Superficial escrita por Karen M


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Como prometido, outro capítulo ainda hoje. Boa leitura.



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Quando eu cheguei ao meu destino, ou seja, Sam, eu caí no chão imediatamente. Acontece que eu tinha me esquecido que não era bom me tele transportar com os olhos abertos. Minha visão embasa e fico tonta com o corpo  muito fraco. E ainda tem o fato de meu coração quase ter sido invadido por uma faca muito afiada, ou seja, desmaiei na hora.

   Bem, agora estou onde parece ser um hospital com Sam ao meu lado. Achei estranho Dean não estar com ele, afinal, nunca tinha visto os dois separados. Sam vê que eu acordei  e pergunta se eu estou bem. Eu confirmo mesmo não sendo totalmente verdade, minha cabeça dói demais.

    -O que deu em você pra aparecer aqui a frente de tantas pessoas?

    -Ah, desculpe, é que um demônio apareceu e você foi a primeira pessoa que eu pensei... –digo envergonhada.

    Ele pensa um pouco antes de dizer alguma coisa.   

- Olha, você não pode mais ficar sozinha vai ficar comigo e com Dean o tempo todo. – Ele olha pra mim - Não se preocupe, não deixaremos ele te levar.

    Sam é tão gentil, além de estar se preocupando comigo, acho que ninguém se preocupou assim comigo antes, além da minha mãe é claro. Acontece que Sam é diferente, não sei explicar como, e agora que ele disse que eu ia ficar com ele, não pude controlar o impulso de sorrir. Gostei muito da ideia, sério, eu ia ficar com os caçadores que caçavam, não como Bobby que os dias que fiquei lá só ajudou os garotos, quero dizer, quando Bobby foi me ajudar com o demônio e a bruxa ele acabou em um hospital. Acredito que ele era um ótimo caçador, até porque ele atirava super bem e se movia bem mesmo com a cadeira de rodas, só que agora ele não é mais tão útil.

    -Sam...- ele olha pra mim - eles não querem mais me levar, eles querem me matar.

    Sam ficou com a expressão mais dura. Era tão fofo ver ele se preocupando comigo.

    -Porque iriam querer isso?

    -Vocês queriam isso – relembro ele.

    Ele abaixa a cabeça e sorri.   

    -Dean tem muita raiva de tudo o que não é humano, é uma longa história, não viramos caçadores porque queríamos.

    -Então porque?

    Sua expressão muda, posso ver o sofrimento em seus olhos.

    -Nossa mãe morreu morta por um demônio e nosso pai nos criou para caçar a coisa que matou nossa mãe.

   Então um demônio também matou a mãe deles e eles puderam se vingar, sinto um pouco de inveja por isso, eu não posso fazer nada em relação a o que aconteceu com a minha mãe e eles podem matar demônios.

    -Por que ele matou sua mãe? – Pergunto hesitante, não quero parecer metida, mas eu quero saber sobre eles, sobre ele.

    Percebo que estou invadindo demais sua privacidade pela cara que ele faz.

    -Minha mãe fez uma coisa, antes de eu e Dean nascermos que resultou nisso. – Ele diz medindo as palavras.

    -Um pacto?

    -Não. – Ele diz apenas.

    -O que vocês estão pensando em fazer com Nathan? – Digo pra mudar de assunto. Toda essa conversa sobre família me lembrou a minha.

    Sam apenas abaixou a cabeça e começou a falar com pausas, procurando as palavras certas.

    -Olha Katherine, isso é complicado, seu irmão está sendo obrigado a destruir o mundo com os demônios, e o que podemos fazer é esperar a guerra.

    -Vocês vão matar ele.

    É claro que iam matar ele, afinal, os demônios iriam transformar ele, quero dizer, eu sei que meu irmãozinho estaria ali em algum lugar, mas eles não, dá pra ver que eles não se importam se não é totalmente humano, não é a toa que são caçadores...

    -Se não tivermos escolha, sim.

    Impossível descrever o que sinto, é uma mistura de tudo com nada.

    -Sempre temos escolha. Ele é humano Sam, eu sou humana, nosso organismo é um pouco diferente do de vocês apenas, mas ainda temos corações pulsantes que podem ser despedaçados. – posso sentir lágrimas percorrerem meu rosto até a bochecha e caírem para o lado, se espalhando pelo meu cabelo -É que, ele é tudo o que eu tenho... Você também tem um irmão e vocês arriscam a vida sempre, deveria me entender.

    Isso o tocou, posso ver.

    -Eu entendo.

      Dean entra.

    -Ah ela acordou, o que deu na sua cabeça para aparecer aqui daquele jeito? - Ele falou zangado.

    -Ah, nada demais, só que um demônio quase me matou!

     Ele abriu a boca para protestar, mas Sam foi mais rápido:

    -Dean...

    -Sam, a garota surgiu do nada no meio do hospital, não podia ter ido para o carro ou qualquer outro lugar?

    -Desculpe Dean, eu deveria ter pensado melhor, só que ia ser difícil com uma faca cravada no meu coração!

    Ele apenas disse depois de um suspiro:

    -Tudo bem, mas que isso não se repita.

    -Assim espero. – digo –mas espera, porque estou nessa cama? Isso é um hospital?

    -Viemos ver Bobby e você apareceu no saguão e desmaiou.

    -Ah, é mesmo – falo me levantando – cadê minha jaqueta?

    -Não sei, você estava de jaqueta? – Sam  pergunta.

    -Sim... deve ter ficado com o demônio, tive que tomar cuidado para não o trazer junto.

     Na primeira vez que me teleportei, com 11 anos, foi porque eu estava com muita preguiça de levantar para trocar o canal da tv já que o controle estava sem pilhas, fiquei pensando em aparecer lá na frente sem me levantar e foi um enorme susto quando isso aconteceu de verdade, ainda mais que eu estava nua. Me concentrei em levar apenas meu corpo, e foi só o que levei. Mas claro, eu nem sabia que isso aconteceria mesmo. Então fui treinando e me aperfeiçoando, claro, tudo com o maior cuidado pra ninguém ver.

     -Vocês já viram o Bobby?

    -Sim, ele vai embora logo.

     -Agora já podemos ir né? Estou com fome. – Dean fala mal-humorado.

    Entramos no carro e seguimos viajem. Dean liga o rádio e Sam fica dizendo pra ele abaixar o volume, o que faz Dean aumentar mais.   

    Ao chegarmos me atiro na cama e fico lá pensando no que será do meu futuro e do futuro de Nathan, se é que teremos um...

    Acho que eles perceberam e Sam e Dean começou a falar:

   -Olha eu não sei o que Sam te falou, mas você já e bem grandinha pra entender as coisas como elas são, ele não é mais um de nós, e teremos que fazer o que for preciso.

    -Eu entendo o lado de vocês, Dean,  vocês caçam monstros e meu irmão vai lutar do lado deles para acabar com a humanidade. Só que, ele é meu irmão, meu irmão mais novo, eu deveria estar cuidando dele...

    Eles olham um para o outro.

    - Vamos fazer o melhor.

    -E eu quero ajudar vocês, quero dizer, com o negócio dos demônios, eu faço qualquer coisa para ajudar meu irmão.

    -Você é esperta, sabe que não pode fazer isso – Dean fala com reprovação.

    -Eu corro o risco, aliás, eu posso ser a isca, eles me verão chegando e acharão que eu estou indo buscar meu irmão, enquanto se distraem comigo vocês pegam ele e podem se divertir matando alguns demônios no caminho. A propósito, como se mata um demônio? Eu sei que pode exorcizar, mas não vi nada sobre como matar...

    Eles pareciam surpresos, então Sam falou:

    - Você sabe que pode morrer lá, não é? Não conseguiríamos salvar seu irmão e depois tirar você de lá em tempo.

    -E pretendem fazer o que então?

    -Iremos matar o diabo. – Dean diz por final.


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Notas finais do capítulo

Digam-me o que pensam sobre isso. Dêem sinal de vida sendo com uma review, uma recomendação ou favoritação :)
Até mais.