A Seleção Surpreendente

 Quando chegamos no topo da escada, a professora Mcgonagall estava esperando por nós, deu alguns avisos que eu não prestei muita atenção e nos levou para dentro. Pediu que todos fizessem silencio e o chapéu começou a cantar, uma musiquinha CHATAA!!!! Mas tudo bem,porque logo depois Mcgonagall começou a chamar as pessoas.

  A garota do trem, Julia Paula, parecia muito nervosa na hora em que subiu para colocar o chapéu seletor, estava suando, e estava roxa, não sei explicar como exatamente, mas seríamos bons amigos, afinal, ela foi para a Sonserina. Um dos meninos que estavam no trem conosco eram Andrew Mcavoy,ele tinha cabelos negros, olhos negros,mas sua pele combinava harmoniosa com tom normal, ele foi escolhido para a Sonserina, e o outro garoto, Jack Morton,cabelos castanhos, olhos azuis, bem vivos, conseguia vê-los de onde eu estava, no meio de todos no corredor para esperar a minha vez, e pele muito branca também, foi escolhido para a Corvinal.

  Quando FINALMENTE chegou a minha vez, eu subi confiante até o chapéu seletor,sabia que eu ia para a Sonserina. Dito e feito, Mcgonagall mal colocou o chapéu na minha cabeça, ele já tinha dito, em alto e em bom som:

  - SONSERINA!

  Muitos aplausos vindos da mesa, muitos risadas, muitos comprimentos. Amei tudo aquilo, então me sentei ao lado de Julia,  começamos a conversar, nem prestei muita atenção quando uma garota com cabelos castanhos e olhos verdes, se sentou ao meu lado na mesa, também era do primeiro ano, tinha certeza disso pois tinha a visto em um dos barcos, mostrava indiferença a tudo aquilo. Enfim, conversando com a Julia ela me disse que não sabia se iria vir para a Sonserina ou para Corvinal, o que me levou a suspeitar que um de seus pais era da Sonserina e o outro da Corvinal.

  Entre uma conversa e outra, eu olhava e via o Potter e a Weasley em uma panelinha no meio de todos, nenhum deles ainda tinha sido chamado até:

  - Alvo Potter.

  Escutamos a voz de Mcgonagall chamando o filho do “garoto-que-sobreviveu”, ele subia, não muito confiante igual a mim, mas com cabeça erguida, sentou no banco, e a professora colocou o chapéu em sua cabeça, mas este não falou imediatamente para que casa o garoto iria, demorou um pouco até:

  - SONSERINA!

  O QUE? COMO ASSIM? UM POTTER NA SONSERINA? ISSO NÃO ERA POSSIVEL! O Grande Salão entrou em um silencio total, parecia que todos estavam prendendo a respiração, Mcgonagall não se mexia, não tirava o chapéu na cabeça do Potter, parecia não acreditar também. Potter não se levantava. Olhei para o irmão dele, que até poucos segundos estava com um sorriso enorme na cara, agora não mais, estava com uma cara de quem não conseguia acreditar, mas na verdade, estavam TODOS com a cara de quem não conseguia acreditar, até que finalmente Mcgonagall saiu do transe e tirou o chapéu na cabeça do Potter, ele não sabia o que fazer, se levantou do banquinho e foi caminhando lentamente até a mesa da Sonserina, se sentou com todos ainda olhando para ele, uns dois meninos deram tapinhas em suas costas como de consolo, mas não adiantou, Mcgonagall continuou a chamar os alunos, todos eram aplaudidos, mas não com muita emoção agora. A Weasley foi para a Grifinória, mas o Potter que estava sentado na MINHA mesa da MINHA casa, não estava nem um pouco feliz por isso, parecia que nem tinha visto ela sendo chamada.

  O jantar foi servido e era como o meu pai dizia, era a comida mais maravilhosa do mundo, estava tudo muito bom, eu conversava com a Julia e às vezes trocava umas palavrinhas com a menina que estava do meu lado, Madison Harris, pediu que a chamássemos de May, e foi assim que começamos a chamar desse jeito. Acabou o jantar e fomos todos para o Salão comunal da Sonserina, onde fomos apresentados aos nossos quartos e companheiros de quarto, e ai meu Merlin, o Potter estava no meu quarto. Julia e May ficaram no mesmo quarto, por isso, quando elas desceram de volta para o Salão Comunal, estavam juntas. Ficamos conversando até altas horas da noite, afinal, o dia seguinte era domingo, resolvemos ir dormir para que acordássemos bem dispostos no dia seguinte, nosso primeiro dia em Hogwarts.

  Quando subi para meu quarto, o Potter já estava deitado na cama fitando o teto, confesso que senti um pouco de dó dele, sentei na minha cama, e perguntei, já que só havia nos dois no quarto:

  - Como você fez isso?

  Ele pareceu não entender e perguntou:

    -Fiz o que?

  - Entrou na Sonserina? Todos achavam que você iria para a Grifinória como a resto de sua família!

  - Eu também achei, mas vim pra cá, não faço idéia de como. – e se virou para dormir, troquei de roupa e deitei para dormir, como estava MUITO cansado, dormi rapidinho.