Spirit escrita por Kaniminashi


Capítulo 16
Capítulo 16 - Elesis Sieghart




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Algum tempo se passou desde o acontecido, estamos no final do outono, daqui a alguns dias estamos de férias. FÉRIAS!!! Minha mãe está preocupada comigo ainda, e eu com ela. Ela anda me ligando todos os dias, perguntando se não tem ninguém suspeito na minha cola, esperando um sinal para dar o bote. Ela se preocupa muito, e isso me preocupa. As provas já acabaram, Zero ficou em recuperação bimestral. Bem feito, não quis estudar e ainda ficou do meu lado toda hora enquanto eu saia da escola para umas atividades voluntárias com os professores.

Estou em Canaban com Zero, é fim de semana e os professores pediram para eu comprar materiais para os professores. Estou na frente de uma loja, e vejo os mesmos cabelos longos e avermelhados, preso em um rabo-de-cavalo alto. É a mesma garota que teria acompanhado os meus irmãos naquele dia? Era sim, e por incrível que pareca, era idêntica ao famoso espadachim, líder dos cavaleiros vermelhos de Canaban, o famoso Elscud Sieghart.

-Com toda licença, senhorita, você sabe onde fica a Cede de Canaban? - Ela me pergunta, e eu tenho a absoluta certeza de que é ela. - Preciso entregar uns papeis da escola para um passeio no fim da semana que vem.

-Ah, - Eu respondo - é do outro lado da cidade, estou indo para lá, onde estou indo para lá, preciso comprar materiais de escola para meus professores. Não fica muito longe, pra quem mora em outro lugar.

-Claro, mais é meio impróprio andar com estranhos.

-Você não estra na frente de uma estranha, - Neste ponto, já estávamos andando faziam alguns minutos - se por um acaso você se chamar Elesis, Elesis Sieghart.

Ela se espanta e para naquele mesmo ponto. Ela está pasma com o quê eu acabei de falar. Eu me viro, e olho sua face que agora estava branca. Ela se vira para sair correndo, e percebe que Zero está ali. Ela saca sua espada, mais sem sucesso, tenta me acertar. Eu seguro a sua lâmina:

-Calma, criança, não vou te machucar!

-Fique longe de mim!

-Estou aqui por coincidência, não quero nada de mais, nem seu dinheiro, nem nada, apenas me escute! Eu conheço seu pai. - Seus olhos enchem de lágrimas, ela estava assustada, espantada com o que eu acabara lhe dizendo.

-Impossível, ele desapareceu faz muito tempo! - Eu solto sua espada, e ela acaba caindo no chão. zero a levanta e ela se afasta dele.

-Zero, está assustando ela com essa sua cara feia. Vamos, eu quero ir para Scallet o quanto antes! Preciso dos materiais se não eu acabo saindo do grupo voluntário. Bom, Elesis, como eu disse não quero nada de você, apenas te reconheci de uns 15 anos atras.

-Quantos anos você tem? 15 anos atras deveria ser criança de colo, assim como eu!

-15 anos atras eu estava na sua casa, cuidando de você enquanto nossos pais iam para aquela guerra, que acabou resultando em tragédia. E quanto a pergunta número um, eu tenho 180 anos. Se você quer vir venha, eu não tenho o dia todo!

Ela me acompanha, mesmo me achando estranha. Nós finalmente chegamos ao final do percurso, e estou à um quarteirão de onde eu precisava ir, e Zero continua no meu pé. parece que ele não desistiu de me seguir.

-Bom como prometido, aqui estamos na Cede de Canaban. Agora não precisa se preocupar, não vou comer a sua alma, nem sua cabeça, nem nada seu! Até!

Eu saio batendo os pés, estava irritada com a arrogância de uma pessoa na qual eu estava oferecendo ajuda. Isso é irritante! Grosseria! Eu disse uma vez que não queria nada, mais mesmo assim ela não deu bola, e continuou tentando me acertar com a espada. Argh!

-Me desculpe, posso saber seu nome, então?

-Carrynne. Carrynne Merlier, ou Carrynne Spirit, como você preferir. - Eu me viro para ela - Muito prazer, este é Zero Zephyrum. Só sabe me seguir e tirar notas baixas.

-Eeei--  -  Eu o interrompo empurrando a cara dele. Elesis ri, e agradece. Ela pede contato, sendo que o único contato que eu tenho é por celular.

-Bom, eu realmente preciso ir - Ela diz.

-É, nós também. - Eu digo puxando a bochecha do Zero - Então, até. - Eu me viro e vou embora, Zero me acompanha e pula nas minhas costas.

-Quando você viu ela seus olhos brilharam. Etá apaixonada por uma mulher?

-Só se você for esta mulher.

-Eeeeeeeeh??!

-É, isso que você ouviu. Agora cala a boca e vem, precisamos voltar se não o diretor vai trancar a escola fecha e ficamos de fora!

Nós chegamos na loja,e estava quase fechando. São seis horas da tarde e está anoitecendo. Minha mãe - para a minha surpresa - ligou  agora à pouco, mas desligou muito rápido: estava chovendo e as roupas no varal. Zero comprou os  objetos da lista, e estamos esperando o trem passar. Estamos atrasados!

O trem chega, etá vazio. A luz do sol poente invade os vagões, e provoca um reflexo dourado no meu cabelo. Zero acaba se sentando do meu lado, e cochilando ali mesmo, me fazendo de travesseiro, eu coloco a minha mão em sua bochecha, próximo a seu cabelo.

Passa-se um tempo, Zero está acordado e ainda estamos no trem. A viagem é longa, Scallet não fica aqui do lado, é uma ilha distante, próxima de Ellia e de Áton. Zero não demora pra perceber que está deitado em mim, e eu que ele acordou. Ele também não fala nada, como se não quisesse sair dali por um tempo, mas  se levanta e se vira para o corredor. Ele sai dali, sem dizer nada, apenas com o rosto corado, mas não entendo o porquê de ele sair daqui. Depois de um tempo eu percebo que chegamos na estação, e eu ajeito as sacolas em meu braço, com as esperanças de que Zero venha me ajudar com a bagagem pesada em mãos. Mas ele não vem, e eu terei que levar tudo isso sozinha, infelizmente.  Ah, até quando vou ter que esperar por um sinal de boa sorte?


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