Invasão Extra-terrestre escrita por Leah Montgomery


Capítulo 16
Hora do banho




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– Ahahaha, eu sou ótimo!

– Fabrício, se você continuar implicando ela vai te morder!

– Eu não, que nojo!

– Por que, que nojo? Eu sou gostoso! – Já faziam três horas que Fabrício estava implicando com Bruna, ela estava vermelha que nem um pimentão e eu já estava começando a ficar com medo.

– Tá gente, chega, né? – Digo, segurando um braço que tinha como alvo o rosto de Fabrício. – Rafa, é melhor a gente ficar com as arminhas nas mãos, por garantia.

– Concordo. – Responde ele pegando uma mini pistola d’água e me entregando, enquanto pegava uma que me lembrava uma bazuca e se agarrando a ela.

– Ah, muito legal você! – Comento.

– Que é?

– Nada não, deixa pra lá. – Ninguém fazia ideia de onde estávamos, só que estava quieto demais. Seguimos caminho por mais alguns minutos, até que demos de cara com fumaça.

– Bruna, fica longe da fumaça. – Adverte Carol.

– Eu sei né, não sou burra!

– Bruna, fica longe da fumaça. – Adverte Alice.

– Eu sei. – Diz ela entre os dentes.

– Bruna, fica longe da fumaça. – Vez de Fillipi.

– Caralho...

– Bruna...

– AH, CALEM A BOCA!

– Eu só fui dizer que você entrou na fumaça. – Digo, apontando pra frente. Todos começaram a rir.

– ISSO É CULPA DE VOCÊS, QUE ME ESTRESSAM!

– Sei... – Respondo. – Vamos dar o fora daqui, antes que a gente de, de cara com algo... – Batemos. - ...desagradável.

– PUTA QUE PARIL! – Ela xinga.

– Tá, calma Bruh, vou lá na frente ver o estrago, quem vem comigo? – Foi possível ouvir grilos. – Maneiro vocês, em!

– Eu vou! – Diz Carol, pegando a bazuca d’água da mão de Rafael, e pegando uma arma maior para mim.

– Obrigada! – Agradeço. Descemos da vã, não dava para ver nada direito, pegamos uma lanterninha que Carol tinha no chaveiro de casa e iluminamos a parte dianteira da vã.

– E aí? Tá muito ruim? – Ouvimos Bruna gritar de dentro da vã.

– TÁ PÉSSIMO! VOCÊ ACERTOU UM E.T.! – Carol responde, enquanto aquele bicho horrível começa a se erguer e nós duas atiramos água em sua direção, ele berrou e começou a derreter, entramos correndo na vã, mas não antes de percebemos que estávamos cercados.

– FODEU! – Carol entra berrando na vã. – TEM UM BANDO DELES!

– BRUNA! CORRE, BRUNA! CORREEE! – Berra Alice pra ela.

– NÃO DÁ! – Respondo. – ELES SÃO MUITOS, ESTÃO SEGURANDO A VÃ!

– AI MEUS DEUSES! ANNA, QUE, QUE A GENTE FAZ?

– LUTA, RAFA!

– AHN?

– É ISSO MESMO! – Digo abrindo a janela a acertando a cara de um E.T. com um jato d’água. Fillipi e Fabrício também já estavam atirando, fazendo daquele momento terrível um jogo de apostas inter-estrelar.

– AHAHAHA – Berra Fillipi. – NA SUA FUÇA, BICHO FEIO!

– BOA, FILLIPI! – Fabrício responde. – ACERTEI TRÊS, E VOCÊ?

– QUATRO! TO NA FRENTE, OTÁRIO!

– POR POUCO TEMPO, QUEM MATAR MAIS FICA COM O PACOTE DE COCKIES!

– Idiotas. – Escuto Bruna resmungar do meu lado, enquanto tentava dar marcha na vã.

– AAAAAAAAAAAH, ACABOU MINHA ÁGUA! ACABOU MINHA ÁGUA!

– TEM UMA GARRAFA ALI, ALICE! – Carol respondeu ao desespero de nossa amiga.

– AH TÁ! – Ela pega a garrafa, enche o reservatório d’água e volta a atirar.

– CADÊ O RAFA? – Pergunto.

– TÕ AQUI! – Me responde ele do fundo da vã, ele estava na janela traseira, atirando com duas armas, uma em cada mão, derrubando uma horda de E.T.s, o que o desespero não faz?

– JÁ FORAM OITO! – Fabrício berra.

– SEU FILHO DA PUTA! PARA DE ATIRAR NOS MEUS E.T.s! – Fillipi berra de volta.

Até que enfim Bruna conseguiu dar a marcha e acelerou com tudo, voltando depois de ré por cima de um mar de gosma de E.T., que fez o Puteiro Móvel escorregar e sair rodando.

– MEU DEUS! EU NÃO QUERO MORRER! – Alice berra. – EU PROMETO, MEU DEUS, QUE NUNCA MAIS VEJO FOTO DE HOMEM PELADO NA INTERNET.

Todos paramos de gritar e ficamos olhando para cara dela, até que a vã parou de girar e Bruna conseguiu acelerar e ir o mais longe possível daquele covil de monstros.

Quando já estávamos na estrada, ofegantes, Fabrício pergunta.

– Você fica vendo fotos de homens pelados na internet?

– Ficava. – Alice responde. – Mas agora não vou mais! PORQUE EU ESTOU VIVA! – Responde ela pondo a cabeça para fora do Puteiro Móvel e berrando.

– É cada doido que aparece... – Responde Fabrício, tendo um ataque de risos, que contagiou todo mundo.


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