– Bruna, desse jeito a gente nunca vai sair daqui! Põe força nisso, criatura!

– Eu to tentando, Clara!

– Isso, força! Empurra mais forte!

– Cala a boca!

– To te dando energias positivas, uai!

– Cala a boca, essa parte é comigo!

– Então põe força!

– Cansei! Muito difícil satisfazer você!

– Olha, você quer morrer digerida?

– Não!

– Então me empurra! Eu não tenho força pra fazer você chegar na boca desse treco!

– Não! Vamos pensar...

– Ok, então, pensa ai enquanto a gente fica mais gosmenta ainda!

– Ok, não atrapalha!

...

– DEVOLVE MINHA MELHOR AMIGA SEU BICHO FEIO! – Rafael berra correndo atrás de seu facão, enquanto isso, do outro lado da sala, Carol deixa uma desmaiada Alice caída no colchão e se equipa com um vaso de plantas verde esmeralda.

Rafa chega por traz do monstro, empunhando sua arma culinária e se prepara para dar-lhe o bote, mas o E.T. percebeu a sua chegada, virando e acertando-o com a calda.

– MEUS DEUSES!

– Calma, Rafa! – Diz Carol tacando o vazo na cabeça do monstro, que de tão vagabundo não chegou nem a rachar, mas bateu forte o suficiente para derramar todo o seu conteúdo, fazendo com que a terra molhada escorresse pelo monstro, o fazendo berrar. – É ISSO! RAFA, ENCHE UM COPO D’ÁGUA E TACA NELE!

– Ahn?

– SÓ OBEDECE!

– Ah, ok ok! – Ele havia sido arremessado há alguns centímetros da pia, o que lhe possibilitou encher rapidamente alguns copas d’água e tacá-los no E.T, que começou a derreter, deixando um liquido verde nojento e duas garotas cobertas de gosma.

– Bem, nem precisei pensar... Assim foi mais fácil. – Diz Bruna sorrindo ao ver todo mundo.