Invasão Extra-terrestre escrita por Leah Montgomery
- Acho que eles nos perderam de vista! - Alice suspira aliviada, ela estava mais branca que papel.
– Acho que quem perdeu alguma coisa aqui fomos nós, onde estamos? - Pergunto tentando me identificar, a única coisa de que me lembrava era da Bruna ter virado a toda em uma rua sem pavimentação, o que fez o Puteiro Móvel chacoalhar.
Falando nela, bem, ela estava colada ao volante, tremia feito aqueles bonecos de posto, olhava fixamente para frente, decidi deixa-la assim e ir olhar a parte frontal da vã.
– Nossa... Carol, vem cá...
– Que foi? - Diz ela chegando do meu lado e olhando para a dianteira da vã, o que a fez soltar um assobio.
– Também quero ver! - Diz Alice tomada pela curiosidade e descendo da vã.
– Eu não! Quando a Anna chama só a Carol é porque não é nada legal.
– Eca... - Foi tudo que Alice conseguiu dizer antes de ficar ainda mais branca e cair dura pra trás. Sangue,". Muito sangue.
– Eu que não vou levantá-la! - Diz Carol se afastando.
– Rafa... - Chamo, não iria aguentá-la sozinha.
– Que Rafa? Meu nome é Esther e eu trabalho na esquina da Uruguaiana! - Responde-me ele rindo da própria cara.
Bufo. Decido deixar Alice caída no chão e tentar tirar a Bruna de seu estado de transe.
– Bruh...? - Digo pegando em seu braço, tal ato vez com que ela virasse os olhos.
– Clara... - Reponde, olhando mais para o nada do que para mim.
– Tá bem?
– Não! A Alice vai me chamar de psicopata agora.
– Ela tá ali desmaiada...
– Ah... - Ela se ergue um pouco no banco e olha pelo vidro da vã uma Alice caída no chão. - Ela tá usando o sutiã de maçã...
– Por que ela cisma em por esse sutiã com blusas brancas? - Pergunto lembrando do dia em que ela chegou na escola o usando, desde então tenho uma macieira como amiga.
– Não sei, bora levantá-la.
– Deixa ela lá! Vamos até o final da rua ver o que achamos.
– Ok.
Deixamos Carol e Rafa com uma desmaiada Alice e fomos explorar a rua sem pavimentação, depois de alguns minutos seguindo em linha reta descobri a chave do Puteiro Móvel jogada em baixo do banco do carona.
– Que gracinha, o chaveiro tem uma foto do seu namorado, Bruh. - Digo mostrando o chaveiro com a foto de Magro junto com um bando de mulheres de roupa de baixo.
– Cala a boca, Clara! Pelo menos agora podemos ligar a vã sem mexer nos fios.
– Ele é tarado até nas fotos! - Digo analisando o chaveiro.
– Que que eu posso fazer se sou gostosa?
– Deixar de ser, uai. - Digo abrindo o porta treco e dando de cara com um bando de CDs.
– "The Pussydog Toys, a nova mania do funk." - Leio na capa - "Grupo formado por Mc PussyPussy, Mc My Lirou Pussycta e MiniMc."
– Essa Mc PussyPussy parece contigo. - Diz Bruna pegando o CD da minha mão e olhando a contra capa.- " Super Rekalque", "Vem ni mim cachorro", "Como se deve tratar um homi", olha, essa aqui tem participação da Cone, " Antes um mano do lado que um cú ajeitado", definitivamente a melhor. Não sabia que produziam CDs dessas porcarias.
– Há quem goste.
– Eu gosto de dançar.
– E de enfiar a bunda na cara dos outros... Olha, a estrada.
– E olha, um mercadinho. - Alegria meu povo! Comida!
– Vamos voltar e pegá-los, depois vamos para o ataque.
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