Emergency escrita por Lacrist


Capítulo 7
Capítulo 6 - Crescer


Notas iniciais do capítulo

E mais uma vez, não consegui postar na quinta. Desculpem mesmo meninas, as vezes acho que ter um dia fixo para as postagens é ruim pq eu não consigo postar e vocês ficam na expectativa. Odeio isso. Acho que esse capítulo tá pequeno, foi uma luta pra terminá-lo, estava sem inspiração =(( Esse capítulo tá bem paradinho, nem sei se vcs vão curti-lo. Enfim, não quero falar muito nas notas iniciais. Tenham uma boa leitura, nos vemos nas notas finais *u*



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Damon narrando:

A escuridão me envolvia em um abraço letal e o pior de tudo, era não saber como eu tinha ido parar ali. Meu ombro não doía mais e eu estava cercado por portas de vários tipos e eu tinha que escolher uma.

Mas qual porta eu escolheria?
 

Era aterrorizante não saber o que esperar do outro lado. 
 

Coloquei a mão na maçaneta de uma porta que estava no início do corredor e a abri de uma vez só, ouvindo o baque da porta se fechando atrás de mim. A escolha estava feita, agora era só esperar para ver o que tinha do outro lado. 
 

- Filho, querido... - Lágrimas vieram aos meus olhos quando ouvi aquela voz tão doce e tão familiar.
 

- Mãe? - Chamei, arregalando um pouco os olhos.
 

- Stefan, isso não é de comer! 
 

- Mãe, é você? - Corri, seguindo o som de sua doce voz. Meu coração estava disparado e minhas mãos tremiam quando eu vi a casa que morei em minha infância.
 

- Isso querido coma tudo... Damon, venha aqui e ajude seu irmão. - Olhei assustado para uma versão menor de mim que andava calmamente até Stefan, que ainda era um bebê praticamente.
 

O mini-Damon limpou a boca de Stefan com um babador enquanto minha mãe nos lançava um olhar doce e ao mesmo tempo triste.
 

Fazia um tempo que eu não chorava, mas ver a imagem de minha mãe ali na minha frente, tão viva, fez uma chama em meu coração que eu achava estar apagada se acender.
 

- Querida... temos que fugir. - Meu pai passou por mim e foi até a minha mãe, aflito e sua voz transbordava agonia.
 

- O que aconteceu? - Minha mãe olhou-o preocupada.
 

- O plano falhou... eles descobriram tudo e não vão perdoar.
 

- Oh meu Deus...
 

Depois disso, a imagem começou a se dissipar em minha frente, como se um vendaval estivesse fazendo com que a imagem ficasse turva.
 

- MÃE, PAI! - Gritei, mas eles não me ouviam. Vi que todo aquele cenário sumia e eu, ia junto, voando.
 

Desesperado, estiquei meu braço para que eu tocasse o rosto turvo de minha mãe, mas o vento ficou mais forte e ela sumiu antes que eu pudesse tocá-la. Rodopiei no meio do vendaval e caí em um buraco negro que me puxava para o fundo.
 

Não tinha uma fissura, nada onde eu pudesse me segurar. Eu nunca tinha sentido tanto medo em toda a minha vida. 
 

Caí em um lugar escuro e aterrorizante. Parecia que o sol não iluminava aquele local. Não tinha luz. Me levantei, olhando ao redor, procurando algum vestígio de luz ou de civilização e não encontrei nenhum dos dois.
 

Eu estava num campo muito bonito e sombrio. Tinha muitas árvores e flores ao redor. Muitos vagalumes piscavam por ali e muitas flores silvestres e que pareciam se mexer o tempo todo ziguezagueavam para lá e para cá.
 

O céu estava magnífico. Nenhuma nuvem, apenas estrelas e a lua; linda, brilhante e imponente. 
 

Vi a silhueta de uma pessoa caminhando rapidamente até mim.

Era uma mulher. Ela usava um vestido vermelho e era muito bonita, mas me parecia familiar. Seus cabelos eram ondulados e quando chegou mais perto, vi que era Katherine. 
 

- O que está fazendo aqui? - Minha voz saiu devagar, como se eu estivesse num sonho.
 

- Vim me certificar de que tinha morrido, mas vejo que sobreviveu. Parabéns, você é mais forte do que eu pensava. - Como sempre, Katherine tinha aquele sorriso vulgar e indolente nos lábios.

Ela se aproximou de mim, mas não consegui me mover. 
 

Tirou uma faca de um lugar que eu não sabia qual era e posicionou-a em minha garganta. Tentei me mexer novamente, mas parecia que uma força invisível me prendia, e fincava meus pés no chão e minhas mãos junto ao meu corpo.
 

- Diga adeus, Damon. - Então era assim que tudo acabaria. Morto num lugar estranho, por uma vadia de vestido vermelho.
 

- Não tão rápido, vadia. - Olhei boquiaberto para Elena, ainda sem entender o que ela fazia ali.
 

Ela usava  um vestido longo e branco que a fazia parecer iluminada. Um anjo, naquele lugar cheio de trevas. Seus cabelos esvoaçam com o vento e por um momento, senti segurança. Ela segurava uma pequena pistola e apontava diretamente para Katherine.
 

- O que faz aqui, insossa? - Katherine se virou para Elena, despreocupada.
 

- Vim acabar com você. - Elena se aproximou um pouco mais de Katherine e vi a mesma exitar.
 

- Isso ainda não acabou. - Katherine saiu correndo tão rápido, que mal consegui vê-la fugir.
 

Olhei transtornado e confuso para Elena. O que ela fazia aqui? Não deveria estar no cativeiro?
 

- Venha comigo, Damon. - Sua voz era doce e convidativa. Seus olhos eram sinceros e angelicais.
 

- Não! Eu sei me virar sozinho. - Respondi de forma grosseira.
 

- Não foi o que pareceu quando Katherine estava ameaçando cortar a sua garganta. - Ela deu uma risada e eu fiz uma carranca.
 

- Eu não consegui me mexer, foi isso que deu vantagem a ela. - Bufei.
 

- Não importa. Temos que ir agora, esse lugar está cheio de armadilhas para você. - Elena caminhou em minha direção de forma determinada. Ela pegou em meu braço e me rebocou junto consigo para o lado oposto.
 

- Porque está me ajudando? - Entortei a boca, tentando pensar.

Estava tudo muito confuso pro meu gosto.
 

- É apenas o meu dever te salvar. - Respondeu solenemente.
 

- Não entendi.
 

- Um dia você entenderá, Damon. - Nos olhamos ao mesmo tempo e me senti em paz quando o fiz. Elena tinha os olhos mais bonitos que eu já vira. Transbordavam bondade, paz, amor... eu me sentia vivo quando estava ao seu lado.
 

Agora, flutuávamos pelo campo de mãos dadas. Percebi que por onde passávamos, Elena iluminava mais o local, como se fosse a única coisa que faltasse, como se a presença de Elena fosse indispensável naquele lugar. E... na minha vida.

- Acorda, idiota! - Levei um empurrão que me fez cair da cama. Levantei, ainda absorto pelo sonho, encarando Rebekah com um olhar fuzilante.

- O que você fez? - Perguntei, olhando raivoso para a Barbie do cativeiro.

- Estava apenas cumprindo ordens. Klaus está uma pilha de nervos pelo que a Elena fez. Depois de sua ligação para a emergência, a polícia está fazendo de tudo para rastrear a ligação. O celular do Stefan não existe mais, Klaus fez questão de quebrá-lo mas a ligação existe e... John está uma fera com isso.

- Isso não importa! Nós fugimos do cativeiro e exterminamos todas as provas que pudessem nos incriminar. O John que se dane! - Esbravejei, ainda confuso. As imagens do sonho eram tão vivas que ainda dançavam em minha mente.

- Fale isso pro meu irmão. Não sei como ele ainda não foi no quarto de Elena bater nela... coitadinha... se vocês não fossem tão espertos ela teria escapado... - Olhei perplexo para Rebekah, que devaneava.

- O que disse? - Perguntei, surpreso.

- Eu? Eu disse vadiazinha... se vocês não fossem tão espertos ela teria escapado. - A loira deu um sorriso meio forçado.

- Juro que ouvi você dizer outra coisa mas estou com minha cabeça embaralhada demais para pensar nisso. - Peguei uma camisa qualquer que estava caída no chão do quarto e a vesti. - AIIII. - Senti meu ombro protestar.

- Nossa Damon, você que fez o curativo? - Rebekah apontou para o meu ombro enfaixado.

- Foi Elena. Mas fique quieta, ninguém pode saber disso. - Ela me olhava com um misto de surpresa e perplexidade.

- Como assim?

- Você usa gase, ataduras, remédios e...

- Eu sei como se faz um curativo! Estou perguntando como isso foi acontecer!

- Isso já não é da sua conta, Mikaelson. - Dei um sorriso torto.

- Tudo bem, tudo bem, não vou mais te amolar com isso. Agora, aconselho a você a ir falar logo com o Klaus pois é bem capaz dele querer arrancar a cabeça do seu irmão por deixar o quarto dele no cativeiro aberto e com o celular dando sopa. - Ela deu uma risadinha antes de sair do quarto.

- Eu já estou indo. - Eu disse, bufando e passando minhas mãos pelos meus cabelos.

As imagens de Elena vindo me salvar no sonho ainda estavam causando em mim uma sensação estranha e que eu gostaria muito de poder ignorar.

Elena narrando:

Eu quero ir pra casa! Nunca desejei tanto ir para a minha casa como agora. Se eu pudesse voltar atrás, teria tentado ter uma convivência melhor com meus pais, teria tentado ser mais feliz, ser menos chata e triste mas agora... não adianta mais reclamar do que eu não fiz e do que poderia ter feito. Eu não fiz nada e agora estou aqui, presa, sendo maltratada por monstros amargurados e sem coração, mesmo sem motivo. 

Deitada naquela cama fria e velha que rangia mais do que tudo, eu chorava, abraçada as minhas pernas. Doía tanto ter saudade de casa, dos meus pais e dos meus amigos... Ah como doía! O pior de tudo, era não saber o que esperar de cada amanhecer. Não saber se sobreviverei ao próximo dia... era tudo muito aterrorizante.

A única coisa que eu sabia, era que eu tinha que ajudar Damon Salvatore. Por mais frívolo e mal que ele possa aparentar ser, eu sei que ele não é nada daquilo. Pelo menos, eu tenho quase certeza de que ele tem chances de ser alguém melhor, de mudar... se ele ao menos me deixasse tentar... 

Antes que eu pudesse completar o raciocínio, Klaus entra furioso no quarto e pega em meu braço com força.

- Venha ver o que você fez! Venha! - Ele me rebocou consigo para a sala onde ligou a televisão e me colocou sentada no sofá de forma rude.

Olhei para a televisão, onde passava o Jornal. Uma mulher estava em frente a empresa do meu pai, falando.

- A filha do empresário John Gilbert, Elena Gilbert, foi sequestrada recentemente. Ainda não sabemos quem foram os bandidos, mas uma suposta ligação de Elena Gilbert pedindo ajuda, dizendo que os seus sequestradores estavam na empresa de John Gilbert causou um alarde em toda a população. Infelizmente, os criminosos conseguiram fugir e a polícia não faz a mínima idéia de quem possa ser a identidade dos dois sequestradores. Supostamente, eles foram à empresa de John roubar seu dinheiro, mas aparentemente, com a ligação de Elena, eles foram totalmente enganados. Sequestradores descuidados e espertos, não é? John está fazendo de tudo para achar o paradeiro de sua única filha e não vai descansar enquanto não encontrá-la. Os policiais rastrearam a ligação de Elena, que os levaram a uma casa abandonada e vazia. Eles acreditam que os sequestradores e Elena estavam escondidos ali naquele cativeiro, mas fugiram. Estamos todos torcendo para que essa história tenha um final feliz.

Minhas mãos tremiam muito. Eu parecia uma gelatina humana de tanto que tremia. Então, meu pai estava preocupado comigo? Ele queria mesmo me encontrar? Se eu pudesse pensar melhor no assunto eu pensaria, mas com Klaus me fuzilando com o olhar era quase impossível.

- Pedi para um amigo meu cuidar das câmeras de vigilância da empresa. Eles nunca vão saber quem somos nós. - Disse Damon, aparecendo no pé da escada, sorrindo de um jeito satisfeito.

- Ótimo. Colocarei trancas nos quartos de agora em diante. Damon, você será o "guarda-costas" da mocinha aqui. Não a deixe sair de jeito nenhum. Se ainda não entendeu o que e quis dizer, não saia de  perto dela. - Klaus lhe mandou um olhar inquisidor.

- Eu já entendi, Niklaus! - Respondeu, meio impaciente.

- Todo esse drama já de manhã me deixaram extressado. Onde será que eu deixei o meu isqueiro? - Klaus começou a revirar as coisas, procurando o tal isqueiro de um jeito desesperado. - Droga! Preciso sair, nem meu isqueiro eu encontro... FUI! - Ele bateu a porta atrás de si.

Damon me pegou pelo braço e me levou de volta para o quarto. Me sentei na cama e quase tive uma síncope ao vê-lo puxar uma cadeira de balanço e se sentar bem em minha frente. Aqueles olhos azuis me analisando me deixavam desconfortável.

Droga, eu tinha certeza de que estava ruborizando.

Klaus narrando:

As ruas estavam movimentadas aquela hora do dia. Era sempre assim em NY. Cidade grande, pessoas apressadas indo trabalhar, tentando chegar na hora certa para não levar uma bronca do chefe. As vezes eu me sentia feliz em não fazer parte de nada disso.

Parei no meio da calçada, olhando distraído para os cartazes que estavam colados numa parede. Me virei, afim de retomar a caminhada quando esbarrei em alguém e tive que esboçar um sorriso quando vi o anjo que estava parado em minha frente.

- Olá, Sweet. Eu disse que nos veríamos novamente. - Ela olhou surpresa para mim e quase deixou os panfletos que segurava caírem no chão.

- Ah... é você... - Ela balbuciou, transbordando indiferença.

- Sim, o cara que você esbarrou no mercado. Fico pensando se sempre que nos vermos será assim, aos esbarrões. - Dei uma piscadela sedutora para ela.

- Espero que não. Olha, se me der licença, tenho muitas coisas para fazer. - Respondeu de forma rude.

- Espera, o que são esses cartazes? - Apontei para os cartazes que ela segurava, vendo uma foto de Elena Gilbert escrito "Desaparecida" bem abaixo da foto. - Elena Gilbert, filha do John Gilbert... - Olhei um pouco perplexo para os cartazes.

- Você a conhece? - Ela estava desconfiada.

- Eu vi no noticiário. Está fazendo caridade para o John? - O mundo não podia ser tão pequeno...

- Mas é claro que não! Elena é a minha melhor amiga. - Ela franziu o cenho.

- Nossa... sinto muito por isso, deve estar sendo difícil para você. - Menti,

- Eu vou superar. Estou fazendo de tudo para encontrá-la. - A loira me olhou de forma determinada.

- Boa sorte. - Me aproximei dela lentamente. - Espero lhe ver mais vezes. - Murmurei.

- Pena que eu não posso dizer o mesmo. - Outch! Essa doeu.

- Não fira meu pobre coração, Sweet. - Coloquei a mão no coração, sorrindo de forma marota.

- Você sempre dá em cima das garotas que conhece no mercado? - A loira era extressada e encantadora.

- Apenas se elas forem como você. - Sussurrei, em seu ouvido.

- Dá pra me deixar em paz? - Ela deu alguns passos para trás, irritada.

- Só se me disser seu nome. - Ela bufou e revirou os olhos, batendo o pé no chão de forma impaciente.

- Caroline Forbes.

- Eu sou Niklaus Mikaelson, mas pode me chamar de Klaus.

- Agora eu posso ir, Niklaus? - Tive vontade de gargalhar quando a ouvi me chamar de "Niklaus" ao invés de "Klaus" como eu havia dito.

- Claro que pode, fique à vontade. - Arqueei a sombrancelha.

- Obrigada. - Respondeu à contragosto, passando por mim me dando um esbarrão.

- Não desistirei de você, Sweet. Quanto mais difícil, mais eu gosto. - Dei um sorriso torto enquanto a via se afastar.

Melhor amiga de Elena Gilbert... que mundo pequeno esse, não?

Elena narrando:

- Sabe, acho meio entediante você ficar me olhando assim por tanto tempo. Porque não lê uma revista? - Eu estava muito embaraçada.

- Porque não gosto de revistas. - Ele deu um sorriso lento e muito sarcástico.

- E de livros? - Perguntei.

- Não vou perder meu tempo comprando livros. - Ele começou a se balançar na cadeira para frente e para trás.

- Então, você é do tipo de cara que não gosta de ler, estou certa? - Tentei soar despreocupada, mas percebi que minhas mãos suavam frio.

- Não, eu gosto de ler. Mas encarar você é bem mais interessante. - Damon parou de se balançar e inclinou seu corpo para frente, me olhando de forma invasiva.

Eu definitivamente não sabia lidar com caras como ele. Sedutor e bonito em excesso. 

- E porque? - Nem percebi que meu coração estava acelerado.

- Porque você fica vermelha. - Se antes eu já estava vermelha, agora eu podia apostar que estava como um tomate.

- Claro, isso deve te divertir. - Baixei minha cabeça, preferindo fitar minhas mãos do que olhar para Damon Salvatore.

- Não, eu até acho... adorável. - Pude sentir que ele estava sorrindo.

- Pare de brincar comigo desse jeito, Damon. Eu não sou como a Katherine. - Olhei para ele novamente. Por mais que ele fosse bonito, bancar o galanteador comigo não me faria cair aos seus pés.

- Definitivamente, você não é como ela. - Damon estava me observando. Não sabia por quanto tempo eu iria conseguir suportar o peso de seu olhar sobre mim.

- Ela é mais atraente do que eu, com certeza. - Aposto que meu olhar estava vazio e até um pouco ressentido.

- Mas você é boa, e ela não. Pena que não gosto muito de bondade...

- Não gosta porque não quer. Você escolheu trilhar esse caminho, Damon. Seria muito melhor se você tivesse feito escolhas diferentes em sua vida. Nunca pensou em fazer faculdade, ter um emprego digno e uma família?  - Era tudo o que eu precisava para pôr meu plano de ajudá-lo em ação.

- Se eu fosse um homem melhor, eu serviria para você? - Tentei não demonstrar surpresa com sua pergunta.

- Não se responde uma pergunta com outra pergunta. - Bufei e ele deu uma risadinha.

- Mas eu sim, e quero uma resposta. - Ele disse de forma exigente.

- Eu fiz uma pergunta antes. - Contive a vontade de revirar os olhos.

- Mas a questão é que você faz muitas perguntas. - Ele voltou a se balançar, para frente e para trás, sem tirar o sorrisinho sacana dos olhos.

- E você não me respondeu essa última. - O olhei de forma incisiva. Ele suspirou, antes de começar a falar:

- Eu já pensei em fazer uma faculdade, ter um emprego digno e uma família, sim. Só que eu assisti meus pais morrerem lentamente bem na minha frente e não pude fazer nada. Toda a minha perspectiva de uma vida idiota e perfeita acabou ali para mim. - Olhei estarrecida para ele. Não era possível que ele estivesse brincando com um assunto tão sério como esse. Percebi que ele falava a verdade quando o sorriso sumira de seu rosto.

- Isso não justifica as suas escolhas. Eu sinto muito pelos seus pais, imagino como deve ter sido difícil para você. Olha, sei que isso não serve de consolo mas antes de eu ser sequestrada, meu pai nem se importava comigo. Me escondeu muitas coisas e minha mãe o acobertou. Eu descobri que tinha uma irmã gêmea perdida quando ouvi uma conversa do meu pai sem querer. Nunca pensei que minha irmã fosse um monstro... sei que nem de longe isso se compara com sua perda mas... eu não era feliz e nem por isso eu comecei a matar, roubar ou sequestrar pessoas inocentes. - Após meu pequeno discurso, Damon ainda me olhava sério. Por um momento, eu até pensei que minhas palavras tivessem surtido algum efeito. Ele parecia intrigado e pensativo.

- Isso só prova o quanto somos diferentes, Gilbert. - Ele se levantou, andando de um lado para o outro pelo quarto.

- Não há chances de você mudar algum dia? - Meu coração estava cheio de esperanças.

- Porque quer tanto que eu mude? - Perguntou desconfiado.

- Eu me importo com você, estou preocupada e quero te ajudar. - Respondi.

- Eu não quero a sua ajuda. Aliás, eu não preciso da sua ajuda. - Retrucou

- Claro que precisa. Você que não sabe disso ainda. - O moreno me olhou, pesando as minhas palavras. Ele podia ser grosseiro e rude, mas pelo menos minhas palavras o deixaram com o benefício da dúvida.

A semente foi plantada. Agora, é só esperar que ela cresça.


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Notas finais do capítulo

Estou tão insegura quanto a esse capítulo... tenho medo de que não tenham gostado. Minha coluna está doendo demais, estou digitando esse capítulo já tem um tempinho. Queria ter feito algo melhor e maior mas a minha coluna está protestando e deixei vocês esperando demais essa semana por esse capítulo... desculpem se esse capítulo estiver muito ruim ou muito pequeno.
Que pesadelo/sonho estranho o do Damon!
E bom, Klaus tá caidinho pela Barbie já e ela quer distância. Algo me diz que depois desse encontro ela vai se lembrar do dono do isqueiro KKKKKK'
E que Damon sedutor esse viu? Se fosse comigo eu teria tido uma síncope SAHSAUSHAUSHUA
Elena está disposta a mudá-lo, será que ela consegue hein?
Meninas, acho que vou começar a fazer um curso ou vou trabalhar de qualquer forma, as duas coisas vão tomar meu tempo então é bem capaz de que eu demore mais a postar. Enquanto tô tendo tempo, tenho escrevido que nem uma desvairada, até porque atualizo 3 fanfic's. É uma luta postar 3 fic's, uma sempre acaba atrasando até porque tem semanas que tenho mais inspiração pra uma do que para as outras e vice-versa. Conforme for, as atualizações serão apenas nos fins de semana que será quando eu vou ter mais tempo. Se eu trabalhar, providenciarei um notebook para poder escrever no caminho do trabalho ou curso e não deixar vocês esperando tanto e vou parar de castigar a minha coluna.
Enquanto eu não tenho feito quase nada que tome todo o meu tempo, continuarei atualizando em dias de semana (hoje é fim de semana masok KKKK)
Sinto que estou esquecendo de falar mais alguma coisa...
Ah, sim KKKKK' Se alguém tiver face e quiser curtir minha page, seria muito legal KKKKK' Vou começar a postar spoilers de Emergency e outras fic's minhas fora outros projetos que tenho em mente se vcs se interessarem e tiverem face, aqui o link http://www.facebook.com/LarissaCristinaFanfics?ref=hl
Comentem meninas, comentem muitoooooo por favor!!