Fix You escrita por Nat


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Como prometido,aqui está o capítulo 8 maior e mais legal (pelo menos eu achei haha) pra vocês.
Eu sei que vocês estão ansiosas por Lenny (to shippando já hahaha) mas infelizmente vai demorar um pouco... :(
Mas enfim, vamos falar desse capítulo. Ele foi escrito por mim e pela Carólis, a parte dela ficou engraçada e a minha tensa kkk
Bom, falei demais já, vamos logo ao que interessa
Perdoem os erros
Boa Leitura (:



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Liam e Ana estavam se beijando.
Melhor, se engolindo.
Fiquei um bom tempo olhando aquela cena abismada.
Tipo, o cara perde a família, se paga de depressivo perto
de mim, e no colégio é o popular e simpático?
E ainda por cima pegando uma das meninas mais
populares? Claro, até porque isso faz todo o sentido. Não
que eu me importasse, mas ele parece uma pessoa totalmente
diferente perto dos outros. E isso me irrita profundamente.
Se ele quer ser um ignorante, o problema é dele.
Só então percebi que ainda estava parada vendo toda
aquela cena. E que, bom, Liam estava me encarando. Mas
parece que ninguém percebeu. Revirei os olhos e fui embora
daquele lugar. Hoje definitivamente não é meu dia.
[…]
Pensei em ir para casa, mas desisti quando vi um parque.
Nunca tinha prestado atenção nele, na verdade.
Estava meio deserto. Perfeito. Era bem simples, e não
tinha muitas pessoas lá.
Com certeza por causa da chuva, o que se não fosse hoje,
acharia o clima perfeito. Sentei em baixo de uma árvore e
coloquei meus fones de ouvido. Eu tinha uma estranha mania
de gostar de músicas tristes. E por mais que não pareça, elas
me faziam bem.
   As coisas estavam tão estranhas ultimamente.  
Esperava que com Liam minha rotina iria mudar.
Mas na verdade ela piorou. Danny foi embora, Alice nem
lembra mais de mim, e ainda tenho que aturar outro
adolescente depressivo. Já não basta eu mesma ter que
me aturar? E quanto aos meus pais, faz tempo que não
converso com eles. Tipo, conversar de verdade. Até eu já
percebi que eles andam meio afastados. Não os culpo
nem nada, mas sei lá.
Saí de meus pensamentos quando percebi que não 
estava sozinha naquele lugar afastado. Não consegui ver
direito quem era, mas dava pra perceber que era um
homem. Olha que ótimo, vou ser estuprada! Sempre me
avisaram sobre o maníaco do parque. E é claro que eu não
dei atenção. Merda.
Ok, você já pode correr. Respira, respira. Ele ainda não te
viu. Oh, ele viu. Ele tá vindo. Se afasta Jenny! Ah, ele tem
olhos verdes. "Cala boca e corre". Mas que ele é bonito ele é.
Ah é, correr. 1, 2...

- Espera! Eu não quero teu corpo, nem nada. - disse o
Estuprador. Oh, claro que não.

Continuei me afastando.

- Quer sim! Eu vou gritar! - disse desesperada.

E então aconteceu uma coisa inesperada. Ele começou
a rir. Tipo, muito.
Mas porque eu estou falando com um desconhecido no
meio de um parque deserto, mesmo?

- Não vou correr. Estupradores não costumam ser bonitos. -
disse simplesmente.

Aonde foi parar minha vergonha na cara? Merda, agora já
foi. Senti meu rosto ficar corado.

- Está flertando comigo? Você é surpreendente!- disse
como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Suspirei.

- Qual informação você quer, mesmo?

- Nenhuma. Na verdade só queria conversar.- deu de
ombros.

- Claro, e pra isso você vai num parque num dia chuvoso
numa parte deserta conversar com uma menina com cara
de mendiga? Realmente, sua situação está difícil.

Ele riu de novo. E de novo. Isso já está ficando repetitivo.

- Praticamente isso. Só não esquece da parte que a
menina mendiga estava praticamente chorando e ouvindo
Coldplay. - Dessa vez olhou nos meus olhos.- Sei perceber
quando alguém está triste.

E pela primeira vez depois que Danny foi embora sorri de
verdade.

- Não me chame de mendiga, idiota.

- " Não me chame de mendiga, idiota"- disse tentando
me imitar. Claro que com uma voz mil vezes mais irritante.
E sabe a pior parte? Eu dei risada.

- Agora sério, porque está falando comigo? Tipo, do nada.

- Eu já disse Jenny.- sorriu.- Você estava triste. Vim ajudar,
e pelo visto, deu certo.

Sorri.

[…]

Passaram-se dois dias desde o encontro com Lucas
naquele parque. Somente depois que fui embora que
percebi que não anotara telefone, msn e nem nada
que eu pudesse entrar em contato com ele de novo.
Eram quinze para as 11, de quinta-feira à noite, e
eu estava assistindo Supernatural na TV, quando sinto
que alguém se sentou ao meu lado no sofá.
Olhei para o lado, esperando ver meu pai, ou alguém
da minha família, e me surpreendi ao ver que era Liam.

- Hey Jenny - ele disse, todo simpático.

- Olá - eu disse sem tirar os olhos da TV.

- E então é... Gosta de Supernatural? - ele perguntou.

Qual era a desse cara? Num dia ele era todo sentimental, 
eu o ajudei, e no outro dia ele voltou a me ignorar. E
agora isso, depois dele ter me largado no colégio na
frente das garotas mais populares, que sem dúvida me
acham uma perdedora, e me ignorado por todos esses
dias, agora vem falar comigo?
Mas se ele quer brincar, vou brincar também. Se eu
virasse a cara e fingisse que eu estava brava, ele ia
pensar que eu me importava.
Então era isso. Quando ele fosse simpático, eu seria.
No outro dia eu voltaria simplesmente a fingir que ele
não existia, assim como ele estava fazendo comigo.

- Sim - respondi no mesmo tom simpático que ele -
eu amo Supernatural.

- Eu também - ele respondeu e sorriu.

Sim. Ele sorriu pra mim. Achei que isso nunca
fosse acontecer!
Besta! O que que eu estou falando? Eu nem
esperava o sorriso dele!
Quando o episódio terminou, ele se levantou e foi
para o seu quarto.
No outro dia, como esperado, ele simplesmente voltou
a me ignorar. E eu comecei a ignorar ele também.
No colégio todos já sabiam que Liam e Ana estavam
namorando.
Eu continuava sozinha, exceto por algumas vezes
que Alice decidia aparecer.
E assim o tempo foi passando.
Toda quinta-feira à noite eu e Liam parávamos de
nos ignorar e assistíamos Supernatural. Às vezes até
ficávamos comentando sobre o que achávamos que
aconteceria no próximo episódio depois que aquele já
havia acabado. Mas raramente.
Geralmente só assistíamos e depois íamos para
nossos quartos.
E foi numa dessas quintas-feiras, no meio do episódio,
que a campanhia tocou.
Eu sabia que minha mãe e minha irmã estavam lá em
cima, e meu pai tinha um jantar do trabalho, e ainda
não havia chegado.
Mas como eu achava que certamente seria um
mendigo a essa hora, e não estava nem um pouco a
fim de perder uma parte do episódio pra atender um
mendigo.
Eu sei, sou mal.
A campanhia tocou mais duas vezes e depois parou.
Nessa hora entrou no comercial, e eu decidi atender.
Fui correndo até lá fora, mas não encontrei ninguém.
Decidi dar mais uma olhada e vi um vulto virando à
esquina.
Como não havia mais ninguém na rua a
àquela hora, quem tocou a campanhia só podia
ser aquela pessoa.

- Hey! Você! - gritei.

O vulto se virou e começou a correr em minha direção.
Eu estava pronta para correr, mas decidi esperar.
Com Lucas acontecera a mesma coisa, e no final
ele estava com intenções bem mais nobres do que
as que eu pensava.

- Jenny! - o Vulto gritou ainda correndo. Reconheci
aquela voz.

- Alice? - eu disse, percebi que ela estava com
duas malas nas mãos.

- Ah Jenny! - ela disse me abraçando, ela
soluçava.

- O que foi Aly? Vem, vamos entrar, lá dentro você
me conta tudo - eu disse, pegando uma das
malas dela com um braço e a abraçando com o outro.

Assim que entramos, nos deparamos com minha
mãe na porta, querendo saber quem era.

- Alice? - ela disse abismada. Não é todo dia que
a melhor amiga de sua filha aparece na porta de
sua casa ás 11 horas da noite chorando e com duas
malas né. - O que foi Alice?

- Mãe - eu disse a alertando com um olhar -
eu converso com ela.

- Vou junto com vocês - ela disse, decidida.

- Mãe, por favor - eu disse. Alice continuava
a soluçar.

- Jenny, prometo que, qualquer que for o
problema não vou julgar, serei como uma amiga
pra ela, mas eu sinto que posso ajudar no problema
dela - ela disse, depois disso eu não tinha mais o
que falar.

Então minha mãe subiu atrás de mim e de Alice
até chegarmos ao meu quarto.
Depois que entramos, minha mãe pega as malas
dela, as coloca em um canto, senta Alice em minha
cama e fala:

- Então Alice, me diga o que aconteceu - ela parecia
realmente preocupada.

Alice, que tinha parado de soluçar por um tempo,
voltou a chorar com força total.
Depois de uns 10 minutos mais ou menos, ela fala:

- Queria pedir um favor pra vocês - disse.

- Diga - minha mãe disse.

- Posso ficar na casa de vocês por um tempo?
Até... Até eu arrumar um lugar pra morar...

- É claro que pode - minha mãe disse com
doçura - mas por que achar um lugar pra morar?
O que... O que aconteceu, Alice?

- Fui expulsa de casa - ela disse rápido, como se
tivesse medo de perder a coragem de falar.

- Mas... Mas por que Alice? - dessa vez fui
eu quem disse.

Ela voltou a soluçar.
Depois de algum tempo ela respirou fundo, finalmente
se acalmou e disse sem olhar para nós:

- Eles... Eles me expulsaram... Porque... Porque
estou grávida.

 


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Notas finais do capítulo

Reviews? *--*