Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 17
Por Trás das Covas -Take One-


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi, oi, gente!!! Me desculpem por não ter postado ontem, me desculpem mesmo. Eu estava indo escrever, só que aí minha mãe me arrastou junto pra levar minha vó pra cidade dela - o que leva umas 4 horas de ida e volta x.x.
Enfim, me desculpem, de novo, e tenho mais dois leitores!! Não sei quem são, mas sejam bem vindos >ww
Agora, como sempre, boa leitura!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/307513/chapter/17

– A-Adrian? – Repeti, notando como eu andava repetindo os outros há... sei lá... 5 minutos? Não demoraria muito para que me dessem biscoito e tentassem me ensinar uma marchinha de carnaval como se eu fosse um papagaio.

- Sim, Adrian, está surda, gatinha? – Escarneceu.

Olhei para Adrian (?) ao meu lado, sua expressão mesclava “chokita” com “ah, sim, agora tudo faz sentido”.

E, de fato, tudo fazia sentido.

O meu Adrian não se lembrava do passado ou de quem era, e só se chamava assim porque vira o nome anotado na manga de sua blusa.

Como se lesse meus pensamentos, o garoto ao meu lado dobrou a manga, expondo o nome escrito. Curioso, o piranhudo se aproximou (me recuso a chama-lo de Adrian) e encarou a vestimenta, divertido.

- Bem que eu estava com um déjá vú, essa era minha camisa antigamente!

- Mas... – Comecei, estranhando. – Você sempre foi desse tamanho? Tipo, essa camisa fica enorme até mesmo em Adrian.

- Sabe... EU sou o Adrian, gatinha. – Torceu o nariz. – Enfim... É coisa da nossa mãe, linch ou não, ela adora economizar. Para ela, como íamos crescer mesmo, roupas do tamanho certo são desnecessárias. Sem contar que ela escrevia nossos nomes para não perdermos.

- Linch? – Perguntei.

- Mãe? – Perguntou Adrian. Tá, tá, já entendi que sou uma insensível.

O piranhudo nos encarou com as sobrancelhas erguidas que um “Q” de interrogação.

- Qual das duas perguntas?

- Mãe. – Falei prontamente.

- Hmmmmm... Se bem que eu acho que posso explicar os dois de uma vez...

- Então nem precisava ter perguntado, oras!

- Não, gatinha. – Revirou os olhos e observou Adrian. – Caso você não se lembre, e é claro que não, nós também temos um pai. Ambos são poderosos linches, ou seja, o nível mais avançado de um Necromante. Nem um deus pode mata-los.

- Adrian... – Interrompi.

- Sim? – Os dois perguntaram em uníssono, se encarando raivosamente depois.

- Ok, ok... – Tentei apartar as miradas assassinas. – Você, - Apontei para meu Adrian. – é o Adrian 1, e você – Apontei para o piranhudo. – é o Adrian 2.

- Isso é injustiça! Pura tramoia! – Reclamou Adrian 2. – Sou o primeiro e o original!

- Foda-se. – Dei de ombros (perdoem meu palavreado chulo) . – Não vou chamar o Adrian 1 de Nicholas ( sem contar que vai ser um saco mudar o já estranho nome dele na escola) e você daria um piti de bicha louca se eu te chamasse de Nicholas. Mas, se quiser, posso continuar te chamando de piranhudo.

- Prefiro Adrian 2. – Aceitou num muxoxo. –gatinha... – Acrescentou, por fim.

- Mas qual era sua pergunta? – Perguntou Adrian 1 depois de escutar calmamente a minha discussão com seu irmão. Ótimo, parecia estar voltando a ser o Adrian de sempre.

- Ah, sim... – Fiquei quieta por uns minutos ao tentar lembrar-me do que falávamos. – Existe deus?

- Deuses, para ser exato. Mas é mais fácil perguntar o que não existe nesse mundo. – Explicou Adrian 2, soprando a franja enquanto recebia outro olhar de ódio do irmão.

- É... Prefiro nem, saber sobre isso. – Já estava cheia por conta de necromantes e espíritos, a bizarrice já aumentara para deuses... Céus, prefiro continuar vivendo na ignorância, se existir os servos do tinhoso que nem em filmes de terror, nunca mais que eu ia dormir na vida.

- Posso continuar com o que eu estava falando? – Perguntou o piranhudo, ácido.

- Você não fala porque não quer. – Repliquei,

Ele se limitou a erguer os olhos para mim e bufar.

- Então, nossos pais são tipo todo-poderosos e soberanos, talvez seja até isso o que acabou estragando eles, mas, apesar disso, são até um pouco engraçados. Nossa mãe é pão-duro e ditadora. Nosso pai é amável, mulherengo e paspalhão. Vocês podem imaginar o quanto ele sofre nas mãos de mamãe pela segunda característica, né? – Apesar de ser uma fala simpática, Adrian 2 estava sério.

“ Enfim, já expliquei sobre nossos pais e pode ir agradecendo desde já, e agora...

- Obrigado. – Disse Adrian 1.

- Não estava falando no sentido literal... – O outro suspirou pesadamente. – Agora...

- Desculpe.

- Tá, tá, não me importo! Agora...

- Entendo.

O piranhudo lançou um olhar mortal para o irmão caçula, – que, apesar de sem expressão, parecia interromper o outro de propósito. – enquanto eu pensava que, para alguém que antes não queria cooperar, Adrian 2 estava bem empolgado.

- Agora vou explicar o provável motivo de você ter perdido suas memórias... – Falou pausadamente e esperou um pouco para se convencer de que o outro não o interromperia.

“ Há uns 7 anos atrás, quando você tinha 8 anos e eu 12, nosso pai tentou reviver uma certa pessoa, mas, mesmo na época já sendo um linch, cometeu um erro e acabou criando uma Maldição...

Adrian 1 deu um pulo de susto significativo e decidi pergun-

“Antes que a gatinha burra pergunte, Maldições são monstros criados, é claro, a partir de erros na concepção de um morto-vivo. São até que raros, já que Necromantes e alquimistas não se arriscam a criar algo muito difícil.”

“O real problema das Maldições é que, além de não dar para saber quando você criou uma até ela despertar, é que elas costumam ser mais poderosas do que o ser que o necromante em questão queria reviver.”

“ São inteligentes e atavam tudo que aparece pela frente, apesar de seu real objetivo ser o necromante/alquimista que os criou.”

“Nosso pai, ao tentar reviver uma pessoa, como eu já disse, acabou criando uma Maldição altamente perigosa, que está sendo motivo de rebuliço até na Academia Arcana.”

“A Academia Arcana é onde um monte de Necromantes petulantes sem nada pra fazer, se reúnem e tentam deixar as próximas gerações de Necromantes com o nariz em pé com suas ideias pretensiosas também, ok?”

“Quando a Maldição despertou, eu e Nicholas estávamos indo chamar nosso pai para estudar com a gente. Nicholas deu um surto de choro e correu para cima de nosso pai enquanto eu fiquei encalhado na porta de tanto medo.”

“A Maldição, reconhecendo nosso pai como seu criador, atacou-o, mas acertou Nicholas no meio do caminho, fazendo ele desmaiar. Por algum motivo, a Maldição ficou encarando-o e não o matou, fanfo uma brecha para meus pais e eu fugirmos.”

– Deve ser pela pancada da Maldição que você não se lembra de nada. – Concluiu.

– Deixa eu ver se entendi bem... – Conjecturei, destilando sarcasmo. – Seu pai fez merda e abandonou o filho de 8 anos para um monstro que criou enquanto fugia? Já encontramos o vencedor do prêmio pai do ano!

– Simplificando. – Adrian 2 deu de ombros. – Necromantes não são lá flor que se cheire, se parecem se importar com a família, é para perpetuar o nome, questão de orgulho... Para isso, eu era o suficiente, sem contar que eles não eram apegados a Nicholas, que preferia criar animais fofinhos a zumbis do mal. Mas acho que o maior dos motivos é que sabíamos que a Maldição não ia pegar leve com a gente como fez com Nicholas.

– Vocês continuam sendo uns bastardos para mim.

– Oras, gatinha. Até que fomos legais. Voltamos para ver se Nicholas estava vivo e botamos ele para dormir por 5 anos, assim ele conseguiria curar todos os ferimentos.

– 5 anos??? – Olhei para Adrian 1, que exibia uma expressão insondável. – Você dormiu bastante, Bela Adormecida. – Sorri para ele, recebendo, para meu alívio, um sorriso torto de volta.

– Mas afinal, o que você quer de Adrian depois de tanto tempo?- Novamente, o mais velho resmungou ao ouvir seu nome roubado.

– Queremos que Nicholas acabe com a Maldição.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então??? O que acharam?? *www* Estou altamente empolgada pra fazer essa história e já planejei todo o passado dos pais dos "Adrians" espero que não tenha ficado forçado XDD
Então, esse desenho é o Boyolóvsky!! (Desculpa pelo torcicolo, estou apanhando do meu computador, então preferi parar de tentar virar de novo a foto), sei que é meio sem sentido nesse capítulo, mas já tenho muuuuuuuuuuuuuuuuuuitos desenhos dos personagens acumulados, então vou postar, apesar de ainda não poder usar o scanner Ç.Ç então me desculpem pelas sombras.
Muito obrigada, Cheeky, MahTheApple, The Unforgiven, Youkai e Neox pelas opiniões e os lindos reviews o/. A história, por unanimidade, vai se com ação e mil e umas coisas o/
E, essa fic chegou aos 100 reviews!!! Estou tão feliz Ç.Ç Obrigada a todos que comentaram esse tempo todo \o/
Espero que tenham gostado e até mais o/ ~~sai rodopiando



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Necromante No Meu Quintal" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.