Suzan...

– Mamãeee ...?!

– Suzan ? Suzan ? pra que lado você foi ?

– Gabbie , eu estou bem .

– Mais pra onde você foi ?

– Esquerda ... Talvez. - Dizia enquanto fixava meus olhos a imagem a minha frente .

O escuro era cegador , e o silêncio que emanava dele era ensurdecedor . Mais algo me levava pra perto daquela imagem , algo que não consigo ver ou imaginar que possa ser , derrepente os gritos de Gabbie sumiram , e senti meu corpo flutuar mesmo estando no chão , senti ele se erguer e ficar como se estivesse no fundo de um lago , meus pais pareciam tocar uma areia mole e gélida meus olhos viraram e derrepente tudo parou.

– Suzan ... -

Uma voz feminina , suave porém distante de mim me chamava pelo nome , meus olhos se fecharam e abriram . Eu ainda estáva no hotel , e estava no mesmo lugar. Não podia responder a voz mesmo que quizesse , era como se todo meu corpo estivesse paralizado , aquele sentimento de medo , angustia , dor , sofrimento , desespero , tomaram novamente conta de mim ...

Já estava me acostumando as vistas ao ambiente quando vi algumas imagens como em relances passando na minha mente , aquela sensação de afogamento rápido tomaram conta de mim , meus pulmões pareciam explodir , me debatia ali em silêncio . Até que finalmente fui acordada...

– Suzan ? está tudo bem ? porquê não me respondeu ? menina assim você me mata de susto. - Dizia passando uma das mãos em meu cabelo enquanto a outra segurava sua lanterna.

– Desculpe Gabbie .

– Está suando frio , está com febre ?

–Não eu acho que não.

– Gabbie o que é aquilo ?

– Onde ?

– Ali. - Disse apontando pra uma folha de papel antiga que voou pela janela no final do corredor.

– Fique ai eu pego . - Gabbie andou até lá , fechou a janela após encara-la vagamente , ela voltou meio nervosa mais com o papel em mãos.

– Então o que é ?

– Vamos ao quarto lá eu te conto.

Enquanto caminhava-mos sentia , frio , medo , angustia como se algo tivesse acontecido ou estivesse acontecendo . O que me deixou mais intrigada em agora vou a dor hárrivel que havia em minha garganta , como se um grito fosse sufocado isso junto a um aperto nessa área , lembrei-me de todas as vezes em que fui surrada pelo meu pai.

Flash...

–Papai... Papai...

– Suzan quantas vezes já disse que não quero , que fale da nossa vida com ninguém de Fallen.

– Desculpe , papai , me desculpe não fiz por mal , ela é minha amiga.

– Já disse pra não desobedecer mais minhas regras.

Falava enfurecido , retirando o cinto ... Me lembro de mamãe vir correndo me defender.

– Não , Oconel não faça isso , ela é só uma criança , me ouviu uma criança ... - Ela se pós a minha frente , mais foi derrubada por um tapa do meu pai , eu era bem pequena deveria ter meus 5 anos , mais me lembro muito bem de tudo que aconteceu.

Me lembro dele me levando pra cima , o modo como ele me segurou me pós em seus ombros eu gritava e minha mãe subia desesperada atras de mim segurava minhas mãos tentando me puxar pra longe dele. Meu irmão estava no alto da escada , me lembro dele bater no Dimmy e ele rolar as escadas , minha mãe desceu atras dele. Meu pai aproveitou pra me levar pro meu quarto , lá ele me jogou no chão e me surrou com o cinto diversas vezes .

Me lembro de bater no chão de frente e em seguida sentir minhas costas queimarem e algo jorrar , desmaiei . Acodei umas duras horas depois , minha mãe sentada ao meu lado com alguns aranhões no rosto , e meu irmão sentado atras de mim .

– Tudo bem Suuh ?

Não respondi nada , me lembro também do que ele disse depois que sairam .

– Sabe que a visão da familia é importante pro papai não sabe ?. -Acenti com a cabeça. - Então , me prometa que nunca mais vai fazer algo do tipo.

– Eu prometo se o senhor não me bater mais desse jeito.

– Prometo não bater em você se me obedecer .

Depois disso me obrigou a cortar amizade com as minhas amigas .

Flash Off.

hoje sou sozinha e esse é um dos piores sentimentos que pode existir , uns poucos momentos em que posso sorrir e quando estou longe de casa...

Garry...

Eu e Oconel estavamos praticamente perdidos na cidade sem iluminação , eu estava dirigindo e Oconel na parte de traz quando ouvimos uma explosão . Paramos o carro e decidimos checar o que seria aquilo...

– Oconel , aquela não é a Annabeth ?

– Mais o que ela está fazendo fora de casa ?

– Annabeth ... Annabeth... - Dizia ele correndo , os dois pararam e se olharam assustados por um tempo . Logo Annabeth me viu. Conversaram alguma coisa e depois Oconel pegou sua esposa no colo a trazendo pra perto do carro.

– Garry esse aqui é o Dimmy meu filho mais velho e essa aqui é Annabeth minha esposa.

– Muito prazer em conhece-los.

– Bom tenho que leva-los pra casa.

– Garry poderia ir com agente , já está tarde e voltar a pé nesse escuro é perigoso. - Disse Dimmy , eu percebi um certo nervosismo da parte dele , com certeza ele fez algo que não percebi enquanto conversávamos.

– Bom, eu acho uma boa ideia passar na casa do Oconel assim ligo Gabbie ela deve está preocupada. Depois eu vejo como volto pra casa.

– Bom...

– Pai olha aquilo. - Disse Dimmy apontando pra um parquinho em uma casa abandonada.

Continue..