Grace, A História De Uma Filha Da Neve escrita por Many Things at Once


Capítulo 3
Desrespeitando uma profecia


Notas iniciais do capítulo

...



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P.O.V. Grace Snowline

– Paaaiiii – entrei em casa gritando – tem visitas para o jantar

Meu pai colocou a cabeça para fora da porta da cozinha e disse

– Sua mãe disse que eles iriam chegar, e a propósito ela esta lá em cima te esperando – mal ele terminou de dizer eu já estava subindo as escadas correndo. Quando abri a porta do meu quarto ela estava sentada na minha cama olhando um porta retrato com uma foto nossa.

– Mãe! – e corri para abraçar ela

– Ei, achei que nunca fosse chegar... – então me lembrei das pessoas lá em baixo e da nossa conversa de mais cedo.

– Grace, agente precisa conversar

– Eu digo o mesmo... Quem são aqueles e como me acharam, eles falavam bastante de você como se você tivesse dado uma ordem, ou missão, seja lá o que for

– Grace, é melhor você se sentar – sentei ao seu lado na cama e ela continuou – É o seguinte... Você se lembra daquele acampamento que eu te falei?

Assenti

– Pois bem, eu quero que você vá para lá.

– Mais... – eu estava sem palavras – esse é o meu lar, eu vivi aqui a minha vida inteira, e lá não tem neve o dia inteiro, lá tem calor... e... e

– Grace, esse território aonde vocês moram... esta cada vez mais difícil protege-lo, ultimamente tem aparecido montros o todo, e já esta difícil tev manter segura... lá eles tem barreiras magicas melhores que as minhas, e você tem que conhecer novas pessoas

– Conhecer novas pessoas? Conhecer novas pessoas? Eu conheço todos que preciso conhecer, eu gosto daqui mãe, eu quero ficar aqui com o papai.

– Grace a decisão está tomada, e querendo ou não você vai para o acampamento meio sangue.

Eu gostaria de dizer que nesse momento eu fiquei forte, mais não seria verdade. A verdade é que no momento que eu vi que não tinhha mais escolha eu desabei em lágrimas no colo da minha mãe.

Depois de um tempo chorando minha mãe foi para baixo enquanto eu secava as minhas lagrimas e arrumava minha mochila conforme minha mãe tinha pedido, e logo em seguida deci. Assim que cheguei lá vi todos sentados na mesa. Eu fiquei com raiva só de ver eles sentados lá. Aquele lugar aonde o Nico ( o nome do líder ) estava sentado, era o meu lugar, eu me sentava ali, ninguém mais. E num ato impensado passei direto pela mesa sem olhar para ninguém e saí para ficar com Grey.

E lá estava ele como sempre dentro do celeiro ( que é a “casinha” dele), eu fui até ele e deitei ao seu lado chorando. Eu não queria ir embora. Aquele era o meu lugar, o meu território, a minha matilha eu pertencia a aquele lugar, e a nem um outro.

– tá tudo bem? – disse a de Peter interrompendo meus pensamentos

– Sai daqui – disse eu

– tudo bem – disse ele dando um passo para trás ficando fora do celeiro – quer conversar?

– não – gritei

– ok – então ele se sentou na neve e ficou esperando

– sabe que eu não vou sair né – disse eu para ver se ele desistia e ia embora

– sim eu sei, eu te conheço a 15 anos, então me resta apenas esperar aqui... – disse ele fazendo cara de cachorrinho perdido e esperando pacientemente

– Você vai embora comigo? – perguntei

– você sabe que eu te seguiria para todos os lugares boneca, mas eu não posso... Emmet ainda precisa de mim no trabalho...

– e, além disso, você vai voltar depois, eu tenho certeza... depois que tudo isso tiver acabado

– Como assim tudo isso? Mamãe disse que eu só ia para lá por que está difícil barrar os monstros

– E é isso... Mai eu suspeito que isso tenha alguma coisa a ver com os titãs... Bem... foi o que meu pai me disse

Eu acho que me esqueci de comentar um pequeno detalhe... Meu pai também é um semideus... Ele é filho de Apolo (é a única coisa que impede ele de morrer de hipotermia lá em casa). Então eu tenho parentesco dos deuses pelos dois lados... Pelo de mãe e pelo de pai, mais eu não herdei nada de Apolo, já que o fogo me odeia.

– achei que seu pai estivesse de mal com você desde que você se recusou a ir morar em Miami...

– as coisas mudam... – disse ele calmamente olhando para o chão – mas tem uma coisa que nunca vai mudar... o fato de você ser minha filinha caçula.

– sou sua única filha.

– então você é mais velha e caçula e tudo ao mesmo tempo... Dããããã – só ele mesmo para me fazer rir numa hora dessas

Ele ficou de pé e abriu os braços como se pedisse um abraço e eu não aguentei e fui correndo para seus braços que me envolveram em um forte abraço.

– Agora vamos comer, se não o ar te carrega...

– o ar só vai me carregar se eu quiser... Eu controlo ele.

– Exibida – sabe muito bem que é modo de dizer.

– e você sabe muito bem que eu não perco uma chance para me exibir.


Vem vamos comer... – e me arrastou para a cozinha

P.O.V. Nico

Ela passou pela porta sem olhar para ninguém, depois veio um minuto de silencio, até que Anna se levantou e disse:

– Muito obrigada pelo jantar Sr. Snowline estava delicioso

Foi a deixa para Leo e eu nos levantarmos também e agradecermos. Eu me ofereci para lavar as louças. Tinha acabado de terminar quando ela e o pai dela chegaram abraçados conversando e rindo. Entrei na sombra mais próxima e me camuflei para ver o que acontecia, afinal de contas eu não tinha família e queria observar o que acontecia em uma família normal (ou melhor quase normal...)

– Eu te derrubo primeiro – brincou Peter

– Vai sonhando velhinho – devolveu ela

– Velhinho? Olha só para você... você tem cabelo branco. E Eu posso até ter 40, mais a minha aparência é de 22, vovozinha.

– aparência, mais os ossos ainda são de 40 – riu ela

– Deixa de ser boba... vem comer, você tem duas opções: omelete ou omelete

– acho que vou querer a opção numero um se não se importa senhor

– claro que não madame Loba

– que bom que não sou um incomodo senhor purpurina

– Epa epa ... purpurina não... – disse ele enquanto servia um pedaço de omelete para ela e cortava em pequenos cubos.

– Então o que? senhor brilhante? – ele tinha acabado de cortar os cubos e pegou um com o garfo e disse:

– Atenção torre... Boeing omelete32 pedindo permissão para pousar – disse ele com uma voz mecânica.

– Permissão negada capitão purpurina – disse ela com um sorriso contente no rosto

– então vamos partir para a malhoe parte a explosão...

– você não faria... – e nesse momento Peter pegou o prato de omelete e despejou em sua cabeça.

Grace ficou furiosa e saiu correndo atraz dele

– Há há você nunca vai me pe... – e ela (não me pergunte como) formou uma parede de neve na frente dele, que bateu com o rosto de lado nela que se espatifou no chão.

– Achei que tínhamos combinado sem paredes de gelo

– essa não foi de gelo – disse ela entre risadas – foi de neve

– você pode fazer paredes de neve mais eu não posso esquentar a casa

– pelo menos as minhas paredes de neve não são mortais...

– nem aquecimento natural

– pra você, para mim, é como cair em lava

Essa foi minha deixa (a sombra em que eu estava era bem ao lado da escada) quando eles viraram as costas eu não esperei, subi a escada. E quando cheguei na porta do quarto estavam Leo e Anna se agarrando bem na frente da porta (Leo e eu somos melhores amigos desde que ele chegou no acampamento, mais há uns dois meses eu tive que dividir não só ele como a minha irmã também, que começaram a namorar).

– Ah qual é aqui também não?

– Dá licença – disse Anna me mandando um olhar de indiferença

Coloquei a mão na porta atrás deles e disse

– caso vocês não tenham percebido, eu preciso entrar

–Vai logo di Ângelo – disse Anna com ar de indiferença novamente, arrastando Leo para a outra parede.

Não entenda mal, minha irmã e eu somos muito unidos, um defende o outro e quase nunca brigamos, (é isso aí eu disse quase) Quando eles estão em um momento romântico (como chama ela) se eu interrompo, parece que a minha irmãzinha boazinha se foi e deixou no lugar um monstro ciumento. Hoje ela esta com o humor muito bom, por que normalmente é como se eu tivesse acabado de quebrar o pescoço de alguém legal. Então já fica avisado, não mexam com ela quando ela est com Leo, ou quando ela está de TPM, é um desastre.

Deitei na cama e comecei a olhar para o teto do quarto de hospedes. Não tinha nada demais para observar, então me levantei e fui olhar a neve caindo na janela... o mais estranho é que apesar de a casa estar a uma temperatura de quase 0 graus celcius, eu não sentia frio, estava tudo muito quente, quente demais para o meu gosto.

É parecia que a casa estava esquentando, e bem aos poucos... O meu primeiro pensamento foi que Leo tinha perdido o controle novamente, mais quando saí para o lado de fora do quarto, os dois “pombinhos” ainda estavam se agarrando.

– Estão sentindo isso? – perguntei correndo o risco de Anna quebrar meu pescoço ali mesmo.

– Isso o que? – perguntou Leo olhando para mim deixando Anna de lado por um minuto

– Está... quente – disse eu procurando sentir cheiro de fumaça – e pelo que Peter disse a casa esta sempre á no mínimo máximo 3 graus.

– é verdade , esta ficando quente... – disse Leo abrindo o casaco de neve

E foi nesse momento que eu vi por debaixo da porta do quarto da frente uma estranha claridade, mas quando abri a porta, a luz não vinha do quarto e sim do lado de fora da janela, fui chegando cada vez mais perto, e cada vez mais a casa estava ficando quente. Leo e Anna me sequiam e quando olhei pela janela eu vi era um monstro que eu nunca tinha visto antes, nada parecido, era uma silhueta de fogo em forma de leão... e estava subindo a casa. Não subindo, ele estava á uns 500 metros da casa mais estava de algum modo fazendo um rastro na neve com ondas de calor que estavam cercando a casa aos poucos. Aquilo parecia irreal, e cada vez mais eu ficava hipnotizado com aquela cena, mais um latido alto cortou meus pensamentos.

No momento seguinte eu estava descendo as escadas correndo com minha espada á mão, pronto para derrotar o animal, mais quando cheguei no térreo ví Peter com a filha nos braços balançando a cabeça dela dando leves tapas dizendo para ela levantar. Foi quando ele olhou para nós e disse

– Por favor ajude ela – comum olhar suplicante

E bastou isso para eu ficar paralisado sem saber o que fazer, Leo tentava abrir a porta, mais estava emperrada, enquanto Anna corria para a garota inconciente nos braços do pai, e eu estava lá parado bem no meio da sala de estar paralisado.

– Nico a porta emperrou, não tem como sair, além de lá fora estar quente demais até para mim- gritou Leo da porta, e a esse ponto tudo parecia estar queimando.

– Nico, você tem que esquecer a profecia ela está a beira da morte, eu posso sentir. Temos que usar uma viagem das sombras – gritou Anna ajoelhada ao lado de Peter e Grace

E eu não sabia o que fazer, Anna estava certa, eu podia sentir a vida da garota se esvaindo aos poucos, e num ato impensado me ajoelhei ao lado deles e gritei

– Leooo – quando ele percebeu o que queríamos correu na nossa direção, e chegou a tempo de me segurar a mão de Anna enquanto eu pegava a garota no colo e corria para a sombra mais próxima.

– Vamos cuidar dela Peter, eu prometo – foi a ultima coisa eu disse antes de adentrar na escuridão.



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Notas finais do capítulo

estou tao contente
7 reviews e isso bem no comecinho...
como recompensa está aí um capitulo enorme
era para ser dividido em dois mais resolvi deixar assim mesmo
mais nao vou postar ate ter no minimo 10 reviews, desculpa, mais eu preciso de alguma motivacao por capitulo
Bjkas Marcelinha



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