Invasão Extra-terrestre escrita por Leah Montgomery
– Ahahaha, eu sou ótimo!
– Fabrício, se você continuar implicando ela vai te morder!
– Eu não, que nojo!
– Por que, que nojo? Eu sou gostoso! – Já faziam três horas que Fabrício estava implicando com Bruna, ela estava vermelha que nem um pimentão e eu já estava começando a ficar com medo.
– Tá gente, chega, né? – Digo, segurando um braço que tinha como alvo o rosto de Fabrício. – Rafa, é melhor a gente ficar com as arminhas nas mãos, por garantia.
– Concordo. – Responde ele pegando uma mini pistola d’água e me entregando, enquanto pegava uma que me lembrava uma bazuca e se agarrando a ela.
– Ah, muito legal você! – Comento.
– Que é?
– Nada não, deixa pra lá. – Ninguém fazia ideia de onde estávamos, só que estava quieto demais. Seguimos caminho por mais alguns minutos, até que demos de cara com fumaça.
– Bruna, fica longe da fumaça. – Adverte Carol.
– Eu sei né, não sou burra!
– Bruna, fica longe da fumaça. – Adverte Alice.
– Eu sei. – Diz ela entre os dentes.
– Bruna, fica longe da fumaça. – Vez de Fillipi.
– Caralho...
– Bruna...
– AH, CALEM A BOCA!
– Eu só fui dizer que você entrou na fumaça. – Digo, apontando pra frente. Todos começaram a rir.
– ISSO É CULPA DE VOCÊS, QUE ME ESTRESSAM!
– Sei... – Respondo. – Vamos dar o fora daqui, antes que a gente de, de cara com algo... – Batemos. - ...desagradável.
– PUTA QUE PARIL! – Ela xinga.
– Tá, calma Bruh, vou lá na frente ver o estrago, quem vem comigo? – Foi possível ouvir grilos. – Maneiro vocês, em!
– Eu vou! – Diz Carol, pegando a bazuca d’água da mão de Rafael, e pegando uma arma maior para mim.
– Obrigada! – Agradeço. Descemos da vã, não dava para ver nada direito, pegamos uma lanterninha que Carol tinha no chaveiro de casa e iluminamos a parte dianteira da vã.
– E aí? Tá muito ruim? – Ouvimos Bruna gritar de dentro da vã.
– TÁ PÉSSIMO! VOCÊ ACERTOU UM E.T.! – Carol responde, enquanto aquele bicho horrível começa a se erguer e nós duas atiramos água em sua direção, ele berrou e começou a derreter, entramos correndo na vã, mas não antes de percebemos que estávamos cercados.
– FODEU! – Carol entra berrando na vã. – TEM UM BANDO DELES!
– BRUNA! CORRE, BRUNA! CORREEE! – Berra Alice pra ela.
– NÃO DÁ! – Respondo. – ELES SÃO MUITOS, ESTÃO SEGURANDO A VÃ!
– AI MEUS DEUSES! ANNA, QUE, QUE A GENTE FAZ?
– LUTA, RAFA!
– AHN?
– É ISSO MESMO! – Digo abrindo a janela a acertando a cara de um E.T. com um jato d’água. Fillipi e Fabrício também já estavam atirando, fazendo daquele momento terrível um jogo de apostas inter-estrelar.
– AHAHAHA – Berra Fillipi. – NA SUA FUÇA, BICHO FEIO!
– BOA, FILLIPI! – Fabrício responde. – ACERTEI TRÊS, E VOCÊ?
– QUATRO! TO NA FRENTE, OTÁRIO!
– POR POUCO TEMPO, QUEM MATAR MAIS FICA COM O PACOTE DE COCKIES!
– Idiotas. – Escuto Bruna resmungar do meu lado, enquanto tentava dar marcha na vã.
– AAAAAAAAAAAH, ACABOU MINHA ÁGUA! ACABOU MINHA ÁGUA!
– TEM UMA GARRAFA ALI, ALICE! – Carol respondeu ao desespero de nossa amiga.
– AH TÁ! – Ela pega a garrafa, enche o reservatório d’água e volta a atirar.
– CADÊ O RAFA? – Pergunto.
– TÕ AQUI! – Me responde ele do fundo da vã, ele estava na janela traseira, atirando com duas armas, uma em cada mão, derrubando uma horda de E.T.s, o que o desespero não faz?
– JÁ FORAM OITO! – Fabrício berra.
– SEU FILHO DA PUTA! PARA DE ATIRAR NOS MEUS E.T.s! – Fillipi berra de volta.
Até que enfim Bruna conseguiu dar a marcha e acelerou com tudo, voltando depois de ré por cima de um mar de gosma de E.T., que fez o Puteiro Móvel escorregar e sair rodando.
– MEU DEUS! EU NÃO QUERO MORRER! – Alice berra. – EU PROMETO, MEU DEUS, QUE NUNCA MAIS VEJO FOTO DE HOMEM PELADO NA INTERNET.
Todos paramos de gritar e ficamos olhando para cara dela, até que a vã parou de girar e Bruna conseguiu acelerar e ir o mais longe possível daquele covil de monstros.
Quando já estávamos na estrada, ofegantes, Fabrício pergunta.
– Você fica vendo fotos de homens pelados na internet?
– Ficava. – Alice responde. – Mas agora não vou mais! PORQUE EU ESTOU VIVA! – Responde ela pondo a cabeça para fora do Puteiro Móvel e berrando.
– É cada doido que aparece... – Responde Fabrício, tendo um ataque de risos, que contagiou todo mundo.
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