O som dos metais se chocando era presente. O som da guerra, das batalhas... O som do sangue. Sangue este que pingava, escorrendo pelo corpo do Jounin, que lutava para manter-se de pé.

- Oh! Parece que você é mais fraco do que aparenta.

O ninja de Konoha levantou o rosto, revelando o rosto bem desenhado, com grande parte encoberta pela máscara azul. Seu olho direito tinha uma tonalidade acinzentada, quase negra, e o outro era escondido por sua bandana. Os cabelos cinza-prateados caiam pelo seu rosto, suado e sujo por um líquido carmim espesso, desgovernadamente.

- Não vai usar seu ponto forte? Seu olho esquerdo? – O inimigo do homem questionou.

- Eu não tenho nenhum ponto forte no meu olho esquerdo. – A voz do homem soou pela primeira vez naquele combate. O que ele falara... Não deixava de ser verdade.

A bandana foi levantada, revelando o olho vermelho com desenhos em negro, e uma cicatriz.

- Oh! Parece que teremos um pouco de diversão. – O inimigo, mais uma vez, zombou.

A luta reiniciou. Konoha contra Akatsuki, e acho que me é permitido dizer, Bem contra Mal. Em pouco tempo, um corpo tombou.

- Mas... O quê? Você disse que não era seu ponto forte... – A voz do ninja saiu entrecortada.

- E não é. Na verdade...

As lembranças assolaram o ninja de cabelos exóticos.

"– Rin, use seu ninjutsu médico... Pegue meu sharingan e transplante para o olho esquerdo do Kakashi."

"– Eu sinto muito. Eu me fui para que, pelo menos, você pudesse viver Kakashi. Não se preocupe, direi ao Obito que... Não foi sua culpa."

Um sorriso se formou nos lábios do homem.

- É a minha...

E ele saiu do campo, cambaleante devido aos ferimentos. Muitos não acreditariam. Claro, afinal ele era Hatake Kakashi, o ninja copiador, possuidor do doujutsu "Sharingan", considerado sua arma secreta.

Mas... Na realidade, aquele olho lhe trazia todas as memórias que ele queria esquecer. Impossível, uma vez que aquele olho representava seu melhor amigo. O Sharingan representava, para ele, todas as lembranças e sentimentos que um Shinobi não poderia ter. Os desenhos naquele olho representavam a promessa que ele não pode cumprir, mostravam todas as falhas que ele cometera.

- Maior fraqueza.