O agradeci e me sentei no chão. Foi quase meia hora e Thomas
chegou, ele correu até mim e me abraçou apertado, foi incrível a vontade de
beija-lo que senti novamente, ele deve ter percebido, pois quando menos
esperava ele me deu um beijo, nada abusado, apenas... Reconfortante.

Nice me olhou e sorriu, depois olhou feio para Thomas.

- Não abuse da fragilidade dela filho!

- Tudo bem Nice! – disse por meio as lagrimas.

Seguimos até a casa deles. Decidi que meu pai não precisa saber,
isso só vai o deixar mais nervoso, e ele esta a trabalho, precisa de concentração.
Na hora em que chegamos, Thomas me conduziu até o quarto de hóspedes, ele abriu
a porta e sorriu para mim, Nice veio atrás de nós, ela me deu um beijo e saiu.
Thomas sentou-se na cama e me chamou junto de si.

- Sabe Liz, nunca achei que isso ia acontecer, mas será o
período mais perfeito de minha vida! Nunca achei que você ia ficar grávida, e
ainda vir morar aqui em casa! – ele sorriu – mas tudo bem, estou muito feliz,
acho melhor deixar você descansar, qualquer coisa eu estou na cozinha.

- Thomas espera! Eu... Eu não sei como te agradecer, eu
hmm... – ele olhou para mim, estávamos sentados cara a cara, um imerso nas
profundezas do olhar do outro, nunca me senti tão completa em minha vida,
encontrei todo o conforto no olhar dele – eu te amo – escapou, falei
hipnotizada em seu olhar, e no fundo era verdade, eu o amo, desde sempre, mas
parece que o sentimento estava guardado no lugar mais profundo de meu coração,
e depois disso tudo o sentimento floresceu com toda força.

- Eu também te amo – e foi à coisa mais sincera e perfeita
que já ouvi, não hesitamos e nos beijamos com vontade, sem medo, sem preocupação,
de repente éramos só nóis dois, imersos num sentimento e num amor profundo.

Nos beijamos varias vezes e para completar nosso momento
perfeito meu filho mexeu, como se o bebê fosse chamado, ele se mexeu  e foi maravilhoso, finalmente poder senti-lo.
Parei o beijo e Thomas me olhou, viu grandes lágrimas brotando de meus olhos,
ele sorriu.

- O bebê mexeu né? – como ele sentiu também?

- Sim, pela primeira vez, no meio de um beijo nosso! – disse
sorrindo a ele.

- Deixa eu por a mão?

- Claro! – ele colocou a mão em minha barriga e começou a
falar coisas para o bebê.

Nice apareceu na soleira da porta, emocionada com a cena.

- Mexeu filha?

- Sim! Foi tão perfeito!

Thomas continuava falando, mas nada do bebê se mexer. Nice
sorriu e saiu do quarto, Thomas me olhou e me beijou novamente, e o bebê mexeu!
Thomas estava com a mão em minha barriga e sentiu, ele me olhou com os olhos arregalados
e se emocionou também.

- Ele gosta quando a gente se beija! – ele disse como um
bobo – e eu também gosto!

- Thomas! – nos beijamos mais uma vez.

Thomas saiu e tomei um banho, Nice me disse que amanhã vamos
ao seu consultório para ver como o bebê esta. Jantei pouco, não estou com fome,
Nice veio me dar boa noite e Thomas ficou sentado enquanto eu estava deitada,
ele começou a mexer no meu cabelo, amo quando alguém faz isso, depois disso não
vi mais nada.