em outra árvore que estava perto. - É melhor se alimentar bem... Ainda viajaremos muito.

–Estou bem. - foi a única coisa que consegui falar.

Fiquei surpresa, meu coração começou a bater muito rápido. Queria sair correndo, ou desaparecer. Fiquei nervosa e comecei a olhar para várias direções rapidamente, tentando não olhar para ele. Vampiros sentem o cheiro do sangue, acho que ele percebeu o quando meu coração batia. Deve ser por isso que ele deu uma risadinha baixa e olhou para o chão maliciosamente.

O resto do grupo chegou, todos pareciam satisfeitos e felizes. Começaram a correr de novo e fomos saindo da floresta. As árvores começaram a diminuir, até aparecer uma longa e verde planície. Eu estava preocupada por causa do que acabara de acontecer, o que será que Alec achou? Meu coração continuava acelerado, foi por isso que Jane olhou para o lado e me perguntou:

–Está nervosa?

Ela logo virou a cara para frente e nem respondi. Jane parecia ser egoísta, insensível e sádica. Sua aparência angelical enganava, seus cabelos eram claros e lisos, presos em um coque, seus olhos eram vermelho escuro e sua voz infantil revelava que foi transformada cedo.

–Esperem. Eles estão se aproximando. - fez uma pausa e olhou para o topo de uma montanha. - Acho que estão naquela casa, lá em cima, se alimentando.

Em pouco mais de um minuto, o grupo estava parado em frente à casa. Ouvia-se o som de alguns passos e portas rangendo, a casa parecia antiga. Saíram pela porta 3 vampiros recém-criados, com a boca suja de sangue, satisfeitos após acabarem com a família inteira que habitava a casa. Ao perceberem que o grupo os encarava, pararam.

–Viemos em nome dos Volturi. - disse Jane.

–Nós sabemos quem são. O que querem? - falou de modo sério o do meio, moreno e pálido.

–Vocês estão chamando muita atenção. Os humanos estão investigando os seus rastros. - a voz de Jane soava autoritária

–Conhecemos as leis. - afirmou a vampira que estava na esquerda.

–Então tratem de ser mais discretos. Devem conhecem as punições... - e abriu um pequeno e malicioso sorriso. Parecia adorar ver a dor e o sofrimento. - Vamos.

O grupo começou a correr novamente, seguindo o mesmo caminho. A missão foi simples... Espero não ter que matar ninguém. Muitos dizem que os vampiros são monstros, eu não quero ser insensível assim. Novamente, perdida em pensamentos, levei um susto quando pararam de repente. Dois vampiros bloqueavam o caminho alguns metros à frente da floresta.

–Olha quem está aqui... Os capachos Volturis. - um vampiro de cabelo loiro acinzentado falou com uma risada de desprezo. Era familiar... Acho que estava no livro que eu li sobre os Volturi, o clã que morava no castelo antes de serem expulsos.

–O que você quer Vladimir? - perguntou Alec. Sua voz parecia ao mesmo tempo irritada e preocupada.

–Há tempo não nos encontrávamos. -falou o outro vampiro, acho que era Stefan segundo o livro, seus olhos estavam escuros, mostrando que estava com sede.

–Saiam do nosso caminho. - falou Felix, estava se irritando.

–Não esqueçam que estão no nosso território... Ah, um novo membro? - Vladimir olhou fixamente para mim. Ele cheirou o ar.

–Estou com sede... Não perdemos uma boa briga, não é Vladimir? - Stefan abriu um sorriso malicioso. Eu comecei a ficar com medo, meu coração acelerou de novo.

Os vampiros da guarda se posicionaram se preparando para o ataque. A tensão podia ser sentida no ar. Stefan começou a correr em minha direção, subitamente Felix pulou em minha frente e derrubou-o no chão. Demetri e Alec, juntos, foram atacar Vladimir, que lutava muito bem. Os três recém-criados chegaram em um salto, eram cúmplices dos dois vampiros romenos.

Dei um chute em um deles, que parou longe, nunca tinha lutado antes, mas o outro me derrubou no chão com intenção de me matar. Ele tentou morder meu pescoço, então eu segurei-o com os braços, Jane rapidamente arrancou sua cabeça e atirou-a longe. Os recém-criados eram muito fortes. Foi uma surpresa ela ter me ajudado, mas, afinal, os Volturis eram leais.

Quando olhei para trás, a vampira recém-criada que ainda lutava estava no chão se contorcendo de dor. Olhei para Jane, estava admirando a cena, então aquele era seu dom: causar dor com o pensamento.

Vladimir chegou por trás e me arremessou no ar. Em vez de me espatifar no chão, aterrisei com os braços dando uma estrela e fiquei em pé, aprendi esse movimento nas aulas de jazz. Alec ficou admirado. Com as mãos, criou uma fumaça escura que, lentamente, foi envolvendo os inimigos restantes, que caíram no chão ao perderem os sentidos.

Não notei que Stefan não fora atingido pela fumaça. Ele empurrou Demetri, com quem estava lutando, para longe, e com uma mão, empurrou meu ombro para baixo, me fazendo cair novamente. Eu teria facilmente acertado ele com um chute, mas uma dor enlouquecedora surgiu. Não era por causa de Jane, que estava arrancando a cabeça dos vampiros inconscientes, acho que quebrei um osso. Felix foi agarrar Stefan, mas ele fugiu segurando Vladimir, inconsciente, atingido pelo poder de Alec. Os vampiros romenos eram muito antigos, tinham muita experiência em lutas.

Eu ainda estava no chão, gritando e fazendo expressões horríveis por causa da dor. Embora, como vampira, fosse resistente, eu poderia, como humana, quebrar um osso, era a primeira vez que isso acontecia. 

-Isso vai te ajudar. - não distingui quem falou aquilo, mas a fumaça escura chegou até mim, me deixando desacordada, anestesiando a dor. 



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