Apaixonada Pelo Filho De Apolo. escrita por Abbs


Capítulo 27
Epílogo.




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Epílogo.

– Will! Porque você deixou Rick comer sorvete?

– Eu não deixei.

– Filho, quem foi que deixou você comer sorvete? – perguntei para Rick, que estava em meu colo.

– O papai – disse.

– Rick, quantas vezes o papai tem que dizer que quando você faz algo errado e a culpa foi minha você não pode contar isso para a mamãe? – Will falou.

– Desculpa papai – Rick disse pedindo colo para Will.

Era estranha a ligação que Rick tinha com Will, não estranho, me invejava, porém me deixava orgulhosa. Afinal, Richard era a cara do pai, apenas o gênio era o meu, para a infelicidade de Will.

Hoje, estávamos com vinte e seis anos. Ambos formados. Will era médico e eu escritora. Tínhamos nos casado aos vinte e um anos, logo após descobrirmos que eu estava grávida.

Rick era a nossa vida, com apenas cinco anos tinha mudados nos dois completamente. Nenhum de nós conseguia dizer não ao pequeno ser de olhos azuis, nem Sue, que sempre me ajudou a cuidar do pequeno Richard e que ainda nos ajuda.

– Agora o papai vai te levar para trocar de roupa enquanto a mamãe termina de se arrumar, ok?

– Tá bom.

Dei um selinho em Will que levou Rick até quarto do mesmo para trocar de roupa, já que tinha sujado a dele com sorvete que Will tinha dito a Sue para dar a ele.

Hoje iriamos comemorar o prêmio que eu tinha ganhado por causa do meu primeiro livro, que, em pouco tempo, já tinha se tornado um fenômeno mundial, lido pela maior parte dos jovens e adultos.

Olhei-me no espelho pela última vez antes de sair do quarto. O vestido preto, um pouco simples, mas lindo. Disfarçava bastante a pequena elevação da minha barriga. Era incrível como Will ainda não tinha notado nada, porém hoje ele saberia.

– Pronta? – ele perguntou na porta do quarto.

– Pronta – sorri para ele.

– Você está linda.

– Obrigada. Você também está muito lindo, senhor Solace.


– A estrela da noite é você, senhora Solace.

(...)

– Me falaram agora que eu tenho que fazer um discurso, porém não tenho ideia do que falar – murmurei e ouvi minha voz ecoando pelo enorme salão, me deixando mais nervosa ainda – Bom, para começar eu queria agradecer e dedicar esse prêmio a uma pessoa muito importante para mim, que sempre me apoiou, nunca me julgou por ter sido expulsa de dois colégios, obrigada por tudo pai. Queria agradecer a minha mãe, que mesmo não estando presente, foi por causa dela que eu conheci a pessoa mais importante do mundo para mim, meu atual marido – falei olhando para onde estava Will, com Rick e o resto de nossos amigos – Eu amo muito você e nosso filho também. Prometo que já está acabando, só um minuto. Queria agradecer a todos os meus amigos que estão aqui presente, por sempre me apoiarem e estarem ao meu lado, principalmente você Tetê. E pediram para anunciar uma novidade para vocês. O segundo livro da trilogia sai em Agosto, então se preparem. Obrigada pela presença de todos.

Sorri e com a ajuda dos seguranças desci o pequeno palco improvisado sobre aplausos, sorrindo para todos por quem eu passava até chegar a “nossa” mesa.

Travis e Charlotte, os recém-casados, foram os primeiros que eu abracei. Travis havia pedido a Charlie em casamento há apenas dois meses, mas os dois não aguentavam esperar a chegada da cerimônia oficial, Charlotte queria ter filhos e por isso, eu estava a ajudando a organizar apenas uma cerimônia simples. Os dois eram os padrinhos de Rick.

Abracei Chris e Katherine em seguida, eles ainda namoravam, mas estavam felizes assim. Chris era o “grande amor” de Rick, já que o pequeno adorava as brincadeiras que o filho de Ares fazia e isso deixava Will com ciúmes, mas era obvio que Richard amava o pai mais que qualquer coisa.

Connor e Marina estavam noivos e as brincadeiras entre eu e o filho de Hermes estava cada dia piores, de modo que até sobrava piadinhas sobre Rick, porém ninguém levava isso a sério, eu e Connor sempre fomos assim, mudar agora me faria sentir falta.

Por último, cheguei a Will, que estava sentado com Rick em seu colo, dormindo profundamente. Sorri para a cena, completamente boba com a minha família, que em breve, aumentaria. Will se levantou com Rick ainda em seu colo, deitou o pequeno de modo que a cabeça dele ficasse em seu ombro e eu pudesse abraçar os dois. Beijei os cabelos de Rick.

– Ele é tão lindo – murmurei encantada.

– É nosso filho – diz Will rindo.

O acompanhei e o beijei. Assim que tudo terminou, fomos para casa. Rick dormiu em sua cadeirinha durante todo o trajeto, enquanto Will dirigia segurando minha mão. Estacionou o carro na garagem e eu saí com a bolsa em mãos para pegar Rick. Will me ajudou e logo estávamos em casa.

Fui direto para o quarto de Richard e o coloquei na cama, o movimento o acordou. Ele abriu os olhos e levou as mãozinhas até lá para coça-los.

– Papai? – perguntou.

– A mamãe vai chamar o papai, está bem? Eu já volto.

Sem querer deixa-lo sozinho, fui até a porta do quarto e chamei por Will, que não demorou a aparecer, ainda com terno, porém com a gravata preta frouxa.

– Ele acordou, você canta para ele? – perguntei em sussurros.

Will apenas sorriu e entrou no quarto, me puxando pela mão e indo até o berço onde Rick estava deitado de olhos abertos, ele bocejou e eu acariciei seus cabelos enquanto Will cantava uma melodia para ele. Em certo ponto encostei minha cabeça no peito de Will, que me abraçou sem parar a canção.

Assim que Rick voltou a dormir, saímos do quarto em silêncio, deixando a porta aberta e seguindo até o quarto ao lado, o nosso. Will se livrou da gravata e do blazer e eu apenas tirei minhas joias e as coloquei sobre a cômoda.

Quando me virei, encontrei Will sentando na poltrona que tínhamos no quarto, me observando.

– Eu te amo tanto, Megan – disse se levantando e me abraçando pela cintura.

– Também te amo, filho de Apolo.

– Você tem alguma coisa para me contar, não é? – perguntou sorrindo torto.

– Como sabe?

– Eu tenho conheço, Meg.

– Eu não sei se devia te contar – passei os braços por seu pescoço e fiquei na ponta dos pés.

– Me conte – pediu.

– Você vai ser papai de novo – sussurrei em seu ouvido.

As mãos, que antes estavam em minha cintura, caíram na hora, olhei para Will e o vi estático, olhando para o nada. Arqueei as sobrancelhas me lembrando de quando eu contei que estava grávida de Rick, foi a mesma reação, mas acredito que depois tinha sido pior.

– Eu sou bom nessa coisa de fazer filhos, não é? – Will perguntou sorrindo torto.

– Will! – ralhei.

– O que? A quando fizemos o Rick foi a primeira vez sem camisinha, acertei de primeira.

– Você gostou da novidade?

– Que eu vou ter outro filho? Meg, tem certeza de que você é mesmo filha de Atena? Deuses, amor, é mais um filho, com você. Como eu não poderia gostar disso?

– Não sei, Will. Tem o Rick e se ele não gostar?

– Ele vai amar. E se for uma menina ele irá me ajudar a afastar os garotos que se meterem com ela.

– Deuses, Will. Nem sabemos o sexo do bebê ainda. O feto mal esta formado e você já discutindo sobre o que você e Rick vão fazer se for uma menina?

– Vai ser uma menina, Meg. Além disso, vou ensinar Rick desde cedo a não deixar ninguém se aproximar da garota que ele ama.

5 meses depois.

– Filho, se você não se apressar nós vamos nos atrasar. Você não quer descobrir se o bebê que está na barriga da mamãe é uma menina ou um menino? – podia ouvir Will falando com Rick no quarto dele, enquanto eu estava no corredor, a caminho de lá.

– Mas papai, eu queria brincar – resmungou.

– Você leva os seus brinquedos e brinca enquanto a mamãe espera para ser atendida, sim? Agora, vamos Rick, sabe como ela é quando fica brava.

– Como eu sou quando fico brava? – perguntei cruzando os braços e me apoiando no batente da porta.

Agora eu podia vê-los, Rick estava no chão, com alguns brinquedos na mão enquanto Will estava em pé, próximo a ele. Assim que me viu, Rick sorriu e pediu colo para Will, que após pegar o garoto colocou uma mão na nuca e esfregou o local.

– Linda, mamãe! – Richard respondeu por Will.

– Muito linda – completou meu marido.

[...]

– Parabéns, papais! É uma menina – nossa médica, Dr. Claire, informou sorrindo.

– Uma menina! – Will comemorou se abaixando e me dando um selinho.

A única pessoa que ficou mais feliz que Will foi Rick, que disse que cuidaria da irmã dele e que quando “ela fosse grande não deixaria nenhum menino chegar perto dela”, palavras dele.

[...]

– Rose, seu pai está me esperando na cama só de cueca, você tem noção do que é isso filha? – perguntei a ninando.

Rose era linda, os poucos fios que tinha eram ruivos e tinha os olhos do pai. Pelo menos um dos meus filhos teria alguma coisa minha além dos gênios, mas Rose, mesmo com os poucos meses de vida que tinha, era tão apegada ao o pai quanto Rick.

Quando Rose nasceu, Rick ficou encantado com a irmã, mas logo depois começou a sentir ciúmes, pois, como recém-nascida, ela precisava mais atenção e no início foi toda aquela festa, presentes para ela, visitas e tudo mais, mas depois de uma conversa minha e de Will com ele, Rick passou a aceitar melhor o fato de ter alguém com quem dividir a atenção que antes era só dele.

Em certo momento, comecei a cantar enquanto eu a ninava, não era a mesma coisa que Will, mas acho que começou a fazer efeito, pois não demorou muito e seus olhinhos foram fechando até ela finalmente pegar no sono.

A coloquei no berço com cuidado para não acorda-la e ter todo o trabalho de novo, desliguei a luz do quarto deixando a porta aberta e passei no de Rick, que dormia profundamente. Entrei em seu quarto e beijei uma de suas bochechas e saí, deixando a porta aberta, apenas por precaução.

Voltei para o meu quarto e de Will, apenas os abajures estavam ligados e ele estava do mesmo jeito que antes, deitado na cama apenas de boxer branca. Sorriu para mim e segurou se levantou, ficando na minha frente, com as mãos na minha cintura.

– Você demorou – disse enquanto distribuía beijos por meu pescoço.

– Sua filha não queria dormir – falei de olhos fechados, aproveitando a sensação dos seus lábios naquela região.

– Rose e Rick estão dormindo, estou de folga amanhã, você não tem nenhum compromisso... – sussurrou em meu ouvido – Acho que podemos aproveitar não é?

– Aproveitar como? – perguntei inocentemente.

– Não se faça de inocente, você sabe como e gosta disso.

[...]

– Mamãe, acorda. É natal! – podia ouvir a voz de Rick cantarolando enquanto sentia a cama se remexendo, provavelmente com seus pulos.

Abri os olhos a tempo de ver Will pegando Rick no colo e o deitando de volta na cama, começando a fazer cosquinhas no mesmo.

– Ah, seu danadinhos, acordou a mamãe e o papai, não é?

– E a Rose e a Sue – falou entre risadas.

– Agora o ataque de cosquinhas vai ser pior!

– Não, papai... Para... Para – disse gargalhando.

– Hum... Estou achando que o papai precisa de ajuda – falei indo até eles e começando a fazer cosquinhas em Rick também.

– A mamãe, não! Me ajuda, mamãe.

Eu ria mais que eles. A cena era linda, Will apenas com a calça de moletom que usava como pijama e Rick rindo com seu pijama do seu super herói favorito, o Batman.

Não demorou para Sue entrar no quarto com Rose no colo, a pequena sorriu assim que me viu e esticou os braços em minha direção, pedindo colo. Levantei da cama me enrolando no cobertor e caindo no chão, fazendo todos rirem de mim. Me levantei e mostrei a língua para eles, pegando Rose no colo e beijando sua bochecha.

– Bom dia, minha princesa! Bom dia, Sue – sorri para ela que retribuiu – Feliz Natal!

– Feliz Natal, Megan, Will. Espero que o menino Rick não tenha atrapalhado em nada. Ele não sossegou até que eu abri a porta para ele. Já dei café da manhã para a menina Rose e troquei sua fralda. Travis ligou dizendo que viria almoçar aqui e eu já pedi para as empregadas começarem a preparar o almoço.

– Obrigada, Sue. Já vou me arrumar e ir te ajudar a arrumas as coisas.

– Não precisa, Meg. Esse rapazinho me ajudou bastante hoje de manhã. Aproveite o Natal com sua família, eu resolvo as coisas. Quando Travis chegar eu aviso.

– Obrigada, Sue – Will disse sorrindo, colocando Rick para se sentar sobre suas pernas.

Sorri para Sue, que fechou a porta do quarto assim que saiu, fui até a cama, me sentando nela com Rose no meu colo. Rick saiu do colo do pai e ficou na frente da irmã, beijando suas bochechas.

– Sabe que dia é hoje, mana? Hoje é Natal. Tem Papai Noel e presentes. Muitoooooooos presentes.

Will e eu rimos e Rick continuou sua conversa com a irmã. Eles eram tão lindos juntos. Vi Will indo para o meu lado e me abraçou de lado, ainda olhando para os nossos filhos com os olhos brilhando. Ao ver que eu o olhava, ele sorriu e me deu um selinho.

– Feliz Natal, amor – disse.

– Feliz Natal, filho de Apolo mais lindo do mundo.

– Esqueceu-se do Dylan, não é?

– Deuses, Will. Não desenterra, Atena que me livre!

– Sei que seu coração pertence só a mim.

– Iludido – segurei seu queixo e mordi seu lábio inferior.

– Não vejo a hora de fazer mais um filho com você.

– Deuses, Will, Rose só tem dois anos.

– Eu sei, mas eu quero ter muitos filhos com você. Amo te ver grávida. Amo seus desejos absurdos. Suas mudanças de humor que sempre existiram. Amo o jeito como você fica louca por sexo – sussurrou.

– Will! – ralhei, afinal nossos filhos estavam ali.

Sexo – Rose repetiu com sua voz infantil.

– Rose! Não pode dizer isso filha, é uma palavra feia – falei olhando para Will.

– O que é sexo, papai? – Rick perguntou.

– Filho, o papai vai te explicar o que é isso enquanto a mamãe vai arrumar a sua irmã e tomar banho, ok? Depois que você concertar a burrada que fez, Will, arrume Rick e se arrume também.

[...]

– Ninguém atende mais essa porta, não? – Travis falou assim que eu abri a porta para ele.

– Peço desculpas se aqui não mora nenhum desocupado para atender a porta assim que você toca a campainha – rebati – Onde está o meu afilhado?

– Aqui – Charlotte disse, aparecendo atrás de Travis com Leo no colo.

Leonardo era filho dos dois, tinha apenas um ano, mas só não era mais fofo que meus filhos, porém era um dos meus amores. Quase chorei quando Travis e Charlie me convidaram para ser madrinha dele.

Peguei Leo e depositei um beijo em sua bochecha.

– Eu comprei um presente tão lindo para você, meu anjo!

Só deixamos as crianças abrir os presentes depois do almoço e foi a maior festa, fiquei o tempo todo abraçada com Will vendo meus filhos e meu afilhado se maravilhando com as coisas que tínhamos comprado. Em certo momento, puxei Will pela mão, nos levando até a sacada.

Ele me abraçou por trás, apoiando o queixo em meus ombros.

– Eu te amo – falei.

– Eu sei – ele riu.

– Não estraga o clima, Will.

– Ok, vou ficar quieto agora.

– Você é a melhor coisa que já aconteceu na minha vida, depois de nossos filhos, claro, mas eles são nossos, então... Quando eu perguntei para Sue se ela achava que nosso namoro iria ser para sempre, ela me disse que o para sempre não existe e eu acreditei. Agora, vejo que eu estava errada. Eu sei que vou te amar para sempre. Você me deu mais do que eu poderia querer.

Continuação: http://fanfiction.com.br/historia/353703/Apaixonado_Pela_Filha_De_Hades


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Notas finais do capítulo

Bom gente, infelizmente a fic chegou ao fim.
Não sou boa em despedidas, mas espero que essa não seja uma, tenho três fics novas (uma de HP, outra de PJO e uma Original) sintam-se convidados a lerem.
Queria agradecer a todos que acompanharam, que comentaram e principalmente os que recomendaram. Terminei a fic com 14 recomendações! Eu nem imaginava que um dia chegaria perto disso.
Um beijo especial para todos que recomendaram e que comentaram, é por causa de vocês que a fic conseguiu chegar até o final.
Amo vocês mais que tudo ♥
Milhões de beijos ♥ ♥ ♥