The Fallout escrita por Jules, Marina Temporal


Capítulo 6
The One You Feed


Notas iniciais do capítulo

Ai meu deus que tipo de autoras desnaturadas esquecem dos leitores assim? A verdade é que não esquecemos! kkk Aqui é a Manu, eu sei que o capítulo era da Marina, mas eu vou postar com ela porque andamos muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito atoladas com many coisas, mas obrigada pela paciência, galerinha e aqui vai mais um!
Pra quem se interessar, eu comecei uma nova fic também (oh yeah),
link:http://fanfiction.com.br/historia/337239/Voce_De_Novo/
Boa leitra!



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Scarlet

É. Uma briga no colégio no primeiro dia de aula... Não tinha lá suas vantagens. A menina quase ficou sem roxos, infelizmente, -só um arranhão no braço -meu pai foi chamado na escola, eu tinha me desgastado para nada e eu agora estava de castigo até a eternidade! Esperava que meu castigo não durasse até o baile, ou ai sim, eu ia estrangular aquela morena siliconada! Mas em fim, saindo dessa briga porque eu não quero ficar com rugas agora, hoje era um novo dia. E graças aos deuses gregos e troianos eu não teria que encarar meu pai até o fim do dia. Sky já estava terminando o seu café, e eu... Bem... O meu suco.

Sky pegou sua mochila estilizada por ela mesma e eu peguei minha bolsa, arrumando a minha saia com a mão que eu tinha livre. Dei uma última checada no cabelo... Ótimo. Tudo no lugar. Olhei para Sky e com um olhar de entendimento, nós saímos pela porta de madeira, começando nossa caminhada de 20 minutos até a escola. 20 minutos que eu poderia usá-los dormindo, mas o egoísta do meu pai não podia nos levar porque não era caminho. Levo no primeiro dia, queridas, havia dito. O primeiro de trezentos dias que ficaríamos na escola á 20 minutos a pé de casa! E eu com meus saltos! Tínhamos que achar uma solução ou teríamos sérios problemas! Bufei enquanto tentava ao máximo andar de forma que meus pés não cansassem, acho que as coisas não poderiam melhorar.

Meus olhos voltaram-se para minha irmã que mordia o lábio e coçava as costas das mãos como fazia quando estava nervosa. O que havia acontecido? Eu conseguia ver em seu rosto algumas olheiras mal escondidas pela base que com toda a certeza ela sequer havia se preocupado a passar. Isso indicava que ela havia ficado até mais tarde pensando em algo. Mas o que? Uau... Eu era quase uma versão feminina e mais bonita do Sherlock Holmes! Como se minha irmã pudesse ler minha mente, virou-se em minha direção no exato momento em que eu a observava, desconfiada, abrindo um sorriso para mim. Ih... Aí tem coisa. Sky se virou em minha direção sem interromper os passos de nossa caminhada. Agarrou uma mecha do seu cabelo.

–Então... Coisa mais linda do mundo, que eu amo tanto e tenho a grande honra de chamar de irmã...

Sky entrelaçou seu braço no meu e encostou sua cabeça no meu ombro, me fazendo quase chutá-la no meio da rua, com o contato exagerado. Odiava contato, muito mais quando viam de pessoas não próximas. O que? Skylar e eu poderíamos morar debaixo do mesmo teto, mas a última coisa que somos é próximas! Bem, eu poderia ter dado uma cotovelada, ou então um empurrão, ou então a xingado, mas no momento, minha maior preocupação era não borrar as unhas que havia pintado antes de sair de casa com o meu mais novo esmalte, por isso me limitei a dar apenas uma resposta simples:

–O que você que você quer?

Direto e reto. Sky fez um biquinho para mim, enquanto levantava a cabeça do meu ombro e me abria um sorrisinho no rosto. Deu de ombros.

–Eu não sei... É que hoje acordei pensando que gostava tanto de você, e então consegui dizer para mim mesma: Uau... Como você é sortuda em ter Scarlet como irmã e...

–Skylar. –Revirei os olhos ignorando o blá-blá-blá desnecessário da garota. –Não gaste o meu tempo. O que você quer?

–Vai ter um show hoje a noite.

–O que?

Perguntei confusa me virando para a minha irmã. Mas que show? Ela deu de ombros soltando meu braço, seus olhos eram cansados e ela parecia que um tanto animada com esse tal show... O que era sinal de que provavelmente seria de uma daquelas músicas que tanto abomino. Torci o nariz olhando para ela. Sky mordeu o lábio soltando um longo suspiro.

–A banda do Alex, o vizinho. Vai dar um show hoje. Eu queria tanto ir, Callie! Sério! Mas eu não posso ir sozinha.

–Por que está falando comigo então? Chame sua amiguinha Katie.

–Eu chamei. –Surpreendeu-me minha irmã, fazendo meu queixo cair. Ela realmente falava com aquela vadia? –Mas ela vai jantar na casa dos avós. Callie...

–Não!

Exclamei simplesmente, fazendo os olhares de minha irmã descer ao chão. Sky me puxou pela mão, dando pulinhos como nunca imaginei a ver fazer em toda a minha vida. A observei, horrorizada. O que esse lugar estava fazendo com a mente da pobre garota? Essa não era a Skylar! Não a que eu conhecia! Minha irmã abriu um sorrisinho parecendo não ter desistido da ideia idiota de ir ao show. Qual a chance de eu, que odeio aquela música desprezível, dirigir até algum lugar no meio do nada, em uma casa de show com gente louca para escutar o babaca que já escutava todas as noites do outro lado da janela? Eu respondo: Zero! Mas Skylar continuava a me puxar e isso estava começando a me irritar. Respirei fundo.

–Vamos, Callie, por favor! Não me faça implorar!

–Não, Skylar! –Teimei tentando fazê-la entender. –Eu não gosto da música, eu não gosto da banda, eu não gosto do vizinho! Por que eu iria?

–Por que gosta de mim?

Tentou minha irmã com uma vozinha aguda. Revirei os olhos.

–Ah, por favor...

–Eu te compro um sapato da PRADA!

Ofereceu fazendo-me interromper os passos assim que ouvi. O que? Um sapato da PRADA? Olhei para minha irmã por um momento analisando sua expressão, e me surpreendi ao perceber que ela falava sério. Dei risada com o que ouvi. Pobrezinha! Será que ela sabia quanto um sapado desses custava? Pelo jeito não... Mas tenho que admitir que ela chamou minha atenção.

–Um sapato da PRADA? E como vai arranjar dinheiro para isso?

–Eu tenho. –Confirmou olhando-me certa. –Eu guardei as economias, das mesadas que recebíamos. Também alguns salários de garçonete. Eu tenho mais dinheiro do que você imagina.

–Pra que você estava economizando?

Perguntei descrente. Eu já havia torrado todo o meu dinheiro. Skylar soltou um suspiro dando de ombros enquanto cruzava os braços levemente. Olhou para o chão como se estivesse tentando não pensar muito no assunto para não ficar chateada. Ergui uma sobrancelha. Qual era a dela?

–Eu estava economizando para comprar um carro...

Meu queixo caiu. Como nunca pensei em fazer isso antes? Mas espere... Skylar havia economizado o seu dinheiro por quase toda a vida e estava disposta a gastá-lo comigo para ir em um show em que a entrada não custava sequer um décimo do meu presente? Olhei para minha irmã descrente tendo a confirmação de que ela falava sério. Não poderia ser. E por que eu estava realmente considerando a ideia?

–Você quer mesmo ir nesse show, não quer?

Minha irmã assentiu. Mordi o lábio por um momento pensativa. Bem, eu poderia aturá-la por uma noite junto com uma banda barulhenta e depois ganhar o sapato que estava de olho há séculos e nunca tive grana para comprá-lo. Talvez aquela oportunidade fosse a melhor que eu iria arranjar. Sky olhou para mim em expectativa enquanto eu mordia o lábio, pensativa. Tudo bem, supondo que eu dissesse sim... Ainda estávamos de castigo. Como faria para sair de casa? Esse era outro problema.

–De qualquer forma não podemos sair. –Suspirei revirando os olhos. –Estamos de castigo.

–Eu sei. –Sky concordou relutante. –Mas daremos um jeito. Podemos afastar o carro o suficiente para papai não escutar o motor, depois enchemos o tanque para ele não reparar que foi movido. Não tem erro. Eu estou planejando isso tipo, a noite inteira.

–Uau... O que vai ter de tão especial nesse show?

Ela não respondeu, mas eu já estava entendendo tudo. Ah, pobre Sky... Se tivesse um pouco da experiência que eu tinha com garotos, ia perceber que investir isso tudo em um cara que ela sequer conhecia direito era total perda de tempo. Minha irmã tinha claramente uma queda pelo vizinho estranho e isso me decepcionava, digo... Com tantos caras normais pelo mundo... Porém aquele já era um início. Eu nunca via Skylar com ninguém, e se não soubesse que havia a obrigado a beijar Luke na quinta série, poderia dizer que minha irmã nunca havia beijado um garoto, virgindade então! Eu tinha certeza que a dela estava intacta. Não era aquele tipo de cunhado que eu queria, e tampouco achava que ia ter, mas se ela estivesse disposta a tentar e gastar dinheiro comigo para conseguir isso... Não tinha como sair perdendo. Soltei um suspiro e revirei os olhos, fazendo o enorme desdém de aceitar o pedido de minha irmã.

–Ok... –Ergui o dedo na frente do seu rosto antes que ela pudesse me abraçar. –Mas com duas condições: Eu escolho o sapato. E eu irei dirigir.

Sky acenou com a cabeça como um daqueles cachorrinhos de 1,99 que ficam apoiados no painel dos táxis, os cabelos loiros e soltos acompanhando o movimento da sua cabeça frenética, logo depois me abraçando o mais forte que ela conseguia e quase me espremendo feito um suco. Fiz uma careta sentindo meu corpo ser esmagado. Prendi a respiração me esforçando para conseguir falar:

–Tá bom, chega! Vai amassar minha roupa!

Sky riu e me soltou, dando pulinhos no meio da calçada. Ai Deus. Ela precisava se embaraçar na frente de todo mundo? Pelo amor de Deus! Estávamos no meio da rua! Essa era uma das coisas que eu e Skylar éramos tão diferentes. Eu odiava chamar atenção desnecessária na rua. Chamar atenção porque as pessoas te acham bonita-barra-gostosa é uma coisa. Mas chamar atenção porque estava pulando igual a uma problemática? Outra completamente diferente. Ela era a parte estranha da família! Não eu! Senti minhas bochechas esquentarem.

–Tudo bem... –Concordou minha irmã ainda animada enquanto tirava da bolsa um papel e me entregava. Franzi a testa o pegando cuidadosamente. –Aqui é onde o show será. Eu estou tão ansiosa!

–The Goose? Não é aquela boate de rock que fica no centro da cidade? Onde rola a batalha de bandas barulhenta e violenta? Está brincando?!

Exclamei olhando indignada para a loira que perdeu o sorriso no momento. Deixe-me explicar. No último verão quando viemos aqui, eu conheci um cara chamado Trevor. Trevor tinha uma banda de pop rock e era uma gracinha, por isso sim, eu fiquei com ele e adorei, isso até ele resolver fazer seu show nessa “famosa” The Goose e voltar com metade do rosto desfigurado. Ele havia feito uma batalha de bandas e a coisa tinha acabado mal. Era da pesada mesmo.

–Não vai ser uma batalha de bandas.

Sky argumentou, mesmo não fazendo efeito. Oh céus, eu estava prestes a me enfiar no meio do nada, com um monte de pessoas com tendência assassina e psicótica tudo para ganhar o meu sapato da Prada! E é claro... Fazer Skylar feliz. Mas isso era de menos. Será que o sapato valia tudo isso? Prendi a respiração perguntando-me por um momento. Sim... Valia sim... Ele era tão bonito com aquelas pedras que eu quase chorava ao imaginar-me usando-os. Ficavam bem com quase qualquer coisa. Soltei um suspiro olhando para minha irmã. Ela tinha grande expectativa no rosto.

–Tá.

Mais puladeiras. Graças a Deus depois de um tempo escutando o falatório incessável de Skylar, o doce castelo que chamávamos de escola surgiu em nossa frente, fazendo-me soltar um agradecimento para os céus. Assim que adentrei os portões, me surpreendi completamente com a reação das pessoas: Elas me davam oi. Quase todas elas, abriam sorrisos divertidos e acenavam para mim como se me conhecessem há anos. Poxa! Eu havia ficado popular em tempo recorde e se continuasse nesse ritmo, eu estaria com a escola toda na mão em um piscar de olhos! Mais rápido do que eu imaginava! Respondia os acenos enquanto caminhava em direção aos corredores, sentindo-me a melhor. Eu poderia afirmar que quase metade das pessoas ali me conhecia e pelo menos 80% sabiam o meu nome. Isso! Mais um ponto para Scarlet. Estava tudo saindo com o combinado. Amigos, colégio, popularidade e se eu sobrevivesse ao pequeno “favor” de minha irmã, teria sapatos novos para contar a história.

(...)

–Esse é o que eu quero.

Mostrei meu iPhone branco –que por falar nisso tinha uma capinha rosa choque maravilhosa –para Sky e sorri, a mostrando o que ela teria que me pagar por ir naquele show dos infernos. Minha irmã torceu o nariz enquanto olhava para a tela. Já não era de se esperar que ela teria bons olhos para moda e tampouco reconhecer o lindo trabalho quase divino feito em um sapato tão maravilhoso quando aquele. Devo dizer que sua expressão quando viu o preço também não foi das melhores, mas era uma troca... Quase justa, certo? Skylar balançou a cabeça negativamente enquanto abraçava alguns livros contra o peito. Me olhou preocupada.

–Isso não está certo. Pagar por um sapato o preço que se paga em um Iate.

–Cale a boca, Sky. –A olhei feio. –Se fosse o preço de um Iate te pediria um deles.

–É justo.

Grunhiu minha irmã enquanto me devolvia o celular, irritada. Voltei a olhar pare frente para evitar que eu tropeçasse no caminho de volta para casa. Eu amava usar saltos e tudo mais, mas para caminhar com eles, era necessário o dobro de atenção.

–Porque diabos você quer um sapato cheio de glitter, aliás? –Continuou minha irmã com seu interrogatório sem fundamento. =É muito mais fácil você comprar cola e glitter e colar em casa!

Sky balbuciou –lê-se gritou –para mim, fazendo-me, assim que escutei as barbaridades que saíram da boca de minha irmã, entrar em um estado de choque automático, tentando ao máximo não lhe virar um soco no nariz. Como ela podia falar um absurdo daqueles? Comparar um sapato PRADA com uma merda de glitter e cola de um real? Aquilo era... Abominável! Olhei para Skylar em desdém e antes que ela pudesse me atingir com outra facada verbal, arranquei o celular das mãos dela o travando, colocando-o de volta em minha bolsa e enquanto a olhava como se eu fosse uma cascavel, e ela o meu ratinho que me serviria de almoço.

–Nunca mais, na sua vida inteira, fala uma aberração como essa que você acabou de falar. –Grunhi olhando-a fixamente. -Se Mario Prada ouvisse o que você acabou de falar, ele teria um piripaque e cairia duro no chão.

–Quem é Mario Prada?

Perguntou a pobre alma, fazendo meu coração apertar Parei no meio do caminho. Quem... Ai meu Deus, essa menina precisava de mais ajuda do que eu pensava. Ok, vamos combinar que até o Papa sabia quem era Mario Prada. Engoli em seco e decidi ignorar o que ela acabara de falar, voltando a andar em sua frente, com ela gritando atrás e me implorando para lhe dizer quem era Mario Prada.

Nossa casa apareceu a alguns passos da nossa vista, graças aos Deuses! Eu não aguentava mais ficar andando e ter que dar bom dia para as famílias perfeitas daqui. Sem falar que uma mulher nunca desce do seu salto, mas a opção era bem tentadora. Olhei para Sky que sorria de orelha a orelha agora... Era meio assustador ver ela sorrindo tanto, digo... Sky não sorria a não ser que fosse por alguma desgraça minha, feriados ou então algum motivo bizarro que a alegrava. Levei meus olhos até onde os dela tinham se fixado e eu estreitei os meus próprios olhos. Ah sim... Era mais um dos motivos bizarros que a alegrava. Aquele era nosso vizinho? Bote bizarro nisso. Logo os olhos do garoto... Tatuado... Caíram em nós e com um sorriso buzinou, fazendo Sky dar uma risadinha e mandar um tchauzinho tão irritante que me fez revirar os olhos. Lhe dei uma cotovelada assim que vi o garoto desacelerar para parar perto de nós. Balancei a cabeça negativamente.

–Tão obvio...

Cantarolei, Sky arregalou os olhos para mim, espantada. Acho que vi preocupação genuína em sua face.

–É mesmo?

–Ah há! Sabia que você gostava dele!

Exclamei dessa vez levando uma cotovelada de minha irmã que me mandou fazer silêncio. Em segundos o moreno com piercing na boca estava com o carro ao nosso lado e nos observando de forma divertida. Ergui uma sobrancelha.

–Oi gente!

–Ei Alex...

Sorriu Skylar mais uma vez recebendo um dos meus olhares intuitivos. Abaixou a cabeça parecendo entender a mensagem.

–Oi.

Falei simplesmente o fazendo sorrir. Alex virou-se em nossa direção enquanto olhava de uma para a outra vezes consecutivas, apontou para Sky.

–Isso é incrível. Não foi tão ruim de minha parte ter te confundido com ela na primeira vez que te vi.

–Não é incrível, meu amigo, somos gêmeas.

Respondi impaciente percebendo então uma coisa que não havia notado em seus gritos na casa ao lado. Alex tinha a língua levemente presa Como ele conseguia cantar se mal conseguia falar? Algo me dizia que esse show ia ser uma piada e Skylar ia gastar dinheiro comigo super atoa! Alex me ergueu uma sobrancelha, estreitando os olhos e sorriu, fazendo-me cruzar os braços.

–Mil perdões, pensei que fossem clones... Sabe como é. Pelo fato de uma cópia ser mais aprimorada do que a outra.

Olhei para ele indignada. Ele estava chamando Skyler de mais aprimorada do que eu? Não resisti em erguer a mão e mostrar para ele meu dedo mediano com tanta vontade, que além de fazer minha irmã me olhar espantada, o fez dar risada. Por que ele estava rindo? Eu não gostava dele! Nem um pouco!

–Desculpe por isso.

Grunhiu Skylar para Alex me olhando feio, revirei os olhos.

–Sei me desculpar.

–Não. Sua evolução ainda não chegou nesse ponto.

Provocou minha irmã me fazendo respirar fundo por não achar uma resposta momentânea. Alex deu risada, fazendo Skylar olha-lo em tom vitorioso. Como ela poderia ser tão idiota? Não precisava me dar sapato nenhum ou ir para um show para conseguir ficar com ele. Ele estava afim dela. Eu poderia dizer, acredite, então era verdade.

–Queria eu ter um irmão gêmeo. Deve ser legal.

–Não, não é.

Garanti. Sky revirou os olhos dando de ombros.

–Depende. Não tem como afirmar, mas creio eu que se seu irmão gêmeo não for tão chato quanto essa aqui...

–Vá se ferrar, Skylar? –Alex riu alto com nossa discussão. Estreitei os olhos. –Calado também, Patolino!

Alex ergueu uma sobrancelha para mim provavelmente surpreso com o apelido preconceituoso. Mas para o meu azar, o garoto não simplesmente abaixou a cabeça e saiu de mansinho como a maioria teria feito, me dando esse gostinho de vitória. Ele abriu um sorriso e abaixou os óculos de aviador que usava, olhando-me em tom divertido.

–Você é desprezível.

Botou o máximo de ênfase possível nas frases, assim como o desenho do Patolino que tinha a língua também presa vazia. Skylar deu risada, fazendo-me lhe dar uma cotovelada nas costelas. Ouvi um gemidinho de dor. Finalmente havia ganhado um ponto!

–Mas em fim. –Sorriu Alex agora virando-se para minha irmã. -Vocês vão ao show hoje?

Perguntou curioso nos observando por um momento, Sky e eu trocamos olhares. Minha irmã sorria feito uma boba. Revirei os olhos. Era mesmo no show dele que a gente ia? Ele tinha língua presa! Como diabos ele conseguia cantar? Ele parecia mais...

–Olha, Patolino, francamente...

Parei em minhas palavras quando senti um braço pesar em cima do meu ombro, o que me fez olhar para o lado e ver o rosto cínico do meu pai no meio de mim e da minha irmã. Abraçado agora com ambas uma sob cada braço, o vi encarar Alex, de forma que quase senti pena dele. Mas foi quase. Patolino abriu um sorriso sem graça e posso jurar que o vi se encolher no banco. Olhei para Sky para perceber o quão vermelha sua face estava. Expirei olhando para minha irmã. Meu coração bateu acelerado, por pouco quase revelei todas as nossas tramas e estraguei nossos planos para hoje anoite.

–Não. Elas não vão ao seu show hoje, pois estão de castigo. Tenha um bom dia.

Sorriu papai caloroso, mas eu conseguia ver a falsidade atrás dos seus olhos. Patolino arregalou os olhos e assentiu enquanto limpava a garganta sem graça, ligou o carro rapidamente.

–Hm... Sim, senhor, sim! –Murmurou rapidamente enquanto olhava para Sky. –Te vejo depois.

Mandou um breve tchau para nós e saiu com o seu carro com tanta velocidade que provavelmente deixou marcas de pneu no chão. Papai nos olhou feio e voltou para dentro de casa, nos arrastando pelos ombros. Aquele seria um dia longo, e a tarde mal tinha começado. Ele pelo jeito havia se divertido com a expressão na face de Alex, mas Sky não parecia feliz. Respirava lentamente.

Tirei meus saltos e os peguei na mão, mandando um breve oi para Ellen e subi para o meu quarto, dando uma olhada para minha irmã que entendeu a mensagem, subindo também para o quarto dela. Com a intenção de uma interação nossa não sair suspeito, abrimos a porta do banheiro para que conseguíssemos conversar uma com a outra. Ela me olhou incrédula, conseguia ver a palidez em seu rosto.

–Eu não acredito que você quase nos denunciou para nosso pai!

Skylar sussurrou para mim e eu revirei os olhos, me olhando no espelho, enquanto ela fazia sabe-se lá o que em seu quarto. Ah, qual é. Se ele descobrisse o que ia fazer? Colocar cadeados nas nossas portas e barras de ferro na janela? É, se eu for pensar bem ele é bem capaz de fazer isso... Mordi o lábio abrindo um sorriso para minha irmã que parecia preocupada. Balancei a cabeça negativamente lhe mandando um beijinho.

–Relaxa Sky, deu tudo certo. Agora vá fazer suas coisas que eu vou escolher a minha roupa.


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Notas finais do capítulo

Reviews? Claro que sim né? XD



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