Passou-se um mês, já estávamos em novembro. Estamos ensaiando muito, o bracelete continua ardendo mais, as pistas estão ficando claras. Albus ainda não fala comigo, a garota de Hogwarts parou de atacar só a mim e agora passou a atormentar todos. No final do ano, terá a festa de natal, a peça e a formatura do James, tudo no mesmo dia, resumindo: Vai ser um dia complicado. Lá estava eu e o povo, depois do jantar de novo, ensaiando aquela peça complicada.

– Mais Cratos. – Disse eu segurando o “roteiro”. – Eu não lhe amo. – Continuei, segui para a janela do cenário onde fiquei com aquela cara dramática, observando as estrelas.

– Eu também não lhe amo. – Disse Albus, também com seu roteiro em mãos. - Eu amo Velma, a mulher mais linda que já existiu nesse mundo... É uma lastima que ela seja uma simples serviçal! – Continuou ele, fazendo gestos com suas mãos. Sinceramente, ele era um péssimo ator.

– Oh! E Scott? Ele é um cavaleiro e tudo, mais... Foi destinado a casar com minha cruel irmã. - Eu disse, segui como no roteiro e coloquei o palmo de minha mão sobre a testa.

– Se houvesse alguma maneira de ficarmos com quem amamos... – Albus disse, balançando a cabeça negativamente.

E assim foi a noite, ensaiamos e ensaiamos, o final da peça é mesmo detestável. Passaram-se dias e mais dias, ensaios e mais ensaios até que chegou O dia.

Lá estava eu, no “camarim” relendo a peça e fazendo minha maquiagem junto com as outras meninas. Todos os adultos e os alunos que não participariam da peça estavam lá fora, esperado por nós. Meu estomago embrulhou, eu estava nervosa. O professor Longbottom chamou a todos pedindo para nós nos prepararmos no palco. Assim fomos. Nós nos posicionamos no palco e respiramos. Eu tinha gravado, a narração para o começo e assim foi, lá estava eu, entrando no cenário de uma igreja, eu estava vestindo um longo vestido branco e segurava um buquê de flores. Comecei a andar lentamente para o altar enquanto a narração começava: “É, hoje é o começo de uma vida nova, vocês devem estar se perguntando, quem sou eu. Eu sou princesa Cristal, herdeira do reino de Malacia, estou aqui, prestes a casar com um homem que eu não amo e, certamente, nunca vou amar. Vocês estão se perguntando agora, o porque tenho que fazer isso, então, vou explica-lhes. “ O cenário mudou novamente, agora eu não estava lá, estavam Scorpius e um garoto Corvino, estavam conversando, eu ouvia a voz deles ecoarem por todos os lugares enquanto eu trocava de vestes, as pressas. A peça foi longa até que então, depois de inúmeros atos, chegamos novamente ao fim, a pior parte. A narração volto por um instante: “E assim foi minha vida, e a de todos que conheço.” Voltei para o palco, com o mesmo vestido e o mesmo buquê, cheguei ao altar e o “padre” começou a falar:

– Querido e Amado, nós nos reunimos aqui frente a esta cena, na Presença de Deus, para unir em santo matrimônio, este homem e esta mulher, o que é honrável. No entanto não entramos nisto de forma desaconselhável ou brilhante, mas reverentemente, de forma discreta e aconselhável, sobriamente e no temor de Deus. Entramos neste santo estado duas pessoas se apresentam para se unirem. Se há alguém aqui que possa mostrar apenas um motivo pelo qual eles não possam unir-se neste santo matrimônio,fale agora, ou cale-se para sempre. – O garoto disse, recuperando o fôlego.- Ninguém? Ótimo. – Ele disse, voltou-se a falsa bíblia onde guardava as falas e continuou. - Você toma esta mulher para ser sua, para viver neste santo estado de matrimônio; promete amá-la, honrá-la e cuidá-la, na doença e na saúde, riqueza ou pobreza, e rejeitará toda a outra e será apenas dela pelo tempo que ambos viverem?

– Sim. – Disse Albus com firmeza, respirando fundo, como teria que fazer.

– Você toma este homem para ser seu marido, para viver neste santo estado de matrimônio; promete amá-lo, honrá-lo e cuidá-lo, na doença e na saúde, riqueza ou pobreza, e rejeitará todo o outro e será apenas dele pelo tempo que ambos viverem?

– Sim. – Disse respirando fundo.

– Eu os declaro, marido e mulher. – Ele disse, soltando um risinho baixo. – Pode beijar a noiva.

Essa era a pior parte, eu tinha que beija-lo, e assim fiz. Nós nos beijamos e lagrimas saíram dos olhos de minha personagem como estava no roteiro. As cortinas se fecharam e todos aplaudiram, a peça realmente foi boa, fui direto para o “camarim” e limpei minha boca, troquei minha roupa e penteei meus fios ruivos, sai do “camarim” seguindo por trás do palco, a procura de Scorpius. Eu o achei. Preferia nunca ter visto aquela cena nojenta, sai correndo, meus olhos banhados por água, eu não queria chorar, não agora. Tentei segurar, consegui segurar algumas, até que uma lagrima sorrateira, deslizou sobre minha face. Como ele poderia fazer isso comigo? Eu não estou acreditando no que vi. Meu Scorpius se agarrando com a minha própria prima! Aquela loira oxigenada... Argh! Não, não era a Dominique e sim a Victoire.Me recompus. Segui para onde todos de minha família estavam, Victorie estava lá, me olhando com um sorriso no rosto, passando suas unhas sobre os lábios, retirando manchas de batom dele, tentando me provocar. Por um estante, pensei que iria chorar, mais comecei a rir ao ver tal cena. O cabelo loiro de farmácia dela, estava pegando fogo, sim, literalmente estava pegando fogo. Aquele cabelo perfeitinho e idiota, agora estava em chamas, acho que foi culpa minha, bom, minha não. Do bracelete. Uma folha de pergaminho, caiu sobre a mesa, a peguei, era uma pista. Peguei as outras e as juntei, assim ficou:

“O bracelete dos sonhos: O sonho de qualquer bruxo, esse bracelete de cobra, cujo parece comum, não tem só o poder de fazer a pessoa ficar mais encantadora mais, como também tem o poder de controlar os elementos, controlar...”

Ok, agora sim eu já estava começando a gostar daquele bracelete. Fiquei lá, assistindo Victorie gritar e correr enquanto todos tentavam ajuda-la. Ela se jogou dentro da fonte que tinha no final do salão, ficou completamente encharcada. Eu nunca tive tanta vontade de rir em minha vida.

POV Scorpius Malfoy

Argh! Aquela Victorie é atirada mesmo, em?! Me agarrou na hora que Rose chegou, eu nunca me senti tão idiota. Nunca deveria nem ter começado a conversar com a Victorie. Agora, vou ter que me explicar para a minha amada Rose. Vai ser difícil. Fui até a mesa dela, cumprimentei o senhor Weasley, a senhora Weasley e os demais, menos Victorie, fui até Rose que estava afastada da família e me sentei a seu lado.

– Rose, essa sua prima é uma vadia. – Eu disse balançando a cabeça positivamente.

– Oh! Não me diga! Bem parecida com o meu ex-namorado Malfoy, não é? – Ela perguntou irritada, de braços cruzados.

– Sabe o que é isso? – Perguntei para ela, mostrando-lhe um frasco branco com um liquido transparente.

– É uma poção da verdade. – Ela disse revirando os olhos.

– Apenas, pergunte-me se eu lhe trai ou não. – Eu disse e tomei o liquido do frasco, pronto para todas as perguntas que viriam.

– Você se agarrou com a Victorie? – Ela perguntou, rosnando o nome da prima.

– Sim, mais não por querer.

– Ela te agarrou?

– Sim.

– Você retribuiu.

– Não, porque ela não era a garota que eu amo. – Disse, olhando nos olhos verdes de Rose.

Respirei fundo antes de falar algo, eu poderia realmente acreditar em Scorpius? Ou eu terminaria tudo e tentaria esquecê-lo? A situação não era nada boa, eu o amava. Infelizmente eu amava aquela doninha loira albina, eu amava aquele loiro de farmácia idiota. Eu amava Scorpius Malfoy.

– Eu acredito em você, Scor. – Eu disse. Ele me deu um beijo rápido. Meu pai e todos viram. Scorpius gelou, ficou branco como um fantasma, meu pai se levantou rapidamente de onde estava sentado, os meus tios também, mais, não vieram atrás do Scorpius, ficaram lá, tentando segurar papai, sem sucesso. Scorpius se levantou com pressa e saiu correndo, já meu pai, foi junto, ele era bem rápido, para o azar de Scorpius, fiquei lá, sentada rindo da cena constrangedora para mim e para Scorpius que parecia que seria levado para a ala hospitalar.

POV Albus Severus Potter

Puxei Victorie pelo braço, explodindo de raiva. Nosso plano não havia dado certo, Scorpius Malfoy, de fato, era a pessoa que eu mais odiava no mundo. Levei Victorie para fora do salão e a soltei. Encarei-a com um olhar sério. Como eles ainda poderiam estar juntos?!

– COMO ELES AINDA ESTÃO JUNTOS VICTORIE WEASLEY?! EU MANDEI VOCÊ SEPARA-LOS! – Eu gritei, estava nervoso. Como aquele traidor ainda estava com a minha Rose?!

– E-eu não tenho culpa Albus, ela descobriu que ele não me agarrou.- Ela disse, nervosa.

– Sua burra. Como dizem, se querem algo bem feito, faça você mesmo. – Eu disse.Sai deixando a loira idiota para trás. Segui para o salão, fingindo que tudo estava bem. Só observando tio Rony tentando matar o Malfoy. Eu iria pular de alegria se ele matasse.

POV Scorpius Malfoy

Lá estava eu, na ala hospitalar com um olho roxo RS. Meu sogrinho é bem forte. A minha sogrinha estava lá, conversando com minha mãe se desculpando milhares de vezes. Só foi um olho roxo, nem foi tanto. Eu já estava ficando melhor pois a rosa da minha vida estava lá, a meu lado. ( N/A = Aaah, esse Scor fofo gente *_*)

–----------------

~~ Albus Severus Potter lindo mais maligno entra no quarto da autora cheio de raiva, apontando uma faca em seu pescoço ~~

Ana: Que isso Alvinho!

Albus: Traga a Rose de volta para mim.

Ana: Não posso, você sabe. Ela e o Scor se amam.

Albus: Faça ela me amar, oras.

Ana: Albus, por favor, não comece.

Albus: Por favor Ana, como presente de aniversario...

Ana: Never.

Albus: Please, pela nossa amizade.

Ana: Nem somos amigos.

Albus: Agora somos.

Ana: A vai catar coquinho, vai Albus.

Albus: Argh!

~~ O menino sai do quarto revoltads igual Voldemort quando perde uma horcrux ~~

Ana: Esse albus...

~~ A garota balançava a cabeça negativamente, voltando-se para a tela do computador, voltado a digitar ~~

Fim da historia animada de hoje.