Caixa Postal escrita por Evangeline


Capítulo 30
Capítulo 30: Toque


Notas iniciais do capítulo

Eu amo quando voces me ameacam, gente!
Ah, eu estou escrevendo num tablet, portanto não consigo colocar o ç com facilidade, por isso, esquecam-no!!! E pode ser que tenha muito mais erros de portugues do que o jormal, então por favor, localizem e me avisem, quando eu for pro pc eu corrijo.
Quanto a acentuacao, só voj colocar quando for estritamente necessario, é muito ruim acentuar no tablet. e-e
Beijos, bom capítulo. ♥



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Tum....

Tum...

Tum...

Tum...

Tudo o que eu conseguia ouvir era o meu coracao batendo bem devagar. 

Fora isso, apenas o silencio de um corpo adormecido, sem sonhos. Eu sentia cada parte do meu corpo, e tudo doía. Tentei me lembrar do que havia acontecido, mas minha cabeca doía e nao permitia que eu seguisse em frente.

Eu sentia tudo, cada toque, cada arranhao, mas nao conseguia controlar nenhuma parte do corpo. Quando minha conciencia retornou, eu pute perceber que estava numa cama, com algum tipo de adesivo colado perto dos ombros, tubos entrando por meus bracos e um peso bem leve diante da minha boca. Deduzi que fosse um nebolizador, que me ajudava a respirar. 

Um hospital.

Será qud o resto das pessoas tambem estava no hospital?

É isso, lembrei! Eu estava no onibus, indo para o endereço que a minha mãe indicara. O onibus bateu e capotou, entao eu abraçei a garotinha que estava perto de mim. A mae dela estava sentada atraz de mos, entao o minimo que eu podia fazer era protejer aquela crianca. Espero que ela esteja bem, embora eu nao lembre de nada que aconteceu depois daquilo.

Se um liquido pesado foi injetado em minha veia e minha conciencia comecou a esvair-se novamente.

Eu já nao conseguia sequer pensar.

Adormeci e sonhei. Sonhei com o meu pai.

'que esta fazendo ai deitada?'

Perguntava com grosseria na voz.

'quer me dar mais trabalho?'

Comecou a gritar. O desespero tomou conta de mim e um forte apito tomou minha audicao.

'porque voce nao vai embora, igual a sua mãe?!'

Gritou de novo, mas eu quase nao ouvi. Seu rosto raivoso me assustava, e eu senti ujm aperto na garganta, uma vontade de chorar. Tudo foi ficando escuro e o preto total me dominou. O apito permanecia na mesma intensidade, muito alto.

Entao algo deu um choque em meu peito. Algo gelado.

Outro choque.

Aquilo machucava.

No terceiro choque o apito cessou, dando lugar a pequenos apitos periódicos. Foi quando o desespero me tomou.

Aquilo era os meus batimentos cardíacos... Eu tinha acabado de quase morrer...

Tentei respirar mais rapido, mas o meu corpo nao me obedecia, tentei mexer qualquer parte do corpo, queria mostrar que por dentro eu estava perfeitamente conciente.

Mas injetaram novamente aquele sedativo e eu adormeci. Sem sonhos, sem pensamentos, apenas o silencio profundo e angustiante.

Eu num especo vazio e sem conseguir preenche-lo. A minha angustia.

Senti como se estivesse permanecido do nada por anos... parecia que eu nunca ia acordar, mas eu nao tinha como sequer me importar, se eu estava pensando, eu nao ouvia os meus pensamentos... 

Minha cknciencia comecou a retornar muito lentamente, e nada conseguia perfurar o muro de minha indiferenca. Ali estava em, numa maca de hospital por um tempo que eu nao conseguia nem imaginar. E eu me sentia completamente indiferente quanto a isso, nao sentia sequer vontade de acordar.

Nao queria saber se meu medico era velho ou novo, nao queria saber a cor de meus lencóis, eu nao queria, nem pretendia acordar quando tudo que eu veria seriam desconhecidos. 

Preferi pensar na minha mae. Sera que eu tenho os cabelos dela? Sera que ela vai ficar orgulhosa de mim? Nao... porque estaria? Eu nao sou a melhor em nada que faço.

Como eu podia sentir meu corpo e nao controla-lo? Aquela sensacao me fazia sentir inutil. Eu sentia o ar entrando em minhas narinas mas nao podia acelera-lo, eu sentia o lencol sob o meu corpo, mas nao conseguia move-lo um centimetro sequer. 

Eu sentia as maos de enfermeiras arrumando meus cabelos, medindo minha temperatura, aprumando o travesseiro, mexendo no lencol... Me senti indefesa. Se um homem com segundas intencoes tentasse qualquer coisa, eu nao poderia fazer nada alem de sentir cada toque nojento dele.

Foi quando senti um toque diferente. Segurava a minha mão com um forca e uma delicadesa estranhamente familiares. Senti minha mao ser levada do colchao, e esticada um pouco ate tocar uma testa fria e suada. A Testa estava na altura do colchao, a pessoa devia estar ajoelhada. Encostou levemente meus dedos em sua boca e falou algo, eu podia sentir o arquente sair, e os labios se movimentarem. Eu queria ouvir! Ah, como eu queria ouvir!

Minha mao foi colocada de volta no lugar e senti um beijo em minha testa, seguido pelo ar quente da pessoa que falava mais algo perto da minha testa.

E eu só ouvia o maldito apito do meu coracao, ritmadamente lento. 

Passou algum tempo e eu nao voltei a sentir aquele toque. Por um longo tempo, só as enfermeiras me tocavam, e a cada vez que eu trazia o ar para os pulmoes, meu torax doia, quase queimava.

Droga...


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Notas finais do capítulo

Acho que ainda hoje posto outro, desculpem, é horrivel escrever no tablet.



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