— "O amor é sempre o mesmo"– Hello My Ex, MBLAQ —

Elizaveta abraçou Roderich mais forte, suspirando. Era tão bom estar do lado dele nessa data especial! Mas bem que ele poderia abraçá-la também...

— Roderich, estou com frio — Ela falou, suspirando.

— Tenho certeza que tem um cobertor extra no guarda-roupa. — Ele murmurou, bocejando — São três da manhã, vamos dormir, Eliza.

— Você não vai me abraçar? — Ela perguntou, levantando um pouco o corpo.

— Você sabe que eu durmo virado pra esse lado, não posso te abraçar, me desculpe.

Então a húngara se sentou, suspirando. Olhou para Roderich por uns instantes e, no impulso, deu um soco no seu ombro. Ele se assustou, e quando virou para olhá-la e questionar sua ação, ela se levantou da cama.

— Vou tomar água, idiota.

Desceu as escadas correndo. Roderich era o pior companheiro que alguém podia ter. Apesar de ser doce e tudo mais, ela sentia que ele não gostava dela. Algumas vezes, se perguntava porque estava com o austríaco.

Quando chegou na cozinha, Gilbert estava lá, abrindo uma lata de cerveja. Quando ele a viu, Eliza percebeu suas bochechas ganharem cor - e, bem, a garota não ficava atrás, também acabou corando. Ainda bem que não estava usando uma de suas camisolas.

— Hallo, Eliza. Quer uma? — Ela assentiu, então o alemão pegou outra garrafa de cerveja.

A húngara foi até o outro, cumprimentando-o e tomando um gole. Não era tão ruim assim.

— Não consegue dormir? — Ela perguntou.

— Não. Insônia de novo. — Então ele sorriu, olhando para ela — E você? O riquinho está roncando e não te deixa dormir?

— Não, não... — Ela revirou os olhos, mas logo sorriu — Ele... Bem, eu não estou com sono.

Aquele não era o motivo verdadeiro, mas Gilbert deixou assim. Sabia como Roderich a tratava, e o achava um idiota por isso.

Pra falar a verdade, também sabia que ela não era feliz com o austríaco. A mulher que ele via na sua frente era diferente da garota de séculos atrás, e mais infeliz, também. O alemão também não ficava pra trás - sentia-se um pouco solitário. Ludwig com Feliciano, Francis com seus vários casos - ok, ele estava mais quieto depois que começou a sair com Matthew - e Antonio... Bem, Antonio tinha Lovino, apesar de não lhe dar valor.

Não que o italiano merecesse. Gilbert não entendia como Antonio conseguia aguentar o idiota do Lovino.

— Vamos ver televisão. Talvez o sono venha. — Ele falou, suspirando. A garota assentiu, e os dois foram pra sala.

O sono deles realmente veio. Porque quando Francis acordou para preparar o café da manhã, encontrou os dois dormindo abraçados. Eles realmente não tinham jeito.

— "Quanto mais eu tento esconder, mas curioso fico"– Chu, F(x) —

O canadense acordou cedo demais. O barulho da televisão estava incomodando-o. Quem, em sã consciência, estaria vendo Looney Tunes às 5 da manhã? O nome do seu irmão veio na cabeça automaticamente, mas nem Alfred seria tão idiota assim.

Pensou em descer e desligar a televisão, mas acabou ficando na cama até o sol raiar. E quando seu despertador tocou - já eram 7 horas -, ele levantou, começando a se arrumar. Queria fazer o café da manhã.

Quando chegou na cozinha, Francis já estava lá.

— Bonjour, papa. — Cumprimentou, sorrindo.

— Oh, bonjour, Matthieu. Não ouvi você chegando... — Então Francis se virou, retribuindo o sorriso. Matt corou um pouco... Seu papa era tão bonito.

— Posso te ajudar no café da manhã, eh?

— Eu adoraria sua ajuda. Porque não faz algumas panquecas enquanto eu termino esses croissants? Precisamos terminar antes do sobrancelhudo acordar.

Matt riu do comentário dele, então começou a preparar as panquecas. De vez em quando, olhava para o francês. Ele ficava tão concentrado quando estava cozinhando... E durante um desses olhares, Francis acabou olhando para ele também.

— Mon amour, não vamos conseguir terminar o café da manhã se você continuar olhando assim pra mim. — Aquele comentário fez Matthew corar ainda mais.

— D-Desculpe, eu v-vou tentar me c-concentrar, e-eh... — Então voltou a olhar pra baixo, respirando fundo. O cabelo tamparia o seu ros--- — Eh?!

Francis estava do lado dele, levantando seu rosto pelo queixo. O rosto do canadense queimou ainda mais, o que ficou pior quando Francis uniu seus lábios. Matt fechou os olhos com força, apertando a bancada com suas mãos.

Então, alguém tossiu, indicando sua presença. Os dois se separaram e viram Katya na porta da cozinha, segurando uma cesta média, cheia de morangos.

— Bom dia... Que bom que já começaram o dia animados assim — Então riu, fazendo Francis sorrir.

— Quer algo de especial daqui? — Francis perguntou, levantando uma sobrancelha — Estamos um pouco ocupados.

— Não vou atrapalhá-los... Só vim deixar isso aqui. — Ela deixou a cesta na mesa, e logo saiu.

— Agora vamos voltar onde paramos... — Francis comentou antes de voltar a beijar o canadense.

— "Acho que sou uma boba que somente enxerga você"– Gee, SNSD —

A ucraniana bocejou. Será que os meninos já tinham acordado? Sabia que Ivan estava jogando xadrez com Alfred e que Raivis estava brincando com Peter do lado de fora, mas não tinha visto Toris ou Eduard.

Parou na porta deles, batendo.

— Pode entrar, está aberta — Ouviu Eduard falar.

Então ela entrou. O estoniano ainda estava deitado na cama, com o notebook no colo.

— Ainda está tentando desenvolver aquele rpg, Eduard? — Ele sorriu, confirmando.

— Quero terminar antes do ano novo, Katya.

Ela sorriu, se aproximando e sentando do lado dele.

— Parece que o café da manhã vai atrasar. — Ela comentou, deitando a cabeça no ombro dele.

Adorava ver Eduard fazendo suas coisas no computador. Ele estava tentando desenvolver um rpg desde Março. Quase terminou em Julho, mas um problema no notebook o impediu de continuar. Voltou em Setembro, e sempre que podia, mexia naquele rpg. Era um mais simples, mas como estava fazendo tudo sozinho, gastava boa parte do tempo nele.

— Pensei que fosse pedir a ajuda do Kiku e do Yong.

— Não quero os incomodar com isso, Kat. Além do mais, estou na última parte dele, devo terminar até o final da semana.

Então ele bocejou, fechando o notebook e o colocando de lado. Passou um braço pelo ombro da ucraniana e a abraçou, sorrindo.

Katya gostava de quando ele fazia isso. Sempre gostava quando seus irmãos a abraçavam ou faziam carinho, mas com Eduard era diferente. Para Kat, ele era... Especial.

— Estou feliz de passar o natal com você — Ele comentou, respirando fundo. Ela sorriu, se aconchegando mais no abraço.

— Eu digo o mesmo... Adoro datas assim. — Ela deitou a cabeça em seu peito.

Eles ficaram em silêncio durante um tempo, até que Eduard se manifestou.

— Porque o café da manhã vai atrasar?

— Francis está se aproveitando do Matt na cozinha.

Então os dois riram. A garota levantou a cabeça, olhando para o estoniano, que correspondeu o olhar dela. Então eles selaram seus lábios — parece que os dois acharam uma forma de se distrair até o café da manhã ficar pronto.