As Executoras escrita por Sam


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como foi o Natal de vocês? O meu foi dolorido. Tô até agora tendo que passar creme de meia em meia hora porque minha pele ainda ta doendo D: Droga de Sol do meio-dia! Bom, sem mais blá, blá, blás, boa leitura. Espero que gostem. :D



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- Angie! – Disse baixo. Alguma coisa estava entalada na minha garganta. Talvez seja a raiva que sinto dessa nojenta. C-como? Como ela sobreviveu? Arranquei a cabeça e taquei fogo. Isso é impossível! - Demorou pra lembrar, Nikki! Eu estava ficando preocupada. Achei que havia se esquecido de mim. – Ela fingiu estar triste, mas logo voltou a ter aquela voz infernal. – Adivinha quem eu encontrei hoje. Você vai adorar a surpresa que estamos preparando pra você! – Gelei. Se ela tocasse um dedinho sequer em Catherine, eu a faria sofrer. Sofrer muito. Engoli seco.

- Chega de joguinhos! Fala logo o que você quer!

- Pra que tanta pressa, Nikki? Vamos com calma. Esperei tanto tempo por esse momento. Não o faça ficar chato.

- Se você ousar tocar em um fio de cabelo dela, eu juro que... – Odeio ser interrompida por “pessoas” que odeio.

- Fique tranqüila! O lindo cabelo dela não vai sofrer nada. Já outras partes do corpo...

- O que você quer? – Eu estava gritando. Quase chorando. De raiva.

- Ora, eu quero você. Não é óbvio?

- Por que não vem me pegar então? Deixe Catherine em paz!

- Bem que eu queria, mas não é tão simples quanto parece. Eu quero que você sofra. Quero que tenha medo de mim.

- Eu já estou sofrendo! Eu já tenho medo. Muito medo! O que mais você quer?

- Quero que seja minha. – Um silêncio cortante preencheu o telefone. Eu estava ofegante. Com certeza ela podia me ouvir. De repente, me fazendo tremer, ela soltou uma gargalhada. Demoníaca. – Entro em contato. Em breve.

Odeio quando pessoas desligam na minha cara. Odeio mais ainda quando não são pessoas que fazem isso. Odeio vampiros. Odeio Angie.
Liguei pra Nicholas. Ele não atendeu. Droga! Cadê o imprestável quando eu preciso? Me vesti e saí. Fiquei um pouco mais feliz quando vi Cheryl na garagem. Voltei pra dentro de casa pra procurar as chaves da minha belezura. Passei pela sala e percebi meu notebook, ainda na mesinha de centro, piscando. Era um novo e-mail. De Catherine.

“Nikki, eu consegui fugir. Não pude te ligar porque ainda estão na minha cola. Dei um jeito no meu telefone e esse e-mail meu não existe mais. Por favor, não mencione meu nome pra ninguém. Vou entrar em contato em breve. Cath”

Como assim? Ela estava a salvo? Não. Ela mandou esse e-mail antes de ser capturada. Droga. Achei as chaves e saí em disparada pra delegacia. Descobri que o imprestável do Nicholas não estava lá também, mas havia deixado um bilhete pra mim.

“Nikki, Fui buscar Anita e Ronnie no aeroporto. Se estiver lendo isso, é porque está desesperada. Não se preocupe e volte pra casa. Estamos indo pra lá. Nick”

Ok. Ele me fez vir até aqui pra nada e ainda é vidente. Legal. Vou bater nele. Voltei pra casa e, antes mesmo de chegar à cozinha, ouvi o barulho da porta. São eles. Graças a Deus! Corri pra atender.

- Oi Nikki, essa é Anita. – Ele apontou pra baixinha ao seu lado. Ela bate no meu queixo. Isso por que eu tenho 1,70 de altura. Nos cumprimentamos. – E essa é Ronnie. – A cumprimentei também.

- Entrem. – Os três passaram pela porta e eu a fechei. Eles também observavam a sala, mas não tanto quanto aquele tal de Larry, o estranho. – Querem algo? Uma xícara de café, um suco?

- Uma água, por favor. – Pediu Ronnie. Ela é gentil. Seu sorriso é contagiante.

- Eu gostaria de um café. – Disse Nicholas.

- O mesmo pra mim. – Sua voz é imponente. Sua postura é exemplar. Agora entendo como os vampiros têm medo dessa baixinha aí. Deixei-os na sala, lendo o e-mail e vendo as fotos, assim como Larry. Enquanto fazia o café, deixei algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Eu não acredito que isso tudo esteja acontecendo. Até ontem tudo estava bem. Por que tinha que ser justo comigo. Justo com Cath. Voltei pra sala e entreguei os pedidos. Uma água, dois cafés e um analgésico. O analgésico era pra mim.

- Bom, há mais alguma coisa? – Perguntou Ronnie. Anita ainda observava as fotos.

- Sim. A vampira que estava atrás dela, não era mestre. Era uma vampirinha. A mais poderosa que já conheci. Eu achava que tinha a matado alguns anos atrás, mas me enganei. Ela capturou Catherine.

- Quem é essa e como você sabe? – Anita sequer virou pra me olhar.

- Seu nome é Angie. Ela não é velha, tem apenas alguns anos. Ela me ligou hoje de manhã.

- O que exatamente ela disse? – Nicholas pegou uma caderneta e uma caneta.

Contei parte por parte enquanto ele anotava tudo. Quando contei a parte do “Quero que seja minha.”, Anita olhou pra mim e perguntou:

- Qual sua relação com ela?

- Bom, há alguns anos, minha família morreu em um acidente de carro. O cara que provocou o acidente era um sequestrador que estava fugindo da polícia. Ele foi solto. Liberado da prisão. Ele foi assassinado dias depois. Alguém tacou fogo na casa dele. – Nesse momento, Nicholas me olhou. Ele sabia que havia sido eu, mas não se importava. Acho que ficou até admirado. – Ele tinha uma irmã, que virou vampira depois de sua morte. Ela veio atrás de mim, pra vingar seu irmão. – É, eu sei. Me entreguei agora. Que se dane. – Arranquei a cabeça dela e a queimei.

- Mas é impossível ela estar viva depois disso. – Disse Ronnie, meio que debochando.

- Eu também achei isso, mas sua voz é inconfundível. E ela é a única que sabe sobre a cicatriz, além de mim e Cath.

- Há algo muito estranho em tudo isso. Preciso descobrir o que é. – Anita se levantou, seguida por Ronnie e Nicholas. – Foi um prazer te conhecer. – Ela me cumprimentou e foi em direção à porta, mas parou e se virou pra mim novamente. Acho que esqueceu algo. – Você vai precisar dele? – Ela apontou pro meu celular e eu a olhei confusa. – Temos que tentar rastrear o número que te ligou.

- Ah, tudo bem. – Dei meu celular pra ela. – Tenho outro de reserva. – Olhei pros lados. – Só preciso achá-lo. Dei um sorriso e me despedi dela e de Ronnie. Nicholas parou na porta.

- Qualquer coisa me liga. Você tem meu número.

- Um número que nunca atende? De muita serventia! Ele deu um meio sorriso e se afastou mais um pouco.

- Vai atender da próxima. Eu prometo.

- Espero que não tenha uma próxima.

Fechei a porta na cara dele. Odeio ser educada.


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Notas finais do capítulo

E então? Eu ganho comentários?



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